[PRÉVIA] NHL 2015-2016: Divisão Metropolitana
Após frustrações da última temporada, times "metropolitanos" buscam ir além; confira a prévia!
A temporada 2014-2015 da NHL foi bastante frustrante para os times da Divisão Metropolitana, na Conferência Leste. Em especial para Rangers, Capitals e Penguins, times com grandes ambições de título e que acabaram fora da decisão da Stanley Cup. Flyers e Blue Jackers fora dos Playoffs também decepcionaram bastante suas torcidas. Já Devils e Hurricanes foram decepções do começo ao fim. Talvez os Islanders tenham sido o time que ficou mais acima do esperado, mas teve um gostinho de quero mais após eliminação na primeira rodada dos playoffs. O que será que eles farão de diferente desta vez?
Hoje é dia de falarmos dos “metropolitanos” nas prévias especiais do The Playoffs para a temporada 2015-2016 da NHL. Confira!
NEW YORK RANGERS
A torcida dos Rangers sofreu bastante na última temporada. E não por o ter um time ruim, justamente pelo contrário. Um elenco de muito potencial, que teve várias chances de chegar à final da Stanley Cup, mas parou no Tampa Bay Lightning na decisão da Conferência Leste. O time conquistou o Troféu do Presidente, com a melhor campanha da temporada regular (53-22-7, 113 pontos), mas sabe que poderia ter conseguido mais.
O time pouco mudou da temporada passada para essa. Viktor Stalberg e Jarret Stoll foram alguns dos reforços de destaque, ambos com experiência de título em outras equipes (Blackhawks e Kings, respectivamente), além de Antti Raanta, que será backup de Henrik Lundqvist no gol. Entre as saídas, vale lembrar a aposentadoria da lenda Martin St. Louis e também de Carl Hagelin, agora um Duck.
O time é bem equilibrado. Teve o terceiro melhor ataque da NHL em 2014-2015, com grande jogadores como Rick Nash e Mats Zuccarello e tem uma defesa de respeito, com Ryan McDonagh e Dan Girardi numa provável primeira linha e Marc Staal e Keith Yandle na segunda. Isso sem falar de Lundqvist, que estando saudável dá ainda mais força ao time.
O que falta ao time então para ser campeão? Talvez um pouco de sorte, porque esses times de Nova York, já viu… e, talvez mais profundidade no elenco. Mas acredito que eles estarão novamente na briga pelo caneco.
Briga por: título da divisão
NEW YORK ISLANDERS
Os Islanders não estarão em Long Island na próxima temporada. O time deixa o Nassau Veterans Memorial Coliseum, após 43 anos, e jogará no Barclays Center, em Nova York, casa do Brooklyn Nets na NBA. Ainda na antiga casa, New York fez uma grande temporada, acima das expectativa até, com 47-28-7 (101 pontos). O time chegou aos playoffs e acabou eliminado pelos Capitals na primeira rodada.
Para 2015-2016, a expectativa é maior do que há um ano ano, mas difícil pensar nos Islanders brigando por título. O objetivo do time do técnico Jack Capuano é chegar à pós-temporada de novo e, quem sabe, mais longe.
O elenco também não mudou muito, sem saídas ou chegadas de impacto. Com um ataque liderado por John Tavares e cheio de jogadores muito fortes fisicamente, e uma defesa que se encontrou com Nick Leddy e Johnny Boychuk na primeira linha, o agora time do Brooklyn tem um elenco bastante equilibrado.
Briga por: vaga direta nos playoffs
WASHINGTON CAPITALS
Um dos grandes favoritos para esta temporada, o Washington Capitals deixou muita gente na mão no ano passado. O elenco era bom, o time chegou bem perto de ir à final da Conferência Leste após abrir 3-1 numa série contra os Rangers, mas Washington levou a invertida e acabou dando adeus antes do que talvez tivesse potencial para fazer.
