[PRÉVIA NFL] A Divisão Oeste da NFC em 2017
Seahawks devem passear, enquanto uma interrogação paira sobre os Cardinals; Rams e 49ers podem sofrer muito
Não tem muito tempo e era quase que uma certeza dizer: o vencedor da NFC West é com certeza um candidato fortíssimo ao Super Bowl. Pra falar a verdade, os dois times que virão desta divisão têm totais condições de dominar a conferência.
Sim, por quatro anos seguidos, no intervalo entre 2012 e 2015, os times dessa divisão participaram do Wild Card. Em 2013, inclusive, Seahawks e 49ers decidiram que iria para o SB.
Entretanto, é hora de falar do presente. A realidade é diferente do passado recente. Apenas Seattle aparece com chances reais de pós-temporada, apesar dos Cardinals terem uma chance de surpreender. Já para os Rams e os Niners… err… melhor deixar (quem sabe) pro ano que vem, certo?
ARIZONA CARDINALS
Alguns problemas amaldiçoaram a campanha de 2016 dos Cardinals. Era um time para fazer muito mais do que foi apresentado. Só que as falhas em momentos decisivos, somado aos inúmeros problemas no Special Teams e a queda nos números de Carson Palmer naufragaram a temporada do time.
Para 2017 a esperança está em David Johnson. O running back está consolidado como um dos melhores da posição no liga e terá um papel fundamental mais uma vez. Palmer ainda tem um receptor confiável em Larry Fitzgerald e os dois têm a noção exata de que este é um time um ano mais velho, mas que pode dar caldo.
A defesa sofreu demais na free agency. As saídas de Calais Campbell e Tony Jefferson podem pesar. O general manager Steve Keim trouxe Anthoine Bethea dos Niners e aposta muito em Haason Reddick e Budda Baker, as duas primeiras escolhas da equipe no Draft. Será um time difícil de ser batido, a ver se será o suficiente para beliscar uma vaga no Wild Card.
Campanha em 2016: 7 vitórias, 8 derrotas e 1 empate – segundo na NFC West
Previsão para 2017: 9 vitórias e 7 derrotas
Briga por: com alguma sorte, vaga no Wild Card
Principais chegadas: Anthoine Bethea (Safety) e Phil Dawson (Kicker)
Principais saídas: Calais Campbell (Defensive Tackle) e Tony Jefferson (Safety)
Primeira escolha no último Draft: Haason Reddick (Linebacker, Temple)
Principal jogador ofensivo: Larry Fitzgerald (Wide Receiver)
Principal jogador defensivo: Patrick Peterson (Cornerback)
Head Coach: Bruce Arians
LOS ANGELES RAMS
A boa notícia para os torcedores do Rams é a juventude de seu time. Isso porque o futuro pode ser promissor em relação a um presente que ainda impõe dúvidas. Jeff Fisher saiu e a escolha do substituto não poderia ser melhor: Sean McVay, antigo coordenador ofensivo dos Redskins. O novo head coach, inclusive, é mais novo que o quarterback reserva, Dan Orlovsky.
A principal missão do novo comandante é dar o veredicto final sobre Jared Goff. O camisa 16 não teve uma temporada de estreia muito boa e muitas interrogações foram colocadas em cima de sua qualidade. Com o auxílio de Todd Gurley nas corridas, a boa aquisição de Andrew Withworth a linha ofensiva e um corpo de recebedores que se não é o ideal, conta com bons nomes, a responsabilidadade está toda nas mãos do QB.
A defesa também recebeu um upgrade considerável com a chegada do coordenador Wade Phillips. É preciso resolver a situação de Aaron Donald (em greve no momento, por salário melhor), para promissora defesa com Robert Quinn, Michael Brockers e Connor Barwin ter algum sucesso. É um time de difícil análise, pois depende muito da ação de seus jovens para alcançar a glória.
