Tim Duncan é o único atleta que participou dos cinco títulos dos Spurs (Foto: USA Today)
Para o torcedor do San Antonio Spurs (inclusive eu) ficava a pulga atrás da orelha e mais uma final se aproximava, a idade dos jogadores aumentando, e o peso de sempre chegar bem e cair sem o título.
Mas para surpresa de alguns, a taça voltou a San Antonio, após sete anos e em grande estilo: da renovação (Kawhi Leonard, MVP das finais, e Patty Mills com um estilo de jogo incrível), ao bom basquetebol jogado pelo conjunto e suas grandes estrelas, confirmando o auge do técnico Gregg Popovich. Esse, para mim, o grande jogador da equipe, na lateral da quadra. Que maestro!
A consagração veio para uma das equipes mais bem geridas das últimas décadas na NBA, que nos últimos 17 anos desse comando conquistou 5 títulos e esteve presente nos playoffs sempre, com grandes equipes.
A temporada 2013-14 não começou diferente. Mas até o meio da temporada, o time alternava a liderança da Conferência Oeste com o Oklahoma City Thunder (assim como nos últimos anos também). Mas a campanha final de 62v-20d, uma das maiores da história da NBA, fez com que a muito forte e disputada conferência fosse vencida pelos Spurs, arrasando adversários e indicando assim a força de seu técnico e do jogo coletivo.
No primeiro round dos Playoffs, o clássico texano contra o Dallas Mavericks foi dureza. Monta Ellis e Dirk Nowitzki só foram batidos pelo grande desempenho do Big 3 no sétimo jogo, e o sentimento de que o título não viria novamente passava pela cabeça dos fãs da franquia. Mas a quase varrida por 4-1 contra a boa e surpreendente equipe do Portland Trail Blazers no segundo round trazia a esperança de volta.
Restava enfrentar e repetir a Final Conferência de 2011-12, a pedra no sapato OKC. E o clima de revanche nem era colocado em questão, tal grandeza, rivalidade e qualidade de ambos os times e após a temporada mais disputada de todos os tempos, essa Final de Conferência era esperada. Jogos sempre com um vencedor com larga vantagem de pontos, mas os Spurs conseguiram vencer dois jogos consecutivos resultando num 4-2, impedindo uma sétima partida na série.
Para fechar a temporada com chave de ouro, nada como enfrentar novamente o Miami Heat, para tentar curar a ferida do ano passada. E Gregg Popovich usou toda a história de sempre chegar e não conquistar o título a favor da equipe, e mesmo sob todas as desconfianças, o bom basquetebol coletivo reinou, e nem LeBron James e os sumidos Dwyane Wade e Chris Bosh resistiram a isso, e num
incrível 4-1 a equipe lançou sua derradeira superioridade em quadra para voltar a ser campeão da NBA, e pela quinta vez, ultrapassando o próprio Miami Heat com quatro títulos.
E agora, o que esperar dessa equipe para a próxima temporada? Dos BIG 3, de Leonard MVP das finais, de Gregg Popovich, grandioso; eles mantêm a motivação do time? Tiago Splitter conquista a titularidade definitiva? E o sexto título vem? Aproximando essa geração (acredite se quiser, os velhinhos estão próximos) de Michael Jordan, com os Bulls.
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