Mais uma vez, o fantasma argentino entra no caminho do Brasil no Mundial de Basquete
O que esperar de mais um confronto decisivo contra a Argentina?
Argentina! Esse será o próximo desafio do Brasil no 17° Mundial de Basquete. Aliás, isso não é novidade, pois assim que os hermanos perderam para a Grécia, na quinta-feira (04/09), foi anunciado imediatamente a notícia em vários veículos esportivos no país (e, claro, aqui no The Playoffs. O fantasma azul e branco voltou a rodear Marcelinho Huertas e seus companheiros. Nesses últimos anos, esse adversário assombrou (e muito) os brasileiros. Foram três derrotas em três jogos de campeonatos internacionais importantes, como o Mundial de 2002 e de 2010 e as Olimpíadas de Londres 2012. Não é para ter medo desse confronto? Será que dessa vez o final vai ser verde amarelo?
Neste ano, os times já se enfrentaram duas vezes em amistosos, sendo uma vitória brasileira e outra argentina. Na Copa do Mundo, os comandados por Rúben Magnano parecem ter algumas vantagens. Venceram quatro dos cinco jogos na primeira fase; têm um dos melhores garrafões e defesas do torneio; é integrado por quatro jogadores da NBA; e terminou em 2° lugar no grupo A.
Já os argentinos, passaram na 3° colocação, atrás da Grécia (a invicta do grupo) e Croácia. Fizeram uma primeira fase irregular com altos e baixos. Muitos (como eu) acreditavam que a Argentina seria a primeira colocada do B, mas as coisas não saíram tão certo para os hermanos. Sem as estrelas Manu Ginóbili e Carlos Delfino, lesionados, o time está tentando se encontrar ainda.
Os argentinos só não ficam muito atrás do Brasil, porque contam (e muito) com o super Luis Scola. Quero dizer, com o pivô de 2,06m de altura e que teve a terceira melhor performance neste Mundial de Basquete até o momento, com 21,6 pontos e 8,8 rebotes por jogo. A força principal do time. Se os brasileiros souberem segurá-lo… o jogo está ganho. Senão, a história pode continuar tendo um final feliz para os hermanos.
No lado brasileiro, o melhor desempenho veio de Leandrinho com 13,6 pontos, 1,2 de rebotes e 1,6 de assistência por jogo. Já o reboteiro do time é Anderson Varejão com 7,6 rebotes por partida. E as assistências ficam com o Marcelinho Huertas 3,6 por jogo; alguns números abaixo do melhor garçom da argentina, Facundo Campazzo com 5.0.
A média por idade e a altura é outro ponto a se analisar. A Argentina tem a média de 28 anos de idade entre os jogadores, enquanto o Brasil 31 anos. Na altura, o Brasil vence com a média de 2,00m contra 1,98m dos hermanos.
Bem, Marcelinho Huertas e seus brothers são mais experientes e altos. Mas terão que sacudir muito para parar com a festa de Scola e companhia. Afinal,altura não é tudo no basquete. Eu mesmo posso confirmar isso. Tenho 1,64m de altura (baixinha para os padrões do esporte) e jogo basquete. Já tirei muita bola de gigante. O que vale é a agilidade, a união, a garra, o jogo tático e a marcação. Nesta última, o Brasil pode se gabar. Tem uma das melhores quando mostra garra e confiança em seu jogo. Mas, tudo se resume a uma coisa : trabalho mental.
O que quero dizer é que e Brasil vem com uma pressão muito grande para essa partida. Quer fazer bonito e para a maioria do time este será o último Mundial de Basquete. Afinal, Marcelinho Machado está no seu quinto e outros quatro jogadores estão no quarto Mundial. Ou seja, eles querem de qualquer jeito ganhar uma medalha. Mas para isso terão que quebrar o tabu e derrotar os argentinos de Scola e companhia.
Digo mais. O Brasil precisa é ganhar de si mesmo. Ou seja, é um dos melhores times do torneio, mas precisa saber trabalhar o psicológico. Conter a emoção e o sentimento. Estes podem atrapalhar muito os jogadores. Afinal, brasileiro é (praticamente) 98% emoção. Concentrados e com garra, terão condições de bater o grande adversário: sua mente (e não os argentinos como a maioria pensa).
Determinados e concentrados, farão os lances-livres (uma das dificuldades brasileiras) e vão impor sua força tática, a união e a forte defesa para puxar contra-ataques e assim… a vitória virá!
Fazendo história
Outros que terão que ralar muito são Senegal, México e a República Dominicana. Afinal, os três estão fazendo história ao passar pela primeira vez da fase classificatória de grupos do Mundial de Basquete.
A batalha de Senegal começou desde o início do ano, quando foram advertidos pela FIBA que apontou irregularidades na federação de basquete do país. No grupo B do torneio, a luta continuou. Perderam três jogos e ganharam dois. Por um ponto na tabela não ficam de fora do mata-mata. Essa é a primeira vez que o time ganha em um mundial. E grande parte graças ao seu jogador Gorgui Dieng, o segundo melhor reboteiro do torneio, com 11, 4 por partida.
O México é outro que teve que suar muito a camisa. Perdeu também três partidas e ganhou duas. Além disso, é a primeira vez que passa para a próxima fase de um mundial. A República Dominicana é outra com a mesma situação.
As histórias de Senegal e México são bem parecidas. E estão caminhando para um fim semelhante. Afinal, eles enfrentam os dois melhores times do mundo, que protagonizaram o final dos Jogos Olímpicos de Londres de 2012: Espanha e Estados Unidos, respectivamente. Um mata-mata para lá de desleal. Os dominicanos encaram a Eslovênia.
Confira os duelos das oitavas de final do Mundial de Basquete:
Sábado (06/09)
Rep. Dominicana x Eslovênia
Estados Unidos x México
França x Croácia
Espanha x Senegal
Domingo (07/09)
Nova Zelândia x Lituânia
Turquia x Austrália
Sérvia x Grécia
Brasil x Argentina