O grande momento da temporada da NFL finalmente chegou. Apesar de todas as zebras ocorridas ao longo do ano, o confronto que decidirá o campeão será o que muitos esperavam após a primeira metade: New England Patriots e Philadelphia Eagles reeditarão o Super Bowl XXXIX, vencido pelos Patriots por 24 a 21. Os dois times enfrentaram alguns percalços, – especialmente Philadelphia, que perdeu seu principal jogador, Carson Wentz, na Semana 14 – mas garantiram a passagem para Minnesota.

Na final da AFC, New England sofreu para ganhar do Jacksonville Jaguars, que vendeu caro a derrota. Mas, revertendo uma desvantagem de dez pontos no último quarto, os comandados de Bill Belichick selaram a participação em mais um Super Bowl – a décima na história da franquia, e oitava sob o comando do head coach. Os Patriots partem em busca do sexto título.

Do outro lado, na final da NFC, o Philadelphia Eagles não tomou conhecimento e impediu que o Minnesota Vikings fizesse história como o primeiro time a disputar a decisão em casa. A franquia da Philadelphia disputará seu terceiro Super Bowl, ainda em busca do primeiro anel (os Eagles somam dois títulos da era pré-Super Bowl).

Tom Brady pode faturar um histórico sexto anel e Bill Belichick busca o oitavo título (sexto como head coach), com o time podendo alcançar a marca de três conquistas nos últimos quatro anos. Para isso, New England contará mais uma vez com a participação e o poder de decisão de seu quarterback. Já os Eagles buscarão evitar uma repetição do resultado do Super Bowl XXXIX apostando na excelente defesa e contando com uma nova atuação excepcional do ataque liderado por Nick Foles.

No aguardo para o kickoff de domingo, o The Playoffs apresenta a tradicional prévia do confronto.

(Foto: Divulgação Twitter/NFL)

PHILADELPHIA EAGLES

A segunda metade da temporada foi uma montanha-russa para os Eagles. O time assegurou o primeiro lugar na NFC e o consequente bye na rodada de wild card, mas também perdeu Carson Wentz, que vinha fazendo uma temporada espetacular. O time então recorreu a um velho conhecido do torcedor na figura de Nick Foles. O quarterback responsável por liderar os Eagles na última aparição de Philadelphia na pós-temporada, em 2013. Foles começou bem e comandou o time na vitória sobre o New York Giants, mas seguiu com três atuações abaixo da média diante de Raiders, Cowboys e Falcons antes da partida fantástica diante da fortíssima defesa do Minnesota Vikings.

A defesa conseguiu compensar o fraco desempenho do ataque, especialmente na vitória sobre o Atlanta Falcons. No Super Bowl, a receita será semelhante à utilizada contra o Minnesota Vikings: muita pressão do front seven e agressividade na secundária. O time deve, a todo momento, dificultar o trabalho de Tom Brady no pocket e forçar o quarterback a se livrar rapidamente da bola. A defesa dos Eagles foi a quarta melhor da NFL em interceptações durante a temporada regular e deve manter a agressividade para, se possível, forçar turnovers.

Como o Jacksonville Jaguars demonstrou (e o Atlanta Falcons no último Super Bowl), no entanto, é impossível impedir por muito tempo que New England pontue. Portanto, o ataque de Philadelphia terá um papel igualmente fundamental. Não haverá margens para uma atuação fraca como as que foram apresentadas antes da vitória sobre Minnesota. A unidade ofensiva precisa mostrar serviço desde o início e repetir o que foi feito diante dos Vikings. Também será crucial aproveitar as oportunidades que forem criadas pela defesa. A vitória é perfeitamente possível dentro deste cenário.

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(Foto: Divulgação Twitter/NFL)

NEW ENGLAND PATRIOTS

Depois de passar sem dificuldades pelo Tennessee Titans, o New England Patriots sofreu diante do Jacksonville Jaguars e sua forte defesa. Para piorar a situação, o time ainda perdeu Rob Gronkowski durante a partida em virtude de uma concussão sofrida após um hit. Mesmo assim, comandados por Tom Brady, os Patriots conseguiram uma arrancada no último quarto, com dois touchdowns, assegurando a participação em mais um Super Bowl.

