Por que ir com Mike Glennon e não com Jay Cutler? Vamos tentar entender o Chicago Bears
Cutler foi cortado dos Bears, e dias depois a franquia assinou com Glennon
Imagine como está a cabeça dos torcedores fanáticos do Chicago Bears, que foram da alegria extrema de ver o atual quarterback Jay Cutler ser cortado da equipe, à tristeza profunda após o técnico John Fox dizer que Mike Glennon será o quarterback titular da próxima temporada, e que está esperançoso com o jogador de 28 anos.
Não tem como eu convencer nenhum ser humano que Mike Glennon é melhor que Jay Cutler. Além de muito mais experiência na liga que Cutler tem, seus números são absurdamente melhores que os de Glennon. Cutler acumula mais de 32 mil jardas ao longo de 10 anos na liga, marcando 208 touchdowns e 146 interceptações. Já Mike Glennon, lançou pouco mais de quatro mil jardas, marcando 30 touchdowns e 15 interceptações, em quatro anos na liga.
A verdade é que a paciência com Cutler acabou. Os torcedores não aguentam mais ver ele sendo um péssimo líder dentro de campo e não rendendo mais. Depois de ver o veterano de 33 anos lançar apenas quatro touchdowns e cinco interceptações na última temporada, ele foi substituído por Matt Barkley no fim do ano.
A falta de conquistar o tão sonhado Super Bowl também pressionou, e os fãs pouco a pouco começaram a odiá-lo. Vale ressaltar que os Bears tornaram Jay Cutler o quarterback mais bem pago da liga, oferecendo US$ 126 milhões por 7 anos de contrato.
Vamos voltar ao passado, quando Cutler foi adquirido pelos Bears, através de uma troca com o Denver Broncos, quando enviaram Kyle Orton e escolhas de 1ª rodada dos anos de 2009 e 2010, além de e uma escolha de 3ª rodada de 2009. Naquela época, ele vinha de uma temporada muito boa, quando lançou 4.526 jardas, marcando 25 touchdowns, mas sofria com muitas interceptações. Mesmo assim a franquia empatou com o San Diego Chargers com 8 vitórias e 8 derrotas, não indo para os playoffs pelos critérios de desempate.
O GM dos Bears, Ryan Pace, e o treinador John Fox não poderiam mantê-lo no elenco, senão os torcedores certamente iriam pedir suas cabeças. Pagar US$ 17 milhões em um quarterback que ficará no banco e não consegue liderar, seria burrice. Mas agora vocês me perguntam então por que pagaram US$ 16 milhões por Mike Glennon? Eu respondo a vocês: “Por não existir ninguém melhor”.
Para a maioria dos especialistas americanos, os quarterbacks desse Draft não estão prontos para jogarem na liga logo de cara, e realmente o que se viu no combine afirmou isso. Não é que nem na classe de 2012, quando você tinha Andrew Luck e Robert Griffin III (acredite) prontos para comandarem uma unidade ofensiva dentro de campo.
Já na free agency, o melhor quarterback era Brian Hoyer, que acabou fechando com o San Francisco 49ers, e em seguida nomes como Ryan Fitzpatrick e Colin Kaepernick aparecem, desacreditados por todos na liga. Seria muito difícil eles assinarem um contrato pelo que apresentaram em suas respectivas equipes.
Isso pode ter colocado os Bears em “estado de emergência” e eles tiveram que tomar essa decisão, uma decisão que de qualquer maneira é ruim. Glennon perdeu a posição para Josh McCown em 2014 e desde então não recuperou mais, ainda mais depois da chegada da Jameis Winston, vindo do Draft.
Ele é um jogador secundário. Diria que até Mark Sanchez é melhor que ele (vocês não sabem o quanto essas palavras doem). Glennon é um tiro no escuro. Mas é o que tinha de melhor no momento.
Agora é esperar para ver a reação dos torcedores dos Bears ao ver Mike Glennon e os executivos perceberem que isso pode ser um erro grave. Ao Cutler, as sondagens vêm de Nova Iorque, e o New York Jets querem ele por bem menos que a franquia de Chicago pagou.
(Crédito da Foto: Divulgação/Chicago Bears; Elsa/Getty Images)