SUPER BOWL LII: 5 motivos para acreditar no título do Philadelphia Eagles
Razões para acreditar que os Eagles podem sair de Minneapolis com o título
No próximo domingo (4), no US Bank Stadium, em Minneapolis, acontecerá o tão aguardado Super Bowl LII. Apesar do evidente favoritismo do New England Patriots para manter a dinastia que criou, há motivos para acreditar que o Philadelphia Eagles é capaz de vencer os Pats.
A temporada dos Eagles contou com fatores extraordinários. Após uma campanha digna de MVP do quarterback Carson Wentz, ele sofreu uma grave lesão que o tirou da temporada. O time já havia perdido o left tackle titular, um linebacker e seu melhor retornador. Com vitórias heróicos com direito a field goal de 61 jardas do kicker rookie Jake Elliot, chegou a hora dos Eagles disputarem mais um SB.
Depois de bater na trave por duas vezes, chegou a hora dos Eagles gritarem “campeão” pela primeira vez. Portanto, o Blog The Playoffs traz os 5 principais motivos para acreditar no título do Philadelphia Eagles.
(Foto: Reprodução Twitter/Philadelphia Eagles)
CAMPANHA NA NFC
Ficou bastante evidente durante a temporada que o nível dos times da NFC foi superior. Ao olharmos a tabela dos playoffs, antes de começarem, era difícil apontar um candidato quase que absoluto para ser campeão (como ocorreu nos últimos anos com o New England Patriots na AFC). Na temporada regular, dentro de sua conferência, o Philadelphia Eagles teve recorde de 10-2 (1-1 com Nick Foles como titular), o que demonstra um amplo domínio sobre os times, perdendo apenas para o Seattle Seahawks fora de casa e para o Dallas Cowboys na última rodada, com muitos titulares sendo poupados. Assim, o time finalizou a NFC com a melhor campanha.
Nos playoffs, os Eagles receberam o Atlanta Falcons e, mesmo sem seu QB titular, venceram a partida, limitando Matt Ryan, Julio Jones e Devonta Freeman a apenas 10 pontos. Na final, enfrentou um embalado Minnesota Vikings e não teve problemas, nova vitória e vaga no Super Bowl.
Diante de grandes adversários nesta temporada, o time da Philadelphia mostrou capacidade de aproveitar as falhas para acumular pontos, além de um bom controle de relógio quando tinha vantagem. No domingo, terá o seu maior desafio, mas já mostrou ao longo dos últimos meses que é capaz de enfrentá-lo.
(Foto: Mitchell Leff/Getty Images)
COMISSÃO TÉCNICA
Todo o mérito dos Eagles em chegarem ao Super Bowl começam no general manager Howie Roseman. Com estilo bastante agressivo nas negociações, Roseman levou à Philadelphia Nelson Agholor, Carson Wentz e Derek Barnett através do Draft; se livrou do sempre machucado Sam Bradford por uma escolha de primeira rodada; contratou Doug Pederson como head coach; trouxe Alshon Jeffery, LeGarrette Blount, Chris Long no período de Free Agency e, por fim, adicionou Jay Ajayi no backfield no último dia possível para trocas.
A comissão técnica encabeçada por Pederson foi simplesmente ótima durante toda a temporada. Com o trabalho dividido entre o head coach e o coordenador ofensivo, Frank Reich, o ataque apresentou uma bela variação de jogadas. Por terra, Ajayi, Blount e o rookie Corey Clement trouxeram dinamismo, com bloqueios, recepções e, claro, ótimas corridas. Pelo ar, seja com Wentz ou Foles, os recebedores Jeffery, Agholor e Torrey Smith, além do tight end Zach Ertz têm castigado as defesas adversárias.
E, quando precisa, a defesa está lá para roubar a bola ou impedir pontos, comandada pelo competente Jim Schwartz. Se Darren Sproles não tivesse sofrido uma lesão no início da temporada, talvez até mesmo os special teams dos Eagles estariam em outro patamar.
É preciso destacar esta comissão não só pela vaga no Super Bowl, mas pela capacidade incomum de se reinventar. As análises dos adversários e ajustes durante os jogos têm sido um diferencial positivo, mas manter o desempenho após perder o QB titular é incrível. E não foi apenas Wentz que se machucou, o LT Jason Peters, o LB Jordan Hicks e o RB/PR Darren Sproles eram peças chaves no esquema, que foram substituídas com êxito.
(Foto: Hannah Foslien/Getty Images)
FINAL DA NFC
“É só um jogo, não pode usar como parâmetro”. Ok. Você até pode pensar isso. Mas não era apenas um jogo. O Minnesota Vikings chegou à final da NFC através de um milagre contra o New Orleans Saints. Além disto, tinha a chance de ser o primeiro time a disputar o Super Bowl em seu estádio. Case Keenum vinha de uma temporada ótima e a defesa era a melhor da liga em muitos critérios. Contudo, nada disto adiantou e o raio (ou milagre) não caiu duas vezes no mesmo lugar.
