TOP 5: os melhores running backs do Draft da NFL de 2021
Confira as melhores opções disponíveis para a posição de running back em 2021
A série de prévias do The Playoffs para o Draft da NFL de 2021 continua. Agora, chega a vez de olharmos para os running backs da classe.
Posições da NFL vivem momentos de altos e baixos, mas poucas são tão voláteis quanto a de RB. No momento, a posição passa por uma baixa após sucessivos contratos milionários que não renderam perto do esperado. Dentro desse contexto, o número de RBs selecionados no início do Draft tenderia a ser cada vez menor.
Entretanto, a classe de 2021 apresenta jogadores que certamente despertam atenção, e os dois principais nomes podem atrair algum interesse até mesmo no primeiro dia. Mas não custa deixar o velho lembrete de sempre: o Draft é uma ciência absolutamente inexata, ainda mais quando se trata de running backs.
Dito isso, vamos ao top 5 dos prospects para a posição de RB no Draft da NFL de 2021.
(Foto: Reprodução Twitter/Clemson Football)
1. Travis Etienne – Clemson
Mais um fruto do espetacular recrutamento dos Tigers, Etienne encerrou a passagem de quatro anos pela universidade com uma infinidade de recordes. Os números são, de fato, impressionantes: em 55 jogos, o running back produziu 4.952 jardas e 70 touchdowns em 686 corridas (uma surreal média de 7,2 por tentativa), além de 102 recepções para um total de 1.155 jardas e oito TDs.
No segundo ano em Clemson, Etienne explodiu e foi uma peça crucial no time campeão nacional de 2018. O running back terminou a temporada com 1.658 jardas terrestres e 24 touchdowns, com média de 8,1 jardas por tentativa. Em 2019, ano que rendeu o vice-campeonato nacional, Etienne apresentou um salto impressionante como recebedor: 432 jardas em 37 passes recebidos, comparados a 72 e 18 no ano anterior. Na temporada, foram 2.046 jardas de scrimmage.
Surpreendentemente, Etienne decidiu voltar para cumprir o último ano de elegibilidade. Não é preciso lembrar, mas 2020 foi um ano atípico, ainda mais em um time de Clemson renovado e menos experiente. Por isso mesmo, é possível relativizar a produção abaixo da média do running back: 914 jardas terrestres e média de 5,4 jardas por tentativa em 12 jogos. Mesmo produzindo abaixo do esperado nas corridas, o jogador dos Tigers evoluiu ainda mais no jogo aéreo, completando 48 recepções para um total de 512 jardas.
Os números não mentem: Travis Etienne é um running back completo, capaz de contribuir também no jogo aéreo. Correndo com a bola, o produto de Clemson é absolutamente letal. A média de 7,2 jardas por tentativa é fruto da excelente combinação de velocidade e explosão saindo da linha de scrimmage, além de uma ótima capacidade de mudar de direção. Quando encontra espaço no campo, Etienne costuma parar apenas dentro da end zone. Quebrar tackles também não é um problema para o running back, segundo colocado na estatística em 2020 e líder da FBS em média de jardas após o contato ao longo da carreira.
Mas se Etienne impressiona correndo com a bola, é justamente o desenvolvimento como recebedor que deve ajudá-lo a chegar na NFL. Cada vez mais envolvido no jogo aéreo dos Tigers, o RB evoluiu consideravelmente nas últimas duas temporadas como um corredor de rotas. Se antes Etienne era apenas um RB convencional nos passes, agora é também uma arma letal correndo rotas saindo do backfield. Obviamente, ainda há espaço para crescer na liga. Mas o potencial apresentado até aqui o colocará na conversa para o final da primeira rodada. Não à toa, o estilo de jogo rende cada vez mais comparações a um dos melhores da NFL na posição.
Comparação: Alvin Kamara
Encaixes: Arizona Cardinals, Buffalo Bills, Atlanta Falcons, New York Jets
2. Najee Harris – Alabama
É perfeitamente possível argumentar a favor de Harris como o número 1 da classe. De fato, seria justo classificar os dois principais nomes da classe como RB 1A e 1B, independente da ordem.
Mais um produto da fábrica de running backs de Alabama, Harris tem o potencial para ser um ótimo jogador na NFL. O jogador de Crimson Tide impressiona pelo tamanho acima da média para a posição, com 1,88m. Após atuar como parte da rotação nos dois primeiros anos, Harris assumiu a posição de liderar o backfield em 2019 e 2020. E respondeu à altura.
Em quatro anos atuando por Alabama, Najee Harris evoluiu temporada após temporada. Foram 3.843 jardas em 638 tentativas (média impressionante de 6,02 jardas por corrida), com 46 touchdowns. O running back também é uma arma no jogo aéreo, completando 80 recepções para um total de 781 jardas e 11 TDs.
Após terminar 2019 com números elogiáveis (1.528 jardas de scrimmage e 20 TDs no total), Harris firmou-se definitivamente em 2020. O running back da Crimson Tide conquistou 1.466 jardas em 255 corridas (média de 5,8 por tentativa), anotando nada menos que 26 touchdowns. Ainda mais efetivo no jogo aéreo do que antes, Harris completou 43 recepções para um total de 425 jardas e quatro TDs.
Devido ao excelente porte físico, derrubar Harris não é um desafio simples. O running back sabe usar muito bem a combinação de tamanho e força para quebrar tackles e ganhar algumas jardas a mais. Harris não é um corredor explosivo, mas consegue sobressair graças à excelente visão de jogo. Paciente, sabe esperar até que os gaps apareçam. E quando o espaço chega, o RB de Alabama costuma castigar os adversários. Seja pelas laterais ou pelo interior, Harris não tem problemas em encontrar espaços para correr.
