PRÉVIA NFL 2019: #15 Green Bay Packers
Com novo técnico e nova filosofia, time de Aaron Rodgers e cia busca retorno aos playoffs após 2018 ruim
Sunday Night Football da Week 1, 2018. Quando o astro Aaron Rodgers retornou ao campo após lesionar o joelho e liderou os Packers a uma virada história contra o grande rival Chicago Bears, todos achavam que as narrativas negativas acerca do time iriam por água abaixo. Porém, a crise que já estava instaurada desde 2017 se agravou semanas depois. O ataque, liderado por um quarterback fisicamente e psicologicamente abalado, não passava confiança alguma. Quem olha para os números frios (25 touchdowns e apenas duas interceptações) até pensa que a temporada foi boa, mas fato é que o camisa 12 passava longe de ser um líder em campo. Enquanto isso, a promissora defesa com o novo coordenador Mike Pettine se encontrava totalmente baleada e sem condições de segurar qualquer resultado.
O retrospecto aquém de seis vitórias, nove derrotas e um empate culminou na segunda temporada seguida que a equipe não se classificava para os playoffs, algo inédito no período de Rodgers como titular do time. Após 13 anos, um Super Bowl e seis títulos de divisão, Mike McCarthy deixava o comando do Green Bay Packers. Talvez esse baque tenha sido um mal necessário para uma franquia tão importante e dominante, especialmente dentro da NFC North, voltar aos dias de glória.
A saída de McCarthy veio acompanhada de um dossiê feito pelo jornalista do Bleacher Report Tyler Dunne que evidenciava um clima tenso em Wisconsin. McCarthy e Rodgers diversas vezes se afrontavam – e com o desenrolar das informações isso se mostrava nítido em campo. As constantes desavenças refletiam a desgastada amizade entre quarterback e head coach.
Bem… vida nova, comissão técnica nova. Para a nova era em Green Bay, foi escolhido Matt LaFleur, antigo head coach do Tennessee Titans e produto da “árvore” de Kyle Shanahan, além de ter trabalhado como coordenador ofensivo com Sean McVay. O antigo coordenador ofensivo Joe Philbin, que virou interino na parte final da temporada, também saiu e deu lugar a Nathaniel Hackett, ex-Jaguars. Mike Pettine foi o único “peixe grande” que sobreviveu à onda de demissões.
(Foto: Reprodução Twitter/Green Bay Packers)
Principais chegadas: Sob o comando do antigo general manager Ted Thompson, os Packers eram famosos pela filosofia do draft-and-develop, ou seja, focar prioritariamente no desenvolvimento de jogadores que pegava no Draft e fazer contratações pontuais na free agency que não influenciassem tanto no cap da equipe. Agora, com Brian Gutenkust comandando as ações, o processo mudou drasticamente. Os Packers investiram pesado para trazer a dupla de edges Za’Darius Smith e Preston Smith. Além disso, chegaram também o excelente safety Adrian Amos e, para dar um reforço na fragilizada linha ofensiva, Billy Turner. Ao todo foram quase US$ 6o milhões gastos apenas em dinheiro garantido de contratos na free agency, algo que os fãs nunca esperariam ver do seu ex-chefe de operações.
No Draft, Gutenkust priorizou novamente a defesa. O defensive end Rashan Gary e o safety Darnell Savage são peças versáteis que podem casar bem com o estilo de jogo que propõe Mike Pettine. Kingsley Keke pode ser uma boa opção para rotação da linha defensiva. No ataque, Elgton Jenkins pode jogar tanto de guard como de center. O tight end Jace Sternberger foi um achado na terceira rodada e configura-se como uma grande ameaça à titularidade do veterano Jimmy Graham.
Principais saídas: Randall Cobb e Clay Matthews, que nos tempos áureos tinham grande impacto no time e carinho dos fãs, saíram pela porta dos fundos. Ambos vinham de temporadas apagadíssimas: Matthews viu sua quantidade de sacks cair vertiginosamente a partir de 2014 e no ano passado até foi testado em uma função híbrida entre o edge e o inside linebacker, em vão; Cobb era quase um melhor amigo de Rodgers, principalmente quando adentrou seu último ano do contrato de rookie, ultrapassando as 1.000 jardas recebidas. Desde então, sua regressão de explosão e velocidade se tornaram notórias, ainda mais para uma posição tão necessitada desses dois quesitos como é a de slot receiver.
Os Packers ainda tiveram que lidar com diversas contusões no setor defensivo. Jake Ryan rompeu o ligamento do joelho ainda no training camp. Muhammad Wilkerson se chocou com o próprio companheiro de equipe Kentrell Brice na Semana 3. Nick Perry, que vinha de dois anos relativamente bons, também foi baixa em 2019. Todos terminaram a temporada na Injured Reserve e não tiveram seu contrato renovado.
Ponto forte: Secundária. Pela primeira vez em muito tempo, o setor mais valorizado em Green Bay será a defesa – e o grupo de contenção ao passe merece destaque aqui. Após anos de incertezas na posição de cornerback, parece que os Packers finalmente acharam a solução em Jaire Alexander, que teve uma tremenda temporada de calouro. Caso se mantenha saudável, Kevin King também é uma opção de qualidade no backfield. Mas é na dupla de safeties Adrian Amos e Darnell Savage que Mike Pettine deposita suas maiores esperanças em turnovers.
Ponto fraco: Armas para Aaron Rodgers. Aaron Jones foi bem, mas a amostra foi pequena – Green Bay simplesmente foi o time que menos correu com a bola na NFL. Com dois treinadores oriundos de um estilo de jogo terrestre bem marcante (LaFleur nos Titans e Hackett nos Jaguars), a expectativa é boa para Jones, Jamaal Williams e o novato Dexter Williams, mas fato é que essa performance que tanto se espera ainda permanece uma incógnita. No jogo aéreo, além de Davante Adams, claramente um WR top 10 na liga, quem poderá ajudar o franchise QB a se sobressair? Muitas peças, pouca convicção.
Calouro para ficar de olho: Apesar de todo o hype em cima de Gary e Savage, quem vem roubando a cena nas últimas semanas em Wisconsin é Elgton Jenkins. De acordo com as estatísticas do Pro Football Focus, o guard não cedeu uma pressão sequer ao quarterback que protegia durante os dois primeiros jogos da pré-temporada. A priori, o polivalente Jenkins é o reserva imediato de Lane Taylor e Billy Turner, mas se manter esse bom desempenho, o jovem pode beliscar uma vaga no time titular e os Packers podem dar a Aaron Rodgers a tranquilidade no pocket que ele tanto deseja.
Campanha em 2018: 6-9-1
Projeção para 2019: 10-6
Técnico: Matt LaFleur (desde 2019)
Briga por: Título da divisão
TABELA 2019
Semana 1: Bears (fora)
Semana 2: Vikings (casa)
Semana 3: Broncos (casa)
Semana 4: Eagles (casa)
Semana 5: Cowboys (fora)
Semana 6: Lions (casa)
Semana 7: Raiders (casa)
Semana 8: Chiefs (fora)
Semana 9: Chargers (f0ra)
Semana 10: Panthers (casa)
Semana 11: Bye week
Semana 12: 49ers (fora)
Semana 13: Giants (fora)
Semana 14: Redskins (casa)
Semana 15: Bears (casa)
Semana 16: Vikings (f0ra)
Semana 17: Lions (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Green Bay Packers: posição 15
Melhor nota: 8,5 / Pior nota: 6,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.