A offseason foi movimentada na capital federal. A se destacar as chegadas dos right wings Justin Williams e, especialmente, T.J. Oshie, que certamente deixam o ataque bastante interessante nas duas primeiras linhas. Foi importante também a renovação com o goleiro Braden Holtby, free agent após o fim da última temporada. As saídas que mais chamaram a atenção foram de Joel Ward, Mike Green e Troy Brouwer. Especialmente a saída de Green, agora nos Red Wings, deve ser bastante sentida, pois além de ser um defensor de respeito, pontuava muito (45 pontos em 2014-2015).
O técnico Barry Trotz, porém, tem talvez um dos melhores trios da NHL para primeira e segunda linhas de ataque, com Nicklas, Backstrom, Alex Ovechkin e agora Oshie no front, e Marcus Johansson, Evgeni Kuznetzov e agora Williams na segunda trincheira. O time liderou a liga em power-play gols na última temporada e essa continua sendo uma aposta, apesar de boa parte das saídas do elenco terem sido de jogadores importantes nos special teams.
Entre problemas e muitas soluções, acredito que os Capitals brigam novamente por coisas grandes nesta temporada.
Briga por: título da divisão
PITTSBURGH PENGUINS
Ah, o Pittsburgh Penguins. Um time que tem Sidney Crosby pode e deve ser considerado sempre favorito. E por isso mesmo a campanha nos últimos Playoffs, quando foi eliminado sem muito esforço pelo New York Rangers por 4 a 1, logo na primeira rodada, deixou todo mundo em Pittsburgh desapontado.
A campanha toda dos Penguins foi irregular. O time só se garantiu via Wild Card, com 43 vitórias em 82 jogos. Vale lembrar algumas baixas importantes como a do próprio Crosby, que perdeu alguns jogos com caxumba e a dupla de defensores Olli Maatta e Kris Letang, que fora de ação por longos, acabou expondo fraquezas defensivas da franquia. Ambos saudáveis, tornam esta uma das melhores duplas de defesa da NHL.
Já no ataque encontramos a grande aposta de Pittsburgh, Phil Kessel. Após anos nos Maple Leafs, onde estava extremamente desgastado, o right wing formará a primeira linha ao lado de Crosby e Chris Kunitz. Na segunda linha, aparecem outros dois baita jogadores: Evgeni Malkin e Patric Hornqvist, que mesmo perdendo espaço na linha 1, continuará tendo um baita center para tabelar.
A questão nos Pens é: o time é muito bom. O elenco mudou bastante, mas tem opções eficazes em todas as posições. E, mais uma vez, tem Crosby. O que pode dar errado? Não sei. Mas os últimos anos provam que algo não vem funcionando.
Briga por: título da divisão
COLUMBUS BLUE JACKETS
Depois de um final de temporada incrível, em que venceu 16 dos últimos 17 jogos, o Columbus Blue Jackets quer tirar o gosto do quase da boca. O time terminou sua campanha passada com 42-35-5, 89 pontos. Nove a menos do que precisava. Acordaram tarde demais.
Para não passar por isso de novo, o time buscou um reforço de peso: o left wing Brandon Saad, 22 anos, campeão com o Chicago Blackhawks, chega para formar a excelente primeira linha de Columbus ao lado do center Ryan Johansen e do right wing e capitão Nick Foligno. O time também tem outras linhas bem consistentes e provavelmente ataque não será problema para o técnico Todd Richards.
A defesa já é um probleminha maior. O time foi o sexto pior em gols sofridos na última temporada, com 248. A expectativa é que desta vez tenhamos um Ryan Murray saudável, já que por lesão ele perdeu 70 jogos no último campeonato. Ele ao lado de David Savard formam uma primeira linha de defesa mais confiável.
Ainda com incertezas, os Blue Jackets podem sonhar com playoffs. Mas precisam acordar bem mais cedo do que da última vez. Ou melhor, que nem durmam!
