TOP 5: os melhores jogadores de linha ofensiva do Draft da NFL de 2019
Veja quem são os melhores prospectos disponíveis no Draft para reforçar a linha ofensiva do seu time em 2019
Falta pouco menos de um mês para começar o mais antigo recrutamento de atletas das grandes ligas americanas, já que o Draft da NFL teve o seu primeiro evento datado em 1936, antes até da unificação da liga com a AFL, que ocorreu em 1966. E me foi dada a missão, pelo segundo ano consecutivo, de analisar para o “TOP 5” do The Playoffs os melhores jogadores disponíveis no Draft de 2019 da NFL.
Desde já, adianto que essa não é uma classe com um jogador excepcional da principal e mais complexa unidade do futebol americano. Não se tem um nome como Quenton Nelson, por exemplo. Entretanto, há bons nomes que que já poderão causar impacto nas OLs da liga, atuando em suas posições de costume no college football ou se adequando à necessidade da equipe que os selecionar, já que sempre poderá haver mudanças entre as posições da linha de frente do ataque do futebol americano universitário para o nível profissional, levando em conta atributos como altura, envergadura, mobilidade etc.
Então, sem mais delongas, vamos ao meu TOP 5 de jogadores de linha ofensiva do Draft da NFL de 2019, levando em conta as atuações dos atletas em seus anos no college e suas performances durante o NFL Scouting Combine e os Pro Day’s das equipes.
Lembrando que: 1. as opiniões aqui são baseadas na análise do autor; 2. a ordem abaixo não significa necessariamente a ordem em que eles devem ser escolhidos, uma vez que cada time pode ter diferentes visões e necessidades no Draft.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL Draft)
1. Jonah Williams – tackle (Alabama)
Jonah Williams é o jogador de linha ofensiva mais falado desde o fim da temporada 2018 de college football. Contudo, não é só sobre sua qualidade como bloqueador, ou sua temporada por Crimson Tide. O grande dilema em torno do left tackle é se se ele tem tamanho suficiente, principalmente no comprimento de seus braços, que seriam curtos para jogar na posição a nível profissional.
Recrutado como um atleta cinco estrelas vindo do high school, a ética de trabalho e atletismo de Williams fizeram dele titular em Alabama como right tackle em todos os 15 jogos de 2016, além de ser eleito para as equipes de Freshman All-American e SEC All-Freshman. No ano seguinte, foi mudado para o lado esquerdo da linha para assumir o lugar de Cam Robinson e foi titular em 14 partidas, sendo escolhido como All-American da Associated Press e First Team All-SEC coroando o título conquistado. Em 2018 sua produção foi ainda melhor e o LT foi eleito de forma unânime para todos times ideias do ano.
Mesmo com as boas produções em seus três anos atuando por Bama, durante o NFL Combine, o camisa 73 cansou de responder perguntas sobre o tamanho de seus braços, mas garantiu que ter um maior alcance não faria dele um jogador melhor. E quando se trata de técnica pura, o junior não deixa a desejar. Também por isso poderá ser usado nas diversas posições ao longo da linha.
Williams se mostra eficaz para proteção do jogo aéreo. É rápido e se redireciona bem quando precisa fazer algum tipo de ajuste, além de possuir um excelente step back para ancorar seus pés assim que consegue colocar as mãos no adversário. Contudo, justamente por ter braços curtos, os pass rushers adversários costumam usar sua envergadura maior para criar distância contra o LT e não deixar que ele firme as mãos no peito deles. Já no jogo terrestre, Jonah se mostra dominante. Move e planta os pés de forma excelente e utiliza seu corpo para atacar o rival, chegando bem também ao segundo nível defesa.
Jonah Williams não deve ser o primeiro offensive lineman escolhido no Draft de 2019, mas possui potencial para ser um Pro Bowler, tanto como tackle quanto como guard, caso a equipe que o escolher opte pela mudança.
