PRÉVIA NFL 2019: #16 Minnesota Vikings
Após um ano decepcionante em 2018, será que o Purple Rain consegue fazer valer o investimento neste temporada?
O ano de 2018 começou de forma milagrosa para o Minnesota Vikings: um improvável passe de Case Keenum foi recebido por Stefon Diggs, que correu livre para a final da NFC após um tackle errado do safety Marcus Williams, dos Saints. Depois disto, contudo, tudo deu errado pra franquia. A começar por uma derrota avassaladora para o Philadelphia Eagles encerrou o sonho de jogar o Super Bowl em casa.
No ano seguinte, Kirk Cousins ganhou um contrato milionário para conduzir o ataque ao título inédito da liga. O contrato de três anos com US$ 84 milhões totalmente garantidos não se pagou, com a franquia decepcionando desde o início da temporada regular e sequer lutando pela Divisão Norte da Conferência Nacional. Entretanto, a promessa é de muitas mudanças para a temporada 2019, já que o time reforçou sua linha ofensiva e manteve o alto nível dos jogadores que já estavam no time.
Ao final do ano, Cousins sofreu 40 sacks ao longo da temporada regular. Isto evidenciou que a linha ofensiva precisava urgentemente de atenção. O general manager Rick Spielman fez uma ótima escolha na primeira rodada no Draft, agregando o melhor center disponível à franquia. Garrett Bradbury chegou em abril e, com certeza, estará fazendo os snaps para Cousins como titular na semana 1.
O Draft ainda trouxe mais reforços ofensivos: Irv Smith Jr., tight end ex-Alabama e o running back Alexander Mattinson, oriundo de Boise State e que pode ter um papel importante já nesta temporada. Isto porque o RB número 2 do time, Latavius Murray, se mudou para New Orleans, abrindo espaço para o novo reserva imediato de Dalvin Cook.
A defesa viu o OLB Anthony Barr, um de seus pilares, sair para New York Jets. Entretanto, pouco tempo depois, ele voltou atrás e renovou seu contrato com os Vikes. Ainda, a defesa conta com jogadores que não ganham a atenção que deveriam, como o safety Harrison Smith, o linebacker Eric Kendricks e o pass rusher Danielle Hunter, que melhora a cada ano.
A comissão técnica também sofreu mudanças, mas talvez o que há de mais importante seja a opção de extensão contratual do head coach Mike Zimmer, dando tranquilidade para a projeção da temporada que se aproxima. Destaca-se também a adição de Gary Kubiak, campeão do Super Bowl 50 pelo Denver Broncos, como assistente de head coach, com a função de auxiliar no desenvolvimento do ataque.
É difícil prever o que este time cheio de talento vai conseguir neste ano, mas o torcedor tem sim motivos para se empolgar. É possível até mesmo chegar ao Super Bowl, mas, para isto, uma barreira precisa ser vencida: Cousins tem recorde 5-26 contra times com mais vitórias do que derrotas na carreira. Para conseguir dar aos Vikings o que eles jamais venceram, o quarterback precisa conseguir derrotar os melhores oponentes e dois deles (Packers, Bears) estão dentro da divisão.
Principais Chegadas: A manutenção da defesa é um ponto a se comemorar, principalmente se Everson Griffen ficar saudável e dentro de campo nesta temporada. Mas não há como negar que o rookie escolhido na primeira rodada, Bradbury, é o grande reforço em relação a 2018. Eu sei, citar um OL como principal melhora não é algo sexy, mas o efeito dele no ataque e na forma como o time deverá agir deve ser intenso.
A adição de Irv Smith Jr. – aliada à renovação de Kyle Rudolph – possibilita uma variedade muito interessante de jogadas para a franquia. Após os dois TEs de Iowa, Smith Jr. era a melhor opção na posição e, draftá-lo na segunda rodada com certeza foi um ótimo custo benefício para os Vikes.
Por fim, é preciso apontar que a adição de Kubiak deve, de fato, ajudar a comissão técnica. Um treinador com mentalidade ofensiva e histórico campeão pode ser justamente o que falta para que este ataque produza tudo que se espera dele. Com tantos nomes de qualidade, o Purple Rain tem tudo para voltar à forma de 2017 e almejar algo a mais na NFL.
