TOP 5: os melhores wide receivers do Draft da NFL de 2019
Confira os melhores jogadores disponíveis para reforçar o ataque do seu time em 2019
Recebi a importante missão de dar sequência aos “Top 5” do Draft de 2019 da NFL aqui no The Playoffs, que objetiva analisar e ranquear os cinco melhores jogadores em cada posição que poderão ser selecionados pelas equipes no dia 25 de abril. Apesar de ser a meu primeiro Top 5 (já é meio que um pedido de desculpas por qualquer previsão louca/absurda que eu possa acabar fazendo), é um prazer poder falar sobre os recebedores em início de carreira. A classe deste ano tem muito potencial, talento e pode fazer a diferença para várias equipes.
A recente edição do Combine da NFL – que também teve cobertura do The Playoffs – me deixou bem empolgado com o grupo de jogadores que vem por aí e acredito que alguns deles irão figurar bem no próximo Draft (ouso dizer que até mesmo no Top 10). Se a sua equipe está precisando de um bom recebedor para reforçar seu grupo ofensivo, visando algo grande na(s) próxima(s) temporada(s), os nomes abaixo podem ser a peça que falta.
Lembrando que: 1. as opiniões aqui são baseadas na análise do autor; 2. a ordem abaixo não significa necessariamente a ordem em que eles devem ser escolhidos, uma vez que cada time pode ter diferentes visões e necessidades no Draft.
Foto: Divulgação/NFL
1 – D.K. Metcalf, Ole Miss
Confirmei minha escolha para número 1 deste Top 5 após alguma reflexão e comparação das qualidades/defeitos dos principais prospectos disponíveis para o próximo Draft e vou de DeKaylin Zecharius Metcalf ou, como é mais conhecido, D.K. Metcalf. Sophomore (jogador de 2º ano) oriundo da Universidade de Ole Miss, D.K. vem de uma família experiente dentro do futebol americano – ele é filho de Terrence Metcalf (jogador dos Bears entre 2002 e 2008), neto de Terry Metcalf (corredor de St. Louis Cardinals, Toronto Argonauts e Washington Redskins) e tio (apesar de não haver total acordo sobre isso, diga-se de passagem) de Eric Metcalf (RB/WR e retornador com passagens por várias equipes na liga).
Medindo 6’3” (1,90 m) e pesando 228 libras (aproximadamente 103,4 kg), é certo dizer que D.K. não teve números extraordinários dentro do engessado sistema ofensivo de Ole Miss, nas duas temporadas que disputou (em 2016, Metcalf sofreu uma fratura no pé ainda no segundo jogo e não teve como atuar). Para piorar, uma séria lesão de pescoço pôs fim ao ano de Metcalf em 2018 e é sempre bom ter em mente que essa lesão pode servir como um grande sinal amarelo para muitos times que possam estar interessados em contar com o jogador na NFL.
Apesar dos números aparentemente regulares (2017: 646 jardas, média de 16,6 jardas em 39 recepções, sete TDs; 2018: 569 jardas, média de 21,9 jardas em 26 recepções, cinco TDs), D.K. mostrou que – apesar das limitações perceptíveis em Ole Miss – sabe (e como sabe…) tirar proveito de sua altura, de sua força física e de sua grande velocidade. Ele comete alguns drops fáceis por desatenção, não possui uma árvore de rotas bem desenvolvida (É um problema? Talvez. Dá para resolver? Claro!), mas sua explosão ao percorrer as rotas e sua habilidade para abrir espaços em meio à defesa o transformam em um recebedor difícil de enfrentar – no chão e no ar.
Mesmo com os pequenos e corrigíveis problemas que foram visíveis durante sua carreira universitária, mesmo com o histórico de lesões pesando contra, D.K. foi ao Combine e saiu do Lucas Oil Stadium tendo apresentado um desempenho simplesmente espetacular, salvo uma ressalva. O jovem – nos exercícios de supino, salto vertical e corrida de 40 jardas – foi superior a jogadores como o defensor Khalil Mack (27 repetições contra 23 de Mack), o WR Julio Jones (40.5″ no salto contra 38,5″ de Jones) e o WR DeSean Jackson (impressionantes 4,33 segundos contra 4,35 de Jackson).
Ah, mas e a ressalva? Na atividade com cones, Metcalf se saiu pior que Julio Jones (7,38 segundos contra 6,66 de Jones).
O jovem Metcalf surge como a melhor opção na minha opinião, se destacando em meio a um grupo talentoso de recebedores. Ele é perfeito? Não. Mas é uma joia bruta que, se bem lapidada, vai ter um grande futuro na NFL.
Foto: Reprodução/Youtube
2 – A.J. Brown, Ole Miss
Minha escolha para número 2 deste Top 5 também vem da Universidade de Ole Miss: seu nome é Arthur Brown Jr. ou, simplesmente A.J. Brown. Junior (jogador de 3º ano) e comparável a JuJu Smith-Schuster (nome interessante do Pittsburgh Steleers), Brown teve uma ótima carreira no futebol americano universitário. Medindo 6’0” (1,83 m) e pesando 226 libras (aproximadamente 102,5 kg), A.J. teve números mais expressivos do que os obtidos por Metcalf, passando das 1.300 jardas em 85 recepções e anotando seis TDs na última temporada.