(Foto: Reprodução Instagram/Jonah Williams)
2. Andre Dillard – tackle (Washington State)
Redshirt senior, Dillard tem um ótimo tamanho para a posição de left tackle. O jogador é considerado o melhor pass protector entre todos os jogadores de linha ofensiva do Draft da NFL de 2019, mas precisa melhorar sua técnica, tanto com as mãos – para evitar faltas por segurar o adversário e também para conseguir manter alguns de seus bloqueios por mais tempo – quanto com os pés – para manter o corpo melhor equilibrado contra defensores mais fortes que utilizam muito de bull rush. Algo que, se bem treinado, fará dele um excelente tackle para a NFL.
Outro fator a ser melhorado no jogo de Andre Dillard é sua capacidade de bloquear em corridas. Ainda falta força para mover bem os jogadores que estão na sua frente e chegar no segundo nível da defesa para bater de frente com os linebackers, já que é rápido para seus 1,96m de altura e 142kg, correndo o tiro de 40 jardas em 4,96 segundos.
Mesmo assim seu forte fica na proteção do blind side com uma ótima forma atlética e com um ótimo alcance, explodindo do stance para uma boa postura após o primeiro passo para trás mantendo uma boa flexão dos joelhos e do quadril para manter a ancoragem e o equilíbrio após o impacto com um defensor. A partir disso, Dillard mostra agressividade e força com as mãos para redirecionar o adversário sem muito esforço. E mesmo quando o adversário consegue diminuir a distância e entrar no seu peito, o produto de Washington State é rápido para recolocar as mãos e travar a alavanca de proteção. Muito disso pode ser visto na sua excelente atuação durante o Senior Bowl deste ano.
No geral, Dillard é um puro left tackle que faz de tudo para proteger seu QB enquanto busca um recebedor. Claro que precisa evoluir fisicamente e ficar mais forte para ajudar mais nas corridas, mas mostra capacidade de começar como titular do lado esquerdo desde o primeiro dia na NFL e muito por conta de jogar quatro anos como LT no college.
(Foto: Reprodução Instagram/Andre Dillard)
3. Jawaan Taylor – tackle (Florida)
Jawaan Taylor é um terceiranista que atuou majoritariamente como right tackle pelos Gators. Ele foi titular em 12 dos 13 jogos disputados em seu primeiro ano em Gainesville, conquistando as honras de Freshman All-American e sendo nomeado para a equipe do Freshman All-SEC de 2016. Em seu segundo ano, jogou em todos os 11 jogos, atuando em nove como RT e os dois últimos como left tackle. Já em 2018, o camisa 65 atuou em 12 partidas e foi considerado um dos um dos melhores offensive tackles do país mesmo sem nenhuma honraria como no ano anterior.
De acordo com o Pro Football Focus, Taylor cedeu apenas um sack em 364 snaps de passe do ataque da Universidade da Florida na última temporada. Ele tem o tamanho e a força para jogar no lado direito da linha, mas precisa melhorar sua agilidade e velocidade para alinhar no lado esquerdo e ser o pilar da proteção contra o passe no próximo nível.
Na proteção para o jogo aéreo, Jawaan Taylor mostra boa velocidade nos pés para se mover bem diante dos defensores e a força para os redirecionar para fora do pocket. Contudo, tem o hábito de só colocar a mão, conduzindo o rival, em vez de dar um punch para jogar o adversário para fora, o que permite que os defensores entrem em seu peito o forçando para trás. Mesmo assim é forte contra os power rushers. Já no jogo de corrido, ele tem uma tremenda força na parte superior do corpo para dar um baita primeiro contato e abrir os gaps se atirando contra a defesa e quem vier pela frente, sendo um belo run blocker. Tanto que existe rumores de que alguns times gostariam de testá-lo como guard.
Taylor faz de tudo para tirar qualquer oponente do caminho. Seu step back é bom suficiente para deslizar com agilidade antes do primeiro contato com o defensor, mas às vezes peca em proteger a parte de fora e não conseguir se recuperar quando o rival volta para o gap interno. Mesmo assim, suas qualidades fazem dele um titular do lado direito da linha ainda como calouro.
(Foto: Reprodução Twitter/Gators Football)
4. Garrett Bradbury – center (N.C. State)
Redshirt senior, Garrett Bradbury é dos jogadores que subiram nos boards dos analistas da NFL após sua atuação no Scouting Combine. Com 1,90m de altura e 138 kg, o center de N.C. State correu as 40 jardas em 4,92 segundos, conseguiu 34 repetições no supino e outros bons números nos demais exercícios de avaliação.
