Super Bowl LIV: 5 motivos para acreditar no título do Kansas City Chiefs
Confira as principais razões para acreditar na conquista do bicampeonato dos Chiefs
O Super Bowl LIV promete, e, no próximo domingo (2), o Kansas City Chiefs enfrenta o San Francisco 49ers no Hard Rock Stadium, em Miami, pelo jogo mais importante de todos os esportes americanos. Para os torcedores dos Chiefs, principalmente, é uma sensação especial, pois é a primeira vez em 50 anos que a equipe do Missouri vai jogar a final do futebol americano.
Os Chiefs são a prova de um trabalho a longo prazo. Desde que Andy Reid assumiu como treinador da equipe, Kansas City só não foi para os playoffs em uma temporada. Com Alex Smith de quarterback, o time foi sendo montado, com várias escolhas de Draft importantes como Tyreek Hill e jogadores contratados na free agency, como Sammy Watkins e Damien Williams. A cereja do bolo veio com Patrick Mahomes, décima escolha geral em 2017, que assumiu como titular em 2018, quando Smith foi trocado para o Washington Redskins.
O resultado disso tudo foi um dos melhores ataques da NFL em 2018, que se estendeu para 2019. A temporada foi bem turbulenta e cheia de lesões para os Chiefs, inclusive Mahomes, que acabou sofrendo uma contusão no joelho e perdeu dois jogos. Além dele, Hill, Chris Jones, Emmanuel Ogbah, Juan Thornhill, Alex Okafor e Eric Fisher, todos titulares, sofreram contusões. Mesmo assim, Kansas City se superou e foi para os playoffs como a seed 2, jogando os dois jogos dos playoffs em casa e vencendo os dois de virada.
Agora, no Super Bowl, podemos acreditar em um título dos Chiefs. Por isso, o The Playoffs elenca 5 motivos para acreditar nisso.
(Foto: Divulgação/Kansas City Chiefs)
RESILIÊNCIA
Os Chiefs saíram perdendo em todos os jogos dos playoffs neste ano, inclusive tendo a maior virada da história da franquia contra o Houston Texans. Isso é importante para uma equipe que quer vencer o Super Bowl, pois o time pode nem sempre estar jogando em vantagem, mas sabe que, a qualquer momento, eles podem virar a mesa e vencer a partida.
Além disso, os ajustes feitos por Andy Reid ofensivamente e Steve Spagnuolo, defensivamente, mudam muito a cara da equipe durante a partida. Os dois têm uma visão do jogo muito boa, e, algumas vezes, eles tiveram participação decisiva nas duas viradas. Spagnuolo, depois de ter visto que os Texans tentavam muitos passes longos, ajustou e recuou mais os linebackers, mandando blitz em situações mais esporádicas. O resultado foi uma mudança de atitude do ataque de Houston, que avançou menos do campo e não conseguiu mais encaixar.
Diferente dos Niners, que são montados para jogar em vantagem, os Chiefs têm um ataque muito vertical e explosivo. Comparando com os 49ers, que dependem muito do jogo terrestre, eles teriam um poderio para virar o jogo menor do que KC, portanto, acredito que essa é uma força incomparável do time.
DEFESA TERRESTRE
Um dos maiores problemas dos Chiefs desde a temporada passada foi a defesa terrestre. Nas primeiras semanas, eles continuaram muito mal, cedendo mais de 100 jardas para Josh Jacobs e Derrick Henry e sofrendo com outros running backs como Carlos Hyde, Aaron Jones e Leonard Fournette.
Depois da bye week da equipe, no entanto, os Chiefs tiveram uma das cinco melhores defesas da NFL, e o combate terrestre foi muito bem. Enfrentando jogadores como David Montgomery, Phillip Lindsay e Melvin Gordon, o time cedeu o quarto menor número de jardas pelo chão nas cinco últimas semanas da temporada. Isso se estendeu para os playoffs, quando, enfrentando Henry novamente, KC limitou o até então melhor jogador da pós-temporada a menos de 80 jardas.