Campanha em 2016: 4 vitórias e 12 derrotas – terceiro na NFC West
Previsão para 2017: 5 vitórias e 11 derrotas
Briga por: arrumar a casa para 2018
Principais chegadas: Robert Woods (Wide Receiver) e Andrew Whitworth (Tackle)
Principais saídas: Tim Barnes (Center) e Kenny Britt (Wide Receiver)
Primeira escolha no último Draft: Gerald Everett (Tight End – South Alabama)
Principal jogador ofensivo: Todd Gurley (Running Back)
Principal jogador defensivo: Aaron Donald (Defensive End)
Head Coach: Sean McVay
SEATTLE SEAHAWKS
Se existe uma aposta fácil na NFL, ela é no Seattle Seahawks como vencedor da divisão. Ok, os Patriots também são bem tranquilos na deles, certo? Mas o domínio do time de Seattle na NFC West é notório. O time não parece ter adversários na jornada rumo aos playoffs mais uma vez.
O time é um ano mais velho, mas Russell Wilson ainda está lá e é um dos melhores da posição na liga. A “Legion Of Boom” tem tudo para se ver livre das lesões e voltar a ter um grande impacto na NFL. Bobby Wagner e K.J. Wright continuam sólidos. Nas semanas finais da offseason, o time ainda trouxe o DT Sheldon Richardson, do New York Jets, tornando a defesa ainda melhor.
Os adversários de divisão não ajudam muito e um 6-0 dentro dela é bem provável. A campanha em casa, sempre tão elogiada, precisará ser refletida fora, para ter em janeiro a vantagem de decidir o futuro no CenturyLink Field.
Para isso, Pete Carroll e cia precisam melhorar a proteção a Wilson. Se a linha ofensiva repetir 2016 as coisas ficarão difíceis. Eddie Lacy chega com a esperança de voltar a ser o que era e uma dupla com Thomas Rawls é promissora. Jimmy Graham continuará com um papel fundamental: fazer a redzone dos Hawks algo imparável. A classificação é quase certa, basta ficar de olho na vantagem para os playoffs.
Campanha em 2016: 10 vitórias e 5 derrotas – primeiro na NFC West
Previsão para 2017: 13 vitórias e 3 derrotas
Briga por: título da divisão – Super Bowl
Principais chegadas: Luke Joeckel (Guard), Sheldon Richardson (defensive tackle) e Eddie Lacy (Running Back)
Principais saídas: Steven Hauschka (Kicker) e Garry Gilliam (Tackle)
Primeira escolha no último Draft: Malik McDowell (Tackle)
Principal jogador ofensivo: Russell Wilson (Quarterback)
Principal jogador defensivo: Earl Thomas (Safety)
Head Coach: Pete Carroll
SAN FRANCISCO 49ERS
A esperança é o futuro. John Lynch se provou como GM durante o Draft e focou no certo: a reconstrução da defesa que levou os Niners ao Super Bowl. Solomon Thomas e Reuben Foster foram as escolhas na primeira rodada e dão o tom do que a franquia espera.
A aposta em Kyle Shanahan como treinador também foi muito acertada. O antigo coordenador ofensivo dos Falcons chega com um contrato de seis anos e total liberdade para trabalhar. O problema é que o ataque não inspira nenhuma confiança. Brian Hoyer não é o QB dos sonhos, a linha ofensiva é esburacada e Pierre Garcon é o único recebedor confiável. Será um ano difícil para os Niners.
A paciência é a chave neste momento para nós torcedores. Em menos de dois anos o time não estará pronto. Escolhas altas no Draft devem ajudar no processo e para isso, derrotas virão. A experiência lembra que após muito sofrimento, o time até chegou ao Super Bowl. Quem sabe as glórias não voltam em breve?
Campanha em 2016: 2 vitórias e 14 derrotas – quarto na NFC West
Previsão para 2017: 2 vitórias e 14 derrotas
Briga por: primeira escolha no Draft 2018
Principais chegadas: Pierre Garçon (Wide Receiver) e Malcolm Smith (Linebacker)
Principais saídas: Colin Kaepernick (Quarterback) e Antoine Bethea (Safety)
Primeira escolha no último Draft: Solomon Thomas (Defensive End – Stanford)
Principal jogador ofensivo: Carlos Hyde (Running Back)
Principal jogador defensivo: NaVorro Bowman (Linebacker)
Head Coach: Kyle Shanahan
Foto 1: Christian Petersen/Getty Images
Foto 2: Christian Petersen/Getty Images
Foto 3: Divulgação/Seattle Seahawks
Foto 4: Divulgação/San Francisco 49ers
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