PRÉVIA NFL 2019: #20 Denver Broncos
Com chegadas de um novo treinador e Joe Flacco, equipe espera ser competitiva enquanto prepara Drew Lock para o futuro
2019 será o início de uma nova era para o Denver Broncos. Se 2017 e 2018 foram anos mais difíceis do que deveriam ter sido graças a ineptude de Vance Joseph no cargo de head coach – e claro Drafts ruins feitos por John Elway em 2016 e 2017 – o novo ano marcará o primeiro da era Vic Fangio, que finalmente chegou ao cargo de head coach de uma equipe da NFL depois de anos de excelência como coordenador defensivo, passando por Carolina Panthers, Indianapolis Colts, Houston Texans, Baltimore Ravens, San Francisco 49ers e Chicago Bears (além de uma temporada no college controlando a defesa da universidade de Stanford).
Em 2018, o sentimento de muitos torcedores era que o time poderia ter ido muito melhor, mas Joseph e seus coordenadores deixaram a deseja, principalmente no aspecto das decisões durante os jogos. Com a chegada de Fangio, Denver montou uma equipe de treinadores experiente e conceituada. O coordenador defensivo será Ed Donatell, que trabalha com Fangio desde 2011 quando estavam nos 49ers, e junto com o agora HC montou defesas que figuraram entre as melhores da liga, tanto em San Francisco quanto em Chicago.
Já Mike Munchak, que chegou a ser considerado para a vaga que no fim foi para Fangio, optou por sair do Pittsburgh Steelers e se tornar o novo treinador de linha ofensiva de Denver e assim ficar mais perto da filha, que mora no Colorado. A chegada de Munchak é de extrema importância. Por onde passou, suas OLs foram transformadas e em pouco tempo figuraram entre as melhores da liga. Os Broncos sofrem com essa unidade há muito tempo, e nem durante os anos de Peyton Manning como QB a unidade demonstrava confiança.
O único treinador com pouca experiência é Rich Scangarello, que pelo primeira vez terá um cargo de coordenador ofensivo na NFL, mas o novo OC de Denver é uma das novas mentes ofensivas que vem mudando a liga nos últimos anos. Scangarello chegou em Denver após ser o treinador de quarterbacks dos 49ers, além de ter passagens pelas comissões técnicas de Oakland Raiders e Atlanta Falcons. Nos Falcons, o treinador aceitou praticamente não receber salários, apenas para poder trabalhar e aprender o tipo de ataque de Kyle Shanahan, que hoje é o head coach dos 49ers.
Com todos esses reforços à beira do gramado, Denver espera que suas contrações para dentro do campo surtam efeito e o time ainda seja competitivo, enquanto o jovem quarterback Drew Lock aprende o que é ser um QB na NFL. Dificilmente Lock irá ver a cor da bola durante a temporada regular, mas ele pode sim ver do banco um time surpreendente em 2019.
(Foto: Reprodução Twitter/Denver Broncos)
Principais chegadas: Além dos treinadores, os Broncos trouxeram quatro jogadores para serem titulares. O primeiro foi o quarterback Joe Flacco, que foi adquirido em troca com o Baltimore Ravens antes do Draft e irá tentar provar que ainda pode ser o QB que liderou os Ravens a um anel de Super Bowl, vencendo um jogo de playoffs em Denver naquele ano.
Ja’Wuan James foi contratado para resolver os problemas na posição de right tackle da linha ofensiva, com aval de Munchak. E a secundária, que foi um problema em 2018, foi reforçada com as chegadas de Kareem Jackson e Bryce Callahan, que tiveram excelentes anos no Houston Texans e Chicago Bears, respectivamente.
(Foto: Reprodução Twitter/Denver Broncos)
Principais saídas: Os Broncos perderam poucos titulares na última offseason, apenas o center Matt Paradis, que foi para o Carolina Panthers, era dono absoluto da posição. O safety Darian Stewart e o linebacker Brandon Marchall também eram titulares, mas há muito tempo não eram efetivos e por vezes viam jogadores mais novos roubarem seus snaps – Stewart demorou para encontrar uma nova equipe e apenas há alguns dias assinou com o Tampa Bay Buccaneers.
