Atletas dos Red Sox não jogam mais Fortnite no vestiário
Jogo eletrônico não é mais prática comum no elenco do Boston Red Sox dentro do vestiário
O Boston Red Sox encontrou um dos culpados (na visão da diretoria) pela fraca campanha da franquia no início da temporada 2019 da MLB, com apenas 14 vitórias e 17 derrotas, pouco para quem há seis meses levantou a World Series. Os atletas do time, que já conta 5.5 jogos de distância para o Tampa Bay Rays na disputa pela liderança da Divisão Leste da Liga Americana, não podem mais jogar Fortnite dentro do vestiário, de acordo com Rob Bradford, do site WEEI.com.
O jogo eletrônico aparece como um dos preferidos de parte do elenco, e em 2018 era possível ver controles, fones de ouvido e teclados em alguns armários dentro do vestiário, permitindo as disputas. Agora, informou Bradford, a franquia apontou a quantidade de horas gastas no jogo como contraprodutiva para o sucesso nos gramados. Entre os atletas que devem sentir a medida estão vários dos principais nomes do elenco, incluindo Chris Sale, Xander Bogaerts, David Price e J.D. Martinez.
A relação entre Fortnite e Boston Red Sox chegou a gerar polêmica no ano passado após alguns veículos apontarem uma possível relação entre o excesso de horas jogadas e a lesão no túnel do carpo sofrida por David Price. Posteriormente, alguns jogadores utilizaram danças do jogo para comemorar a conquista da World Series. A prova da mudança veio de Nathan Eovaldi, arremessador que chegou a Boston em meados do ano passado e, após tornar-se agente livre, voltou à franquia.
“Não vi (jogos dentro do vestiário) neste ano. Normalmente, todo mundo tinha tudo montado nos armários. Mas não vi”, garantiu ele. A reportagem de Bradford cita a proibição de video-games no vestiário do Toronto Blue Jays e a ação radical de Carlos Santana que, em setembro de 2018, destruiu uma televisão dentro do vestiário do Philadelphia Phillies como forma de protestar contra o tempo gasto pelo elenco com jogos online dentro do ambiente de trabalho.
Eovaldi confirmou, de certa forma, que a má fase aumenta as críticas à prática. “Acho que há hora e local para isso (jogar), também. Talvez se estivéssemos um pouco melhor (na tabela), talvez estaríamos jogando, mas você não pode perder enquanto joga Fortnite no vestiário. Acho que todos, em geral, entendem a regra. Quando cheguei no ano passado, fiquei surpreso porque quando estava com os Rays, ninguém fazia isso. Quando cheguei, estávamos na liderança, todos divertiam-se e faziam o trabalho. Agora, temos outras coisas para nos preocupar”, resumiu o arremessador.
Crédito das imagens: Reprodução/Twitter Boston Red Sox e Reprodução/Facebook Boston Red Sox