[PRÉVIA NFL] A Divisão Leste da NFC em 2017
Favorito, Dallas Cowboys precisa superar suspensão de Ezekiel Elliott para desbancar Giants, Redskins e Eagles
Apontada como patinho feio da NFC há poucos anos, a Divisão Leste tornou-se a mais equilibrada e competitiva da Conferência Nacional. Em 2016, a pior franquia (Philadelphia Eagles) ficou a uma vitória dos 50% de aproveitamento, e o terceiro colocado da divisão (Washington Redskins) brigou pelos playoffs até a semana 16. Os Eagles foram os últimos a repetir o título (tetracampeonato entre 2001 e 2004), e nos últimos 10 anos, o equilíbrio é total: três conquistas da NFC East para Eagles e Dallas Cowboys, duas para New York Giants e Washington Redskins.
Atual campeão, os Cowboys mantiveram a forte unidade ofensiva, mas a perda de Ezekiel Elliott por seis semanas, suspenso, coloca o favoritismo em dúvida: a franquia dependerá demais de Dak Prescott, e a chave para o jovem QB parece ser a consistência. Os Giants reforçaram ainda mais o corpo de recebedores com Brandon Marshall, e o título é possível se a defesa crescer em relação a 2016 e Paul Perkins firmar-se como running back titular.
Isso não quer dizer que Redskins e Eagles estão fora da briga. A franquia da capital americana tem em Kirk Cousins e Jordan Reed uma ótima dupla de QB/TE e, se DeSean Jackson e Pierre Garçon disseram adeus, o corpo de recebedores ganhou velocidade com a chegada de Terrelle Pryor. Em Philadelphia, a esperança está na afirmação de Carson Wentz como quarterback, após uma temporada de altos e baixos. Alshon Jeffery veio para ser o wide receiver número 1, e a defesa segue muito forte, com o comando do experiente Fletcher Cox.
E agora? Quem leva uma divisão tão equilibrada? Vamos aos prognósticos…
DALLAS COWBOYS
Não fosse a suspensão de Ezekiel Elliott, o Dallas Cowboys seria o grande favorito da divisão. No entanto, o comportamento extra-campo de um dos grandes destaques da última temporada coloca um ponto de interrogação no ar. Agora sem a pressão de ter Tony Romo no banco de reservas, Dak Prescott precisa que Darren McFadden, substituto de Zeke, brilhe nos seis primeiros jogos para que a ação ofensiva não fique restrita ao jogo aéreo, desafogando a marcação em cima de Dez Bryant, Cole Beasley, Jason Witten e companhia (i)limitada.
A defesa ganhou em juventude com a troca de experientes atletas (Morris Claiborne, Brandon Carr e Barry Church, entre outros) pelos calouros Taco Charlton, Chidobe Awuzie e Jourdan Lewis. A franquia escolheu sete jogadores de defesa no Draft, e o esteio para conter a animação juvenil fica a cargo de três veteranos: o linebacker Sean Lee e dois cornerbacks, Nolan Carroll e Orlando Scandrick.
Jerry Jones continua sonhando com o Super Bowl que justifique a eterna esperança depositada sobre a franquia apelidada de “Queridinha da América”. Se a primeira metade da temporada for um sucesso, Zeke pode voltar mais descansado, pronto para brilhar nos playoffs e colocar os Cowboys em cima do pódio no Super Bowl 52, em fevereiro.
Campanha em 2016: 13 vitórias, 3 derrotas – título da NFC East
Previsão para 2017: 11 vitórias e 5 derrotas
Briga por: Título da NFC East (de preferência com bye no Wild Card) e o sonho do Super Bowl
Principais chegadas: Stephen Paea (Defensive Tackle) e Nolan Carroll (Cornerback)
Principais saídas: Morris Claiborne (Cornerback) e J.J. Wilcox (Safety)
Primeira escolha no último Draft: Taco Charlton (Defensive End – Michigan)
Principal jogador ofensivo: Dak Prescott (Quarterback)
Principal jogador defensivo: Sean Lee (Linebacker)
Head coach: Jason Garrett
(Foto: NFL/Site Oficial)
NEW YORK GIANTS
Comendo pelas beiradas, o New York Giants conquistou dois Super Bowls nos últimos anos mesmo com muitas críticas sobre a atuação de Eli Manning. Para voltar ao jogo mais importante do ano, a franquia ampliou seu quadro de wide receivers, trocando Victor Cruz, que sofreu com as lesões nos últimos anos, pelo talentoso Brandon Marshall, que une-se a Odell Beckham Jr., talvez o mais habilidoso da posição, em uma ofensiva que conta também com Sterling Shepard e o tight end Evan Engram, recém-draftado.
A defesa, tão reforçada antes da última temporada, segue praticamente igual, e o técnico Ben McAdoo espera contar com uma peça-chave que esteve ausente na derrota para o Green Bay Packers, que eliminou os Giants dos playoffs: Jason Pierre-Paul, já recuperado da cirurgia de hérnia. Se voltar em forma, JPP forma um trio perigoso (para os ataques adversários, claro) com Oliver Vernon e Damon Harrison.
