NFL Power Ranking The Playoffs 2020: Semana 17
Packers encerram temporada regular na liderança do último ranking. Confira como ficam as posições finais
A temporada regular da NFL 2020 chegou ao fim – e com ela, o Power Ranking The Playoffs desta temporada. Obviamente, a temporada não poderia ser normal dentro do contexto atual. Vimos de tudo – jogos adiados, partidas disputadas em todos os dias da semana pela primeira vez na história, elencos desfalcados e uma dose de resultados inesperados.
A liderança do ranking passou pelas mãos de cinco times diferentes. O atual campeão Kansas City Chiefs abriu a temporada na ponta, mas cedeu a liderança para o Baltimore Ravens logo na semana 2. Os Chiefs retomaram a ponta em um confronto direto na semana seguinte, mas cedeu a posição para o Seattle Seahawks na semana 5. A liderança durou pouco nas mãos dos Seahawks, passando para o Pittsburgh Steelers logo na semana 7. E o time de Pittsburgh manteve a liderança por cinco semanas, perdendo a posição apenas na semana 12. Os Chiefs voltaram ao lugar habitual e pareciam caminhar para o “título” da temporada regular. A queda de desempenho, aliada ao crescimento do Green Bay Packers, promoveu uma última mudança na primeira posição.
Enquanto os Packers encerram a última edição na liderança, o Buffalo Bills volta para o segundo lugar. Entrando com força total na semana 17, o campeão da AFC East atropelou o Miami Dolphins e entra nos playoffs como um dos principais candidatos a representar a Conferência Americana no Super Bowl. Sem qualquer pretensão na última semana da fase regular, os Chiefs ganharam um segundo bye e pouparam diversos titulares, o que resultou em uma derrota completamente irrelevante contra o Los Angeles Chargers. Porém, o bom momento de Bills e Packers derrubam os atuais campeões para a terceira colocação. Com títulos de divisão já garantidos, Seattle Seahawks e New Orleans Saints entraram em campo com chances matemáticas de alcançar a primeira colocação da NFC. Porém, com a vitória dos Packers, os dois times terão que entrar em campo na rodada de Wild Card. Ainda assim, a força apresentada na temporada garante dois lugares no top 5.
Fechando a classificação, o bottom 3 é composto por dois times mais do que habituados às profundezas do ranking. Detroit Lions e Jacksonville Jaguars terminam outra temporada entre os piores times da NFL. A novidade é o Philadelphia Eagles, que resolveu ajudar a causa de Washington para chegar aos playoffs e simplesmente desistiu de jogar o último quarto da temporada.
Após 17 semanas, o Power Ranking The Playoffs de 2020 chega ao fim. Confira como fica a classificação final.
(Foto: Reprodução Twitter/Buffalo Bills)
COMO FUNCIONA
A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs é definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco dão notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral (considerando lesões também), o desempenho em cada rodada (além da força dos adversários) e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking.
POWER RANKING THE PLAYOFFS – NFL 2020 – SEMANA 17
#1 Green Bay Packers (posição anterior: #1)
Precisando vencer para garantir o seed 1 e possivelmente eliminar o Chicago Bears, os Packers não pouparam esforços contra o maior rival. Com uma atuação defensiva sólida e mais uma grande exibição de Aaron Rodgers, Green Bay não tomou conhecimento e garantiu a primeira colocação da NFC. Entrando na temporada com alguns questionamentos após uma offseason questionável, os Cheeseheads superaram as desconfianças ao longo do ano e terminam a temporada regular com uma campanha ainda melhor do que a de 2019. De quebra, o caminho para Tampa Bay em fevereiro obrigatoriamente passará pelo Lambeau Field. Após assumir a liderança na semana 16, os Packers fecham o Power Ranking do The Playoffs na ponta. O desafio maior caberá a Aaron Rodgers – quebrar a maldição do MVP.
Campanha: 13-3
#2 Buffalo Bills (posição anterior: #3)
Mesmo com o seed 2 quase garantido, os Bills entraram com força total contra os Dolphins. Após assegurar a vitória ainda no primeiro tempo, os campeões da AFC East preservaram titulares durante a segunda etapa e mesmo assim ampliaram a vantagem no marcador. Buffalo encerra a temporada regular com um desempenho muito superior ao esperado. Com um ataque explosivo liderado por Josh Allen e Stefon Diggs e uma das defesas mais subestimadas da NFL, os Bills se projetam como a principal ameaça aos Chiefs na AFC. Coroando o ótimo trabalho de rebuild, o Buffalo Bills encerra o Power Ranking The Playoffs com uma merecidíssima vice-liderança.
