[PRÉVIA NFL] O que esperar da NFC South em 2016
Panthers devem levar mais uma vez a divisão que tem Falcons, Saints e Buccaneers como interrogações
A NFC South, que em 2014 foi possívelmente a pior divisão da NFL, melhorou significantemente em 2015, especialmente com a ascensão do Carolina Panthers, derrotado no Super Bowl L.
Os outros times da divisão, Tampa Bay Buccaneers, New Orleans Saints e Atlanta Falcons também tiveram anos melhores em 2015, mas não chegaram a ameaçar uma vaga nos playoffs, o que deve ser mudar neste ano.
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Atlanta Falcons (6-10)
Os Falcons de Matt Ryan sempre prometem antes da temporada. Muito como o próprio quarterback, a equipe de Atlanta parece carecer de um algo a mais para assustar alguém.
O técnico Dan Quinn, antigo coordenador defensivo dos Seahawks, tentou imprimir uma cultura diferente no time da Georgia em 2015 mas acabou deixando um bom começo de temporada se tornar um mais um final medíocre para os Falcons.
O ataque aéreo, que sempre figura entre os melhores da NFL (6º em 2015), deve continuar sendo o destaque da equipe com o completíssimo wide receiver Julio Jones, seguido do recém-chegado e competente Mohamed Sanu, além do tight end Jacob Tamme e do versátil running back Davonte Freeman.
A defesa, que supostamente deveria melhorar em 2015 com a chegada de Quinn, foi apenas a 14ª em pontos cedidos e a 16ª em jardas cedidas, o que com certeza deve ter enfurecido o ex-coordenador defensivo de Seattle.
Para tentar melhorar a defesa, os Falcons selecionaram na primeira rodada do draft de 2015 o pass rusher Vic Beasley, e na primeira rodada do draft de 2016 o safety Keanu Neal, além de buscar na free agency desse ano o defensive lineman Derrick Shelby e os linebackers Deion Jones, De’Vondre Campbell, Courtney Upshaw e Sean Weatherspoon.
Os Falcons, que não há tanto tempo disputaram o NFC championship, podem fazer algum barulho em 2016 se tudo se alinhar para a equipe, beliscando uma vaga de wild card nos playoffs.
Carolina Panthers (14-2)
Os Panthers com o quarterback Cam Newton surpreenderam e quase emplacaram uma temporada regular invicta, com 15 vitórias e apenas 1 derrota antes dos playoffs. De dúvida antes da temporada de 2015 à surpresa durante a o calendário regular, para dúvida novamente antes da temporada de 2016, a secundária dos Panthers não poderá contar com o cornerback Josh Norman, que teve sua franchise tag rescindida e deixou a equipe da Carolina do Norte para o Washington Redskins, mas retornam os outros três titulares os safeties Ter Noston e Kurt Coleman e o cornerback Bene Benwikere.
Com essa saída, aumenta a pressão no corpo de linebackers dos Panthers – o melhor da NFL – composto pelo trio Luke Kuechly, Thomas Davis e Shaq Thompson, em manter a boa atuação da defesa de Carolina, que em 2015 liderou a NFL com 39 turnovers.
A linha defensiva retorna cheia de bife com a presença dos defensive tackle Star Lotulelei e Kawann Short e dos defensive end Kony Ealy e Charles Johnson. O time ainda utilizou sua escolha de primeira rodada para selecionar o defensive tackle Vernon Butler, de Louisiana Tech, para deixar um ponto que já era forte na equipe ainda mais forte.
Do outro lado da bola, a equipe conta com a volta do wide receiver Kelvin Benjamin, que aliado com a melhora do segundoanista Devin Funchess e as boas atuações do tight end Greg Olsen formam um bom grupo de alvos para o MVP da temporada de 2015, Cam Newton.
O jogo terrestre, ancorado pelo excelente – mas sempre lesionado – Jonathan Stewart, deve seguir sendo prioridade no esquema ofensivo da equipe, que ainda conta com o competente fullback Mike Tolbert, e o reserva Fozzy Whitaker.
Com uma tabela mais difícil em 2016, os Panthers do atual Técnico do ano Ron Rivera não devem igualar a campanha de 2015, mas seguem como favoritos ao título da divisão.
New Orleans Saints (5-11)
O time que já foi há pouco tempo atrás o mais temido da divisão, hoje sofre para competir em pé de igualdade. E isso se deve a defesa historicamente ruim que o time tem apresentado nos últimos anos. Tão ruim que o coordenador defensivo Rob Ryan – irmão do polêmico Rex Ryan, head coach dos Bills – foi mandado embora.
O grande problema é a falta de talento na defesa, já que a contratação de peso do safety Jairus Byrd não vingou devido a uma série de lesões e atuações ruins do ex-jogador dos Bills. A saída do pass rusher Junior Galette também foi sentida, com apenas 31 sacks na temporada do ano passado, uma das piores marcas da NFL.
O ataque aéreo do excelente quarterback Drew Brees continua sendo o ponto forte da equipe, figurando em primeiro lugar na temporada passada, mas será necessário um maior equilíbrio com o jogo terrestre em 2016 para o time poder melhorar a sua campanha. No ano passado, os Saints foram apenas o 24º em jardas terrestres, e conta com um Mark Ingram saudável para poder superar essa marca.
A chegada do wide receiver Michael Thomas, selecionado da universidade de Ohio State na primeira rodada do draft deste ano pode devolver a Brees um alvo de confiança que tem faltado desde a saída de Jimmy Graham para os Seahawks no ano passado.
Apesar do ataque, os Saints ainda são um trabalho em construção na defesa, e devem continuar atrás de times superiores defensivamente na NFC como Panthers, Cardinals, Seahawks e Vikings. Mesmo na divisão, o páreo será duro pelo segundo lugar.
Tampa Bay Buccaneers (9-7)
A equipe da Florida não tinha altas expectativas para a temporada de 2015. A ideia principal para o time do então técnico Lovie Smith era a de desenvolver seu recém draftado quarterback Jameis Winston dentro do esquema do então coordenador ofensivo Dirk Koetter, e nesse aspecto, a temporada foi um sucesso.
Winston evoluiu ao longo da temporada e se mostrou maduro e pronto para ser o franchise quarterback dos Buccaneers. A estratégia foi tão eficaz que o front office de Tampa decidiu demitir Smith e promover Koetter ao cargo de head coach, para garantir que a sinergia criada no ano de calouro de Winston com seu coordenador ofensivo pudesse ser mantida.
Em 2016, as expectativas são mais altas, com um salto do ataque e uma melhora da defesa. Destaque para os wide receivers Mike Evans – que apesar de muito talentoso sofreu com drops no ano passado – e o veteraníssimo Vincent Jackson, além do talentoso e problemático tight end Austin Sefarian-Jenkins. Para correr com a bola, o time retorna o running back Doug Martin, que apesar das críticas acabou reacendendo sua carreira em 2015.
Na defesa, o time do defensive tackle Gerald McCoy vai precisar ser melhor que no ano passado se o time quiser a classificação para os playoffs. Os Buccaneers foram apenas a 26ª defesa em pontos cedidos, apesar de figurar em 10ª lugar em jardas cedidas. O grande problema da equipe, tanto no ataque quanto na defesa, foram os turnovers, ponto que deve ser destacado por Koetter para a equipe dar o salto e competir na NFC.
(Crédito das Fotos: Reproduções Facebook / Atlanta Falcons / Carolina Panthers / New Orleans Saints / Tampa Bay Buccaneers)