A defesa é o calcanhar de Aquiles de New England. Embora melhor do que no início da temporada, a unidade defensiva é o ponto a ser explorado pelos rivais. E em especial a secundária: foram 475 jardas aéreas cedidas a Titans e Jaguars, dois times que não contam com os melhores ataques da NFL nesse quesito. O time apresentou uma melhora significativa contra o jogo terrestre ao longo da temporada, e conta com a terceira melhor defesa dos playoffs na estatística.

O ataque é, evidentemente, o ponto forte dos Patriots. Tom Brady segue inspirado e comandando as ações ofensivas do time. Com Rob Gronkowski confirmado, o quarterback poderá contar com sua principal arma. Há ainda Danny Amendola, autor do touchdown decisivo contra os Jaguars, e Brandin Cooks, além dos running backs Dion Lewis, Rex Burkhead e James White (responsável pelo touchdown vencedor do Super Bowl LI), que também podem aparecer como opções para passes. O jogo terrestre passa longe de ser espetacular, mas é uma ameaça sempre presente. New England e a dupla Brady-Belichick têm grandes chances de adicionar mais um anel à coleção.

(Foto: Divulgação Twitter/NFL)

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QUEM PODE DECIDIR

A força do coletivo no ataque – Mais do que o talento individual, a grande força do Philadelphia Eagles ao longo da temporada foi justamente o excelente trabalho coletivo, e por isso é difícil (e até injusto) apontar um único nome capaz de mudar os destinos do jogo sozinho. Foi justamente esse conjunto que permitiu uma transição menos traumática do que o imaginado de Carson Wentz para Nick Foles. O quarterback será o “fator X” do ataque. Caso repita a atuação que teve diante dos Vikings, Foles pode encaminhar a conquista para os Eagles. Zach Ertz, principal alvo dos passes, será fundamental para auxiliar o signal caller como uma válvula de escape. Nelson Agholor e especialmente Alshon Jeffery serão ameaças constantes em profundidade e devem explorar a vulnerabilidade da secundária dos Patriots, sempre oferecendo alternativas nas rotas longas. Jay Ajayi e LeGarrette Blount (campeão pelo time adversário nos Super Bowls XLIX e LI) serão os responsáveis por dividir a produção ofensiva com Foles, e Ajayi também será opção nos passes curtos e laterais. A defesa fará seu trabalho, mas não há como limitar os Patriots eternamente. Os pontos virão, cedo ou tarde. E caberá ao ataque de Philadelphia não só responder à altura, mas também assumir o controle do jogo e impor a vantagem.

Tom Brady – Em busca do sexto anel, o quarterback com maior número de vitórias em Super Bowl mais uma vez será a principal esperança do New England Patriots. As duas conquistas mais recentes do time vieram graças a viradas no fim da partida, e Brady foi o responsável por comandar essas reações. O poder de decisão do veterano de 40 anos é indiscutível, e com Rob Gronkowski de volta, terá um potencial ainda maior para causar estragos. E, mesmo caso New England fique atrás do placar, o signal caller do time pode iniciar uma nova virada a qualquer momento do jogo. Todos os cenário possíveis em um Super Bowl já são extremamente familiares para Tom Brady.

PALPITE

Os Eagles merecem ser respeitados pela forma como chegaram ao Super Bowl. O time certamente não será um adversário fácil e tem chances reais de conquistar o título. Mas, verdade seja dita, é difícil apostar contra o “fator Patriots” na decisão. Brady e Belichick têm a fórmula para vencer e, ao contrário da maior parte dos jogadores de Philadelphia, estarão atuando em um palco já conhecido. Vitória de New England.

Palpite Fernando: New England Patriots
Palpite The Playoffs: New England Patriots

(Foto: Elsa/Getty Images)

AGENDA DA PARTIDA

Dia: 04/02/2018, domingo
Horário: 21h30, horário de Brasília
Local: U.S. Bank Stadium, em Minneapolis
Transmissão para o Brasil: ESPN e Watch ESPN

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Representaram a equipe The Playoffs nos palpites: Alex Torrealba, Antonio Lemos, Cauan Silva, Ederson Fernandes, Fábio Rocha Garcia, Gabriel Mandel, Guilherme Borges, José Ferraz, Luan Araújo, Lucas Oliveira, Luis Felipe Saccini, Mattheus Prudente, Paulo Zarpellon, Ricardo Pilat e Victor Alves.