[PRÉVIA] NFL Power Ranking 2018 The Playoffs: #27 Seattle Seahawks
Fim de ciclo vitorioso deixa muitas dúvidas nos Seahawks, que seguem com uma certeza: Russell Wilson
Os últimos momentos da geração dourada. Este pode ser o resumo do que o torcedor do Seattle Seahawks deve viver em 2018. O time que chacoalhou a NFL entre 2012 e 2014, conquistando a NFC duas vezes e levando o troféu Vince Lombardi pela primeira vez, ficou no passado, o momento da reconstrução chegou e enquanto o sucesso não volta, é hora de preparar-se para dias difíceis no CenturyLink Field (e principalmente fora dele).
A franquia novamente perdeu jogadores importantes, incluindo o que restou da Legion of Boom: Richard Sherman e Jeremy Lane deram adeus, os problemas físicos deixam Cliff Avril e Kam Chancellor na lista de inativos, Michael Bennett foi trocado para o Philadelphia Eagles e Earl Thomas continua vivendo a novela “ou paga, ou troca”, tendo como destino preferido o Dallas Cowboys. O Draft e a free agency não foram brilhantes, a linha defensiva melhorou, mas segue sendo uma preocupação e, uma vez mais, o esquema parece ser confiar em um dos melhores QBs da NFL.
Russell Wilson terá de fazer mágica, como nos últimos anos, para manter os Seahawks na briga em qualquer jogo. Scrambler (muitas vezes) por (falta de) opção, ele perdeu Jimmy Graham, que agora defende o Green Bay Packers, e Paul Richardson, mas segue com Doug Baldwin e Tyler Lockett como alvos. Draftado no fim da 1ª rodada, Rashaad Penny chega para ser o running back titular, mas deve dividir a posição, ao menos no começo da temporada, com Chris Carson.
A linha ofensiva pouco mudou, e a esperança cai em cima de Duane Brown, left tackle que foi reforço de meio de temporada em 2017 e pode ajudar mais agora que já está ambientado. Na defesa, os reforços que mais prometem são o defensive tackle Tom Johnson e o defensive end/linebacker Barkevious Mingo, e o perigo mora na secundária que, após anos com um grupo de alto nível, terá jogadores esforçados e medianos, receita de sofrimento em meio a um calendário muito difícil.
Se o cenário pintado já não é bom, a tabela pouco ajuda. O começo ainda é viável, com Denver Bronco e Chicago Bears fora de casa, Dallas Cowboys e Arizona Cardinals. Depois, a coisa complica, com pedreiras como o Los Angeles Rams (x2), San Francisco 49ers (x2), Green Bay Packers, Minnesota Vikings, Los Angeles Chargers, Carolina Panthers e Kansas City Chiefs. Assim, com um elenco limitado e uma tabela difícil, uma campanha 8-8 pode ser o limite para a franquia em 2018.
(Foto: Reprodução Twitter / Seattle Seahawks)
Principais chegadas: a free agency dos Seahawks não foi das mais animadoras para os fãs. Como abordado acima, a defesa tem poucos nomes de peso, com destaque para Mingo e Johnson, e no ataque as grandes novidades são o tight end Ed Dickson e o veterano Brandon Marshall, mas é impossível saber se o wide receiver que chega é o que brilhou no Denver Broncos e Miami Dolphins ou o que pouco fez com o New York Giants.
Mais interessante e importante é, provavelmente, a troca no staff de Pete Carroll. Os principais auxiliarem foram trocados, e o comando do ataque e da defesa cabem, agora, a Brian Schottenheimer e Ken Norton Jr., respectivamente. Um dos técnicos remanescentes é Brennan Carroll, filho do técnico e assistente na nevrálgica (e crítica) linha ofensiva.
Principais saídas: é difícil imaginar Seattle sem a Legion of Boom, e o mais vocal de seus integrantes, Richard Sherman, não apenas deu tchau: o cornerback escolheu o San Francisco 49ers, maior rival recente, para seguir sua carreira. Michael Bennett também fará muita falta, assim como o tight end Jimmy Graham, que mesmo sem ser o melhor encaixe para o esquema ofensivo, foi uma arma importante para Russell Wilson nas últimas temporadas.
Ponto forte: Russell Wilson é, provavelmente, o melhor quarterback para a desesperadora situação da linha ofensiva dos Seahawks. Sua capacidade de improvisar, sobreviver ao colapso da OL e ainda achar as melhores jogadas, por ar ou por terra, é a grande esperança dos torcedores. A conexão com Doug Baldwin é incrível e, mesmo sofrendo, ele ainda somou ótimos números em 2017 (quase quatro mil jardas, 34 TDs e apenas 11 interceptações e 95.4 de rating).
Ponto fraco: A linha ofensiva causa arrepios a cada domingo e, de acordo com o Pro Football Focus, a unidade foi apenas a 27ª melhor em 2017. Páginas de torcedores dos Seahawks nos Estados Unidos celebram o fato de a OL ser a terceira melhor da divisão, o que já mostra o tamanho do drama. Pelo menos, o time manteve o melhor jogador do grupo (Duane Brown), que deve ser o pilar em torno do qual uma linha ofensiva mais eficientes será construída.
Calouro para ficar de olho: Shaquem Griffin (cornerback/linebacker) – Símbolo de garra e força de vontade no Draft, Griffin foi escolhido na 5ª rodada e reuniu-se novamente com Shaquil Griffin, seu irmão gêmeo. O fato de não ter uma mão não impediu Shaquem de brilhar na primeira partida da pré-temporada, com quatro tackles seguidos (dois sem auxílio de companheiros) atuando como linebacker. Um ótimo desempenho nos treinos aumenta a expectativa por uma vaga na equipe titular, algo ainda improvável com K.J. Wright tomando conta da posição, mas certamente o jogador que despertou a atenção (e a simpatia) do mundo da NFL tem tudo para brilhar com os Seahawks.
Técnico: Pete Carroll (desde 2010) – histórico: 79-48-1
Campanha em 2017: 9-7
Projeção para 2018: 6-10
Briga por: 50% de aproveitamento na temporada
TABELA 2018
Semana 1: Broncos (fora)
Semana 2: Bears (fora)
Semana 3: Cowboys (casa)
Semana 4: Cardinals (fora)
Semana 5: Rams (casa)
Semana 6: Raiders (fora, Londres)
Semana 7: bye week
Semana 8: Lions (fora)
Semana 9: Chargers (casa)
Semana 10: Rams (fora)
Semana 11: Packers (casa)
Semana 12: Panthers (fora)
Semana 13: 49ers (casa)
Semana 14: Vikings (casa)
Semana 15: 49ers (fora)
Semana 16: Chiefs (casa)
Semana 17: Cardinals (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Seattle Seahawks: posição 27
Melhor nota: 7 / Pior nota: 5,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.