Contra um time que depende muito do jogo terrestre para o bom funcionamento do ataque, o torcedor dos Chiefs pode acreditar que, se continuar jogando tão bem defensivamente contra o ataque que destruiu todas as defesas nos playoffs por enquanto, eles têm uma boa chance de vencer. Frank Clark, Chris Jones, Mike Pennel e Reggie Ragland serão importantes para isso.
COMISSÃO TÉCNICA
Andy Reid, com certeza, é um dos melhores treinadores da história da NFL, mas ainda não conquistou nenhum título. Os Chiefs têm uma combinação muito boa de treinador principal e coordenadores, já que o gênio desenhando jogadas é Reid, mas quem chama as jogadas ofensivas é Eric Bieniemy, coordenador ofensivo. Além disso, o experiente Steve Spagnuolo está se redimindo como coordenador defensivo, além de Dave Toub ser um dos melhores coordenadores de special teams da Liga.
O jogo de xadrez entre esses três e a equipe de Kyle Shanahan deve ser um dos melhores confrontos desse Super Bowl. Os Chiefs, para mim, levam vantagem por poderem fazer mais coisas com seu ataque do que os Niners que, por exemplo, não têm uma habilidade de Patrick Mahomes em Jimmy Garoppolo, então o seu jogo aéreo definitivamente ficará mais limitado do que os adversários.
Com uma mente ofensiva tão boa como a de Reid, um controlador de jogadas tão bom em Bieniemy, um competente coordenador que está acostumado a treinar em Super Bowls em Spagnuolo, e um organizado treinador de times especiais em Toub, os Chiefs têm uma das melhores combinações de treinador e coordenadores da Liga, e deve ser um trunfo mesmo contra um Shanahan inspirado.
SEDE DE TÍTULOS
Os Chiefs não chegam no Super Bowl desde quando venceram a edição IV (ou 4) contra o Minnesota Vikings, em 1970. Qualquer franquia tradicional como são os Chiefs que fique tanto tempo sem chegar numa final vai com mais sede para vencê-la, ainda mais com um quarterback jovem que disse que “precisa aproveitar a chance, pois essa pode ser a última”.
Além disso, os Chiefs colecionam frustrações nos playoffs nos últimos anos. Vale lembrar da dolorosa eliminação contra o Indianapolis Colts numa virada espetacular no Lucas Oil Stadium, a falta de Eric Fisher contra James Harrison nos playoffs divisionais em 2017, o passe de Marcus Mariota para si mesmo e as duas derrotas para o New England Patriots. Tudo isso aconteceu nos últimos sete anos para Kansas City.
Por isso, os Chiefs vivem uma sede maior de títulos do que os 49ers, mesmo que os Niners não vençam um Super Bowl desde os anos 90 e querem entrar no grupo daqueles que têm seis títulos junto com Pittsburgh Steelers e New England Patriots. Nesse momento, KC parece ter mais motivos para entrar com vontade renovada na ocasião.
PATRICK MAHOMES
Esse talvez seja o principal motivo para se acreditar em uma vitória dos Chiefs nesse Super Bowl. Mahomes, neste momento, é o melhor quarterback da NFL, e vive uma fase espetacular, talvez fazendo o melhor jogo de sua carreira na final de conferência contra os Titans. Para muitos, a diferença entre Kansas City e San Francisco é justamente a qualidade do QB, e isso pode definir o resultado.
Já vimos Mahomes colocar o jogo nas costas por várias vezes em sua carreira na NFL. Quando ele foi MVP, conseguiu levar uma equipe que tinha uma das cinco piores defesas da Liga para uma final de conferência, um feito impressionante para um cara que vivia sua primeira temporada como titular. Tudo isso, junto com o momento que vive o QB, fazem dele uma peça-chave para a vitória dos Chiefs.
Mahomes continua evoluindo e, agora, parece estar desenvolvendo mais uma arma no seu vasto arsenal, também se dando muito bem correndo com a bola. Ele fez uma jogada contra os Titans que os torcedores dos Chiefs chamaram de “The Run”, para um touchdown terrestre na final da AFC.
Quem tem um quarterback top geralmente sai na frente em relação ao seu adversário na NFL de hoje em dia, então Patrick Mahomes com certeza será o cara que mais pode decidir a final.
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