Os Bucs, por sinal, também contrataram o edge rusher Shaq Barrett, que era reserva imediato de Von Miller e Bradley Chubb e almejava ser titular em uma nova equipe. Já Domata Peko, dividia a posição de nose tackle com Shelby Harris, e até agora não encontrou um time para jogar em 2019. Harris deve ser o titular absoluto de Denver no ano.
Ponto forte: A defesa. Mesmo com o péssimo comando e vasta dificuldade da secundária em 2018, a unidade foi consistente na temporada passada e deve ver uma melhora com a chegada de Callahan e Jackson para montar a unidade de DBs com Chris Harris Jr, Justin Simmons, Will Parks e Isaac Yiadom. Além disso, Fangio é uma das mentes defensivas mais brilhantes da liga e ele terá muito talento nesse lado da bola. A adaptação da defesa ao game plan do novo head coach deve ser rápida e a unidade pode ser uma das mais seguras da liga. Apenas os inside linebackers não passam segurança e o depth da posição pode ser um problema, visto que os dois titulares, Todd Davis e Josey Jewell, já tiveram problemas com lesões nos treinos.
Ponto fraco: O jogo aéreo. Flacco tem grande capacidade de lançar bolas longas, algo que tem faltado ao time dos Broncos por muitos anos, mas sua produção vem caindo ano após ano. E o grupo de wide receivers pode ser um problema. Emmanuel Sanders é o único com bastante experiência na liga e está voltando de lesão, já o restante do grupo é extremamente jovem e está no máximo em seu terceiro ano na liga. Courtland Sutton tem tudo para se desenvolver em um grande alvo, mas ainda tem que provar isso.
Calouro para ficar de olho: Apesar de Drew Lock ser muito mais badalado e o tight end Noah Fant – que deve ter um grande futuro com Denver – ter sido a escolha do time na primeira rodada, o calouro para ficar de olho é o guard Dalton Risner, que foi escolhido pelo time na segunda rodada, exatamente uma escolha antes de Denver selecionar Drew Lock. Risner foi o primeiro da classe a ser confirmado como titular em 2019 e isso aconteceu poucos dias depois do Draft, mostrando a confiança do time nele. O guard vem da Universidade de Kansas State, mas é do Colorado e não fez questão nenhuma de esconder durante o processo do Draft que era torcedor dos Broncos e que queria ser selecionado pelo time.
O desejo do camisa 66 foi atendido e ele já impressionou durante a pré-temporada, com bons bloqueios para corridas dos running backs Phillip Lindsay e Royce Freeman. Ele deve ser peça fundamental para Munchak começar a consolidar a unidade entre as melhores da NFL. Além de Risner, o calouro Malik Reed, que não foi draftado, vem surpreendendo durante os treinos e deve ser o substituto de Barrett na função de reserva para Miller e Chubb
(Foto: Reprodução Twitter/Denver Broncos)
Campanha em 2018: 6-10
Projeção para 2019: 8-8
Técnico: Vic Fangio (primeira temporada)
Briga por: voltar a ter uma campanha vitoriosa e beliscar um vaga nos Playoffs
TABELA 2019
Semana 1: Raiders (fora)
Semana 2: Bears (casa)
Semana 3: Packers (fora)
Semana 4: Jaguars (casa)
Semana 5: Chargers (fora)
Semana 6: Titans (casa)
Semana 7: Chiefs (casa)
Semana 8: Colts (fora)
Semana 9: Browns (casa)
Semana 10: Bye Week
Semana 11: Vikings (fora)
Semana 12: Bills (fora)
Semana 13: Chargers (casa)
Semana 14: Texans (fora)
Semana 15: Chiefs (fora)
Semana 16: Lions (casa)
Semana 17: Raiders (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Denver Broncos: posição 20
Melhor nota: 8 / Pior nota: 6,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.