[ESPECIAL] No Dia das Mães, conheça mamães do futebol americano no Brasil
Da torcida para dentro das quatro linhas: Conheça três histórias de muito amor e dedicação à família e ao FA Brasileiro
Elas são lindas, guerreiras e melhores amigas. Estão ao seu lado para o que der e vier, além de apoiar em suas decisões.
As mães, em qualquer momento da vida são nossa maior fonte de inspiração e motivação.
Neste dia tão especial, o The Playoffs homenageia as mamães do Brasil com uma entrevista feita com três mulheres incríveis, mães e envolvidas no intenso futebol americano. Elas nos contaram como é ser mãe dentro e fora dos campos. Confira!
A MELHOR AMIGA
Cristiane Stammerjohann é torcedora e jogadora de Flag Football pelo Corupá Buffalos.
Cristiane acompanha o futebol americano desde 2012 e desde lá conseguiu cativar seus dois filhos, Gabriela e Diego, a também se apaixonar pelo esporte.
“O primeiro jogo de futebol americano da minha vida foi a final do Campeonato Catarinense de 2012, entre Corupá Buffalos e São José Istepôs. Assim como todo mundo que não conhece o FA, eu tinha a ideia de que era um esporte violento. Só fui mesmo porque tinha uns conhecidos no time dos Buffalos. Foi um jogo disputadíssimo, decido nos segundos finais. Eu não entendia nada do jogo, mas sofri tanto, tanto! E esse sofrimento transformou-se numa paixão fulminante, pelos Buffalos e pelo FA. Em poucos dias aprendi as regras do jogo, as posições dos jogadores e o que cada um fazia. Algumas semanas depois começou a pré-temporada da NFL e aí eu arrumei mais um time do coração, o Arizona Cardinals.”
Cris já acompanhou diversos jogos pelo estado de Santa Catarina e é figura cativa nos jogos do seu time do coração ao lado de sua maior companheira, sua filha e quarterback do time de Corupá, Gabriela.
“No início de 2015, minha filha (Gabriela) resolveu ir comigo a um treino dos Buffalos. E aí nunca mais parou. Assim como eu, ela estudou as regras e em pouco tempo já estava discutindo FA nos grupos de WhatsApp. Quando começou a temporada da NFL, éramos duas na frente da TV. A Gabriela é torcedora do Washington Redskins e quando nossos times se enfrentam assistíamos separadas, só por precaução (risos). A paixão pelo FA acabou se espalhando pela família. Meu filho Diego e minha nora Maryara também são fanáticos, ele é torcedor dos Cardinals e ela, dos Patriots (as noras sempre têm algum defeito!). Meu afilhado e meu primo também acompanham a NFL. Nossa paixão pelo FA acabou alterando algumas rotinas da família. O almoço de domingo passou a ser servido mais cedo, porque como diz a minha avó, ‘os mais novos têm que assistir aquele jogo deles’.”
O AMULETO
Day Perillo, 28 anos, atua desde 2012 como wide receiver no time de Flag Football do Underdogs FA. Ela já foi matéria no The Playoffs antes, mas hoje o assunto é o Dia das Mães.
Day mora em São Paulo, além de ser jogadora ela atua como analista de crédito financeiro como profissão e é mãe da Júlia, uma princesa de 8 anos que é a fã nº 1 da mamãe.
“A Júlia é um presente em minha vida, que veio só para somar. Comecei a jogar futebol americano quando ela tinha somente 3 anos. No início levei ela nos treinos e algumas vezes deixava com a minha mãe. Com o passar do tempo a Júlia foi tomando ciência do esporte e o quão importante era e é para mim”
Julia já é considerada o amuleto oficial do time, que auxilia muito a Day a cuidar da pequena durante os jogos.
