[PRÉVIA] O que esperar da Divisão NFC Sul da NFL em 2015
A pior divisão da última temporada promete ser mais equilibrada, divertida e terá novos ingredientes, incluindo o #1 do Draft
O ano de 2014 foi terrível para a Divisão Sul da Conferência Nacional. Os quatro times tiveram recorde negativo e não fosse a regra da NFL que garante vaga nos playoffs para a equipe com melhor campanha em cada divisão, estariam Atlanta Falcons, Carolina Panthers, New Orleans Saints e Tampa Bay Buccaneers. No fim os Panthers foram os menos piores e foram à pós-temporada, conseguindo ainda uma vitória na primeira rodada, mas nada que possa ser chamado de uma temporada brilhante.
Para este ano, muitas mudanças nos elencos e destaque para os Bucs, time de pior campanha em 2014 – em toda a NFL – e que escolheram Jameis Winston como primeira escolha do Draft, quarterback que busca mudar o panorama da equipe. Certamente teremos uma NFC Sul muito mais divertida em 2015.
ATLANTA FALCONS
Os Falcons decepcionaram muita gente em 2014. Após cinco anos com média de mais de 10 vitórias por ano, a franquia finalizou a temporada passada com 6 vitórias e 10 derrotas e um terrível desempenho defensivo – foi a pior equipe em jardas cedidas por jogo, com 398,2. Para resolver aquele que certamente foi o maior problema da franquia, Atlanta começou mudando seu comando técnico. Mike Smith deixou o cargo de head coach e deu lugar a Dan Quinn, ex-coordenador defensivo dos Seahawks, que se notabilizou por participar da montagem e coordenação da temida Legion of Bloom.
Quinn já vem trabalhando na offseason para corrigir esse problema dos Falcons, a começar pelo Draft, onde selecionou na oitava escolha geral o linebacker Vic Beasley, de Clemson, considerado por muitos o melhor pass rusher da última classe do college. Além disso, vale destacar a contratação do defensive end Adrian Clayborn, ex-Bucs.
No ataque, Matt Ryan vai precisar mais de sua linha ofensiva, que não o ajudou muito nos últimos dois anos, período em que foi sackado 75 vezes. O time contratou Tyler Polumbus, Chris Chester e Mike Person para reforçar o setor. Ryan foi o quinto QB em jardas totais na última temporada, com 4.694, sempre contando com a ótima parceria do wide receiver Julio Jones, 3º da Liga em jardas recebidas, 1.593. Mais uma aquisição relevante foi a do tight eng Jacob Tamme, ex-Broncos.
Não sei vocês, mas vejo nessas mudanças dos Falcons muita coisa positiva. E numa divisão ainda nivelada por baixo, dá para acreditar na franquia chegando aos playoffs.
CAROLINA PANTHERS
Único time da NFC Sul nos últimos playoffs (mesmo com 7-8-1), os Panthers seguem para muitos como o melhor time da divisão. Porém, tudo ficou muito mais complicado após a lesão no joelho do wide receiver Kelvin Benjamin em jogo da pré-temporada, problema que o deixará de fora durante toda a edição 2015 da NFL. Notícia péssima para o quarterback da equipe, Cam Newton – que renovou contrato por cinco anos com Carolina, por US$ 100 milhões. Ele vem sofrendo ano a ano com a perda dos bons recebedores da equipe (e também com suas próprias falhas em alguns momentos).
Sem Benjamin, o tight end Greg Olsen deve ser muito mais acionado por Newton. Outro jogador que deve ter mais chances é Kevin Funchess, draftado na 2ª rodada do último processo de seleção da NFL e que vem agradando a comissão técnica comandada por Ron Rivera. No jogo corrido, DeAngelo Williams foi surpreendentemente demitido durante a offseason e algo me diz que vai sobrar pra Newton fazer as principais jogadas por terra. Mas a equipe segue com a opção de Jonathan Stewart, que vem de uma temporada até que boa, com média de 4,6 jardas por corrida – 0,1 menos que Marshawn Lynch, por exemplo.
Uma coisa que o Carolina Panthers provavelmente não se preocupará é com a defesa, mesmo após perder Greg Hardy para os Cowboys – mas já tinha perdido ele faz tempo, vamos combinar. O time segue muito bem guarnecido no setor e com gente muito promissora. Inclusive, na 1ª rodada do Draft, veio o LB Shaq Thompson, de Washington, que também pode ser bem trabalhado.