Bradbury chegou a Wolfpack como tight end em 2014, sendo redshirting depois de se destacar no ensino médio na posição. Antes da temporada 2015 começar, ele mudou sua posição para guard devido a uma lesão e atuou em 11 partidas como reserva. Já em 2016, o OL começou todas os jogos 13 da unidade no ano como guard esquerdo antes de mudar para center em 2017. E como veterano de cinco anos no college football, ele foi eleito o melhor center do país ao conquistar o Rimington Trophy, as honras de All-ACC e Associated Press All-American.
O center é grande, tem excelente velocidade, equilíbrio e potência. Extremamente técnico, raramente perde um bloqueio ao ancorar bem suas pernas após o snap. Na proteção de passe, ele tem mãos rápidas e pode facilmente deslizar o quadril com um bom primeiro passo. Mesmo quando enfrenta grandes defensive tackles, consegue se recuperar ao perder no bull rush. Já no jogo corrido, ele usa sua velocidade para atingir o mais rápido e forte possível o oponente e anular a defesa da melhor forma até no segundo nível. No geral, Bradbury será um híbrido que poderá jogar como center ou guard, caso necessário.
Seu controle corporal, força no quadril e agilidade para se mover de ponta a ponta das trincheiras fazem dele um protótipo excelente de um jogador de interior de linha ofensiva, mas principalmente numa equipe que procura um center para começar de forma imediata no Draft.
(Foto: Reprodução Instagram/Garrett Bradbury)
5. Cody Ford – tackle (Oklahoma)
Ford chega ao Draft de 2019 da NFL como o jogador que ajudou na proteção dos dois últimos vencedores do Heisman Trophy: Baker Mayfield e Kyler Murray. Ele optou por assinar com Oklahoma apesar de ter crescido na Louisiana e ser procurado pelas universidades da SEC como um recruta quatro estrelas. Ele foi redshirt em primeiro ano em Norman e começou como left guard nos três primeiros jogos de 2016, mas acabou quebrando a perna e perdeu o restante da temporada. Em 2017 ele atuou em 12 partidas e foi titular em quatro confrontos daquela temporada. O camisa 74 foi transferido para right tackle em 2018 por conta das mudanças ocorridas na OL dos Sooners e por ali jogou por 14 embates após perder peso para se tornar mais móvel.
Ser hibrido assim fez ele chamar a atenção de muitos times da liga que buscam um jogador mais versátil na linha ofensiva. Mas o que fez Ford se destacar realmente nesse período foi sua qualidade de bloquear para jogadas corridas por conta de sua força e explosão. Na proteção do passe, o jogador usa sua velocidade para se posicionar e acertar oponentes com os braços, mas ainda precisa melhorar o uso das mãos para atuar como tackle na NFL. Ele deixa as mãos muito baixas e permite que os defensores ponham as mãos em seu peito para afastá-lo.
Cody Ford tem excelente rapidez na mudança de direção e joga com consciência. No jogo terrestre ele é um run blocker que costuma acertar a primeira coisa que vê pela frente com tudo, mas pode melhorar sua leitura para chegar no segundo nível e liderar um bloqueio com sucesso.
O camisa 74 tem uma boa combinação de traços físicos e atléticos que farão as equipes da NFL pensar antes de deixa-lo passar dependendo da posição no Draft. Ele é cru e relativamente inexperiente como offensive tackle, pois só atuou na posição por uma temporada, mas se bem trabalhado pode render bons frutos na liga, mesmo porque deseja jogar como OT no nível profissional. O caminho mais seguro deve ser deixando ele como guard, pois enfrentará menos exposição na proteção de passe e onde seu tamanho e capacidade atlética devem permitir que ele se torne um bloqueador mais consistente.
(Foto: Reprodução Instagram/Cody Ford)
ESPECIAL: TOP 5 DRAFT 2019
– Os melhores jogadores de linha defensiva
– Os melhores jogadores de linha ofensiva
– 4/4: tight ends
– 11/4: linebackers