Dono de um dos melhores ataques da história da NFL em 2018, o Kansas City Chiefs quer dar para o seu torcedor a campanha de Super Bowl que eles ainda não têm desde 1970 e que ficou por pouco distante na temporada passada. Finalmente consolidado como um dos melhores times da AFC, os Chiefs esperam ter mais uma grande temporada do MVP Patrick Mahomes. A expectativa não é que mantenha o nível extraordinário do ano passado, mas que o quarterback continue sólido o bastante para aproveitar suas boas peças de recepção.

Toda a questão dos Chiefs, no entanto, não passa pelo ataque. A defesa acabou sendo a segunda pior da NFL em 2018, e passou por uma reformulação completa, inclusive trocando de coordenador e adicionando o experiente Steve Spagnuolo, principal responsável pela forte defesa do New York Giants que venceu o Super Bowl XLII. Além disso, quase todo o Draft e a free agency da equipe foi voltada para melhorar a parte defensiva, e, pode-se dizer que foi um trabalho muito bem feito.

A polêmica envolvendo Tyreek Hill se arrastou por durante quase toda a offseason, mas parece que está resolvida no momento e ele não foi suspenso. Mahomes ganhou mais uma peça para brincar com o calouro Mecole Hardman, que se junta aos bons wide receivers dos Chiefs: Hill, Sammy Watkins e Demarcus Robinson. Além deles, existe a ameaça daquele que, para muitos, é o melhor tight end da NFL: Travis Kelce. A linha ofensiva continua sólida, mas vai passar por um processo difícil de mudança de center após a saída de Mitch Morse.

No entanto, o ponto de interrogação do ataque de Kansas City é o jogo terrestre que, desde que Kareem Hunt acabou sendo cortado por conta de um incidente de violência doméstica, ainda não achou aquele running back para ser o principal, e divide seus snaps entre vários jogadores da posição. Damien e Darrell Williams devem ser os principais corredores após a saída de Spencer Ware, mas eles têm a ameaça de Carlos Hyde, que foi contratado mas ainda não mostrou a que veio, e do calouro Darwin Thompson, que ainda luta por um lugar no elenco, mas vem impressionando na pré-temporada.

Isso tudo sendo comandado por uma grande mente ofensiva em Andy Reid, somado com coordenadores competentes (embora Spagnuolo não tenha feito uma defesa boa desde sua primeira passagem nos Giants) fazem dos Chiefs um time ainda mais forte do que o da temporada passada, e eles tentam “acabar com a dinastia” de Tom Brady e o New England Patriots na AFC.

(Foto: Reprodução Twitter/NFL Network)

Principais chegadas: Como já dito acima, os Chiefs focaram sua offseason em contratar jogadores defensivos, e o principal deles com certeza é o safety Tyrann Mathieu. Após uma temporada onde foi abaixo da média com o Houston Texans, muito por conta de estar jogando fora de sua posição original, ele vai para os Chiefs para tentar resolver um dos principais problemas do time em 2018: a quantidade de passes cedidos pelo meio. Além disso, pode-se citar os DEs Frank Clark e Alex Okafor, o CB Bashaud Breeland e o LB Darron Lee.

Principais saídas: Pela primeira vez em muito tempo, os Chiefs não vão entrar numa temporada da NFL com Justin Houston e Eric Berry no elenco. Para conseguir liberar cap space, os dois ídolos da equipe de Kansas City foram cortados, e acabaram sendo as duas principais perdas por conta do carinho da torcida. Esportivamente falando, o C Mitch Morse foi uma saída importante, indo para o Buffalo Bills, além do CB Steven Nelson, titular dos Chiefs da temporada passada, que foi para o Pittsburgh Steelers.

Ponto forte: Como falar do ponto forte de um time sem citar o setor onde atua um dos melhores jogadores da NFL hoje em dia? O ataque aéreo dos Chiefs é com certeza a principal força da equipe. Comandado por Patrick Mahomes, que, além de ter várias peças muito boas que já foram citadas acima, ainda conta com um treinador criativo para variar as jogadas, fazendo do ataque de Kansas City uma ameaça que não se pode prever o que fazer. Além disso, a própria capacidade de improvisar de Mahomes é um perigo constante, junto com o seu forte braço.

Ponto fraco: Os Chiefs contrataram dois linebackers para 2019 (Lee e Damien Wilson), mas apenas isso não é o bastante para livrar este setor de ser o mais fraco da equipe no momento. Todas as posições da defesa agora têm jogadores de impacto: a secundária com Mathieu e o pass rush com Clark e Chris Jones, mas os LBs, no geral, não dão a mesma impressão. Na pré-temporada, pelo menos, houve um visível avanço em todas as áreas, mas os patrulheiros do meio de campo não mostraram a mesma coisa ainda. Por isso, pode-se dizer que a melhoria ainda não foi alcançada.

Calouro para ficar de olho: Os Chiefs não tiveram uma escolha de primeira rodada em 2019, então não pegaram nenhum jogador que possa se dizer que seja o principal, mas sim uma série de jogadores importantes para o futuro da equipe. Desses, destaco Juan Thornhill, que tem a possibilidade real de ser titular já nesta temporada ao lado de Mathieu na posição de safety. O jogador também tem chances de jogar de cornerback, visto que Kansas City ainda não tem um titular definido ao lado de Breeland no outside (Kendall Fuller é originalmente um nickel cornerback). Para causar um impacto imediato, minha aposta é no jovem safety da universidade de Virginia.

Campanha em 2018: 12-4

Previsão para 2019: 12-4

Técnico: Andy Reid (desde 2013) – 65 vitórias e 31 derrotas (2-5 nos playoffs)

Briga por: Título da AFC e do Super Bowl

TABELA 2019

Semana 1: Jaguars (fora)
Semana 2: Raiders (fora)
Semana 3: Ravens (casa)
Semana 4: Lions (fora)
Semana 5: C0lts (casa)
Semana 6: Texans (casa)
Semana 7: Broncos (fora)
Semana 8: Packers (casa)
Semana 9: Vikings (casa)
Semana 10: Titans (fora)
Semana 11: Chargers (fora)
Semana 12: Bye Week
Semana 13: Raiders (casa)
Semana 14: Patriots (fora)
Semana 15: Broncos (casa)
Semana 16: Bears (fora)
Semana 17: Chargers (casa)

POWER RANKING THE PLAYOFFS

Kansas City Chiefs: posição 6
Melhor nota: 9 / Pior nota: 8,5

>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.