Briga por: Playoffs via Wild Card
PHILADELPHIA FLYERS
Agora comandado por Dave Hakstol, os Flyers esperam se recuperar do traumático desempenho na última temporada, quando pouco flertaram com chances de Playoffs. O time de Phily terminou o ano com 33-31-18 (o time que mais perdeu no overtime) e 84 pontos, 14 atrás da zona de classificação.
A contratação de Hakstol e as poucas mudanças no elenco mostram que a diretoria dos Flyers colocou boa parte do problema no ex-técnico Craig Berube. Com isso, o novo head coach terá ainda mais responsabilidade de fazer o time funcionar. E provavelmente vai começar tentando ajeitar a defesa. Mark Streit, Nick Schultz e Michael Del Zotto são os bons nomes do setor, mas a dificuldade geral vem sendo montar e entrosar uma dupla principal.
No ataque, Jakub Voareck e Wayne Simmons foram um belo par de right wings para as duas primeiras linhas, e o center Claude Giroux dá bastante força ao time. Mas ainda vejo Philadelphia precisando que os outros jogadores de ataque consigam manter o nível desses citados anteriormente. Afinal, eles não podem jogar a partida inteira. E olha que no meio dessas linhas ainda encontramos o veteraníssimo Vicente Lecavalier… Lembrando que estamos falando do terceiro time de melhor aproveitamento de power-play na última temporada, algo que poderia ter resultado em uma classificação melhor.
Acho difícil acreditar nos Flyers, mas espero algo melhor do que no ano passado.
Briga por: Playoffs via Wild Card
NEW JERSEY DEVILS
Os Devils entram nesta temporada, provavelmente, já pensando na próxima. As principais mudanças vieram fora do gelo, com a contratação de um novo general manager, Ray Shero, e o novo técnico John Hynes, que será o head coach mais novo da Liga (40 anos).
Os números da temporada passada são de triste lembrança para o time de New Jersey. Recorde de 32-36-14, que deixou a equipe 20 pontos atrás da zona de classificação para os Playoffs. Outro dado péssimo vem do ataque, o 28º em gols marcados, apenas 176. Os Devils até se movimentaram na offseason pensando nisso, trazendo Kyle Palmieri dos Ducks, para formar a primeira linha e veteranos como Patrik Elias, Mike Cammalleri podem dar alguma liga com outros jovens, mas falta profundidade ainda para pensar em algo melhor.
Andy Greene e Adam Larsson formam a dupla 1 de defesa, que complementada pelo ótimo goleiro Cory Schneider, deve ser o menor dos problemas da temporada. A questão é criar uma identidade a partir de técnico e GM novos e um elenco não muito mudado e claramente sem confiança.
Briga por: não ficar na lanterna
CAROLINA HURRICANES
Tá aí mais um candidato a não ir longe, infelizmente. Assim como os Devils, os Hurricanes iniciam a temporada já pensando nas próximas, em desenvolver seus jovens talentos e resolver questões contratuais complicadas como a de Eric Staal, que está em seu último ano de contrato.
Os Hurricanes marcaram 71 pontos (30-41-11) em 2014-2015, pior campanha da Metropolitan, e são “favoritos” para manter a posição. O ataque, que conta, além de Staal, com seu irmão Jordan Staal, Jeff Skinner, Elias Lindholm e ainda trouxe o campeão com os Blackhawks Kris Versteeg, mas cai ainda naquela mesma da falta de profundidade. Sem contar que os Staals estão lá, mas eles e a própria franquia pensam em como envolvê-los em troca no meio da temporada.
Justin Faulk lidera a defesa. Mas a atenção deve ficar na interessante provável segunda dupla, com James Wisniewski, vindo dos Ducks, e a escolha número 5 do Draft deste ano, Noah Hanifin. Não surpreenderá se um desses subir à primeira linha e jogar o provável titular Ron Hainsey para trás.
Bill Peters entrará na sua segunda temporada como head coach de Carolina com muito trabalho a fazer, isso é certeza.
Briga por: não ficar na lanterna
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