[PRÉVIA NFL] A Divisão Sul da AFC em 2017
Uma das maiores surpresas da NFL nesta temporada pode sair da AFC South; confira o que esperar
A Divisão Sul da AFC é uma das mais equilibradas da NFL. Pelo menos foi assim em 2016. A vaga para os playoffs foi decidida na penúltima rodada, quando Tennessee Titans, Houston Texans e Indianapolis Colts ainda tinham chances para se classificar. Apesar do atual bom momento, as glórias da divisão foram maiores na década passada, quando Peyton Manning ainda era o motor dos Colts.
Em 2009, um time da divisão apareceu pela última vez no Super Bowl. Depois, em 2014, última aparição em final da conferência. Desde a criação da AFC South, em 2002, a hegemonia está com os Colts, que venceram nove vezes a divisão, foram 12 vezes aos playoffs, jogaram duas finais de conferência e venceram um Super Bowl.
Em 2017, recomenda-se que o fã da NFL preste bastante atenção nas disputas dessa divisão. J.J Watt volta para o jogo em Houston, depois de perder quase a temporada passada inteira, por conta de uma lesão nas costas. Marcus Mariota e os Titans vêm esperançosos depois de uma temporada de vitória incríveis. Um dos melhores quarterbacks da NFL, Andrew Luck também vai dar muito trabalho. E, apesar dos números ruins, o Jacksonville Jaguars vai tentar jogar muita água no chopp dos outros.
Confira a primeira prévia da temporada 2017 da NFL aqui no The Playoffs:
HOUSTON TEXANS
Um dos caçulas da NFL teve seus melhores anos nas últimas seis temporadas. Foram quatro vezes campeões da divisão. Todavia, nas duas últimas temporadas, a campanha foi fraca e Houston contou com a incompetência dos adversários diretos para conseguir se classificar em primeiro. Foram 9 vitórias e 7 derrotas em 2015 e 16.
Logo na abertura do mercado, no começo do ano, o Houston se desfez do quarterback Brock Osweiler – que era caro e jogava mal -, porém ficou sem um bom substituto. Apesar da alternância entre os quarterbacks, com Tom Savage sendo mais usado, o ataque ainda produziu bastante com a dupla de recebedores Will Fuller e DeAndre Hopkins.
DeShaun Watson foi a primeira escolha da franquia no Draft deste ano. Caso seja titular (o que não deve acontecer logo de cara), o quarterback novato vai ter a difícil missão de conduzir os Texans para a pós-temporada numa divisão equilibrada. Chegando lá, a defesa poderá brilhar novamente e fazer os texanos esquecerem dos Cowboys de uma vez.
Campanha em 2016: 9 vitórias, 7 derrotas – eliminado na semifinal de conferência pelos Patriots
Previsão para 2017: 8 vitórias, 8 derrotas
Briga por: vai se manter na briga pelos playoffs até as rodadas finais
Principais chegadas: Marcus Gilchrist (free safety) e Breno Giacomini (tackle)
Principais saídas: Brock Osweiler (quarterback)
Primeira escolha no último Draft: DeShaun Watson (quarterback, Clemson)
Principal jogador ofensivo: DeAndre Hopkins (wide receiver)
Principal jogador defensivo: J.J Watt (defensive end)
Head coach: Bill O’Brien
(Foto: Facebook Houston Texans)
TENNESSEE TITANS
Era véspera de Natal, 24 de dezembro de 2016. O Tennessee Titans perdeu o jogo que daria a classificação aos playoffs, depois de oito anos fora. Duas semanas antes, venceu heroicamente Denver Broncos e Kansas City Chiefs. Todavia, não superou o muito superado Jacksonville Jaguars. Naquela partida, o quarterback Marcus Mariota saiu lesionado e a equipe, eliminada.
Depois da temporada emocionante, a equipe retornou aos gramadas, em 2017, com as luzes e lentes voltadas a si. O time é um dos mais promissores, assim como o Oakland Raiders. O líder, Mariota, aprendeu a jogar como um profissional, protegido por uma das melhores linhas ofensivas da liga. Dois corredores de primeira classe também ajudam: DeMarco Murray e Derrick Henry.
A defesa, liderada por Dick LeBeau, tinha um sério problema na secundária, mas teoricamente corrigiu nesta última pós-temporada. Méritos do general manager Jon Robinson, que aprendeu muito bem como construir uma equipe campeã lá com o New England Patriots, onde ficou 11 anos. Depois ficou mais dois anos em Tampa. Desde 2016, ele é a mente por trás do time do Tennessee Titans, que vem forte para 2017.
