Prévia: O que esperar da Divisão NFC Leste da NFL em 2015
Cowboys, Eagles, Giants ou Redskins: quem vai levar a melhor em uma das divisões mais equilibradas da liga?
Seguindo a série Prévias NFL 2015 do The Playoffs, chegamos a uma divisão que, desde que a NFL é NFL, é uma das mais equilibradas. Não falo da NFC North, e sim, o lado Leste da Conferência Nacional.
O Dallas Cowboys ficou enfraquecido no seu ataque e ganhou a concorrência do Philadelphia Eagles na briga pelo título da divisão, mas, o New York Giants também se reforçou (e bem) e pode dar trabalho, enquanto o Washington Redskins dependerá do seu QB para fazer um bom papel na temporada.
Confira o que podemos esperar da NFC Leste da NFL:
Dallas Cowboys
O Dallas Cowboys sofreu três temporadas seguidas de incertezas e sempre batendo na trave em busca da classificação a pós-temporada, até que na última temporada conseguiu vencer a divisão e só foi parado pelo Green Bay Packers.
Porém, esta offseason significou ao torcedor dos Cowboys aquele clima de “tenho uma notícia boa e uma ruim”. A notícia boa veio no final do mês passado, quando Dez Bryant renovou seu contrato para mais cinco anos. A ruim foi a ida de DeMarco Murray para o Philadelphia Eagles, o que significou o enfraquecimento do jogo corrido dos texanos.
Tony Romo chega a mais uma temporada com a responsabilidade de buscar o título da Conferência Nacional e por consequência, a ida ao Super Bowl. Além disso, o camisa 9 conta com seus alvos preferidos: Dez Bryant, Terrance Williams, Cole Beasley e Jason Witten. Para suprir a falta do seu RB principal, Darren McFadden, que passou sete anos em Oakland, chega com a responsabilidade de substituir DeMarco Murray no jogo corrido.
Sua defesa continua sendo o calcanhar de Aquiles. Apesar da necessidade, os Cowboys investiram no Draft e reforçaram o setor com as chegadas do defensive back Byron Jones e o defensive end Randy Gregory. Veio também o polêmico Greg Hardy. Tudo com o objetivo de obter melhorias para ir longe nesta temporada.
Philadelphia Eagles
“O que Chip Kelly está fazendo?”. Essa foi a pergunta que os especialistas e torcedores dos Eagles fizeram nesta offseason. O head coach assumiu o controle de toda a equipe na hora de contratar, renovar ou dispensar jogadores. Ou seja, no melhor estilo Juvenal Juvêncio, ex-presidente do São Paulo: a mão é dele e sem discussões.
Para começar, Kelly mexeu bem no seu ataque com algumas trocas bem contestadas. Nick Foles foi para os Rams e para o seu lugar chegaram Tim Tebow e Sam Bradford, tudo para deixar a titularidade de Mark Sanchez em xeque. As saídas de LeSean McCoy, Jeremy Maclin, Evan Mathis e Brandon Boykin, deixaram todos com várias interrogações e a imensa vontade de dar uma camisa de força ao treinador, mas com uma boa “política do pão e circo”, a ousada contratação de DeMarco Murray amenizou os ânimos dos torcedores. Também chegaram à Filadélfia: Ryan Mathews, Miles Austin e o draftado Nelson Agholor.
Sua defesa tem tudo para ser uma das melhores da temporada. Com as manutenções de Fletcher Cox e Mychal Kendricks, os Eagles acertaram a contratação de Kiko Alonso para reforçar o setor. Outro que chegou após quase acertar com os Giants foi Brandon Graham por US$ 26 milhões e quatro anos de contrato. Para a sua secundária, Kelly escolheu a dedo as contratações de Byron Maxwell, que estava no Seattle Seahawks, e do calouro Eric Rowe.
Apesar das trocas inusitadas e uma defesa bem montada, os Eagles “chegam chegando” para vencer a divisão, após a quase ida aos playoffs na temporada passada.
New York Giants
Se Eli Manning voltar a ser aquele Eli campeão de dois Super Bowls, os Giants são sérios candidatos a irem aos playoffs. Além do mais, ter em seu elenco jogadores como Victor Cruz, Odell Beckham Jr. e Shane Vereen estimula qualquer QB. O problema é que ele não vem jogando em alto nível há pelo menos três temporadas e isso deixa os torcedores preocupados.
Para esta temporada, Eli terá um leque de opções. Além de Bechkam e Cruz e Rueben Randle em forma, Rashad Jennings e Andre Williams terão a companhia de Shane Vereen no jogo corrido, e na proteção do QB, foi contratado Ereck Flowers, 9ª escolha geral do Draft deste ano.
Quanto a sua defesa, os Giants levaram um forte golpe quando Jason Pierre-Paul teve um dedo amputado após acidente com fogos de artifício e sua volta aos gramados ainda é uma dúvida.
Sem o seu defensive end, a equipe adquiriu no Draft o safety Landon Collins e o DE Owamagbe Odighizuwa, tudo para deixar o setor defensivo um pouco mais equilibrado.
Washington Redskins
Após uma temporada brilhante com a chegada de Robert Griffin III, hoje é possível afirmar que a escolha não deu certo. As sete vitórias e 25 derrotas nas últimas duas temporadas mostram isso e RGIII não se adequou ao esquema de jogo do treinador Jay Gruden. Mas ele segue como titular até que se prove o contrário.
O time da capital norte-americana pouco se mexeu e o elenco segue praticamente o mesmo. Se o TE Jordan Reed estiver inteiro, será uma boa opção de RG III no jogo aéreo. O mesmo vale para DeSean Jackson. Assim como Griffin III, Pierre Garçon também não se encaixou no esquema e na filosofia de Gruden e, com isso, as opções ofensivas ficam escassas. Para não dizer que não há opções na linha de frente, o calouro Matt Jones chegou para suprir a ausência de Roy Helu, e tirar todo peso dos ombros de Alfred Morris. O OLB Brandon Scherff também chegou após ser a 5ª escolha geral no Draft e terá a missão de proteger RG III no pocket.
Quarta pior defesa na temporada passada, a franquia reformulou totalmente o setor e o destaque fica para o defensive tackle Terrance Knighton, que estava no Denver Broncos. O jogador fará parte do trio formado por Jason Hatcher e Stephen Paea. Do Draft veio Preston Smith com a missão de substituir Brian Orakpo, que foi para o Tennessee Titans. A tendência é que o calouro atue do lado oposto de Ryan Kerrigan, que deve comandar o sistema defensivo.
PRÉVIA NFL – THE PLAYOFFS