Quem surpreendeu e quem decepcionou na temporada – Sun Belt
A temporada de 2015 do futebol americano acabou e nada – mas nada mais mesmo – nos resta para fazer até o final de agosto. A offseason do College Football é extremamente parada e, para evitar possíveis surtos, vamos relembrar um pouco da temporada que se foi. Algumas lembranças são boas, outras nem tanto. Isso depende muito para qual universidade você torce.
Vamos fazer uma avaliação geral das equipes que fizeram temporada superior ou inferior às expectativas. As universidades que fizeram uma campanha “na média” ficarão de fora neste caso. Iremos da conferência mais fraca – a Sun Belt – até a mais forte.
Quem surpreendeu
Arkansas State Red Wolves: Mesmo perdendo seu treinador em quase todos os anos (Hugh Freeze para Ole Miss em 2011, Gus Malzahn para Auburn em 2012 e Bryan Harsin para Boise State em 2013), o time conseguiu manter uma estabilidade incrível para um programa da Sun Belt: venceu 9 jogos e garantiu o título da conferência, indo para sua quinta aparição seguida na Bowl Season. A despeito da derrota no New Orleans Bowl para Louisiana Tech, Arkansas State surpreende ao se manter no topo por largo período, algo raro na Sun Belt.
Appalachian State Mountaineers: Em sua segunda temporada na FBS, o time foi um dos mais estáveis dentro da Sun Belt. Com exceção da derrota para Arkansas State, superou facilmente todos os seus rivais de conferência (com exceção dos jogos contra Troy e South Alabama), explicitando até o baixo nível geral da Sun Belt. Nos jogos contra times de outras conferências, só perdeu para a vice-campeã nacional, Clemson. O futuro para a equipe é muito promissor.
Quem decepcionou
Ok, não é difícil ficar decepcionado com o desempenho geral dos times da conferência. Porém, há quem ainda consiga fazer uma temporada abaixo das expectativas.
Louisiana-Monroe Warhawks: No início da temporada, a Bowl Season era um objetivo relativamente pautável. No entanto, derrotas para times tecnicamente mais fracos que o seu, como Idaho e Troy, fizeram com que Louisiana-Monroe fosse a pior equipe da pior conferência da FBS (aqui, não entenda-se que eles foram o pior time da FBS, embora tenham chegado perto). Resultado: Todd Berry, treinador da equipe (e que será lembrado para sempre por ter derrotado #8 Arkansas em 2012), foi demitido. Matt Viator será o encarregado de reerguer o programa.
Louisiana-Lafayette Ragin’ Cajuns: Campeã da Sun Belt entre 2011 e 2014, Louisiana-Lafayette esteve irreconhecível em 2015 e, sem dúvida, foi a decepção da conferência. Após um começo fraco nos jogos de fora da conferência, o time começou a reagir no meio da temporada, mas perdeu jogos nas quais não perdia há tempos e viu a chance de disputar um Bowl ir embora. Para piorar, a equipe deve receber sanções devido a acusações de fraudes nas notas das provas de recrutas do high school, para poder permitir a entrada desses jogadores na universidade. As acusações recaem, principalmente, sobre o ex-treinador de cornerbacks dos Ragin’ Cajuns, David Saunders. Se as investigações provarem isso, a equipe pode até ficar inelegível. O escândalo já afeta o recrutamento atual de jogadores, que é o 5º pior da Sun Belt.
Idaho Vandals: Não se esperava muito de Idaho em 2015, mas o time ainda conseguiu decepcionar. Após um começo fraco, o time começou a vencer seguidos jogos dentro da Sun Belt e possuía boas condições de ir para a Bowl Season até perder para New Mexico State. Na ocasião, o time cedeu 27 pontos no 4º período e perdeu o jogo na prorrogação. Depois disso, a temporada foi condenada e Idaho só derrotou Texas State em seu último jogo do ano, quando a partida nada mais valia para ambos. As 4 vitórias na temporada passada ainda renderam mais um ano no cargo para Paul Petrino, irmão mais novo de Bobby Petrino (treinador de Louisville). 2016 há de ser um novo ano para o programa, ou seu cargo estará fortemente ameaçado.
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