O primeiro quarto do duelo foi bem disputado, a defesa dos Vikes impedia maiores avanços. Keenum anotou um TD fácil a história já escrevia o primeiro time em casa no Super Bowl. A defesa dos Eagles discordou: Patrick Robinson interceptou e retornou para touchdown e, depois disto, foram mais 31 pontos dos Eagles sem resposta alguma de Purple Rain. Os Vikes saíram do milagre de Minneapolis ao Massacre da Philadelphia.
O desempenho dos Eagles saltou aos olhos, uma vez que enfrentavam um time muito forte e favorito ao SB LII. Nick Foles completou 26/33 passes, 352 jardas e 3 TDs. O ataque terrestre controlou o jogo e a defesa roubou a bola três vezes, sendo duas em sua própria red zone. Quando se enfrenta um adversário motivado pelo milagre da semana anterior, com a possibilidade ser campeão da NFL pela primeira vez (em casa!!) e apresenta este desempenho, está dado o recado: este time está pronto para ser campeão.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL)
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CHANCE DE ENTRAR PARA A HISTÓRIA
Poucas torcidas são tão apaixonadas por sua franquia quanto os torcedores dos Eagles. Os jogadores sabem disto. A franquia da Philadelphia somente chegou ao Super Bowl em duas oportunidades: SB XV e SB XXXIX. Na primeira vez, derrota por 27 a 10 para o Oakland Raiders. Na segunda, há 13 anos, derrota para o New England Patriots de Bill Belichik e Tom Brady por 24 a 21. E é a semelhança entre ambas as derrotas que Nick Foles e os Eagles precisam evitar: turnovers.
Nas duas aparições no SB, cada QB dos Eagles lançou três interceptações. Rob Jaworski e Donovan McNabb perderam a bola por três oportunidades, que viraram pontos dos adversários. Ou seja, proteger a bola é a missão número um do ataque dos Eagles. Apesar de ter jogadores campeões no elenco, como Chris Long e LeGarrette Blount, é a primeira vez que Fletcher Cox, Alshon Jeffery e tantos outros vão ter a chance do título.
E não se limita a isto: estes jogadores virarão lendas se levarem a primeira taça para a Pensilvânia. Ótimos contratos, chance de fazer história e tentar derrubar uma verdadeira dinastia. Com estes elementos para elevar a motivação dos jogadores, os Eagles chegarão ao SB com toda a força que dispõe.
DEFESA
Vou começar com a frase mais clichê – e verdadeira – do futebol americano: “ataques ganham jogos, mas defesas ganham campeonatos”. Se os Eagles conquistarem o primeiro título de sua história no próximo domingo, tenho certeza de que a defesa terá feito um grande jogo. Não se vence Tom Brady sem fazer a melhor partida possível, e esta defesa é capaz.
Dono de um dos melhores front seven da NFL, a unidade defensiva da Philadelphia consegue exercer pressão de várias formas sobre o QB adversário. Cox, Barnett, Long comandam a linha defensiva na hora de exercer pressão. O defensive end Brandon Graham é a melhor arma para sackar Brady, anotando 9.5 sacks ao longo da temporada regular. Com Kendricks, Ellerbe e Bradham, o grupo de linebackers consegue exercer pressão, eliminar corridas e cobrir passes.
A secundária da equipe era apontada como o ponto fraco da defesa. O time confiou no segundo anista Jalen Mills e trouxe Ronald Darby, dando mais segurança nos lados do campo. Rodney McLeod é o responsável pelo fundo do campo e Malcolm Jenkins, melhor jogador da secundária, exerce todas as funções que lhe atribuem com qualidade. No domingo, Jenkins deverá ser o responsável por marcar Rob Gronkowski, ou seja, a vida do strong safety não será nada fácil.
A defesa dos Eagles não chama tanta atenção quanto a dos Jaguars ou dos Vikings, mas é extremamente efetiva. Consegue roubar a bola do adversário com frequência e ainda pontua bastante. Não é fácil limitar Tom Brady a pontuar pouco, a melhor chance de fazer isto é contar com um ataque equilibrado a ponto de mantê-lo fora do campo. Como isto não possível durante todos os 60 minutos de jogo, caberá à defesa garantir o título. Se olharmos para a pós temporada, os Eagles cederam 17 pontos em dois jogos, contra ataques de bastante qualidade. A chave para a vitória e, consequentemente, o título está no quanto esta defesa conseguirá limitar Brady.
(Foto: Reprodução Facebook/Philadelphia Eagles)
E agora, você acredita?