PRÉVIA NFL 2019: #17 Baltimore Ravens
Baltimore Ravens tentam manter a estabilidade com novas caras no comando do ataque e da defesa
Os Ravens são um dos times mais constantes da NFL nos últimos 20 anos. Com dois títulos e poucas trocas de técnico, o time do estado de Maryland é sempre uma constante na briga pelos playoffs da NFL. Do time de Ray Lewis e Ed Reed, para Joe Flacco e Ray Rice, o técnico John Harbaugh sempre conseguiu montar elencos competitivos, apesar de alguns poucos anos ruins sob seu comando.
Em 2019 não será diferente. Após utilizar uma escolha de primeira rodada no quarterback Lamar Jackson, os Ravens assumiram uma nova identidade. Sai o estático e tradicional Joe Flacco, entra o dinâmico e inovador Jackson no comando do ataque. No lado defensivo, sai Terrell Suggs, entra Earl Thomas para liderar a defesa de Baltimore.
No lado ofensivo, Jackson promete continuar ameaçando as defesas adversárias tanto pelo alto quanto pelo chão. Em 2018, o quarterback correu 147 vezes com a bola – recorde da NFL – para 695 jardas e 5 touchdowns. Além disso, foram 1.201 jardas aéreas, com 6 touchdowns e 3 interceptações, em sete aparições como titular.
Quarterbacks que correm com a bola não são exatamente uma novidade na liga. Steve Young, Michael Vick, Colin Kaepernick são apenas alguns dos nomes que tiveram sucesso no jogo terrestre jogando na posição de quarterback. No entanto, com a exceção de Young, a maioria deles teve dificuldades em manter esse sucesso por muito tempo. O desafio, portanto, é esse: achar uma forma de criar um ataque que possa se manter dinâmico sob o comando do jovem Jackson pelos próximos 10 a 15 anos.
Para isso, o time trouxe justamente um dos arquitetos do ataque que levou Colin Kaepernick e os 49ers ao Super Bowl: Greg Roman. Em 2013, Roman era o coordenador ofensivo de San Francisco quando o time foi derrotado pelos mesmos Ravens no Super Bowl XLVII. Além de Roman, o time trouxe o running back Mark Ingram, do New Orleans Saints, para deixar ainda mais perigoso o backfield de Baltimore, além de selecionar um par de recebedores, o dinâmico Marquise Brown na primeira e o gigante Miles Boykin na quarta rodada do Draft deste ano.
Apesar da inovação ofensiva, a fórmula dos Ravens não deve ser tão diferente: correr bem com a bola, dominar o relógio e continuar a sufocar seus adversários defensivamente.
(Foto: Reprodução Twitter/Baltimore Ravens)
Principais Chegadas: Na Free Agency, Earl Thomas e Mark Ingram. O primeiro vem para substituir a liderança de Terrell Suggs – que deixou o time após 16 anos –, C.J. Mosley e Eric Weddle. Thomas foi o líder da “Legion of Boom”, histórica secundária do Seattle Seahawks, devendo ocupar o lugar deixado por Weddle no backfield defensivo dos Ravens. Já Ingram solidifica a posição de running back que carecia de um nome de peso.
No Draft, além de Brown e Boykin, as principais escolhas foram o linebacker Jaylon Ferguson, o running back Justice Hill, o guard Ben Powers e o cornerback Iman Marshall. O time também selecionou o versátil Tracy McSorley, ex-quarterback de Penn State que deve aparecer em campo como coringa no ataque da equipe.
Principais Saídas: O momento é de transição para a defesa dos Ravens. Como já falado, o time perdeu peças importantíssimas como Suggs, Mosley, Smith e Weddle. A principal saída no quesito técnico é o linebacker C.J. Mosley. O time tentou manter o jogador em seu elenco, mas os Jets ofereceram muitas verdinhas para contar com o serviço do sólido – se não espetacular – defensor.
No ataque, o time perdeu o velocista John Brown e o guard Alex Lewis. O primeiro não deve deixar tanta saudade, já que teve seus melhores momentos na equipe quando o quarterback era Joe Flacco, agora jogador dos Broncos. Já Lewis havia perdido espaço na linha ofensiva de Baltimore e acabou sendo trocado para o New York Jets.
Nota especial para a saída do lendário general manager Ozzie Newsome. Um dos melhores GMs da história da NFL, Ozzie se aposentou ao final da última temporada depois de 22 anos e dois títulos conquistados no comando da equipe.
Ponto Forte: O técnico. Longe de ser uma unanimidade, John Harbaugh é – na minha opinião – um dos melhores head coaches da NFL. Capaz de se adaptar e mudar sua equipe conforme o elenco que herda. Com a aposentadoria de Newsome, os Ravens vão depender muito da adaptabilidade de seu treinador para voltarem aos playoffs pela oitava vez nos últimos 12 anos.
O time conta também com um forte ataque terrestre e uma defesa que apesar de estar em transição, foi a terceira melhor em DVOA* na última temporada.
*Nota: o comentarista que vos fala é adepto da estatística avançada compilada pelo site Football Outsiders, nomeada por eles de DVOA (Defense-adjusted value over average), algo como levar em consideração as estatísticas oficiais em contraponto à força dos adversários enfrentados. É o mesmo que dizer que enfiar 40 pontos e 500 jardas no Tampa Bay Buccaneers não é a mesma coisa que enfiar 40 pontos e 500 jardas no Chicago Bears, apesar das estatísticas serem idênticas. Dito isso, toda vez que fizer referência à posição de um ataque ou defesa em DVOA, já sabem do que se trata.
Ponto Fraco: Jogo aéreo. Lamar Jackson ainda precisa evoluir na parte mais tradicional do jogo de um quarterback, os passes. O ataque dos Ravens ainda é previsível sob o comando de Jackson, o que levou à derrota da equipe nos playoffs da última temporada contra o Los Angeles Chargers. Se o dinâmico quarterback conseguir evoluir e mostrar a maestria no jogo aéreo que mostrava na Universidade de Louisville, o time dos Ravens será um adversário complicado para qualquer time da NFL.
Calouro para Ficar de Olho: Marquise Brown. Primeiro recebedor a ser escolhido no Draft deste ano, Brown teve uma carreira excelente na Universidade de Oklahoma, jogando com dois dinâmicos quarterbacks em Baker Mayfield e Kyler Murray, o que pode fazer com que a adaptação com Jackson seja rápida. No entanto, o recebedor se recupera de uma lesão no pé e não tem previsão para estrear pela equipe, o que vale a pena ficar de olho.
Campanha em 2018: 10-6
Projeção para 2019: 10-6
Técnico: John Harbaugh (2008-) – recorde: 104-72
Briga por: título da AFC North
TABELA 2019
Semana 1: Dolphins (fora)
Semana 2: Cardinals (casa)
Semana 3: Chiefs (fora)
Semana 4: Browns (casa)
Semana 5: Steelers (fora)
Semana 6: Bengals (casa)
Semana 7: Seahawks (fora)
Semana 8: bye week
Semana 9: Patriots (casa)
Semana 10: Bengals (fora)
Semana 11: Texans (casa)
Semana 12: Rams (fora)
Semana 13: 49ers (casa)
Semana 14: Bills (fora)
Semana 15: Jets (casa)
Semana 16: Browns (fora)
Semana 17: Steelers (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Baltimore Ravens: posição 17
Melhor nota: 8 / Pior nota: 6,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.