Após a aposentadoria de Peyton Manning e de Kobe Bryant, os fãs de esporte tiveram mais uma triste notícia nesta segunda feira (11/07/2016). Uma outra lenda viva optou por abandonar a carreira esportiva, desta vez era o “Grande” Tim Duncan.

Dezenove anos após iniciar sua primeira temporada no San Antonio Spurs, e sempre com a camisa 21, já aposentada na Universidade de Wake Forest por onde destilou suas primeiras cestas, tocos e rebotes, o jovem Timothy Theodore Duncan optou por não mais contribuir dentro de quadra para a equipe texana.

Me dou o direito (como fanático torcedor dos Spurs) de reservar um parágrafo inteiro para seus principais recordes: Novato do ano em 1998, 5 vezes campeão da NBA (1999, 2003, 2005, 2007 e 2014), 3 vezes o MVP das Finais (1999, 2003 e 2005), MVP das temporadas 2002 e 2003, 15 vezes All-Star (1998, 2000-2011, 2013 e 2015), 10 vezes all-NBA First Team (1998-2005, 2007 e 2013), 8 vezes NBA all-defensive First Team (1999-2003, 2005, 2007 e 2008), maior número de  duplos-duplos na história da NBA em temporadas regulares (840), além de maior pontuador da história do San Antonio Spurs (26.496 pontos).

E o garoto, primeira escolha geral do time em 1998, criou sua era. Ele que chegou para completar as habilidades de outra lenda dos Spurs, David Robinson. De forma humilde já despontava no topo da NBA ao lado de Robinson como “As Torres Gêmeas” (The Twin Towers – metáfora aos edifícios em NY). No ano seguinte, o quinteto inesquecível aos fãs da franquia Avery Johnson, Mario Elie, Sean Elliot, Tim Duncan e David Robinson tirariam o San Antonio Spurs de vez do status de time mediano na NBA, conquistando o primeiro título da franquia.

O outro título, só veio em 2003 após o tri-campeonato do Los Angeles Lakers (2000-2002); que marcou também o fim da carreira de seu principal parceiro até então David Robinson; mas um jovem armador francês já demonstrava um grande talento, e um outro jovem argentino também já fazia parte do elenco; se tratavam de Tony Parker e Manu Ginóbli.

E em 2005, o “Big Three” conquistara seu primeiro título junto. Era o terceiro dos Spurs e de Tim Duncan com Gregg Popovich, técnico da equipe desde 1996.

Em 2007, outro título veio, com Ginóbli saindo do banco como arma surpresa e impedindo que LeBron James conquistasse seu primeiro título da NBA, ao levar a modesta equipe do Cleveland Cavaliers à final.

Na temporada 2014/15, o time já chegava aos playoffs desacreditado (inclusive por mim) pelo quanto o time poderia render fisicamente em quadra. Um ano após uma derrota trágica (lê-se cesta de 3 pontos de Ray Allen), na final da temporada anterior. Mas a experiência e o ótimo jogo coletivo desbancou desta vez o já campeão LeBron James e o Miami Heat. E Tim Duncan já parecia que seria bem sucedido; Kawhi Leonard foi o MVP daquelas finais.

Para a temporada de 2015/16 os Spurs já previam que o fim da era de Duncan estava próxima, era a última temporada do contrato. Então trouxeram LaMarcus Aldridge de forma bombástica, para ir se acostumando com a nova casa e evoluindo ao lado de Timmy. Nesta temporada, já também com menos tempo em quadra, o astro já veio com um declínio nas estatísticas pessoais. Mas a excelente temporada da equipe com apenas uma derrota em casa demonstrava que Tim Duncan tinha cumprido seu papel na franquia.

Como vimos, durante esse tempo, a história de Duncan se funde com a própria história do San Antonio Spurs, e principalmente com a história da NBA. Não há como citar um, sem citar o outro. Mas nem no melhor pensamento possível aquele jovem menino da não tradicional Wake Forest se tornaria um ídolo da NBA e do San Antonio Spurs. E dezenove depois, o melhor (por que não?) ala-pivô da história da NBA optou por nos deixar dentro de quadra, para daqui 5 anos se tornar imortal no Hall da Fama da NBA. Obrigado, Tim Duncan!

OBRIGADO POR SEUS TOCOS, REBOTES E, POR QUE NÃO, SEUS MUITOS PONTOS ARREMESSANDO NA TABELA! VOCÊ FARÁ PARTE DE NOSSAS VIDAS ETERNAMENTE! #ThankYouTD

(Fotos: Reprodução/Facebook NBA e San Antonio Spurs e Reprodução/Twitter)