Uma das grandes chaves para a evolução do time que parece destinado a ameaçar o Dallas Cowboys é Paul Perkins: se o jovem running back atingir o nível esperado, diminuirá a atenção das defesas adversárias sobre o jogo aéreo, e Eli Manning já provou que, quando relaxado, atua muito melhor, algo que pode ser fatal com um corpo de recebedores como o que o New York Giants colocará em campo em 2017.
Campanha em 2016: 11 vitórias, 5 derrotas – segundo lugar da NFC East, derrotado pelo Green Bay Packers no NFC Divisonal Round
Previsão para 2017: 10 vitórias e 6 derrotas
Briga por: título da NFC East
Principais chegadas: Brandon Marshall (Wide Receiver)
Principais saídas: Victor Cruz (Wide Receiver)
Primeira escolha no último Draft: Evan Engram (Tight End – Ole Miss)
Principal jogador ofensivo: Odell Beckham Jr. (Wide Receiver)
Principal jogador defensivo: Jason Pierre-Paul (Defensive End)
Head coach: Ben McAdoo
(Foto: Al Bello/Getty Images)
PHILADELPHIA EAGLES
Outra franquia com um quarterback que foi bem como calouro e, em sua segunda temporada, procura a consistência necessária para brilhar. Os Eagles aumentaram as armas à disposição de Carson Wentz, dando a ele Alshon Jeffery e Torrey Smith, que formam o trio titular de recebedores com Nelson Agholor. Ao grupo une-sem os bons tight ends Zach Ertz e Brant Celek: sobram armas para Wentz, ainda que a pressão seja grande pela falta de um running back explosivo (o titular deve ser LeGarrette Blount, que não é mais um garoto, e o mesmo vale para Darren Sproles).
A defesa foi apenas razoável em 2016, com muitos problemas na secundária, e isso não melhorou com a saída dos cornerbacks Nolan Carroll e Leodis McKelvin. A esperança cai no colo de joven Sidney Jones, recém-draftado e que ainda recupera-se de uma ruptura do tendão de Aquiles. Outro reforço importante é o defensive end Derek Barnett, selecionado na 1ª rodada do Draft e que deve fazer ótima dupla com o veterano Fletcher Cox.
Se a defesa tem muitas dúvidas, no ataque a questão é uma só: o jovem que motivou a franquia a apostar a segunda escolha do Draft de 2016 seguirá respondendo em campo após abrir a carreira com o maior número de passes completos para um rookie (379) e a quarta maior marca em termos de jardas para os calouros (3.782), mesmo com problemas no fim da temporada?
Campanha em 2016: 7 vitórias, 9 derrotas – último lugar da NFC East
Previsão para 2017: 7 vitórias e 9 derrotas
Briga por: não ser o último da NFC East novamente
Principais chegadas: Alshon Jeffery (Wide Receiver) e LeGarrette Blount (Running Back)
Principais saídas: Bennie Logan (Nose Tackle) e Connor Barwin (Linebacker)
Primeira escolha no último Draft: Derek Barnett (Defensive End – Tennessee)
Principal jogador ofensivo: Carson Wentz (Quarterback)
Principal jogador defensivo: Fletcher Cox (Defensive Tackle)
Head coach: Doug Pederson
(Foto: Reprodução / Facebook Philadelphia Eagles)
WASHINGTON REDSKINS
Mais uma temporada turbulenta na capital norte-americana. Kirk Cousins recebeu a franchise tag pelo segundo ano seguido, não acertou sua renovação e dificilmente será o QB titular de Washington em 2018. Ele ainda perdeu duas importantes armas, com as saídas de DeSean Jackson e Pierre Garçon. Terrelle Pryor chegou de Cleveland para dividir as recepções com Jordan Reed, Jamison Crowder e Josh Doctson, que pouco jogou em 2017 por conta de uma lesão no tendão de Aquiles.
A defesa foi reforçada após uma temporada irregular, e as três primeiras escolhas dos Redskins no Draft foram o defensive end Jonathan Allen, o linebacker Ryan Anderson e o cornerback Fabian Moreau, somando-se ao grupo de reforços o linebacker Zach Brown, que era agente livre. Entre os atletas que retornam, Ryan Kerrigan, ídolo da torcida, o jovem Su’a Cravens e o polêmico cornerback Josh Morgan.
A preparação não foi a ideal, e a definição da situação de Cousins poderia trazer mais tranquilidade, mas com a defesa reforçada e muito talento no ataque, apesar da incógnita que é o jogo corrido liderado por Rob Kelley e o rookie Samaje Perine, Washington tem chances reais de brigar pelo menos por uma vaga de Wild Card.
Campanha em 2016: 8 vitórias, 7 derrotas, um empate – terceiro lugar na NFC East
Previsão para 2017: 9 vitórias e 7 derrotas
Briga por: vaga nos playoffs – Wild Card é um cenário mais realista
Principais chegadas: Terrelle Pryor (Wide Receiver) e Stacy McGee (Linebacker)
Principais saídas: DeSean Jackson e Pierre Garçon (Wide Receivers)
Primeira escolha no último Draft: Jonathan Allen (Linebacker – Alabama)
Principal jogador ofensivo: Jordan Reed (Tight End)
Principal jogador defensivo: Josh Norman (Cornerback)
Head coach: Jay Gruden
(Foto: Reprodução Twitter / Washington Redskins)
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