Ranking: os quarterbacks calouros da temporada 2019 da NFL #5 (final)
Confira o ranking final dos quarterbacks calouros da temporada 2019
É a hora do último ranking de quarterbacks calouros da temporada 2019-2020 da NFL aqui no The Playoffs.
Mais uma leva de passadores entrou na liga e lançou uma porrada de interceptações pra alegria dos adversários que – salvo poucas exceções – venceram suas partidas contra os novatos.
Normal, afinal, naquela que é considerada a posição mais difícil dos esportes americanos, não há moleza alguma para os “estagiários” que entram na liga. Pelo contrário. Kyler Murray, Daniel Jones, Gardner Minshew, Dwayne Haskins, Drew Lock sofreram para conquistar vitórias em 2019. O único que terminou o ano com campanha “positiva” foi Lock, que venceu quatro dos cinco jogos que disputou. Será isso suficiente para garantir a liderança?
Veja abaixo!
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)
1. Kyler Murray (349/542, 3.722 jardas aéreas, 20 TDs, 12 INTs, Rating 87.4, 544 jardas terrestres, 4 TDs, 2 fumbles perdidos, 5 vitórias, 10 derrotas, 1 empate)
Primeiro colocado da primeira edição do nosso ranking, Murray volta à primeira colocação ao final da temporada 2019. Não foi sempre bonito – o que se pode ver pelas 10 derrotas sofridas pelo calouro nesta temporada –, mas se considerarmos que o ex-quarterback de Oklahoma herdou um dos piores elencos da NFL, a temporada de Murray se torna louvável. Foram quase 4.000 jardas aéreas, mais de 500 jardas terrestres, mais de 20 TDs totais, apenas dois fumbles perdidos e 12 interceptações lançadas, ótimos números para um calouro.
O ataque de Arizona terminou o ano como o 13º melhor da NFL de acordo com o site Football Outsiders (DVOA), o que mostra que o problema dos Cardinals não foi o calouro e seus companheiros, e sim a defesa. Se o general manager Steve Keim conseguir montar uma boa equipe em torno de Kyler Murray, a NFC West tem tudo para ser a melhor divisão da NFL, com quatro times candidatos aos playoffs em 2020.
(Foto: Jordon Kelly/Icon Sportswire via Getty Images)
2. Gardner Minshew (285/470, 3.271 jardas aéreas, 21 TDs, 6 INTs, Rating 91.2, 344 jardas terrestres, 0 TDs, 7 fumbles perdidos, 6 vitórias, 6 derrotas)
Relutei um pouco em colocar o “bigode maravilha” na segunda colocação do ranking. Isto porque apesar de ter os melhores números da classe de calouros, Minshew não impressionou tanto com seus passes quanto o fez com sua personalidade. Há algo quase intangível que grita que o ex-quarterback de Washington State será apenas um bom reserva na NFL, nada mais que isso. Não à toa, há uma série de mock drafts flertando com a possibilidade dos Jaguars selecionarem um quarterback em 2020.
Talvez seja o fato de o técnico Doug Marrone ter optado por voltar a utilizar Nick Foles como titular após sua recuperação, mas é difícil dizer com certeza que Minshew terá uma carreira melhor que Jones, Lock e Haskins.
Claro, alguém em 2023 já encontrou essa matéria e está me fazendo pagar a língua, mas, pelo menos por enquanto, não consigo enxergar características no jogo do bigodudo para decretar que este será o quarterback do futuro dos Jaguars. Ele é adequado em tudo, braço decente, trabalho de pés ok, presença no pocket boa, mas não há nenhuma característica na qual o jogador possa clamar que é um dos melhores da NFL. Já com 23 anos (mais velho que Lamar Jackson, Sam Darnold e Josh Allen, todos segundanistas), Minshew não é tão novo como alguns de seus colegas, o que coloca uma certa dúvida quanto a seu potencial.
No entanto, ainda que não evolua muito em seu jogo, o quarterback já mostrou que tem o necessário para se manter na liga por muitos anos, ainda que como reserva. Não dá para descartar – claro – que o quarterback evolua e mostre que pode sim ser o futuro da franquia na Flórida.
