PRÉVIA NFL 2019: #14 Pittsburgh Steelers
Reformulado, Pittsburgh terá temporada dura após saídas e conflitos internos
Na última temporada, o Pittsburgh Steelers acabou ficando fora dos playoffs da NFL pela primeira vez desde a temporada 2014. Foi possivelmente um dos anos mais turbulentos no bastidores da equipe, que acabaram refletindo no desempenho em campo, visivelmente decadente. Não há ainda como falar de Steelers sem falar de LeVeon Bell, Antonio Brown e Ben Roethlisberger, o trio que por muito tempo deu certo, e hoje é só lembrança para os torcedores da Cidade do Aço. Deles, apenas Big Ben segue por lá.
O técnico Mike Tomlin também teve grande participação para o sucesso dos “Killers B’s”, mas ao longo dos anos podemos notar que a sua forma de gerenciar a equipe nem sempre agrada alguns jogadores. Grandes talentos foram perdidos sob seu comando; além de Bell e Brown, podemos incluir: Santonio Holmes, Emannuel Sanders, Mike Wallace e Martavis Bryant, dentre outros.
Roethlisberger também foi acusado por Brown por não ser tão ouvinte de estratégias alheias às dele. Coincidentemente, ou não, todos acima citados (exceto Bell) são wide receivers que tiveram algum ou muito sucesso. Neste ano, o renomado quarterback vem para sua 16ª temporada na NFL, com um corpo de recebedores reformulado e pouco popular. A aposta fica para o talento do jovem JuJu Smith-Schuster, que chegou a ofuscar AB em 2018.
Para ajudar na parte ofensiva, o também jovem James Conner, que foi de “quebra-galho” a running back titular da equipe na temporada passada, se firmou como grande jogador na liga, mas notavelmente menos habilidoso que seu antecessor, Bell, que passou 2018 em greve. O real poderio do novo ataque precisa ser testado, salientando que os jogadores de linha ofensiva e o quarterback estão um ano mais velhos e seus recebedores possuem pouca experiência.
A tão aclamada OL segue com os mesmos jogadores, mas teve a perda de seu principal mentor, Mike Munchak, que se transferiu para o Denver Broncos.
Na defesa parece que nada mudou. Boa linha defensiva, linebackers descentes – acompanhados da nova estrela T.J. Watt e do proclamado estreante Devin Bush – mas com frágeis defensive backs, que ainda deixarão muitos torcedores de cabelo em pé e adversários certamente felizes com bolas lançadas no backfield de Pittsburgh.
A temporada parece ser desafiadora para a agora empatada franquia com mais títulos de Super Bowl. Os bastidores, que foram notícia nos últimos tempos, terão que funcionar com perfeição em todos os setores, para que a equipe consiga passar rapidamente por esse momento de reformulação, na competitiva e fortalecida AFC North.
Foto: Reprodução Twitter/Steelers
Principais chegadas: O Pittsburgh Steelers tem por filosofia não contratar muito jogadores através de trocas, e muito menos fazer estrepolias para adquirir algum grande jogador via free agency. As apostas ficam em sua maioria nos Drafts e um grande talento para selecionar wide receivers. Por isso, poucos reforços notáveis chegaram em 2019.
Neste último Draft a grata surpresa foi a de Devin Bush Jr. Os Steelers optaram por fazer uma grande troca com o Denver Broncos para conseguir subir de posição e angariar o jovem premiado pela Universidade de Michigan. Assim, espera suprir uma carência do time por um ILB, que vem desde a lesão de Ryan Shazier. Mas as surpresas param por aí.
Principais saídas: As longas negociações e as polêmicas de Bell e Brown chegaram ao fim e os dois mudaram de ares. A ausência deles seria sentida em qualquer time de futebol americano. Ambos certamente são os tops de suas posições e por mais que os Steeelers tenham “se livrado” deles, a queda técnica deve ser sentida.
A saída de Mike Munchak também é relevante. O treinador de linha ofensiva elevou o patamar dos jogadores desta posição nos últimos anos, os mantendo sempre no topo nas estatísticas entre 2014 e 2018.
Ponto forte: Sem Bell, o time passou a explorar as recepções de Brown; agora sem ambos, o ataque deverá ser reformulado, mudando a dimensão e as estratégias, diminuindo a previsibilidade. JuJu e Conner tiveram bons números na temporada passada, dando esperança à tocida. A linha ofensiva segue como um dos principais trunfos da equipe, mesmo que Big Ben às vezes abuse dos grandes períodos que tem dentro do pocket. Mas a experiência do QB duas vezes campeão do Super Bowl pode influenciar para o desenvolvimento da equipe.
Ponto fraco: Notavelmente a equipe não tem tight ends que possam fazer a diferença em campo, reduzindo a capacidade ofensiva. A secundária, que há anos não agrada, segue com os mesmos jogadores, liderada pelo sobrecarregado Joe Haden. Estas duas posições do campo seguem com carência de bons jogadores e certamente são os principais pontos fracos da equipe.
Calouro para ficar de olho: Recentemente, Devin Bush apareceu como o preferido de casas de apostas para ser o calouro defensivo do ano. Bagagem para isso ele tem. Em 2018, pela Universidade de Michigan, foi premiado como melhor jogador defensivo da notória Conferencia Big Ten, além de melhor linebacker da divisão e de todo o futebol americano universitário. Bush é um jogador completo e deve ser protagonista já nesta temporada. Tem um dom acima da média para apoiar a linha defensiva e perseguir quarterbacks adversários, além de ser eficaz em conter avanços de corridas e passes curtos.
Campanha em 2018: 9-6-1
Projeção para 2019: 7-9
Técnico: Mike Tomlin – recorde: 132-71-1
Briga por: nada
TABELA 2019
Semana 1: Patriots (fora)
Semana 2: Seahawks (casa)
Semana 3: 49ers (fora)
Semana 4: Bengals (casa)
Semana 5: Ravens (casa)
Semana 6: Chargers (fora)
Semana 7: Bye week
Semana 8: Dolphins (casa)
Semana 9: Colts (casa)
Semana 10: Rams (casa)
Semana 11: Browns (fora)
Semana 12: Bengals (fora)
Semana 13: Browns (casa)
Semana 14: Cardinals (fora)
Semana 15: Bills (casa)
Semana 16: Jets (fora)
Semana 17: Ravens (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Pittsburgh Steelers: posição 14
Melhor nota: 8,5/ Pior nota: 6,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.