PRÉVIA NFL 2019: #10 Dallas Cowboys
Com um dos melhores elencos da NFL, Cowboys contam com retorno de running back para brigar pelo título em 2019
Dak Prescott, Byron Jones, Ezekiel Elliott, Amari Cooper, DeMarcus Lawrence e Jaylon Smith. Poderia ser uma lista com alguns dos melhores jogadores com menos de 27 anos na NFL, mas é apenas a lista dos jovens talentos do Dallas Cowboys. Todo esse talento gera um problema que todo time gostaria de ter: escolher quais jogadores renovar e quais deixar o contrato expirar. Por conta do teto salarial imposto pela liga, o time não consegue encaixar todos esses nomes no seu elenco sem comprometer o resto da equipe.
Até aqui, a escolha foi pela defesa. Lawrence e Smith ambos tiveram seus contratos renovados recentemente, o que não agradou muito alguns nomes do ataque como ‘Zeke’ e Dak. O primeiro, inclusive, optou por fazer um holdout, o que significa se manter afastado da equipe até receber um novo contrato. Já o segundo recusou um contrato de US$ 30 milhões anuais, que o tornaria um dos jogadores mais bem pagos da liga, por acreditar que pode receber mais do que isso.
Essa situação gera uma aura de incerteza ao redor de um time que, por outro lado, é extremamente talentoso. Prescott e Zeke são complementados por uma das melhores linhas ofensivas da NFL, encabeçada pelo left tackle Tyron Smith, um dos três melhores jogadores da posição. O ataque conta ainda em 2019 com o retorno do desaposentado tight end Jason Witten, lenda viva da franquia e ex-comentarista da ESPN, bem como o dinâmico Amari Cooper. A novidade fica por conta do calouro Michael Gallup, que vem tendo uma ótima pré-temporada, colocando otimismo para o futuro do ataque texano.
Na defesa, Lawrence e Smith possuem uma estrutura de fazer inveja para qualquer time ao sul de Chicago. O agora segundanista Leighton Vander Esch forma com Smith uma das melhores duplas de linebackers da NFL. O time ainda conta com nomes como Chidobe Awuzie, Tyrone Crawford e o calouro Trysten Hill. E ainda se dá ao ‘luxo’ de ter o ex-pro bowler Sean Lee como reserva na posição de linebacker.
O ponto fraco da equipe fica por conta do técnico Jason Garrett. Se por um lado os Cowboys tiveram apenas uma temporada com mais derrotas do que vitórias desde que Garrett assumiu a equipe, por outro foram apenas três aparições nos playoffs em oito anos e meio no comando da franquia. Pouco para um time acostumado a vencer como a franquia Dallas Cowboys. O HC teve apenas duas vitórias e três derrotas nos playoffs, o que faz com que o técnico entre em 2019 com uma certa pressão para que o time avance até ao menos a final da NFC.
Para chegar lá, os Cowboys precisarão apagar os incêndios extra-campo e focar em apresentar o melhor futebol americano da era Garrett, principalmente com o perigosíssimo Philadelphia Eagles jogando na mesma divisão.
Foto: Reprodução Twitter/NFL
Principais chegadas: as principais novidades ficaram por conta do Draft. Gallup no ataque e Smith, na defesa. Sem uma escolha de primeira rodada – por conta da troca com o Oakland Raiders pelo recebedor Amari Cooper – os Cowboys ainda assim conseguiram fortalecer partes importantes da sua equipe, como a linha defensiva. Na terceira rodada, o time draftou o linha ofensiva Connor McGovern, de Penn State, melhorando ainda mais uma já forte linha ofensiva. Outra novidade interessante é o RB calouro Tony Pollard, da Universidade de Memphis, que vem atraindo as manchetes de jornais e pode ter um papel muito importante caso a ausência de Zeke se prolongue para a temporada regular. Mesmo com a volta do running back superstar dos Cowboys, Pollard deve ser um bom complemento no forte ataque da equipe.
Na free agency, o time trouxe o veterano Robert Quinn, que teve 69 sacks em oito anos anos com a camisa de Rams e Dolphins e pode contribuir ao pass rush da equipe.
Cabe uma nota também para o retorno de Witten. O tight end desaposentou e afirmou que não conseguiu ficar longe dos gramados. Com 37 anos de idade e um ano fora da NFL, vale ficar atento para ver o que o veterano ainda tem no tanque para contribuir à equipe.
Principais saídas: Sem grandes adições, mas também sem grandes perdas para os Cowboys em 2019. Cole Beasley foi um nome que deixou a equipe e tinha alguma importância no ataque, mas nada que deva fazer muita falta ao esquema de jogo de Garrett. Allen Hurns também foi dispensado após decepcionar com a camisa da equipe.
Ponto forte: as linhas ofensiva e defensiva. “Futebol americano se vence nas trincheiras” é uma frase comum de se ouvir nas transmissões da NFL. Se for verdade, os Cowboys são um dos favoritos ao Super Bowl. Isso porque ambas as linhas são extremamente potentes na equipe da estrela solitária. Tyron Smith, Connor Williams, Travis Frederick, Zack Martin e La’el Collins formam um verdadeiro paredão para Dak Prescott e seus companheiros poderem dissecar as defesas adversárias. Na defesa, Lawrence e Quinn são complementados por Maliek Collins e a dupla Smith e Vander Esch, formando um front seven de fazer inveja à maioria da liga.
Ponto fraco: o técnico. O elenco dos Cowboys é um dos melhores da NFL (não à toa o time tem o melhor rating overall no Madden 20), mas é comum que o time do head coach Jason Garrett deixe a desejar nos momentos decisivos da temporada. Com tanto talento à sua disposição, qualquer coisa menos do que uma ótima campanha e vitórias nos playoffs será vista como decepção para os torcedores de Dallas (bem como para o dono/general manager/falastrão Jerry Jones).
Calouro para ficar de olho: Michael Jackson, cornerback. Conhecido pelo moonwalk na marcação dos recebedores adversários… Brincadeiras à parte, o calouro em destaque é mesmo Tony Pollard, running back. Como já falado acima, mesmo que Zeke decida encerrar seu holdout e se apresentar à equipe, Pollard demonstrou nesta pré-temporada que pode ser uma arma importante no ataque dos Cowboys, seja carregando o piano, seja poupando Elliott para deixá-lo saudável para a disputa dos playoffs. Ele é um dos responsáveis pela já famosa frase “Zeke Who?”, dita por Jerry Jones quando perguntado sobre um novo contrato para sua estrela.
Campanha em 2018: 10-6
Projeção para 2019: 10-6
Técnico: Jason Garrett (desde a metade de 2010) – recorde: 77-59 (2-3 em pós temporada)
Briga por: Título de divisão e possivelmente Super Bowl
TABELA 2019
Semana 1: Giants (casa)
Semana 2: Redskins (fora)
Semana 3: Dolphins (casa)
Semana 4: Saints (fora)
Semana 5: Packers (casa)
Semana 6: Jets (fora)
Semana 7: Eagles (casa)
Semana 8: Bye
Semana 9: Giants (fora)
Semana 10: Vikings (casa)
Semana 11: Lions (fora)
Semana 12: Patriots (fora)
Semana 13: Bills (casa)
Semana 14: Bears (fora)
Semana 15: Rams (casa)
Semana 16: Eagles (fora)
Semana 17: Redskins (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Dallas Cowboys: posição 10
Melhor nota: 8,5 / Pior nota: 7
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.