Como dito antes, o prospect de Crimson Tide possui atuações de destaque no jogo aéreo. Com uma habilidade refinada para correr rotas saindo do backfield e ótima habilidade para receber passes, Harris tem o perfil ideal para um running back moderno.
Comparação: Le’Veon Bell
Encaixes: Pittsburgh Steelers, Miami Dolphins, New York Jets
(Foto: Reprodução Twitter/Alabama Football)
3. Javonte Williams – North Carolina
Ao contrário dos nomes anteriores, que já chamavam a atenção muito antes, Williams “comeu pelas beiradas”. O running back cresceu de produção em cada um dos três anos atuando pelos Tar Heels, colocando-se entre os principais nomes da classe na última temporada.
Williams não teve a oportunidade de liderar o backfield em North Carolina. Nas duas últimas temporadas, dividiu corridas com o outro running back do time, Michael Carter (ver abaixo). Mas mesmo sem o benefício de concentrar a produção, soube aproveitar as chances que teve. Após uma sólida temporada em 2019, com 933 jardas terrestres, o running back teve o melhor ano da carreira em 2020.
Disputando 11 jogos pelos Tar Heels, Williams conquistou 1.140 jardas e anotou nada menos que 19 touchdowns, com uma impressionante média de 7,3 jardas por tentativa. Além disso, demonstrou habilidade também como recebedor, acrescentando 305 jardas em 25 recepções. Na carreira, os números são mais modestos em comparação a outros jogadores da classe: 2.297 jardas, 29 touchdowns e média de 6,3 jardas por corrida, além de 539 jardas e quatro TDs em 50 recepções.
Williams corre com um estilo de jogo extremamente físico. Com um equilíbrio impressionante, o running back quebra tackles e deixa defensores no chão com facilidade, mantendo-se em pé para estender lances. Além de possuir um estilo favorável para a transição rumo à NFL, o RB apresentou uma evolução significativa como recebedor no último ano.
Apesar de ser um jogador menos espetacular que os nomes citados acima, Javonte Williams possui a combinação necessária de fatores para brigar por uma vaga de RB1 como profissional.
Comparação: David Montgomery
Encaixes: Tampa Bay Buccaneers, Buffalo Bills, Atlanta Falcons, Baltimore Ravens
(Foto: Reprodução Twitter/Carolina Football)
4. Kenneth Gainwell – Memphis
Gainwell é um nome interessante para o Draft. Após um ótimo ano em 2019, o running back de Memphis decidiu não jogar em 2020 por conta da pandemia de COVID-19. Entretanto, isso não o impediu de declarar-se para o processo de seleção. Por conta disso, a amostra é absurdamente pequena: 18 jogos disputados, sendo 14 em 2019 e quatro em 2018.
Mesmo com pouco tempo de college, o RB chamou a atenção de scouts. No último ano como jogador universitário, Gainwell teve números sólidos correndo com a bola: 1.459 jardas e 13 touchdowns em 231 tentativas. Entretanto, o que de fato chamou a atenção foi a habilidade como recebedor, com 610 jardas e 51 recepções.
Gainwell possui uma combinação interessante de explosão e aceleração como corredor, mas precisa ganhar massa muscular caso pretenda ser um running back titular. Com espaço, o ex-jogador dos Tigers provou que pode ganhar jardas e deixar defensores para trás. Mas diante de jogadores muito mais fortes na NFL, o porte físico poderá fazer a diferença.
No momento, o RB vindo de Memphis possui um potencial interessante como RB de rotação. Embora não aparente ser um jogador para três descidas e com potencial para liderar o backfield sozinho, Gainwell é uma peça a ser considerada para times que adotam comitês na posição, ou então para times que buscam um jogador complementar para receber passes saindo do backfield.
Comparação: Tony Pollard
Encaixes: Pittsburgh Steelers, Tampa Bay Buccaneers, Chicago Bears, Tennessee Titans
(Foto: Reprodução Twitter/Memphis Football)
5. Michael Carter – North Carolina
Como dito antes, North Carolina dividiu as ações no backfield entre dois running backs. Carter obteve números melhores do que o companheiro Javonte Williams, mas possui uma projeção menor para a NFL.
O maior problema para o running back dos Tar Heels é a estatura. Com apenas 1,73m, Carter é relativamente baixo até mesmo para a posição. Diante de um estilo de jogo muito mais físico na NFL, os problemas serão maiores.
A baixa estatura não o impediu de produzir muito bem no college. Em quatro temporadas, Carter disputou 44 jogos por North Carolina e superou a marca das mil jardas terrestres tanto em 2019 quanto em 2020. No último ano, o RB conseguiu os melhores números da carreira: 1.245 jardas e nove touchdowns, com uma média de 7,98 jardas por tentativa. Também demonstrou habilidade no jogo aéreo, completando 25 recepções para um total de 267 jardas. Ao longo das quatro temporadas, Carter acumulou 3.404 jardas terrestres, 22 touchdowns e média de 6,6 jardas por corrida, além de 656 jardas e seis TDs em 82 recepções.
Com ótima aceleração, o running back é letal quando encontra espaço. Carter não possui uma enorme velocidade final, mas a explosão em curtos espaços aliada à facilidade para mudar de direção o permitem conseguir bons ganhos e evitar tackles. Repetir o mesmo estilo de jogo na NFL será difícil em outro sistema. Mas o talento como corredor torna Michael Carter uma opção interessante como um change of pace running back com potencial para ir além nas circunstâncias certas.
Comparação: Jerick McKinnon
Encaixes: Chicago Bears, San Francisco 49ers, Cincinnati Bengals
(Foto: Reprodução Twitter/Carolina Football)
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