[RETROSPECTIVA TP] Os 10 fatos mais marcantes da NHL em 2015
As regras do jogo mudaram, um homem quase quebrou o recorde de Gretzky e uma garotinha acertou a transferência do pai. Confira aqui!
Final de ano é tempo de lembrar o que foi feito, corrigir acertos e erros para o ano que está por vir. Aqui no The Playoffs não poderia ser diferente, antes da festa de Ano Novo trazemos pra você uma retrospectiva dos 10 fatos marcantes registrados na NHL.
1 . NHL bate o martelo e advogado compra Coyotes
O ano começou bem para o hóquei. E quando falo isso não estou sendo nenhum um pouco clichê. Franquias como o Arizona Coyotes sempre apresentaram dificuldades financeiras e nada melhor do que começar 2015 sob nova gerência.
Exatamente no dia 2 de janeiro, o advogado americano Andrew Barroway colocou fim à novela que envolvia a venda do time e foi escolhido como o novo proprietário da equipe. A negociação se alastrava desde de outubro de 2014 e os torcedores dos Coyotes temiam uma possível transferência da franquia para outra região.
Segundo o ranking da Forbes sobre as franquias mais valiosas da NHL, o Arizona Coyotes está avaliado em US$ 225 milhões, a quarta menor quantia da liga.
2. Randy Carlyle duro de roer
Todo mundo sabe que o Toronto Maple Leafs vive um tempo de vacas magras. Isso não é novidade alguma. A equipe tenta reviver a glória de levar uma Stanley Cup desde 1967.
Depois de diversos embates internos entre os jogadores, incluindo ainda declarações bombásticas do atacante Phil Kessel, o técnico Randy Carlyle – tido como o principal pivô no racha na equipe – foi demitido no dia 6 de janeiro, após mais uma péssima atuação da equipe no campeonato.
Outros jogadores como Phil Kessel deixaram os Maple Leafs durante a janela de negociação da NHL no meio do ano. Com isso, o clima em Toronto parece ter voltado à normalidade.
3. Puck defendido com a goela?
Ainda em fevereiro o mundo do hóquei ficou chocado com a lesão sofrida por Henrik Lundqvist, goleiro máximo do New York Rangers. O veterano atleta de 32 anos sofreu uma lesão no pescoço após ter defendido um disparo do ala esquerda Brad Malone, do Carolina Hurricanes.
A lesão de Lundqvist abriu espaço para o reserva Cam Talbot, de 27 anos, e que fez boas apresentações no time colocando a titularidade de Lundqvist em cheque.
4. ‘Pai retorne para casa’
Foi com essas palavras que Jordyn Leopold, de 11 anos, filha do defensor Jordan Leopold, de 34 anos, ganhou a mídia em março após mandar uma carta para a direção do Minnesota Wild.
A filha de Jordan, que mora em Saint Paul, em Minnesota, dizia sentir falta do pai que jogava no Columbus Blue Jackets – time do estado de Ohio, distante 1.230 quilômetros de distância. Com o número excessivo de jogos, a garotinha e sua mãe quase nunca viam o jogador.
A carta enviada pela filha de Jordan sensibilizou a direção dos Blue Jackets. A equipe se se articulou e o defensor “voltou para casa” a pedido da jovem. Jarmo Kekalainen, gerente geral dos Blue Jackets, fez questão de ressaltar a importância da carta na negociação com o Wild.
5. Brasileiro do Los Angeles Kings se aposenta
Tudo bem que ele não viveu no Brasil – apenas nasceu por aqui -, mas o tarimbado defensor Robyn Regehr, de 34 anos, encerrou a sua carreira após uma pífia campanha registrada pelo Los Angeles Kings em 2015.
Mesmo sem saber falar uma palavra em português, querendo ou não, Regehr fez história e se tornou o primeiro brasileiro campeão de uma Stanley Cup, em 2014. Em seu discurso de despedida, o defensor admitiu falta de tempo para a família e disse que pretende visitar o Brasil algum dia.
Enquanto isso, fora dos playoffs deste ano, os Kings tentam retomar o caminho da vitória e almejam uma vaga em 2016.
6 . Abraço de urso em Boston e gira a roda em Detroit
De todas as danças de cadeiras realizadas este ano, a queda de Peter Chiarelli do comando do Boston Bruins foi a mais impactante. Com o time fora dos playoffs após oito temporadas, a presidência da franquia não quis conversa e cortou o tarimbado gerente geral.
