PRÉVIA NFL 2019: #3 Los Angeles Chargers
Com situação pendente de Melvin Gordon, será neste ano que os Chargers superam e chegam ao Super Bowl?
Entra ano, sai ano e os Chargers continuam competitivos. Ao mesmo tempo, contudo, sempre parece faltar algo para que o time seja realmente colocado entre os candidatos mais fortes na luta pelo Troféu Vince Lombardi. Todos os anos, surge algo que retira vitórias importantes da franquia e a afasta de melhores chances na pós-temporada. Infelizmente para seus torcedores, este ano parece que esta “maldição” se repete.
Particularmente, após o Draft, eu entendia que os Chargers tinham o elenco mais completo da liga. Ainda que não fossem brilhantes em todas as posições, tinham titulares com talento suficiente para encarar qualquer time. Na sideline, o head coach Anthony Lynn vem fazendo um ótimo trabalho e mostrando que é capaz de conduzir a franquia a grandes feitos. Os Chargers ainda perseguem o primeiro Super Bowl, e sabem que precisam aproveitar os últimos anos de Philip Rivers para conquistar o título.
A base da boa campanha em 2018 foi mantida, e novamente a franquia contou com competência – e um pouco de sorte – para agregar bons talentos no Draft. No ano anterior, o safety Derwin James caiu no colo dos Chargers, mesmo projetado como uma escolha de top 10. Neste ano, o time investiu no defensive tackle Jerry Tillery, de Notre Dame, e, na segunda rodada, apostou no ótimo safety Nasir Adderley, vindo de Delaware.
Com isto, a equipe parecia completa para chegar nos playoffs e desafiar qualquer franquia que encontrasse, mas a “maldição” que parece existir sobre o clube novamente atacou. Derwin James, que rapidamente se desenvolveu como um líder técnico na defesa, sofreu uma fratura por estresse e só deve retornar em dezembro. Adderley, seu companheiro natural num esquema de cover 2, vem sofrendo lesões que não o permitem treinar. O ataque também foi prejudicado, visto que Keenan Allen, WR 1 da equipe, precisou fazer uma cirurgia no tornozelo e, para piorar, Russell Okung, left tackle titular, está com problemas pulmonares que colocam sua temporada em risco.
E os problemas não pararam por aí. O running back titular da equipe e principal arma ofensiva, Melvin Gordon, está em greve, aguardando um novo contrato para se reapresentar. O drama tem acontecido por toda a offseason e, ao que parece, as partes não estão próximas a um acordo sobre a renovação. De um lado, o jogador deseja receber uma verba alta garantida, por estar exposto a muitas lesões. De outro, a franquia tem de saber exatamente o quanto pode pagar para que isto não comprometa seu salary cap e os próximos anos. Com isso, ele pode não jogar nesta temporada ou ser trocado.
Em meio a tudo isto, os Chargers têm um calendário complicado pela frente, enfrentando equipes como Steelers, Texans, Packers, Bears, além dos rivais de divisão, nos quais há nada menos que Patrick Mahomes duas vezes. Eu entendia este time como aposta para campeão da AFC West e, hoje, não poderia garantir sequer sua presença na pós-temporada. Será 2019 o ano em que o time será mais forte que a “maldição”?
(Foto: Sean M. Haffey/Getty Images)
Principais Chegadas: Apesar de gostar bastante do Draft realizado pelos Chargers, a principal chegada que gostaria de apontar é Thomas Davis, linebacker ex-Carolina Panthers. Embora não esteja mais no auge de sua carreira, o jogador traz experiência e qualidade a um grupo que sofreu bastante contra o jogo terrestre em 2018. A chegada de Davis deve complementar o jogo defensivo que tem como principais expoentes Melvin Ingram e Joey Bosa.
Principais Saídas: Não vou considerar, neste momento, que Gordon saiu da equipe. Assim, os dois principais nomes que merecem destaque são Tyrell Williams (WR) e Corey Liuget (DT), ambos hoje no Oakland Raiders. Enquanto Williams servia de complemento ao jogo de Allen, alongando o campo e abrindo espaços. Liuget, por sua vez, servia como uma âncora no meio da linha, atacando o quarterback e tentando servir como o primeiro combatente do jogo corrido.
Ponto Forte: Pass Rush. Apesar de eu achar Philip Rivers um ótimo quarterback, acredito que a grande força deste time é o duo Bosa-Ingram na hora de pressionar o QB adversário. Quando ambos estão saudáveis em campo, qualquer descida pode ser transformada em um turnover, pois os dois conseguem chegar no QB adversário com muita rapidez e efetividade.
Ponto Fraco: Eu estou longe de ser fã da linha ofensiva dos Chargers, principalmente sem o LT titular. Mesmo assim, acredito que o ponto que mais precisa comprovar evolução é o combate ao jogo terrestre. Na partida contra o New England Patriots pela semifinal da AFC na última temporada, Sony Michel correu como quis por todo o campo e, ainda no primeiro tempo, conseguiu dar boa vantagem, acabando com qualquer chance dos adversários. A chegada de Tillery e Davis tem esta finalidade, mas somente no campo saberemos se a equipe melhorou.
Calouro para Ficar de Olho: Nasir Adderley. Quando avaliei todos os defensive backs do college, este foi quem mais me chamou atenção. Adderley tem a capacidade de mudar a partida em apenas um lance, pois ataca muito bem a bola e é extremamente qualificado para executar coberturas. Jogar ao lado de James deve auxiliar bastante seu desenvolvimento, mas ele precisa conseguir superar as lesões antes de pensar em confirmar todas as expectativas.
Campanha em 2018: 12-4
Projeção para 2019: 9-7 (caso Gordon e Okung não joguem), 11-5 se jogarem
Técnico: Anthony Lynn (desde 2017) – recorde: 21-11 (1-1 pós-temporada)
Briga por: vaga no Wild Card
TABELA 2019
Semana 1: Colts (casa)
Semana 2: Lions (fora)
Semana 3: Texans (casa)
Semana 4: Dolphins (fora)
Semana 5: Broncos (casa)
Semana 6: Steelers (casa)
Semana 7: Titans (fora)
Semana 8: Bears (fora)
Semana 9: Packers (casa)
Semana 10: Raiders (fora)
Semana 11: Chiefs (casa)
Semana 12: Bye week
Semana 13: Broncos (fora)
Semana 14: Jaguars (fora)
Semana 15: Vikings (casa)
Semana 16: Raiders (casa)
Semana 17: Chiefs (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Los Angeles Chargers: posição 3
Melhor nota: 9,5 / Pior nota: 8,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.