[PRÉVIA] NFL Power Ranking 2018 The Playoffs: #31 Miami Dolphins
Com Tannehill de volta, ataque de Adam Gase pode funcionar, mas precisa de bons trabalhos de Amendola e dos calouros
Ryan Tannehill está de volta e esta é, possivelmente, a melhor notícia para o torcedor do Miami Dolphins para a temporada da NFL. Após ver o quarterback ter um bom desempenho em 2016, primeiro ano da equipe sob comando do jovem head coach Adam Gase, a torcida da franquia do sul da Flórida acredita que este é o momento das apostas do head coach darem resultado.
Falando em aposta, a que Gase fez ao tirar Jay Cutler da aposentadoria na temporada passada é uma das mais questionáveis, desde o início de seu trabalho nos Dolphins. Mesmo assim a equipe conquistou seis vitórias na temporada. Dessa forma, é difícil imaginar uma campanha pior em 2018. E, o mais importante: é possível ver um trabalho em andamento, com decisões que seguem uma linha de raciocínio bastante clara: um vestiário que acredite no trabalho da comissão técnica e replique o que eles pedem.
Uma das decisões mais controversas no meio da temporada passada foi a saída do running back Jay Ajayi (trocado com o Philadelphia Eagles), por uma escolha de quarta rodada do Draft. Mas, quando comparamos os números dele e de seu substituto, Kenyan Drake, percebemos que está longe de ser desastrosa (em ordem, Drake x Ajayi na temporada): 133 x 208 tentativas de corridas; 4,8 x 4,2 jardas em média por corrida; 7 x 6 corridas acima de 20 jardas; 3 x 1 touchdown. Por isso, é possível acreditar que o atleta será o RB titular da equipe na temporada – e dará conta do recado.
Já durante a offseason, os Dolphins deixaram Ndamukong Suh e Jarvis Landry saírem, o que abriu um bom espaço para o cap da equipe. Como contrapartida, a equipe reforçou sua linha ofensiva (que havia sido muito criticada na temporada anterior) e assinou, entre outros atletas, com Danny Amendola e Frank Gore, buscando dar mais opções para o ataque de Gase.
Outro ponto positivo foi o Draft da equipe: na 11ª escolha, buscou o safety Minkah Fitzpatrick, considerado um dos melhores atletas da classe e cotado para sair entre as cinco/sete primeiras seleções, segundo alguns especialistas; na segunda rodada, buscou a solução para uma posição que há anos a equipe vinha tendo problemas e selecionou o tight end Mike Gesicki. Durante o trabalho na offseason, jornalistas que acompanham a equipe de perto têm se mostrado bastante empolgados com o calouro, que se mostra muito efetivo na redzone. As escolhas 3 e 4 (Jerome Baker e Kalen Ballage) também foram bem cotadas, mas não têm sido muito comentadas durante os trabalhos na pré-temporada.
Com as movimentações, Tannehill e Gase têm, nesta temporada, a última cartada para entregar o resultado que a torcida começou a ver em 2016, quando levaram a equipe aos playoffs. O QB se diz totalmente recuperado da lesão no ligamento do joelho, que o tirou da última temporada, e jornalistas que acompanham o dia a dia da equipe dizem que ele se movimentou muito bem durante os treinos e parece estar 100%.
Já para Gase, a chance é de mostrar que um vestiário que vista a camisa da comissão técnica pode sim ganhar partidas e chegar aos playoffs. A equipe não conta com super estrelas em seu elenco, mas tem peças que Gase escolheu para ficar. Para esta temporada, o head coach poderá abusar de seu estilo de jogo ofensivo (com preferência ao passe), aproveitando de wide receivers rápidos que tem à disposição (Kenny Stills e Albert Wilson, por exemplo). Na defesa, o linebacker Kiko Alonso estará menos sobrecarregado, com o retorno de lesão de Raekwon McMillan, da escolha de segunda rodada do Draft de 2017, que também ficou de fora de toda a temporada passada.
