[PRÉVIA] NFL Power Ranking 2018 The Playoffs: #20 Dallas Cowboys
Um caminhão de incertezas nos dois lados do campo, algumas "cartas na manga" e Ezekiel Elliott carregando o piano...
Com uma administração muito mais conservadora de Jerry Jones, diferente daquela que levou o Time da América aos últimos títulos nos longínquos anos 90, a base de fãs dos Cowboys vai ter que rezar para que apareça uma “carta na manga”, na esperança de acompanhar uma improvável reviravolta na temporada 2018 da NFL.
Tudo porque os buracos no elenco deixados por Jason Witten e Dez Bryant – considerando aqui os bons anos do jogador -, podem ser vistos a olho nu, diante de reposições questionáveis. O técnico Jason Garrett vai ter que trabalhar bastante para encontrar o equilíbrio de um time que tem muito o que provar. Porém, com jogadores tecnicamente limitados.
Verdade seja dita, os Cowboys terão Ezekiel Elliott livre das ameaças de punição por problemas extra-campo que o afastaram de 6 dos 16 jogos na temporada passada, impedindo o time de jogar os playoffs. Com Zeke e o jovem Rod Smith, o jogo corrido, DNA do ataque do time sob o comando do coordenador ofensivo Scott Linehan, flui. Mas, para correr bem com a bola, o setor de maior prestígio da franquia, a linha ofensiva, vai precisar recuperar as boas atuações e o entrosamento de outros anos. Para isso, Paul Alexander, ex-Cincinnati Bengals, foi contratado. Escolhido na segunda rodada do Draft 2018, Connor Williams, da Universidade do Texas, deve ser a peça de encaixe e alinhar com as feras de uma das OLs mais temidas da liga.
No entanto, a desconfiança para com as alternativas oferecidas a Dak Prescott no aspecto do jogo aéreo, nem de longe, enchem os olhos. Tavon Austin teve problemas para se encaixar no jogo dos Rams, sendo utilizado com mais frequência no plano terrestre. Aqui, vale a ressalva de que Garrett pode repassar a função de passes curtos como no último ano de Lance Dunbar com a camisa dos Cowboys para Austin. Já Allen Hurns não é o tipo de jogador que faz chover. Terrence Williams e Cole Beasley voltam com a vantagem do entrosamento como destaque, enquanto Michael Gallup pode ser peça importante em alguns snaps na red zone. Somando o corpo de tight ends composto por Geoff Swain, Blake Jarwin e Rico Gathers, fica mais fácil o entendimento do pessimismo dos torcedores com este cenário.
Na defesa, a esperança é de que DeMarcus Lawrence faça outra grande temporada, agora sob a franchise tag. Do outro lado da linha, mais problemas. Para o lugar de David Irving, que cumprirá punição durante os primeiros quatro jogos da temporada, Jihad Ward, ex-Raiders, é o principal candidato. Com alguns ajustes, Randy Gregory também pode assumir o posto e desfrutar de outra oportunidade após outro ano de suspensão por abuso de substâncias ilegais.
Mas é na secundária que existe o contraponto. Depois de ser toda reformulada via Draft nos últimos anos, é neste setor que Jason Garrett e a comissão técnica dos Cowboys deposita toda confiança. O problema é que Anthony Brown, Byron Jones e Jourdan Lewis tiveram uma temporada bem fraca no ano passado, enquanto Xavier Woods, Chidobe Awuzie e Kavon Frazier ainda precisam se desenvolver bastante até que este setor possa inspirar o mínimo de otimismo.
Com tantos setores precisando de atenção especial é difícil traçar um caminho para os Cowboys até os playoffs nesta temporada. Contudo, um passo à frente em cada um destes aspectos do jogo e a equipe pode surpreender.
(Foto: Divulgação/Dallas Cowboys)
Principais chegadas: o período de free agency foi ativo para os Cowboys. Não que os fãs tenham se animado com as novas caras do time, mas além de jogadores para compor o elenco de times especiais e reservas para os defensores, a principal chegada foi do wide receiver Allen Hurns, ex-Jaguars. A troca que envolveu a ida de Ryan Switzer para os Raiders e trouxe Jihad Ward também merece destaque, pois o atleta deve cobrir David Irving nos primeiros jogos da temporada.
Principais saídas: sem medo de arriscar, a maior perda do elenco de Dallas foi tight end Jason Witten. O futuro hall of famer anunciou sua aposentadoria durante o Draft, deixando a comissão técnica sem muitas alternativas. É verdade que por pouco o time não escolheu um jogador para a posição que tinha identificação com a história dos Cowboys em Dallas Goedert. No entanto, os Eagles chegaram antes e a ferida no elenco do time texano ficou exposta.
Seria cômodo mencionar Dez Bryant aqui também, por tudo que ele representou para o time durante o auge de sua carreira, mas nos últimos anos o jogador deixou de ter impacto e passou a ser um grande problema financeiro, resolvido por Jerry Jones da forma mais simples, com o corte do atleta.
Ponto forte: Ezekiel Elliott. Com tantas incógnitas, pedaço por pedaço do campo, como foi abordado no texto acima, a única certeza é a de que Elliott vai ter um papel ainda mais importante no esquema de jogo, e ele tem talento de sobra para exercer esta função. Se o jogo terrestre não funcionar, Dallas terá muitos problemas.
(Foto: Tom Pennington/Getty Images)
Ponto fraco: desconsiderando a tendência ao fracasso do jogo ofensivo de passes liderados por Dak Prescott, o ponto mais fraco do time é a secundária. O coordenador de passes defensivos Kris Richard chegou para tentar explorar o melhor de um grupo jovem e talentoso. Porém, a expectativa é que Richard tenha muitos problemas para encontrar as melhores formações e encaixar um time capaz de se proteger do jogo aéreo com a mesma eficiência da proteção que há ao jogo terrestre – a terceira melhor da temporada passada neste quesito. Com certeza, os treinos contra os jogadores de Scott Linehan não devem servir como o melhor teste para a secundária dos Cowboys no training camp.
Calouro para ficar de olho: Leighton Vander Esch (linebacker) – Escolhido na 19ª posição ainda na primeira rodada do Draft 2018, o jogador trouxe consigo elogios de quem o assistiu defendendo a Universidade de Boise State. No training camp, Vander Esch tem se mostrado versátil e recebeu elogios do grande nome do time no setor, Sean Lee, que reconheceu o esforço e o talento do atleta que deve dividir snaps com Jaylon Smith, e quem sabe, suprir a ausência de Anthony Hitchens no miolo da defesa.
Técnico: Jason Garrett (desde 2010) – histórico: 67-53
Campanha em 2017: 9-7
Projeção para 2018: 6-10
Briga por: 50% de aproveitamento na temporada
TABELA 2018
Semana 1: Panthers (fora)
Semana 2: Giants (casa)
Semana 3: Seahawks (fora)
Semana 4: Lions (casa)
Semana 5: Texans (fora)
Semana 6: Jaguars (casa)
Semana 7: Redskins (fora)
Semana 8: Bye Week
Semana 9: Titans (casa)
Semana 10: Eagles (fora)
Semana 11: Falcons (fora)
Semana 12: Redskins (casa)
Semana 13: Saints (casa)
Semana 14: Eagles (casa)
Semana 15: Colts (fora)
Semana 16: Buccaneers (casa)
Semana 17: Giants (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Dallas Cowboys: posição 20
Melhor nota: 7,5 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.