Campanha em 2016: 9 vitórias, 7 derrotas
Previsão para 2017: 12 vitórias, 4 derrotas
Briga por: vai brigar pela primeira colocação da divisão e tem qualidade para chegar à final da AFC
Principais chegadas: Logan Ryan (cornerback) e Eric Decker (wide receiver).
Principais saídas: Jason McCourty (cornerback) e Kendall Wright (wide receiver).
Primeira escolha no último Draft: Corey Davis (wide receiver, Western Michigan).
Principal jogador ofensivo: Marcus Mariota (quarterback)
Principal jogador defensivo: Brian Orakpo (linebacker)
Head coach: Mike Mularkey
(Foto: Wesley Hitt/Getty Images)
INDIANAPOLIS COLTS
A maior potência da AFC South ainda não conseguiu provar o valor que tem. Único campeão da NFL dentro da divisão desde a criação dela, o Indianapolis Colts segue em reformulação sob o comando do técnico Chuck Pagano e do quarterback Andrew Luck – que tem um baita braço, diga-se de passagem, mas sofre muito com lesões e inclusive perderá o começo da temporada.
A força de liderança de Luck é tão grande que essa equipe nunca teve uma campanha com menos de oito vitórias desde a chegada do quarterback. Por outro lado, a torcida que era acostumada com grandes jogos perdeu a paciência com o contestável técnico Pagano. De qualquer forma, o treinador ainda é o preferido da diretoria e, “em nome do projeto”, deve ficar durante a temporada.
Os reforços que chegaram não causam nenhum espanto nos adversários. O gerente da equipe não quis fazer alarde com contratações magníficas, mas pode ter acertado em atletas regulares que vão evoluir com a equipe – o nome disso é “projeto”.
Campanha em 2016: 8 vitórias, 8 derrotas
Previsão para 2017: 7 vitórias, 9 derrotas
Briga por: vai se manter na briga para os playoffs até as últimas rodadas
Principais chegadas: Barkevious Mingo e Jabaal Sheard (linebackers) e Jeff Locke (punter)
Principais saídas: Pat McFee (punter, aposentado), Joe Reitz (linha ofensiva), D’Qwell Jackson e Erik Walden (linebackers) e Mike Adams (safety)
Primeira escolha no último Draft: Malik Hooker (safety, Ohio State)
Principal jogador ofensivo: Andrew Luck, quarterback
Principal jogador defensivo: Vontae Davis, cornerback
Head coach: Chuck Pagano
(Foto: Andy Lyons/Getty Images)
JACKSONVILLE JAGUARS
O Jacksonville Jaguars conta com um reforço campeão de Super Bowl, mas não é dentro de campo. Trata-se do vice-presidente executivo, Tom Coughlin, bicampeão pelo New York Giants. Apesar da experiência, o time vai levar algum tempo para conquistar algo significativo na liga. Desde 1995, quando a franquia foi criada, eles nunca colocaram medo em ninguém.
A última campanha razoável dos Jaguars foi em 2010, quando tiveram oito vitórias e oito derrotas. Bons tempos de Maurice Jones-Drew e David Garrard. Desde então, a equipe tem um atleta ou outro de destaque, mas não consegue seguir, evoluir. Parte desse problema é não ter um quarterback de primeira classe.
O atual lançador, Blake Bortles, não é o pior quarterback da liga, mas também não consegue carregar o time nas costas. A defesa é boa, mas sofre por ficar muito tempo em campo. É o típico problema de equipes com ataque pouco produtivo. A tendência é mais um ano sofrido, mesmo com a chegada de Leonard Fournette, running back, escolha número 4 do último Draft.
Campanha em 2016: 3 vitórias, 13 derrotas
Previsão para 2017: 5 vitórias, 11 derrotas
Briga por: nada além de alguns bons jogos dentro da divisão
Principais chegadas: A.J Bouye (cornerback) e Calais Campbell (defensive tackle)
Principais saídas: Johnathan Cyprien (safety)
Primeira escolha no último Draft: Leonard Fournette (running back, LSU)
Principal jogador ofensivo: Allen Robinson (wide receiver)
Principal jogador defensivo: Paul Posluszny (linebacker)
(Foto: Divulgação/ Jacksonville Jaguars)
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