O Houston Texans venceu três dos últimos quatro títulos da AFC South. Apesar disso, o time conseguiu avançar para o Divisional round apenas uma vez neste período. Em 2018, a história se repetiu com uma eliminação diante do rival de divisão Indianapolis Colts já no Wild Card. Para 2019, o objetivo é reter o domínio dentro da AFC South e buscar um avanço maior na pós-temporada.

Apesar de garantir mais uma vez a vaga nos playoffs, os Texans não deixaram de apresentar problemas. Por um lado a equipe superou um início de temporada com três derrotas seguidas e emplacou uma impressionante sequência de nove vitórias. Por outro, Deshaun Watson sofreu nada menos do que 62 sacks (pior marca da NFL desde 2006) e 133 hits. Com isso, a tônica da offseason, naturalmente, seria melhorar a proteção para o franchise quarterback selecionado em 2017.

Durante a free agency, o veterano Matt Kalil foi o principal reforço para a linha ofensiva, o que não supriria todas as necessidades imediatas. Na defesa, Houston sofreu as baixas de Tyrann Mathieu e Kareem Jackson. Como reforços chegam Tashaun Gipson e Bradley Roby. Já após o início do training camp, o ataque ainda contou com a chegada do running back Duke Johnson, em troca com o Cleveland Browns.

A próxima chance para reforçar a linha ofensiva veio com o draft. E o cenário parecia se desenhar perfeitamente para os Texans, com Andre Dillard ainda disponível no range do time. Mas o Philadelphia Eagles aplicou um “chapéu”, subindo para escolher o jogador de Washington State apenas uma posição antes. Restou a Houston arriscar um reach em Tytus Howard.

Diante de uma divisão ainda mais disputada, os Texans terão um trabalho difícil caso pretendam manter o domínio recente. Além dos problemas já citados, o time ainda precisa lidar com a disputa contratual envolvendo Jadeveon Clowney. Mas a receita para o sucesso existe e reside nos muitos talentos individuais do elenco.

(Foto: Reprodução Twitter/Houston Texans)

Principais chegadas: a offseason não foi das mais movimentadas em Houston nesse quesito. Após perder toda a temporada de 2018 em função de uma cirurgia no joelho e ser dispensado pelo Carolina Panthers, Matt Kalil foi o principal reforço para proteger Deshaun Watson. Bradley Roby e Tashaun Gipson chegam para repor as perdas na secundária.

O draft não trouxe grandes reforços. Tytus Howard, escolha de primeira rodada, foi um reach para compensar uma necessidade imediata. No momento, o novato deve atuar principalmente como left guard. Max Scharping, escolhido na segunda rodada, também é outra adição para o interior da linha ofensiva. Para a defesa, o cornerback Loonie Johnson ainda é um projeto de longo prazo.

Os Texans ainda encontraram espaço para mais uma chegada após o início do training camp. Insatisfeito com a situação no Cleveland Browns, o running back Duke Johnson foi trocado para Houston. E Johnson deve assumir um papel importante junto ao time, podendo até mesmo aparecer como o número 1 da posição.

Principais saídas: Tyrann Mathieu deixou o time após uma temporada, assinando com o Kansas City Chiefs. O time também decidiu não renovar o contrato do veterano Kareem Jackson e desistiu de aguardar pelo desenvolvimento de Kevin Johnson, dispensando o jogador escolhido na primeira rodada de 2016. Os Texans, no entanto, precisam resolver a situação de Jadeveon Clowney. O defensor se recusa a atuar sob uma franchise tag em 2019, e a possibilidade de uma troca existe.

Ponto forte: o jogo aéreo. O elenco do Houston Texans possui um número elogiável de talentos individuais. A dupla Deshaun Watson e DeAndre Hopkins ainda contará com o retorno de Will Fuller, recuperado da lesão sofrida em 2018. Keke Coutee também deverá ter um papel importante caso consiga manter-se saudável. E há ainda a chegada de Duke Johnson, um dos principais pass-catchers entre os running backs da liga. Caso Jadevenon Clowney siga no time, a dupla absolutamente dominante com J.J. Watt no pass-rush evidentemente também seguirá como ponto forte.

Ponto fraco: a linha ofensiva. Verdade seja dita, a o-line dos Texans pouco melhorou de um ano para o outro. Matt Kalil, principal adição, não atua em um jogo de temporada regular desde 2017 e não teve um bom desempenho durante o training camp. Tytus Howard ainda é um projeto para o longo prazo, mesmo caso de Max Scharping. No geral, não houve o step-up necessário. O jogo terrestre também não foi convincente em 2018, mas a chegada de Duke Johnson deve produzir uma melhora.

Calouro para ficar de olho: Tytus Howard. Além de ser a primeira escolha do time, o novato foi considerado um reach, o que certamente servirá como munição adicional para críticas. Ao que tudo indica, Howard deve iniciar a temporada como titular justamente na unidade que mais cedeu sacks e hits em 2018, o que aumentará a pressão sobre o jogador.

Campanha em 2018: 11-5

Projeção para 2019: 10-6

Técnico: Bill O’Brien (desde 2014) – recorde: 42-38 (1-3 em pós temporada)

Briga por: Título de divisão e possivelmente uma vitória nos playoffs

(Foto: Reprodução Twitter/Houston Texans)

TABELA 2019

Semana 1: Saints (fora)
Semana 2: Jaguars (casa)
Semana 3: Chargers (fora)
Semana 4: Panthers (casa)
Semana 5: Falcons (casa)
Semana 6: Chiefs (fora)
Semana 7: Colts (fora)
Semana 8: Raiders (casa)
Semana 9: Jaguars (fora/Londres)
Semana 10: Bye week
Semana 11: Ravens (fora)
Semana 12: Colts (casa)
Semana 13: Patriots (casa)
Semana 14: Broncos (casa)
Semana 15: Titans (fora)
Semana 16: Buccaneers (fora)
Semana 17: Titans (casa)

POWER RANKING THE PLAYOFFS

Houston Texans: posição 11
Melhor nota: 8,5 / Pior nota: 7,5

>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.