Campanha: 13-3
#3 Kansas City Chiefs (posição anterior: #2)
Sem qualquer interesse na semana 17, os Chiefs preservaram a maior parte dos jogadores e sofreram uma derrota sem qualquer significado. Apesar de uma queda de rendimento na reta final da temporada (o que acabou custando a primeira colocação no ranking), os atuais campeões da NFL ainda devem ser considerados os favoritos para repetir o feito. As 14 vitórias provam que, mais do que qualquer outra equipe, Kansas City sabe vencer jogos. Porém, a oscilação nos últimos jogos acaba derrubando os Chiefs para a terceira colocação.
Campanha: 14-2
#4 Seattle Seahawks (posição anterior: #4)
Marcando uma mudança significativa em comparação ao início da temporada, os Seahawks venceram mais um jogo sendo guiados pela defesa. A evolução da unidade foi evidente ao longo das últimas semanas, terminando com mais uma grande atuação diante dos 49ers. Seattle limitou o adversário a apenas três field goals até o início do último quarto, ganhando o tempo necessário para que o ataque enfim entrasse em campo. Por outro lado, a queda de produção ofensiva é motivo para preocupação. Ainda assim, os Twelves possuem qualidade e talentos de sobra para sonhar em chegar mais longe nos playoffs. Confiando em Russell Wilson e Pete Carroll, os Seahawks entram na pós-temporada como o quarto time no ranking.
Campanha: 12-4
#5 New Orleans Saints (posição anterior: #5)
Ainda com chances matemáticas de garantir a seed 1, os Saints cumpriram o dever de casa e atropelaram o Carolina Panthers. Mesmo sem Alvin Kamara (COVID-19), os campeões da NFC South não enfrentaram qualquer dificuldade diante do rival de divisão. Destaque para uma excelente atuação defensiva, com nada menos do que cinco interceptações, com apenas sete pontos cedidos. Não há dúvidas quanto à qualidade do time, que discutivelmente possui o elenco com maior depth em toda a liga. O problema maior, e já bastante conhecido, é o fantasma de janeiro. Caso os Saints consigam evitar um novo colapso e enfim deixar para trás os traumas das pós-temporadas recentes, o caminho para uma aparição no Super Bowl na possível despedida de Drew Brees é perfeitamente viável. Mais uma vez, os Saints encerram a temporada no top 5 do ranking.
Campanha: 12-4
#6 Tampa Bay Buccaneers (posição anterior: #7)
Em um jogo sem grandes pretensões para os dois lados, os Buccaneers encerraram a temporada regular mostrando mais uma vez todo o poder de fogo do ataque. Com quase 400 jardas aéreas, os Bucs bombardearam a defesa dos Falcons em uma exibição para espantar os concorrentes. Por outro lado, a atuação com força total resultou em uma lesão de Mike Evans. O wide receiver, que superou a marca de mil jardas pela sétima vez seguida, sofreu uma lesão no joelho e é dúvida para a rodada de Wild Card. Tampa Bay exibiu dois lados ao longo da temporada – em alguns momentos sendo um time absolutamente dominante e em outros sofrendo apagões inexplicáveis. Resta saber qual personalidade entrará em campo no mês de janeiro. Caso os Bucs joguem no seu melhor, é perfeitamente possível sonhar com um retorno para disputar o Super Bowl em casa. Liderados pelo quarterback mais vencedor na história da NFL, os Buccaneers encerram o ranking como o primeiro time fora do top 5 e o melhor entre os Wild Cards.
Campanha: 11-5
#7 Baltimore Ravens (posição anterior: #6)
Os Ravens precisavam apenas dos próprios esforços para garantir uma vaga nos playoffs. Sem dar chance ao azar, Baltimore fez o que sabe de melhor – correr com a bola e defender. Foram mais de 400 jardas terrestres, feito alcançado apenas pela sétima vez na história da NFL. Defensivamente, o time limitou o Cincinnati Bengals a um total de -3 jardas durante quase todo o primeiro tempo. Obviamente, a diferença de qualidade entre os times foi um fator significativo. Ainda assim, isso não apaga a evolução dos Ravens nas últimas semanas. Embora o time que dominou a NFL há um ano seja apenas uma recordação distante, os Ravens esperam afastar de vez os problemas habituais nos playoffs. E o time terá uma chance de ouro para exorcizar os fantasmas de um passado não tão distante, enfrentando justamente o Tennessee Titans na rodada de Wild Card.