Principais chegadas: Danny Amendola foi, possivelmente, a principal aquisição dos Dolphins na offseason. Chegando para ocupar o vazio deixado por Landry no slot, o atleta será uma peça fundamental para o corpo de wide receivers dos Dolphins, que conta ainda com DeVante Parker, Kenny Stills e Albert Wilson. Frank Gore também será bastante importante, revezando os snaps com Kenyan Drake mas, principalmente, servindo como tutor para o jovem running back. Outras chegadas importantes foram do defensive end Robert Quinn, o center Daniel Kilgore e o guard Josh Sitton.
Principais saídas: defensive tackle Ndamukong Suh (assinou com o Los Angeles Rams) e wide receiver Jarvis Landry (fechou acordo com o Cleveland Browns). Os dois jogadores mais habilidosos do elenco da equipe deixaram Miami e livraram uma grande porção da folha salarial da equipe.
Suh deixa uma ausência técnica maior para a equipe, quando pensamos no peso que terá a ausência do atleta no setor do campo. Um dos melhores defensive tackles da liga, sabe pressionar os QBs adversários, além de fechar a porta para o jogo corrido. Os Dolphins não conseguiram um substituto à altura para a posição.
No caso de Landry, que não teve nenhuma recepção para touchdown para mais de 10 jardas na última temporada,o sentimento que fica é de um ídolo em formação que deixa a equipe. O atleta se entregava em campo, sempre sendo muito intenso. Espera-se que a chegada de Danny Amendola, somada aos recebedores que já atuam na equipe, seja suficiente para o ataque funcionar. Amendola é mais experiente e mais dedicado a replicar em campo o que a comissão técnica pede – o que, segundo os rumores, não acontecia com o camisa 14.
Ponto mais forte: vestiário. Adam Gase tem em suas mãos um elenco confiável, que fará em campo exatamente o que ele pede no vestiário (ao contrário do que os rumores diziam sobre Landry, Ajayi e Suh, por exemplo). O head coach conta agora com um time montado de acordo com sua filosofia, principalmente ofensiva, o que deve ser o grande ponto forte da temporada. O retorno de Ryan Tannehill e a dupla de safeties Reshad Jones e Minkah Fitzpatrick também merecem ser citados nesta categoria.
Ponto mais fraco: linha defensiva. Entre todas as movimentações dos Dolphins na temporada, a mais sentida será na linha defensiva. A saída de Suh e a idade começando a chegar para o defensive end Cameron Wake (36 anos) devem ser fatores que farão a equipe sofrer na temporada que se aproxima.
Calouro para ficar de olho: obviamente, o safety Minkah Fitzpatrick (Alabama), cotado para sair entre os cinco primeiros mas selecionado na posição 11 foi a principal escolha do Draft dos Dolphins. Porém você deve ficar de olho mesmo no tight end Mike Gesicki (Penn State). Essa era uma peça que faltava para o elenco da franquia há alguns anos e a escolha na segunda rodada deste Draft parece ter sido bastante acertada. O desempenho ótimo recebendo passes mostrado enquanto universitário foi confirmado pelos jornalistas que acompanham o dia a dia dos Dolphins. Gesicki será bastante perigoso em qualquer situação de redzone da equipe e precisa melhorar apenas a leitura de blitz e os bloqueios ao quarterback.
Técnico: Adam Gase (desde 2016) – histórico: 16-16
Campanha em 2017: 6-10
Projeção de campanha em 2018: 10-6
Briga por: vaga no wild card
TABELA 2018
Semana 1: Titans (casa)
Semana 2: Jets (fora)
Semana 3: Raiders (casa)
Semana 4: Patriots (fora)
Semana 5: Bengals (fora)
Semana 6: Bears (casa)
Semana 7: Lions (casa)
Semana 8: Texans (fora)
Semana 9: Jets (casa)
Semana 10: Packers (fora)
Semana 11: bye week
Semana 12: Colts (fora)
Semana 13: Bills (casa)
Semana 14: Patriots (casa)
Semana 15: Vikings (fora)
Semana 16: Jaguars (casa)
Semana 17: Bills (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Miami Dolphins: posição 31
Melhor nota: 6,5 / Pior nota: 5,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.
(Foto: Divulgação Facebook / Miami Dolphins)