Principais Saídas: A base do time foi mantida, o que sempre deve ser comemorado. Contudo, algumas mudanças podem ser sentidas ao longo do ano. Primeiramente, o defensive tackle Sheldon Richardson deverá fazer falta. Em meio a uma defesa muito qualificada, mas que ficou extremamente exposta ao longo de 2018, o DT não produziu o que se esperava, mas, mesmo assim, é um jogador diferenciado que consegue produzir bem contra o passe e contra a corrida pelo meio da linha defensiva.
Ainda que não fosse titular, acredito que a saída de Latavius Murray pode trazer um pouco saudade em meio aos torcedores. Ao todo, o jogador produziu mais de 700 jardas e 6 TDs, sem sofrer nenhum turnover. Ao olhar os números, talvez você se pergunte porque apontei este jogador, e o motivo é bem simples: Dalvin Cook.
Após um início espetacular em 2017, o jogador sofreu uma lesão grave que encerrou sua temporada de calouro. Na última temporada, voltou a ser prejudicado por lesões e não entregou o que sabemos que pode entregar – o jogador soma apenas 15 jogos em dois anos. Murray era uma opção confiável e válida para se utilizar na ausência de Cook. Ou seja, neste ano, em caso de nova lesão, as corridas ficarão a cargo do calouro Mattinson, e isto pode custar um alto preço aos Vikes.
Por fim, o safety Andrew Sendejo é uma liderança que fará falta para a equipe. Após longos oito anos com a franquia, o jogador não teve seu contrato renovado e assinou com o Eagles nesta offseason. Sendejo foi, por muito tempo, o líder técnico da secundária, mas vinha sofrendo muitos problemas com lesões.
Ponto Forte: Embora eu seja um fã incondicional desta defesa, vou apontar o jogo aéreo como o ponto forte. Ainda que Cousins tenha dificuldades sérias para vencer (e me convencer), o time está recheado de talento nas posições que recebem passes. Adam Thielen, Stefon Diggs, Kyle Rudolph, Irv Smith Jr., Dalvin Cook são os principais nomes que deverão atormentar as defesas adversárias pelo ar – e talvez o grupo mais completo da liga neste quesito.
Ponto Fraco: Ainda que eu aplauda a escolha de Bradbury no Draft, uma linha ofensiva não se faz de um homem só. A OL deve ser o grande problema de um time quase completo e que almeja chegar no topo da NFL ainda neste ano. Após ceder 40 sacks, 95 QB hits e pavimentar o caminho para apenas nove touchdowns, não se espera que unidade seja um muro e garanta a vitória nos jogos mais difíceis. Além da linha ofensiva, a parte mental do jogo de Cousins é um ponto a ser superado se a franquia quiser chegar mais longe.
Calouro Para Ficar de Olho: Se o contrato de Rudolph não tivesse sido renovado, apontaria Smith Jr. como o calouro a se observar. Então, volto a elogiar o novo center da franquia: Garrett Bradbury. Apesar de muito fãs ignorarem, a posição de center é de extrema importância, pois ele é quem muitas vezes identifica a blitz e abre gaps para o jogo terrestre. O produto de North Carolina State pode ser o início da criação de uma nova unidade em Minnesota (tal qual Quenton Nelson vem sendo em Indianapolis).
Campanha em 2018: 8-7-1
Projeção para 2019: 9-7 (desculpem-me, não consigo confiar no Cousins)
Técnico: Mike Zimmer (2014-presente) – recorde 47-32-1 (1-2 em pós-temporada)
Briga por: vaga no Wild Card da NFC
TABELA 2019
Semana 1: Falcons (casa)
Semana 2: Packers (fora)
Semana 3: Raiders (casa)
Semana 4: Bears (fora)
Semana 5: Giants (fora)
Semana 6: Eagles (casa)
Semana 7: Lions (fora)
Semana 8: Redskins (casa)
Semana 9: Chiefs (fora)
Semana 10: Cowboys (fora)
Semana 11: Broncos (casa)
Semana 12: Bye Week
Semana 13: Seahawks (fora)
Semana 14: Lions (casa)
Semana 15: Chargers (fora)
Semana 16: Packers (casa)
Semana 17: Bears (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Minnesota Vikings: posição 16
Melhor nota: 8 / Pior nota: 7,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.
(Foto: Reprodução/Twitter Oficial do Minnesota Vikings)