Campanha: 11-5
#8 Tennessee Titans (posição anterior: #10)
Derrick Henry precisava de mais de 200 jardas contra os Texans para alcançar as duas mil na temporada. O adversário não poderia ser melhor – afinal de contas, o running back havia superado as 200 jardas nos últimos dois jogos contra o rival. E Henry ampliou a sequência para três partidas, atropelando a defesa de Houston com 250 jardas e dois touchdowns. Em um jogo apertado, os Titans precisaram lutar até o último segundo (literalmente) para garantir o título da AFC South. Mas enquanto Henry recebe toda a atenção, é importante destacar o subestimado ataque aéreo. Após se tornar o primeiro wide receiver da franquia a superar as mil jardas desde 2011, A.J. Brown repetiu o feito em 2020. De quebra, o questionado Corey Davis também alcançou os quatro dígitos. Com isso, os Titans se tornam o primeiro time desde o Oakland Raiders em 2015 a atingir o feito. A defesa inspira muita desconfiança, mas o explosivo ataque dos Titans é o que carrega as esperanças de um retorno à final de conferência. Não ignorem este time, que encerra a temporada com um justo top 10.
Campanha: 11-5
#9 Indianapolis Colts (posição anterior: #9)
Graças à ajuda do Buffalo Bills, os Colts dependiam apenas das próprias forças para garantir a vaga nos playoffs. Enfrentando o Jacksonville Jaguars, Indy superou a derrota sofrida na semana 1 e garantiu a passagem para manter a temporada viva. A partida foi mais difícil do que o imaginado: após um primeiro tempo arrasador, liderado mais uma vez por Jonathan Taylor, os Colts voltaram a sofrer um dos apagões habituais e quase viram os Jaguars virarem o placar. No entanto, a defesa do time voltou a aparecer bem e impediu o desastre. Após garantir o resultado, Indianapolis ainda sonhou brevemente com o título da AFC South, mas viu as chances acabarem no estouro do cronômetro em Houston. Os Colts cumpriram o esperado na temporada. Com um elenco muito bem estruturado e um estilo de jogo definido, o time confirmou as expectativas criadas na offseason. Por outro lado, ainda é evidente que os Colts estão um pouco distantes dos verdadeiros contenders na conferência.
Campanha: 11-5
#10 Pittsburgh Steelers (posição anterior: #11)
Sem bye weeks durante toda a temporada devido aos jogos adiados, os Steelers precisavam desesperadamente de um descanso. Restou poupar jogadores na semana 17. Mesmo com a seed 2 ainda em jogo, Pittsburgh entrou com Mason Rudolph como titular e preservou Ben Roethlisberger para os playoffs. Mesmo sem força total, a equipe da Steel City quase estragou a festa do Cleveland Browns. O destaque da temporada dos Steelers, sem sombra de dúvidas, foi a série invicta de 11 jogos – a maior na história da franquia. Desde então, foram três derrotas em quatro jogos. Entre lesões na defesa – a mais destacada sendo de Bud Dupree – e uma queda vertiginosa de produção no ataque, os Steelers chegam aos playoffs correndo por fora. De qualquer forma, a temporada termina com muitos pontos positivos. Entrando em 2020 com muitas dúvidas, em especial com relação à posição de quarterback, os Steelers superaram as expectativas, garantiram a AFC North e passaram um longo período na liderança do Power Ranking do The Playoffs.
Campanha: 12-4
#11 Cleveland Browns (posição anterior:#12)
Em um 2021 começando ainda com resquícios de 2020, o Cleveland Browns garantiu a classificação para os playoffs pela primeira vez desde 2002. Será apenas a segunda aparição da franquia na pós-temporada desde o restabelecimento em 1999. A temporada naturalmente começou repleta de desconfianças. Após montar um supertime para 2019, os Browns produziram dentro do habitual da franquia e terminaram a temporada como uma das grandes decepções. Com menos expectativas para 2020 e um novo head coach, Cleveland acumulou vitórias e garantiu a inesperada vaga nos playoffs. A classificação é, por si só, um feito digno de aplausos para uma das franquias mais sofridas da NFL. Ir além da rodada de Wild Card, porém, ainda parece estar acima das condições do time no momento.