Com ótimos números e, mesmo fazendo parte do que vou chamar de “ataque engessado” em Ole Miss, Brown mostra determinação, um positivo sentimento de competitividade e um repertório bem diferente de D.K. Ele é rápido nas rotas, podendo variar sua velocidade se preciso for; sabe usar bem o seu centro de gravidade e é habilidoso para lidar com passes curtos e/ou complicados; é um ótimo corredor após fazer a recepção, entre outras qualidades.
O desempenho de A.J. Brown no Combine não foi melhor que o de D.K. Metcalf, se compararmos os resultados das atividades em comum. Foram 19 repetições no supino, 36.5″ no salto vertical e 4,49 segundos na corrida de 40 jardas. Mas, nem por isso o imenso potencial ofensivo dele deve ser subestimado. Brown tem boas chances de ser selecionado ainda na 1ª rodada do Draft.
A.J. Brown também apresenta alguns defeitos que precisam ser tratados em sua futura equipe na NFL. O jogador é mais um que comete alguns drops sempre que seu nível de atenção diminui, necessita fazer alguns pequenos ajustes no que diz respeito aos passes ruins e precisa mostrar que pode lidar bem com a velocidade da liga.
Foto: Reprodução/Youtube
3 – Marquise Brown, Oklahoma
Chegamos à metade do caminho. Desta vez, meu escolhido vem da Universidade de Oklahoma: Marquise Brown. Mais um junior (jogador de 3º ano) e, comparado a DeSean Jackson, Brown teve uma ótima passagem pelo futebol americano universitário, tendo revelado que escolheu jogar pelos Sooners por causa do poderio ofensivo da equipe. Marquise mede 5’9” (1,75 m) e pesa 226 libras (aproximadamente 102,5 kg), carregando consigo um retrospecto excelente – duas temporadas de, no mínimo, 1.000 jardas e 57 recepções.
Com ótimos números, Brown contribuiu para um grande ataque nos Sooners, seja recebendo passes de Baker Mayfield ou de Kyler Murray – ambos vencedores do Heisman Trophy. O primo de Antonio Brown mostrou muita energia em campo, muita velocidade, habilidade com os pés para fugir da marcação adversária e talento para produzir touchdowns.
Entretanto, há um detalhe que pode acabar pesando contra Marquise: uma lesão sofrida na decisão da Conferência BIG 12 em 2018 acabou impedindo o jogador de se apresentar no Combine, em Indianápolis. Em um ano com tantas peças gerando interesse dos times da NFL antes do Draft, ficar de fora das atividades do Combine pode acabar fazendo com que “Hollywood” (apelido do menino Marquise) sofra uma queda nas probabilidades de aparecer bem no momento da seleção em abril.
Marquise necessita de ajustes em sua árvore de rotas, de um “polimento” em sua habilidade de buscar um melhor posicionamento e de alguma atenção no que tange às possíveis recepções de passes longos e mais baixos.
Foto: Reprodução/Youtube
4 – Parris Campbell, Ohio State
Penúltima parada deste Top 5. Meu escolhido é da Universidade de Ohio State (aquela das famosas folhinhas no capacete, hehe) e atender pelo nome Parris Campbell. Primeiro e único senior da minha lista e um jogador de respeito, vindo de uma das equipes mais tradicionais da NCAA. Parris mede 6’0” (1,83 m) e pesa 205 libras (aproximadamente 92,9 kg), trazendo consigo um retrospecto excelente – líder da equipe em jardas (1.063) e 12 touchdowns em 14 jogos na última temporada.
Com ótimos números, não dá para desconsiderar a importância de Parris Campbell no ataque de Ohio State. Sua velocidade, atleticismo, jogo explosivo (mas sem perder a fluidez) e, até mesmo, a habilidade acima da média de atuar como retornador de chutes, transformam Parris em um jogador repleto de utilidades e ferramentas.
Seu Combine trouxe números relevantes, pensando no Draft. Apesar de não ir tão bem no supino (apenas 11 repetições), sua impulsão (40″ no salto vertical) e sua velocidade (4,31 segundos na corrida de 40 jardas) ficaram comprovadas (e muito bem comprovadas).
O garoto tem o que melhorar? Sim. Lhe falta experiência na árvore de rotas e uma atenção maior para com as recepções, exigindo dele maior foco.
Foto: Reprodução/Youtube
5 – N’Keal Harry, Arizona State
O último nome da minha lista é o de N’Keal Harry, vindo da Universidade de Arizona State. Junior nascido no Caribe, N’Keal mede 6’2” (1,88 m) e pesa 228 libras (aproximadamente 103,4 kg), terminando a última temporada com pouco mais de mil jardas conquistadas e 73 recepções em 12 jogos. O jogador abriu mão de disputar o Bowl do qual Arizona State participou, dando preferência à preparação para o Draft.
Harry é competitivo, dedicado, tem se mantido produtivo desde a época do high school, é paciente e, mesmo com sua altura e peso, possui bom equilíbrio para encarar recepções mais disputadas.
O Combine mostrou o quanto N’Keal Harry é forte (27 repetições no supino), apresenta impulsão vertical razoável (38.5″ no salto) e tem velocidade regular (4,53 na corrida de 40 jardas). Mesmo assim, Harry pode surpreender no Draft. O garoto precisa melhorar suas técnicas para lidar com a pressão das defesas adversárias e trabalhar para manter o foco nas recepções em meio ao tráfego.
Foto: Reprodução/Youtube
ESPECIAL: TOP 5 DRAFT 2019
– 14/3: linha defensiva
– 21/3: running backs
– 28/3: linha ofensiva
– 4/4: tight ends
– 11/4: linebackers