[PRÉVIA] NHL 2015-2016: Divisão do Pacífico
Times apostam alto e podem trazer dificuldades para a Conferência Oeste. Confira como!
A última temporada 2014 – 2015 não foi positiva para boa parte dos times da Divisão do Pacífico. Depois da queda de produção do ex-campeão Los Angeles Kings, somente o Anaheim Ducks conseguiu avançar com propriedade na disputa pelo título da Stanley Cup. Depois da perda da vaga dos playoffs, Kings e San Jose Sharks mexeram no plantel em busca de um novo equilíbrio, mas os humildes Calgary Flames, Arizona Coyotes e Edmonton Oilers deram passos importantes paro o futuro. De todos, apenas o Vancouver Canucks seguiu uma linha horizontal e pode ter um desempenho abaixo do anterior.
Para esta nova temporada, a Divisão do Pacífico pode finalmente trazer dificuldades nos confrontos diretos com os outros times da Conferência Oeste. Vamos à análise.
ANAHEIM DUCKS
O famoso time dos patos não decepciona o torcedor há três anos, mas também não chega a nenhuma final da Stanley Cup. Durante esses últimos anos, ele sempre avançou para os playoffs como o primeiro da Divisão, apenas para perder na sétima rodada de um confronto de quartas de final (em 2013) ou nas semifinais (em 2014 e 2015).
Pensando em manter o elenco forte, o período do verão americano para o gerente geral Bob Munray foi intenso e de pouca praia. Munray trouxe para os Ducks quatro homens de frente, um defensor e um goleiro. Destes, a maior adição da equipe foi à contratação do experiente ala esquerda Carl Hagelin, do New York Rangers. Ainda nessa leva, os Ducks também fecharam com o central Shawn Horcoff, o ala Chris Stewart, bem como o também veterano Kevin Bieksa para a defesa.
Com isso, o time segurou ainda as estrelas Ryan Getzlaf, Corey Perry e Jakob Silfverberg (este último teve ótima participação nos playoffs). Dentro desse plantel, a decisão mais questionável talvez tenha sido a de optar por jogadores com média de idade acima dos 30 anos. Bieksa, por exemplo, possui 31 anos, e entrou na equipe para substituir o também veterano Francois Beauchemin, que não andava bem, enquanto Horcoff, com 37 anos, tem a pretensão de se tornar um líder da equipe.
Briga por: título da divisão
ARIZONA COYOTES
Os Coyotes viveram uma situação complicada após o encerramento da temporada 2014-2015, eles terminaram na 7ª e última posição da Divisão do Pacífico e 29ª colocação da NHL. Sem muita expressão na liga, a equipe permanece em constante renovação e construção do seu elenco ideal.
Com a aquisição do prospecto Dylan Strome, terceira escolha geral no último Draft, o gerente geral Don Maloney apostou em agentes livres para reforçar o time. A experiência de Antoine Vermette (ex-Chicago Blackhawks) e Zbynek Michalek (ex-St.Louis Blues) podem ser fundamentais para uma equipe que pretende fugir da lanterna. A intenção foi fechar contratos com ofertas razoáveis de modo a evoluírem os seus jogadores chaves: Max Domi e Oliver Ekman-Larsson.
Outras adições que podem contribuir para equipe, apesar de serem consideradas de menor impacto, são os atletas Steve Downie, John Scott e Anders Lindback.
Briga por: fugir da lanterna
CALGARY FLAMES
Se você dissesse às pessoas na última temporada que o Calgary Flames iria para a segunda rodada dos playoffs, você seria motivo de chacota entre os amigos. A não ser que tivesse lido nossa análise (veja mais). O avanço dos Flames, que recuperaram pontos importantes na temporada regular (principalmente contra os Kings), devolveu moral à franquia que andava adormecida.
Com um time composto em sua maioria por jovens atletas, tendo Johnny Gaudreau como vitorioso do prêmio Calder Memorial Trophy (eleito rookie do ano), a equipe conseguiu superar a lesão sofrida por Mark Giordano e avançou bem nos playoffs. Já para esta temporada, os Flames querem reforçar ainda mais esse elenco jovem com objetivo de desenvolver uma integração na defesa, mas, para isso, a franquia desistiu de algumas escolhas futuras no draft para trazer o defensor Dougie Hamilton, de 22 anos, do Boston Bruins.
Tendo ainda Sean Monahan e Jiri Hudler com performance impecável no último campeonato, os Flames contam ainda com o reforço do promissor central Sam Bennet , de 19 anos, que foi pouco testado durante os playoffs. Assim, os comandados do técnico Bob Hartley podem trazer nova dor de cabeça para os times que brigam pelo topo da tabela.
Briga por: vaga direta aos playoffs
EDMONTON OILERS
Os Oilers não foram bem na última edição da NHL, abriram mão da competição antes da metade da temporada e terminaram na 28ª colocação geral, porém, a escassez de barris de petróleo no mundo não contrasta com a “reserva especial” a ser explorada pela equipe nessa temporada.
Os Oilers montaram o atual time ao longo dos últimos cinco anos, tanto em aspectos ofensivos quanto defensivos. Nesse tempo, a cidade de Edmonton vibrou com a chegada de Taylor Hall, Darnell Nurse e, principalmente, Connor McDavid (ou “McJesus”, como muitos fãs de hóquei estão chamando).