A defesa deve fazer seu papel. Caberá a Cam Newton mostrar mais autoridade no ataque para levar os Panthers novamente aos playoffs – quem sabe vencendo mais do que perdendo.
NEW ORLEANS SAINTS
O que acontece em New Orleans, minha gente? Dez anos depois do terrível Katrina, o time se vê na sua pior crise desde então. A offseason foi bastante longa para a torcida dos Saints, a começar pela abertura do mercado de transferências, quando logo no primeiro dia o tight end Jimmy Graham, um dos jogadores mais importantes da história recente da franquia, foi trocado com os Seahawks. Na troca, veio a boa aquisição do center Max Unger, mas a transação ficou longe de ser satisfatória para um time acostumado a dominar a divisão nos últimos anos e que agora se vê apequenada.
De qualquer maneira, Drew Bress segue lá, após uma temporada como líder em jardas por passe, com 4.952 no total. Ele tem agora como principal alvo Brandin Cooks, que fez uma temporada de calouro muito promissora antes de uma lesão que o pôs em definitivo no estaleiro em novembro do ano passado. Tudo indica que para 2015 ele estará ainda mais pronto. Outra opção será trabalhar mais com o time de running backs, com Mark Ingram e o recém-chegado C.J. Spiller. Pierre Thomas deu adeus ao time em março, após anos de sucesso (mas não no último). O sucesso do ataque dependerá mais da linha ofensiva do que apenas das opções que Brees terá. A chegada de Unger e a seleção de Andrus Peat (Stanford) na 13ª escolha do Draft devem ajudar bastante a proteger um dos melhores quarterbacks da NFL e seus corredores.
Na defesa, tivemos a surpreendente saída do LB Junior Galette, dispensado por mau comportamento (e que agora se lesionou após ser contratado pelos Redskins). Curtis Lofton foi outro jogador da posição que deu adeus à franquia, agora é um Raider. Pelo menos, o defensive end Cameron Jordan ficou e renovou contrato por mais cinco anos. E ainda vale destacar as aquisições de Brandon Browner, cornerback campeão do Super Bowl com os Patriots, e do linebacker Anthony Spencer, ex-Cowboys.
Provavelmente, o head coach dos Saints, Sean Payton, terá o maior desafio entre os 32 técnicos da Ligas: fazer um time acostumado a grandes campanhas recuperar a confiança que parece estar em pedaços. Na minha opinião, será bem difícil fazer isso nesta temporada.
TAMPA BAY BUCCANEERS
Ter a primeira escolha do Draft é sempre muito relevante. Quando este é um quarterback, mais ainda. E é nisso que os Bucs se apegam para fazer algo muito melhor que a lamentável campanha de apenas duas vitórias em 16 jogos na temporada passada. Jameis Winston provavelmente foi mesmo a melhor opção para a equipe, de acordo com o estilo de jogo que o técnico Lovie Smith gosta, com bastante versatilidade, mas priorizando o jogo aéreo.
Se Winston for o que se espera dele, podemos ver certamente Tampa Bay com outra cara em 2015. Mas não sabemos como será a primeira temporada dele na NFL, então é difícil dizer que de fato a franquia será outra a partir de setembro. Ainda mais levando em conta que os Bucs não se movimentaram tanto assim no mercado durante a offseason, pelo menos não em nomes de peso.
Uma das preocupações era proteger Winston e para isso o time draftou dois jogadores de linha ofensiva nas rodadas 2 e 3 do Draft – Donovan Smith e Ali Marpet. No ataque, Mike Evans, Vincent Jackson e o também draftado Kenny Bell são alternativas interessantes para desafogar o quarterback. A defesa não mudou muito, mas perdeu por exemplo Adrian Clayborn, e logo para o rival Falcons.
Detalhes como este me fazem achar que só Winston, mesmo jogando como um Joe Montana (o que muito dificilmente ocorrerá), não trará ainda tanto impacto ao Tampa Bay Buccaneers. Mas será muito mais divertido acompanhar os jogos dos “corsários” nesta temporada.
PRÉVIA NFL – THE PLAYOFFS
– AFC Sul
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