[PRÉVIA] NFL Power Ranking 2018 The Playoffs: #29 Indianapolis Colts
Retorno de Andrew Luck, novo head coach e um time em reconstrução: o que 2018 reserva para os Colts?
O torcedor do Indianapolis Colts pode, enfim, celebrar: Andrew Luck está de volta. O quarterback completou o longo período de recuperação e voltou a atuar em uma partida de futebol americano nesta quinta-feira (9), na vitória sobre o Seattle Seahawks por 19 a 17 válida pela pré-temporada da NFL. Foram apenas nove passes tentados, com seis completados, mas a notícia gera otimismo.
Para um time que segue passando por um rebuild, – e essa é a realidade dos Colts para 2018 – poder contar com um quarterback é sempre um ótimo ponto de partida. O time não entra com grandes expectativas para a nova temporada, compreensivelmente. Efetivamente, este será o primeiro ano de trabalho do general manager Chris Ballard, que, ao contrário de 2017, começa a dar a forma que deseja à franquia. Prova disso foi a contratação de Frank Reich como novo head coach para o lugar do sempre contestado Chuck Pagano, talvez a maior mudança da offseason para o time. Isso, é claro, após a confusa situação envolvendo Josh McDaniels.
A chegada do novo coordenador defensivo Matt Eberflus representou uma mudança da defesa para o 4-3, o que resultou na saída de alguns jogadores e possivelmente fará com que outros integrantes do elenco precisem mudar de posição para uma melhor adequação ao novo sistema defensivo. O time também investiu em pass-rushers durante o draft, com Kemoko Turay e os versáteis Darius Leonard e Tyquan Lewis.
Mas, com a volta de Andrew Luck e sob o comando do coordenador ofensivo que conquistou o Super Bowl LII com o Philadelphia Eagles, as atenções estarão inevitavelmente voltadas para o ataque. A maior preocupação para Chris Ballard era reforçar a proteção para o quarterback, grande problema da equipe nas últimas temporadas. Um dos principais nomes do Draft, Quenton Nelson caiu na ordem e “sobrou” para os Colts na sexta posição. Além disso, o time selecionou o guard Braden Smith na segunda rodada e assinou com os free agents Matt Slauson e Austin Howard. Ryan Grant e o tight end Eric Ebron chegam como novos alvos para Luck.
Principais chegadas: os Colts não estiveram entre os times mais ativos durante a free agency. Os veteranos Matt Slauson e Austin Howard chegaram para reforçar o lado direito da linha ofensiva, enquanto o wide receiver Ryan Grant assinou por uma temporada após ser reprovado nos exames médicos e dispensado pelo Baltimore Ravens. O tight end Eric Ebron é uma aposta interessante após apresentar um desempenho inconsistente pelo Detroit Lions e reforçará uma posição que já conta com Jack Doyle.
O principal nome, no entanto, é o head coach Frank Reich. Os Colts chegaram a anunciar Josh McDaniels para o cargo, mas o coordenador ofensivo do New England Patriots decidiu seguir em Foxborough. No fim, a situação pode ser favorável para Indianapolis, que contará com um técnico capaz de trabalhar com o aparentemente recuperado Andrew Luck.
Principais saídas: o time não sofreu grandes baixas durante a offseason. Dando sequência ao rebuild, Ballard optou por não renovar com o wide receiver Donte Moncrief e com o veterano running back Frank Gore. Rashaan Melvin, que passou a ser o cornerback número 1 após a dispensa de Vontae Davis, foi outro a deixar a equipe, e talvez seja a saída mais sentida. O right guard Jack Mewhort anunciou a aposentadoria aos 26 anos em decorrência de lesões, abrindo ainda mais espaço na disputa pela posição.
Depois de passar seis anos no comando da equipe e amargando três temporadas consecutivas fora dos playoffs, Chuck Pagano não conseguiu se manter no cargo de head coach e foi dispensado logo após a vitória sobre o Houston Texans na última semana da temporada passada.
Ponto mais forte: o ataque. Embora não seja possível garantir que Andrew Luck será o mesmo quarterback de antes, o simples retorno do principal nome do time representa uma melhora significativa. T.Y. Hilton segue como wide receiver número 1, enquanto Jack Doyle retorna da primeira participação no Pro Bowl. Eric Ebron e Ryan Grant chegam para reforçar o depth chart. Frank Reich ainda contará com o running back segundanista Marlon Mack, que teve algumas atuações de destaque em 2017, e com o promissor novato Nyheim Hines, vindo de N.C. State, o mais rápido do 40 yard dash durante o Combine em fevereiro. O wide receiver Deon Cain é outra adição do Draft. A linha ofensiva, antes o grande ponto fraco, foi o principal alvo de Chris Ballard. Quenton Nelson já aparece como left guard titular, enquanto Austin Howard, Matt Slauson e Braden Smith reforçam a rotação pelo lado direito.
Ponto mais fraco: a secundária. Ao solucionar o problema da linha ofensiva e encaminhar soluções para o pass rush, os Colts não deram maior atenção a outro ponto fraco evidente do time. Sem grandes nomes, a unidade aposta principalmente no retorno de Malik Hooker, que apresentou um desempenho espetacular nas poucas partidas que atuou em 2017 antes de ter a temporada interrompida por uma ruptura do ligamento cruzado anterior. Clayton Geathers segue batalhando contra lesões, enquanto Matthias Farley ganha espaço no time. Sem Rashaan Melvin, a briga pelas vagas entre os cornerbacks está totalmente em aberto para Quincy Wilson, Pierre Desir e Nate Hairston. A secundária dos Colts é um grupo inexperiente, mas com espaço para evolução. A nova temporada será um teste definitivo para o grupo.
Técnico: Frank Reich (desde 2018) – histórico: estreante
Campanha em 2017: 3-13
Projeção da campanha em 2018: 6-10
Calouro para ficar de olho: Quenton Nelson (guard) – com 11 jogadores selecionados no Draft, não faltarão nomes para a torcida dos Colts prestar atenção em 2018. Citar Quenton Nelson é o mais óbvio demais, já que o left guard ocupará naturalmente o centro das atenções entre os novatos. Com escolhas interessantes nas rodadas finais, Chris Ballard conseguiu ainda dois steals em potencial com o versátil running back Nyheim Hines e wide receiver Deon Cain. Mesmo jogando com o limitado Kelly Bryant, o WR de Clemson liderou os Tigers em jardas recebidas durante a temporada 2017 do college football. Apesar do bom desempenho, Cain caiu consideravelmente na ordem do Draft em decorrência de problemas fora de campo e do alto número de drops. Infelizmente, o calouro sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior em jogo da pré-temporada e não joga mais em 2018.
Briga por: escolha alta no Draft
TABELA 2018
Semana 1: Bengals (casa)
Semana 2: Redskins (fora)
Semana 3: Eagles (fora)
Semana 4: Texans (casa)
Semana 5: Patriots (fora)
Semana 6: Jets (fora)
Semana 7: Bills (casa)
Semana 8: Raiders (fora)
Semana 9: bye week
Semana 10: Jaguars (casa)
Semana 11: Titans (casa)
Semana 12: Dolphins (casa)
Semana 13: Jaguars (fora)
Semana 14: Texans (fora)
Semana 15: Cowboys (casa)
Semana 16: Giants (casa)
Semana 17: Titans (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Indianapolis Colts: posição 29
Melhor nota: 7 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.
(Foto: Reprodução Twitter/Indianapolis Colts)