O anúncio foi dado em abril. Chiarelli atuou na gerência do clube desde 2006. Durante sua gestão, os Bruins conquistaram a Stanley Cup em 2011 e um President’s Trophy em 2014.
Além de Chiarelli, Mike Babcock, que estava no comando técnico do Detroit Red Wings há 10 anos, também deixou a equipe e foi treinar os Maple Leafs. O técnico alegou que precisava de “novos desafios”. Bom, em Toronto o que não falta é desafio.
7. Quem “quack” por último, “quack” melhor!
Não você não leu errado. Em maio deste ano, durante os playoffs da NHL, o ator Emilio Estevez, que protagonizou o personagem Gordon Bombay na trilogia de filmes da Disney, vibrou com a vitória do Anaheim Ducks sobre o Chicago Blackhawks.
Anaheim chegou liderar a série em 3 a 2 e Estevez passou a comentar os jogos na rede social. Com um “quack, quack, quack” e referências ao eterno “V voador”, o ator ganhou seguidores e fãs novos no Twitter. Os torcedores dos Blackhawks não gostaram, mas Chicago levou a melhor, bateu os Ducks e depois o Tampa Bay Lightning se sagrando novamente campeão.
Quem ri por último ri melhor. Os Blackhawks se tornaram o maior campeão da “salary cap era” após conquistarem quase que simultaneamente 2010, 2013 e 2015. Em junho, Mark Messier, imortal ídolo do Edmonton Oilers, chegou ainda a dizer que a franquia é a mais nova “dinastia” da NHL. “Quack, quack” para eles então.
8. Adidas fecha com a NHL e torcedores reclamam
Se tem uma coisa que deixa o hóquei um esporte chato, podemos dizer que são os torcedores e jogadores ultra tradicionais. Aos olhos destes avessos às novidades, a entrada da fabricante de materiais esportivo Adidas, firmada em agosto deste ano, gerou uma série de reclamações no mundo do hóquei.
Com sede na Alemanha, a marca bateu a concorrente Nike, que é norte-americana, e trouxe à tona uma antiga discussão de inclusão de patrocinadores previstos para serem inseridos nos uniformes durante a temporada 2017-2018. A combinação explosiva entre uma marca de fora dos Estados Unidos e uma decisão que, convenhamos, nunca foi da empresa, gerou memes ofensivos contra a Adidas e torcedores dizendo que iriam queimar as jerseys.
9 . Patrick Kane: ascensão e queda?
Se teve um ano em que o ala dos Blackhawks foi do céu ao inferno em menos de 12 meses, 2015 será realmente inesquecível para Patrick Kane.
Após levantar o caneco da Stanley, o atleta foi severamente caçado pela imprensa em setembro após uma denúncia de abuso sexual cometida em uma boate. Companheiros de equipe e até o próprio jogador tentaram se defender, mas a mesa só foi virada quando a mãe da jovem “abusada” revelou que tudo não passava de uma armação.
Ainda assim, com a reputação em baixa e sendo xingado severamente em vários jogos dos Blackhawks fora de casa, Kane não fez por menos e passou novamente por cima das dificuldades. Durante todos os últimos meses, até 16 de dezembro, o atleta liderou a liga em gols, quebrou recordes internos da franquia e quase superou a lenda Wayne Gretzky ao marcar pontos nos últimos 26 jogos.
10 – 3 contra 3 é muito bom!
Mudanças no esporte nem sempre agradam jogadores e torcedores. A mais drástica aconteceu em 2015 e teve início nesta temporada que segue até a metade de 2016. As disputas de 3 contra 3 provocaram discussões, várias desavenças, mas no geral agradou a imprensa e os torcedores.
A ideia da liga era reduzir o número de partidas decididas nos tiros livres (shootouts). Com novas regras para a prorrogação, as disputas de 3 contra 3 deixaram o jogo mais dinâmico e dramático. Mesmo assim, atletas como o defensor Dustin Byfuglien, do Winnipeg Jets, não curtiram a ideia. Foi dele a pérola: “É melhor deixar as crianças jogarem”, dita em outubro. Ok Byfuglien, hora de voltar a ser criança então!