[PRÉVIA] NHL 2015-2016: Divisão Central
Vamos começar a nossa análise da temporada da NHL pela Divisão Central, do atual campeão Chicago Blackhawks
A última temporada da NHL nos trouxe um velho conhecido campeão da Stanley Cup, mas diversas surpresas durante a temporada regular e nos playoffs. Falando sobre a divisão Central, além da presença do campeão Chicago Blackhawks, tivemos mais 4 equipes na pós temporada, o que indica o alto nível das equipes, o que deverá acontecer de novo nesta temporada, prometendo uma briga acirrada pelas 3 vagas da divisão, além de buscar as 2 vagas no wild card da Conferência Oeste.
CHICAGO BLACKHAWKS
Vamos começar analisando a equipe que conquistou 3 vezes a Stanley Cup nas últimas 6 temporadas, dominando essa década da NHL. Mas a offseason foi uma mistura de muitas saídas e poucas chegadas em Chicago.
Da equipe campeã, que terminou na 3ª posição na divisão central em 14-15 com 102 pontos (48-28-6), Patrick Sharp, Johnny Oduya, Brandon Saad e Kris Versteeg, 4 importantes jogadores da equipe, deixaram os Blackhawks. Em troca, o time buscou investir no futuro, priorizando escolhas no draft e jovens promessas. Talvez a única exceção seja a chegada do center Artem Anisimov, ex-Blue Jackets, que deverá ocupar a posição na segunda linha do time. Artemi Panarin, left wing que veio da KHL, a liga russa de hóquei, também chega para ser um dos protagonistas, mas terá que acelerar a sua adaptação a NHL para ajudar os Blackhawks.
O time ainda é muito bom. Jonathan Toews, maior craque do elenco, Duncan Keith, Brent Seabrook (com um novo contrato de mais 8 anos) e Corey Crawford estão prontos para levar novamente a equipe a final da Stanley Cup. Mas será suficiente? Pra terminar, o time fatalmente entrará na temporada com uma dúvida chamada Patrick Kane. Envolvido em uma acusação de estupro, o right wing poderá ter que se afastar caso o processo seja instaurado, e se for punido, complica de vez a sua vida além de desfalcar um elenco já bem modificado do atual campeão.
Briga por: Vaga no Wild Card
ST. LOUIS BLUES
Os 109 pontos (51-24-7) e o título da Divisão Central na temporada passada não foram suficientes para levar o St. Louis Blues além da primeira rodada da pós-temporada, onde foram eliminados, pela terceira vez seguida, neste ano pelo Minnesota Wild. E a partir de outubro, novos tempos em St. Louis?
Praticamente sem mudanças no elenco, e com a volta do treinador Ken Hitchcock, com um novo contrato de um ano, os Blues torcem para que seu jovem time esteja mais maduro para levar o sucesso da temporada regular para os playoffs. A cara nova do elenco será Troy Brouwer, ex-Capitals, que chegou na negociação que mandou T.J. Oshie para Washington. Vladimir Tarasenko, craque da equipe, Steen, Stastny, Jaskin e o capitão David Backes estão de volta, o que torna um dos melhores conjuntos ofensivos em toda a NHL.
Com uma defesa sólida comandada por Alex Pietrangelo e Kevin Shattenkirk, a dúvida ronda o gol dos Blues. Brian Eliott foi o titular em quase toda a temporada regular, mas perdeu o posto nos playoffs para Jake Allen, que se mostrou muito inconstante. Para esta temporada, Hitchcock já anunciou que não tem um titular definido e dará chance para ambos os goleiros a partir de outubro.
Briga por: Título da divisão
NASHVILLE PREDATORS
No primeiro ano sob o comando de Peter Laviolette, o Nashville Predators conseguiu 104 pontos (47-25-10) e liderou por muito tempo a Divisão Central durante a temporada regular. Uma queda de rendimento em março e abril permitiu que St. Louis ultrapassasse os Predators, conquistando a divisão. Terminando em segundo, acabou enfrentando o Chicago Blackhawks na primeira rodada da pós-temporada, sendo eliminado em 6 partidas.
Mesmo com uma boa campanha, um tanto quanto inesperada, ficou um gosto de quero mais pelos lados de Nashville. A aposta para a temporada é a manutenção do elenco fortíssimo, além do treinador Laviolette ter mais tempo para conseguir passar o modelo mais ofensivo de seu jogo, que deu muito certo na temporada passada.
Briga por: Vaga direta aos playoffs.