“A Júlia tem sido fundamental nos jogos se integrando a equipe como uma espécie de amuleto, tanto meu quanto do time. Hoje em dia a Júlia tem 8 anos e vê o esporte como parte fundamental de sua vida, não forço ela a praticar o mesmo que eu, mas percebo uma característica muito positiva, ela já reconhece que esporte é um estilo de vida, somando com isso, as pessoas ao meu redor acabam por se voluntariar para cuidar dela, facilitando meu tempo para me dedicar a vida atlética, viagens para jogos e demais. Agradeço muito à minha mãe e à família por todo esse suporte, os amigos pela compreensão e o apoio fundamental a uma mãe atleta, que além disso também consegue conciliar o setor profissional, família e a mais essa vida que é minha filha.”
PAIXÃO DE FAMÍLIA
Marcia Takanage é uma da mães mais torcedoras dentro dos campos de FA no Brasil. É difícil você ir a um jogo do Jaraguá Breakers sem ouvir a sua voz pedindo torcida com um ‘Vai defesa!’.
Sua família toda está envolvida com o esporte desde 2009 e além dos filhos William e Giovane, jogadores do Jaraguá Breakers, seu filho do meio Geraldo e seu marido são ancoras no ‘Overtime do FA’ um dos maiores informativos do esporte no Brasil. Ela nos contou um pouco sobre como tudo começou.
“A paixão pelo esporte iniciou em 2009, quando meu filho mais velho, William, começou a jogar pelo Corupá Buffalos. Nós íamos em todos os jogos, onde a equipe ia nós estávamos lá. Eu tinha uma pequena preocupação em vê-lo jogar, mas foi bem tranquilo e rapidamente nos acostumamos com o esporte. O futebol americano é um esporte bastante familiar e é sempre uma alegria ver meus filhos jogar.”
Ela junto com seu marido, Geraldo Takanage, já rodaram por diversos estados do Brasil acompanhando jogos de seus filhos.
“Nós já fomos para Santos, Foz do Iguaçú, Rio de Janeiro, Porto Alegre e diversas cidades do estado de Santa Catarina só para acompanhar eles. Meu marido fazia diversas fotos nos jogos e elas ficavam muito boas, na época (2010) não tinham muitos veículos de informação sobre futebol americano no Brasil então ele junto com meus filhos tiveram a ideia de criar a Overtime do FA para divulgar mais o esporte. É muito bom ver como cresceu o esporte aqui no Brasil, mais falta mais valorização deste esporte. Nós temos uma grande torcida, que acima de tudo é extremamente organizada, então falta valorizar mais”
Para Marcia o futebol americano já faz parte de sua rotina e ela nos contou que um momento muito especial na sua vida foi quando seu filho mais novo Giovane ‘Buiu’ Takanage viajou para os Estados Unidos para estudar e jogar pelo ‘Saint Thomas High School’ no estado de Connecticut. A final do extinto torneio Touchdown de 2013 também foi um marco para toda a família consagrando o Jaraguá Breakers, atual time de seus filhos, como campeão brasileiro.
“É bom saber que minha mãe está lá, ela é muito torcedora. Me lembro que quando eu tinha 12 anos e praticava judô ela era a única das mães que torcia e gritava na arquibancada e isso continua até hoje. Essa força nos dá muita motivação durante os jogos e a torcida dela é essencial para nós.”, disse William Takanage.
O esporte é tão contagiante na casa da família que até as noras da Dona Marcia praticam o esporte e acima de tudo ainda elogiam sua torcida, que para elas é muito especial.
“Eu acho super legal a torcida dela. Em nosso primeiro jogo eu escutei a voz dela lá do fundo torcendo demais pela gente e isso me surpreendeu pois ela estava torcendo para gente como se fosse para os meninos. Ela é muito torcedora e isso dá uma grande força para a gente.”, finalizou Luana Tiezerini, nora da Dona Marcia e esposa do William.
Nós do The Playoffs admiramos muito a luta diária de cada uma das mamães do Brasil, ainda mais as guerreiras do esporte.
Um feliz dia das mães a todas!