Após reunião, segue o impasse nas negociações entre MLB e jogadores
Atletas reagiram negativamente às propostas oferecidas pela MLB
Mais um balde de água fria para os fãs de beisebol. Em novo encontro entre a MLB, MLBPA e os donos da franquia, nesta quinta-feira (13), os atletas reagiram negativamente e o impasse nas negociações permanece. A liga está em locaute desde 2 de dezembro.
De acordo com Jeff Passan, da ESPN americana, já era esperado não acontecer algum acordo entre a MLB e a associação de atletas, porém, com a negociação travada, o início da pré-temporada sofre o risco de ser postergado.
Outros jornalistas, como Jon Heyman, da MLB Network, informaram que a Major League se propôs a aumentar os salários dos jogadores mais jovens, em contratos de calouro, mas a MLBPA viu como “decepcionante” a oferta e ainda não fez nenhuma contra-proposta.
O saldo positivo da reunião foi o interesse mútuo na oficialização do rebatedor designado universal, porém, mesmo com o comum agrado, há muito a ser discutido.
Além disso, a MLB ofereceu a expansão da pós-temporada para 14 equipes. De acordo com Ben Nicholson-Smith, da Sportsnet, essa será a principal moeda de barganha da MLBPA, visto que os proprietários têm muito interesse em playoffs expandidos.
Conforme o calendário oficial da Major League Baseball, os atletas começariam a jogar o Spring Training no dia 26 de fevereiro, mas as divergências podem impedir que isso aconteça. A temporada regular está programada para ter seu Opening Day no dia 31 de março.
Mais de um mês após a parada, a comunicação oficial entre os lados foi limitada. Evan Drellich, do The Athletic, reportou que essa foi a primeira reunião em que propostas econômicas foram discutidas desde dezembro.
Em janeiro, ambos os lados fizeram propostas, mas a parte monetária foi o maior abismo nas conversas. O grande ponto é a falta de equilíbrio competitivo devido à grande diferença na folha de pagamento das equipes.
Em 2022, por exemplo, o New York Mets deve ter uma folha de pagamento de US$ 236 milhões, enquanto o Cleveland Guardians está muito atrás, com “apenas” US$ 29 milhões.
O grande desejo dos atletas é forçar os proprietários a investir mais dinheiro em suas franquias, aumentando o piso salarial.
De acordo com Passan e Jesse Rodgers, da ESPN, os jogadores entendem que essas diferenças incentivam as equipes a perder.
A recente negativa dos atletas mostra que os dois lados ainda estão distantes nos termos das negociações.
(Foto: Michael Reaves/Getty Images)