DALLAS STARS
Um time que teve o terceiro melhor ataque da NHL e o jogador com mais pontos durante a temporada regular, teve sucesso, certo? Não foi o caso do Dallas Stars. Com uma campanha onde marcou 92 pontos (41-31-10), terminando em sexto na divisão e de fora dos playoffs, a equipe buscava respostas para uma campanha pífia com um elenco estrelado.
O treinador Lindy Ruff e o general manager Jim Nill foram as compras para melhorar o elenco do time texano. As chegadas foram do right wing Patrick Sharp, do defensor Johnny Oduya, ex-Blackhawks e do goleiro Antti Niemi, que estava com o San Jose Sharks. Os três jogadores foram campeões com o time de Chicago e trazem esse gosto de título ao elenco de Dallas.
Com uma primeira linha com Jamie Benn, vencedor do troféu Art Ross, Tyler Seguin e Patrick Sharp e uma segunda linha com Alex Hemsky, Jason Spezza e Valeri Nichushkin, podemos dizer que os Stars têm o melhor top six na NHL. Oduya e Niemi irão ajudar muito a parte defensiva dos Stars, que foi o grande problema do time na última temporada.
Briga por: Título da divisão.
MINNESOTA WILD
Com 100 pontos (46-28-8) e uma das vagas de wild card da Conferência Oeste, o Minnesota Wild conseguiu desbancar o campeão da divisão St. Louis Blues na primeira rodada dos playoffs. Não conseguiu segurar os Blackhawks na segunda rodada, perdeu a série por 4 a 0. Será que eles conseguem ir mais longe?
O sucesso da equipe na temporada passada pode ser resumido em uma série de sucessos individuais, que levaram o Wild para a segunda rodada dos playoffs. O goleiro Devan Dubnyk, que chegou no meio da temporada, teve um ano fantástico, seguido por atuações espetaculares de Zach Parise, maior nome do elenco, Ryan Sutter, Matt Dumba, Mikko Koivu e Jason Zucker, que mesmo machucado por boa parte da temporada, foi um dos artilheiros do time.
Sem mudanças significativas no elenco, o Minnesota Wild aposta em repetir as grandes atuações de seus principais jogadores, principalmente nos últimos meses da temporada regular, que levaram a equipe a pós temporada. Mas o time precisa de um elenco mais encorpado para que as terceira e quarta linha possam dar sustentação ao restante do time, além de uma defesa de mais qualidade.
Briga por: Vaga no Wild Card
WINNIPEG JETS
Os 99 pontos conquistados (43-26-13) e a vaga no wild card, confirmada nos últimos dias da temporada regular, trouxeram de volta a pós-temporada para a cidade de Winnipeg, onde podemos reviver a tradição do Whiteout, que é quando todos os torcedores vestem branco para lotar o MTS Centre. Mas com uma offseason tímida, a tarefa do Winnipeg Jets será bem mais difícil neste ano.
A saída do jovem Michel Frolik, que foi para o Calgary Flames, é uma perda significativa para a parte ofensiva da equipe. Os rumores de uma saída do defensor Dustin Byfuglien podem dificultar e muito o retorno do time para os playoffs da NHL. O ataque do time será baseado em Andrew Ladd, capitão e destaque do elenco, muito bem assessorado por Blake Wheeler e Bryan Little, mas pode ser insuficiente em uma divisão tão disputada com a Central.
Briga por: Fugir da lanterna.
COLORADO AVALANCHE
O general manager Joe Sakic e o treinador Patrick Roy sabem que os 90 pontos (39-31-12) da temporada passada não são uma campanha desastrosa, mas os mesmos 90 pontos não conseguiram tirar o time da última posição na Divisão Central. Então as mudanças vieram…
A saída significativa foi a de Ryan O’Reilly, center que foi trocado com os Sabres, que mandaram o jovem defensor Nikita Zadorov e e o center Mikhail Grigorenko. Também chegaram o defensor Francois Beauchemin, ex-Ducks, e o center Carl Soderberg, ex-Bruins.
Mesmo com as mudanças, Patrick Roy aposta nas suas jovens promessas Nathan Mackinnon, Gabriel Landeskog e Matt Duchene, que têm boas temporadas, mas sempre abaixo da expectativa. Acaba sobrando para o veterano Jarome Iginla, que aos 38 anos, terá a responsabilidade de fazer os gols da equipe e do goleiro Sergei Varmalov, que terá uma dura tarefa de impedir os gols adversários.
Briga por: Fugir da lanterna.