PRÉVIA NFL 2019: #30 Cincinnati Bengals
Com o lema de "New Dey", franquia busca renovação para reencontrar temporada com mais vitórias do que derrotas
Após três temporadas com mais derrotas do que vitórias e sem sonhar com os playoffs na NFL, o Cincinnati Bengals entra com a maior renovação do seu coaching staff nos últimos 16 anos. Embalados pelo lema “New Dey”, uma alusão ao clássico “Who Dey” da torcida preta e laranja, a franquia busca dias melhores que reflitam alguns de seus bons talentos individuais.
A chegada do ex-treinador de quarterbacks do Los Angeles Rams Zac Taylor para head coach da franquia dá uma grande mexida nos Bengals. Apesar de nunca ter comandado um time na NFL, a escolha de um técnico principal inexperiente é uma aposta na busca de uma nova filosofia para toda a organização.
Com o sentimento de que setembro sempre chega e a esperança de uma renovação no DNA dos Bengals, o torcedor já começou o training camp sem saber se o maior talento do time, o wide receiver A.J. Green, estará em campo na estreia da temporada, contra o Seattle Seahawks, no Century Link Field.
Entretanto, a lesão é uma variável que toda franquia e todo fã da NFL deve levar em conta. Dinastias, como a do New England Patriots nas últimas duas décadas, tiveram a capacidade de lidar com ausências de bons jogadores e conquistaram títulos.
Para alcançar o Super Bowl com baixas, que serão inevitáveis durante os 16 jogos de temporada regular e playoffs, o dedo do coaching staff é indispensável. Sob o comando de Marvin Lewis e companhia por muitos anos, os Bengals nunca conseguiriam. Seria Taylor e toda sua comissão capazes de tornar a franquia de Cincinnati competitiva desde sua primeira temporada?
(Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals)
Principais chegadas: Sem dúvida, a grande contratação dos Bengals em 2019 é Taylor. Metodologia nova, com ambições antigas, o treinador tem a missão de estabelecer uma equipe capaz de alcançar a primeira vitória da franquia em playoffs desde 1991, quando bateu o Houston Oilers (atual Tennessee Titans).
Embora o time tenha enfrentado grandes problemas na parte defensiva na última temporada, como de costume, a franquia não se movimentou durante a offseason em busca de grandes nomes disponíveis no mercado. As principais aquisições dos Bengals foram o cornerback B.W. Webb e o defensive end Kerry Wynn, ambos vindos do New York Giants.
Obviamente, estes dois reforços, aliados às quatro escolhas defensivas no Draft de 2019, não transformarão a defesa da água para o vinho. Entretanto, os bons talentos individuais já presentes na defesa, se bem trabalhados, podem ajudar a unidade do coordenador Lou Anarumo a alcançar números melhores que na última temporada (o que não seria difícil).
Principais saídas: Um dos símbolos das últimas péssimas temporadas dos Bengals, o linebacker Vontaze Burfict deixou a equipe e se juntou ao Oakland Raiders, onde encontra seu “grande amigo” Antonio Brown, o qual teve grandes momentos enquanto enfrentou o Pittsburgh Steelers.
Sem dúvidas, as lesões de Burfict e sua dificuldade de lidar com concussões fizeram com que o jogador parasse de ser visto como o melhor linebacker da equipe e se tornasse apenas um personagem problemático de um enredo quase sempre trágico para Cincinnati.
Outros bons nomes, como o tight end Tyler Kroft e o veterano defensive end Michael Johnson, também deram adeus à franquia.
Pontos fortes: O elo forte deste time dos Bengals é o seu grupo de recebedores e running backs extremamente talentosos. Além de Green, citado no início desta análise, o wide receiver Tyler Boyd, o tight end Tyler Eifert e os corredores Gio Bernard e Joe Mixon podem dar dinamismo ao ataque comandado pelo quarterback Andy Dalton.
Boyd e Mixon vêm de uma ótima temporada, enquanto Eifert luta contra lesões desde 2015. O tight end recebeu uma espécie de última chance com um contrato de apenas um ano. Caso se mantenha saudável, o ex-Notre Dame deve contribuir muito com as situações de red zone dos Bengals.
(Foto: Rob Carr/Getty Images)
Pontos fracos: Não é uma novidade para os torcedores de Cincinnati ou para os rivais de divisão da AFC North que os Bengals sofrem constantemente com seus linebackers, em especial em jogadas contra passe em que os jogadores precisam marcar em zona ou individual.
Para reforçar a unidade, a franquia selecionou Germaine Pratt na terceira rodada do Draft e Deshaun Davis na sexta. Pouco incisivo, levando em consideração toda a dificuldade recente do time com seus linebackers. Com o amadurecimento de Jordan Evans, Malik Jefferson e Nick Vigil, a franquia procura estabelecer melhores marcas com a experiência de seus jogadores selecionados em outros anos.
Calouro para ficar de olho: O offensive tackle Jonah Williams seria o grande rookie do ano para os Bengals, entretanto, uma lesão no ombro tirou o jogador da temporada precocemente. Com sua ausência, o tight end Drew Sample, selecionado após Williams, pode ser um dos destaques desta classe. A saída de Kroft, aliada às dificuldades de Eifert em se manter saudável, podem abrir espaço para o jovem ex-jogador de Washington.
Campanha em 2018: 6-10
Projeção para 2019: 6-10
Técnico: Zac Taylor (desde 2019) – histórico: 0-0
Briga por: Escolha alta no Draft
TABELA 2019
Semana 1: Seahawks (fora)
Semana 2: 49ers (casa)
Semana 3: Bills (fora)
Semana 4: Steelers (casa)
Semana 5: Cardinals (fora)
Semana 6: Ravens (casa)
Semana 7: Jaguars (fora)
Semana 8: Rams (casa/Londres)
Semana 9: Bye week
Semana 10: Ravens (fora)
Semana 11: Raiders (casa)
Semana 12: Steelers (fora)
Semana 13: Jets (casa)
Semana 14: Browns (fora)
Semana 15: Patriots (casa)
Semana 16: Dolphins (fora)
Semana 17: Browns (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Cincinnati Bengals: posição 30
Melhor nota: 7,5 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.