(Foto: Andy Lyons/Getty Images)
3. Daniel Jones (285/459, 3.027 jardas, 24 TDs, 12 INTs, Rating 87.7, 270 jardas terrestres, 2 TDs, 11 fumbles perdidos, 3 vitórias, 9 derrotas)
Jones e Lock foram as principais razões para eu duvidar de colocar Minshew na segunda colocação. Isso porque ambos demonstraram um potencial futuro maior do que o calouro dos Jaguars. A começar por Jones, que teve TRÊS partidas em 2019 com quatro touchdowns e nenhuma interceptação, números bem impressionantes para um calouro.
No entanto, não podemos deixar de lado que o jovem quarterback dos Giants perdeu nove de suas 12 partidas como titular. Isso se deve em grande parte aos turnovers. Foram 23 entregadas de paçoca em apenas 12 jogos, números bem ruins para um quarterback, mesmo calouro. Um problema em especial foram os fumbles. Daniel “butter fingers” Jones não parou de deixar a peteca cair e sofreu fumble atrás de fumble nesta temporada. Apesar disso, há evidências que revelam que os números de fumbles tendem a variar mais do que os números de interceptações, o que é um bom sinal para o futuro da franquia azul de Nova York.
Isto porque, se eliminarmos os fumbles, os números de “Danny Dimes” melhoram drasticamente. Foram 24 touchdowns lançados, uma média de dois por partida, o que é bem impressionante para um calouro (se estendermos para 16 jogos, Jones terminaria o ano com 32 touchdowns, cinco acima do recorde de 27 estabelecido por Baker Mayfield em 2018).
Caso consiga eliminar os turnovers, o futuro pode ser brilhante para o jovem quarterback dos Giants, que entrou na liga com muitas incertezas ao seu redor, mas já em seu primeiro ano foi foi capaz de deixar sua marca com a camisa de Nova York.
(Foto: Al Bello/Getty Images)
4. Drew Lock (100/156, 1.020 jardas, 7 TDs, 3 INTs, Rating 89.7, 72 jardas terrestres, 0 TDs, 1 fumble perdido, 4 vitórias, 1 derrota)
Drew Lock me surpreendeu. Quando assisti a seus jogos no college na última intertemporada, vi um quarterback impreciso, ansioso e displicente com a bola. Com menos de 60% de passes completados no college, Lock parecia um bust pronto para decepcionar o coração de milhões de fãs de alguma franquia.
No entanto, o que vimos – pelo menos em 2019 – foi outra coisa. Um quarterback eficiente – se não espetacular – controlado e vencedor. Lock foi o único dos quarterbacks da classe a terminar o ano com mais vitórias do que derrotas (80% de aproveitamento!). Isso se deve a um jogo totalmente diferente do que vimos no college. Bem, não totalmente diferente. O ex-quarterback de Missouri manteve algumas das características positivas que o fizeram ser draftado – como o braço forte e a força física – e eliminou algumas das negativas como a imprecisão (completou 64,1% dos passes!).
No entanto, como a amostragem ainda é pequena – apenas cinco jogos – optei por deixar Lock na quarta colocação, mas deixar um asterisco aqui que se mantiver essa produção – o que está longe de ser uma garantia –, o quarterback do Denver Broncos tem tudo para ser um dos melhores de sua classe.
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)
5. Dwayne Haskins (119/203, 1.365 jardas, 7 TDs, 7 INTs, Rating 76.1, 101 jardas terrestres, 0 TDs, 2 fumbles perdidos, 2 vitórias, 5 derrotas)
Nosso lanterninha querido, Haskins melhorou muito ao longo da temporada. Após um começo absolutamente sofrível, o quarterback dos Redskins terminou o ano um pouco melhor para dar esperanças aos torcedores de Washington. Foram cinco touchdowns e apenas uma interceptação nos últimos três jogos como titular, com duas atuações com rating acima de 121.3.
No entanto, o resto do ano nos impede de colocar Haskins acima de qualquer um dos nomes que o antecedem nesta lista. Apenas duas vitórias em sete jogos, o pior rating da classe, pouca ou quase nenhuma produção terrestre e pouquíssima qualidade do ataque de Washington como um todo demonstram um quarterback que – como alguns já supunham antes da temporada – ainda está cru para ser um titular na NFL.
Com a chegada do novo técnico Ron Rivera, é possível que Haskins evolua assim como Cam Newton o fez sob o comando de Rivera nos Panthers, mas há muito que se trabalhar antes que isso aconteça. A primeira lição é: não pousar para selfies durante o jogo e perder snaps para seu reserva.
(Foto: Jason Miller/Getty Images)
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