Tendo McDavid como futuro superstar da equipe, os Oilers querem reviver os anos de glória da vitoriosa década de 80 liderada por Wayne Gretzky. Se McDavid é apontado como a reencarnação do mito Gretzky, então, dessa vez, a equipe não pode ser subestimada.
Se você pensa que eles pararam por aí, está errado, o gerente geral Peter Chiarelli foi até o limite do teto salarial e buscou um dos principais defensores da liga, Andrej Sekera, bem como o central Mark Letestu, ambos com experiência suficiente para adicionar uma perfomance sólida que já pôde ser sentida durante esta pré-temporada. Cam Talbot, goleiro que estava na reserva do New York Rangers, também veio nesse embalo e a equipe terminou o período de pré-temporada em primeiro colocado com 12 pontos, sendo três a mais que os Ducks.
Briga por: título da divisão
LOS ANGELES KINGS
Os Kings perderam a sua coroa na última temporada e o respeito de alguns atletas que apresentaram problemas dentro e fora do gelo (saiba mais). A temporada foi marcada pela não ida aos playoffs, o elenco rachado com a ausência de Slava Voynov (que responde a um caso de abuso doméstico), Mike Richards e Jarett Stoll também no alvo de pesadas acusações, ambos por consumirem substâncias ilícitas.
Se o respeito voltou, como já diria um renomado cartola do futebol brasileiro, eu não sei, mas a vassoura ainda pode rodar dentro do elenco ao longo do ano que contou com a saída de Richards de maneira tumultuada. Mesmo assim, a equipe não ficou atrás e conseguiu negociar a vinda de uma estrela do Boston Bruins, Milan Lucic. O ala esquerda deve somar na principal linha dos Kings que teve, na minha opinião, uma atuação menos memorável e mais apagada do que a segunda (novamente saiba mais).
Como toda transação, a vinda de Lucic fez com que a equipe tivesse um importante desfalque, Justin Williams, que acabou indo parar na área de agentes livres onde rapidamente foi negociado com o Washington Capitals. O goleiro reserva Martin Jones, também foi agenciado, mas com o San Jose Sharks, dentro da transação por Lucic com Boston.
Mesmo assim, a equipe ainda possui um elenco de estrelas e é favorita a alcançar voos altos. O único empecilho à frente se traduz em manter os jogadores na linha.
Briga por: vaga direta aos playoffs
SAN JOSE SHARKS
Após uma temporada bizarra que rendeu a 5ª colocação na Divisão do Pacífico e 22ª no geral, o San Jose Sharks parece estar mais agressivo para esta nova temporada. Depois de despedir o treinador Todd McLellan e contratar o treinador Peter DeBoer – que até aqui demonstra ser uma voz ativa no banco – os Sharks perceberam que estavam com uma equipe muito envelhecida.
As aposentadorias de Joe Thornton e Patrick Marleau, ambos com 36 anos, podem chegar a qualquer momento. Para evitar isso, os Sharks trabalham agora para construir um novo time em cima de Joe Pavelski, de 31 anos, Logan Couture, de 26 anos, e Tomas Hertl, de 21.
Mesmo sabendo da dificuldade com a idade, a equipe fez ainda uma aposta nebulosa ao trazer o ala direita Joel Ward, de 34 anos, do Washington Capitals. Será que ele terá sucesso sem Ovechkin e Backstrom? Acho pouco provável. Tudo dependerá da estratégia montada por DeBoer.
Outra aquisição foi o goleiro Martin Jones, que havia sido trocado pelos Kings com os Bruins, e que pode facilmente substituir o experiente Antti Niemi. A equipe ainda conta com ascensão dos jovens Matt Nieto e Melker Karlsson, que podem estabelecer uma química ao longo da temporada.
Briga por: vaga no Wild Card
VANCOUVER CANUCKS
O time de Vancouver com certeza perdeu mais do que conseguiu ganhar para esta nova temporada. O desempenho da equipe não foi ruim em 2014-2015, eles estiveram na 2ª posição da Divisão do Pacífico e foram o 8º colocado da NHL, mas fracassaram durante os playoffs diante do Calgary Flames, sendo eliminados nas quartas de final.
Ao negociarem o sólido goleiro Eddie Lack, por duas escolhas de draft sendo uma de terceira rodada e outra de sétima com o Carolina Hurricanes, a não ser que os Canucks tenham em vista um novo Henrik Zetterberg (escolhido pelo Detroit Red Wings no sétimo round, sendo o número 210 do Draft em 1999), a equipe pode ter feito uma péssima seleção ao optar por ter agora Ryan Miller como goleiro titular.
Com a saída do experiente defensor Kevin Bieksa e tendo trocado o ala direita Zack Kassian por Brandon Prust, cerca de 9 anos mais velho, a chegada do central Brandon Sutter, que estava atuando na terceira linha do Pittsburgh Penguins, fez com os Canucks cedessem ainda dois jogadores e uma escolha de segunda rodada no Draft de 2016, o que me parece mais perda do que ganho.
No fundo, ninguém sabe qual será a estratégia da equipe para os próximos anos, mas na atual conjuntura que mantém a dupla de irmãos Sedins (ambos com 35 anos) fica difícil imaginar os Canucks em uma briga para além de um Wild Card.
Briga por: vaga no Wild Card
PRÉVIAS THE PLAYOFFS: NHL 2015-2016