Sabe aquele time que sempre tenta e sempre bate na trave? É onde o Kansas City Chiefs se colocou nos últimos anos. Após desastrosas campanhas em playoffs, em que a equipe venceu apenas um jogo sob a tutela de Andy Reid, os Chiefs estão de cara nova para 2018, e acabam se tornando uma das maiores incógnitas da temporada.

A equipe, que é uma das pioneiras da NFL, participou de dois dos três primeiros Super Bowls, ganhando um deles contra o Minnesota Vikings em 1970. Mesmo com nomes como Joe Montana, Dante Hall, Tony Gonzalez e, mais recentemente, Jamaal Charles, Kansas City não conseguiu repetir o mesmo sucesso, e não teve uma temporada de SB desde o ano do único título da equipe.

Os Chiefs vêm de duas temporadas seguidas vencendo o título da AFC West, e viveram um 2017 de altos e baixos. A equipe começou invicta nos primeiros cinco jogos, acumulando vitórias contra as duas equipes que jogaram o Super Bowl LII, Philadelphia Eagles e New England Patriots. Depois acabou ficando com uma campanha de 6-6, e se recuperou nos últimos quatro jogos do ano para ganhar a divisão. Nos playoffs, sofreram uma dolorosa derrota contra o Tennessee Titans em casa logo na primeira rodada.

Agora, Kansas City está de cara nova. Com trocas importantes de Alex Smith e Marcus Peters, o time tem o comando de Patrick Mahomes no ataque, escolhido na décima escolha geral do Draft de 2017, na posição de QB, e começa uma renovação completa de sua defesa, que decepcionou no ano passado. A segurança de Travis Kelce e Sammy Watkins se junta com à juventude de Mahomes, Tyreek Hill, Kareem Hunt e Chris Conley para talvez formar um bom ataque neste ano.

Podemos esperar tanto um grande sucesso da equipe do Missouri quanto um grande fracasso, principalmente por ser uma equipe com um novo coordenador ofensivo, depois da saída de Matt Nagy para ser treinador do Chicago Bears. Mas é importante que os demais coordenadores principais foram mantidos, inclusive Dave Toub, o coordenador de special teams e assistente principal de Andy Reid, que continuou com os Chiefs mesmo com as especulações de que poderia virar head coach em outra equipe.

(Foto: Twitter Kansas City Chiefs)

Principais chegadas: importantes jogadores chegaram para os Chiefs nesta temporada. Principal deles pode-se dizer que é o wide receiver Sammy Watkins, que fez uma boa carreira no Buffalo Bills antes de ir para o Los Angeles Rams. Agora, tem tudo para formar uma boa parceria com Mahomes. Também podemos citar o cornerback Kendall Fuller, que chegou na troca com o Washington Redskins por Alex Smith.

Principais saídas: mesmo sendo por troca, a saída de Alex Smith impactou muito a equipe, que deve usar um playbook muito diferente pelo estilo de jogo do Mahomes. Isso quer dizer começar do zero em algumas coisas, e eles ainda devem bater cabeça no começo da temporada. Marcus Peters, que foi tido como “maçã podre” no vestiário dos Chiefs no ano passado, também foi uma perda importante, mesmo com seus problemas para tacklear e no extracampo.

Ponto mais forte: corpo de recebedores. Alguns anos atrás, os Chiefs sofriam nessa área, tendo até passado uma temporada inteira sem conseguir nenhum touchdown feito por um wide receiver. Esses tempos passaram graças a bons Drafts feitos pela equipe nos últimos anos, que trouxeram nomes como Chris Conley e Tyreek Hill. Junto com Watkins e, principalmente, Travis Kelce, Mahomes deve ter bons alvos em seu primeiro ano como titular.

Ponto mais fraco: secundária. Mesmo com os dois safeties se mantendo, os Chiefs tiveram perdas importantes na secundária. Além de Marcus Peters, o titular do outro lado, Terrance Mitchell, também saiu. Daniel Sorensen e Eric Berry, os dois sobreviventes, vivem problemas com lesões, então pode-se esperar uma secundária quase completamente nova no começo da temporada 2018.

Calouro para ficar de olho: os Chiefs fizeram um Draft discreto, principalmente por não terem uma escolha de primeira rodada, então eu ficarei com o defensor Breeland Speaks. Escolhido na segunda rodada, o jogador está fazendo uma transição para linebacker na pré-temporada, por sua habilidade de invasão no meio da linha ofensiva e uma absurda velocidade, que Bob Sutton achou que seriam desperdiçados se ele jogasse de defensive end. Outra coisa que chama a atenção é sua habilidade de fechar gaps, que mostra uma visão de jogadas que pode ser usada muito bem na posição de LB.

Técnico: Andy Reid (desde 2013) – histórico: 53-27

Campanha em 2017: 10-6

Projeção para 2018: 9-7

Briga por: vaga no Wild Card

TABELA 2018

Semana 1: Chargers (fora)
Semana 2: Steelers (fora)
Semana 3: 49ers (casa)
Semana 4: Broncos (fora)
Semana 5: Jaguars (casa)
Semana 6: Patriots (fora)
Semana 7: Bengals (casa)
Semana 8: Broncos (casa)
Semana 9: Browns (fora)
Semana 10: Cardinals (casa)
Semana 11: Rams (fora)
Semana 12: bye week
Semana 13: Raiders (fora)
Semana 14: Ravens (casa)
Semana 15: Chargers (casa)
Semana 16: Seahawks (fora)
Semana 17: Raiders (casa)

POWER RANKING THE PLAYOFFS

Kansas City Chiefs: posição 19
Melhor nota: 7,5 / Pior nota: 6

>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, Luis Felipe Saccini e Ricardo Pilat. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.

IMPORTANTE: não necessariamente o responsável por esta prévia concorda com a posição da equipe em questão no ranking, colocando, assim, seu ponto de vista particular nesta análise.