Campanha: 11-5
#12 Miami Dolphins (posição anterior: #8)
Os Dolphins passaram perto. Frustrantemente próximos de uma vaga nos playoffs pela primeira vez desde 2016, os Fins tiveram a chance de garantir a classificação diante do Buffalo Bills. No entanto, exceção a uma interceptação no drive inicial, o time não fez absolutamente nada no restante da partida. Com uma atuação medonha de Tua Tagovailoa e sem conseguir conter o explosivo ataque adversário, Miami viu a vaga escorrer por entre os dedos. Obviamente, se tornar o primeiro time com dez vitórias a ficar fora da pós-temporada desde 2015 (mesmo com uma vaga adicional) certamente dói. Por outro lado, os Dolphins têm motivos de sobra para celebrar o que alcançaram em 2020. A evolução do time em apenas um ano é mais do que evidente. O rebuild está no caminho certo, e será possível sonhar com algo a mais em 2021. Donos da terceira escolha geral graças ao Houston Texans, os Fins certamente terão uma offseason interessante. Miami bate na trave dos playoffs e do top 10.
Campanha: 10-6
#13 Chicago Bears (posição anterior: #13)
A campanha 8-8 é um reflexo perfeito da temporada dos Bears. O início com cinco vitórias em seis jogos claramente não correspondia à realidade do time, o que foi comprovado pela série de seis derrotas consecutivas logo depois. À beira do abismo, Chicago recuperou a produção ofensiva e encontrou a receita para impulsionar uma reação improvável na reta final. Embora dependesse apenas das próprias forças, os Bears naturalmente não tiveram condições de superar um Green Bay Packers incomparavelmente superior na semana 17. Mesmo com a derrota, Chicago garantiu a classificação algumas horas depois graças ao resultado do Arizona Cardinals. O trauma da eliminação de 2018 ainda é grande, mas os problemas na posição de kicker foram solucionados. Os problemas dos Bears para os playoffs de 2020 são outros, o que impede Chicago de sonhar com voos maiores.
Campanha: 8-8
#14 Los Angeles Rams (posição anterior: #15)
A derrota para os Jets causou um pequeno turbilhão na temporada dos Rams, custando o título da NFC West e quase deixando o time fora dos playoffs. LA entrou em campo já classificado contra os Cardinals, um alívio e tanto para uma equipe que perdeu o quarterback titular na semana anterior. Mesmo sem Jared Goff, os Rams superaram uma interceptação de John Wolford no drive inicial para garantir a vitória e eliminar o rival de divisão. Ao contrário do time de 2018, os Rams retornam aos playoffs após uma ausência de uma temporada liderados pela defesa. Ofensivamente, o time ainda sofre com muitas oscilações – em especial de Goff. Caso a equipe seja minimamente efetiva no ataque e evite turnovers, os Rams sabem que podem bater de frente com adversários mais fortes graças à qualidade defensiva. No geral, o time ainda inspira mais dúvidas do que certezas para a pós-temporada, o que impede a chance de alcançar uma posição melhor no ranking.
Campanha: 10-6
#15 Arizona Cardinals (posição anterior: #14)
Os Cardinals foram um dos grandes vencedores da offseason com a troca por DeAndre Hopkins. O time oscilou ao longo da temporada, como esperado de uma equipe comandada por um head coach e um quarterback de segundo ano. Arizona teve um desempenho muito melhor com relação a 2019, mas perdeu fôlego na reta final após a lesão de Kyler Murray. Os Cards chegaram muito perto da classificação para os playoffs, mas as derrotas nas últimas semanas custaram caro. Precisando vencer os Rams para garantir a vaga, o time viu uma situação ruim ficar ainda pior ao perder Murray ainda no primeiro drive. Recorrendo a Chris Streveler contra a fortíssima defesa do rival de divisão, os Cardinals não tiveram chances. Murray chegou a voltar no sacrifício para o último quarto, mas já era tarde demais para salvar a temporada. O resultado final certamente é frustrante, mas a franquia de Arizona tem muitos positivos a extrair de 2020. Com mais um ano de experiência, os Cardinals podem voar mais alto em 2021.
Campanha: 8-8
#16 Los Angeles Chargers (posição anterior: #16)
A primeira temporada da era Justin Herbert nos Chargers terminou com muitos pontos positivos. O quarterback demonstrou que será o futuro da franquia, coroando uma temporada histórica ao se tornar o primeiro jogador novato a lançar para 30 touchdowns no ano de estreia. Liderados pelo novato mais uma vez, os Bolts venceram os reservas do Kansas City Chiefs com relativa tranquilidade. A temporada, porém, foi seriamente prejudicada pelas muitas viradas cedidas. A sequência final, com uma série de quatro vitórias, não foi o suficiente para compensar os erros e manter Anthony Lynn no cargo. Com um novo head coach e um dos melhores quarterbacks jovens da NFL, os Chargers encontram-se em ótima posição para vencer. Resta agora superar a sina habitual da franquia.
Campanha: 7-9
#17 Washington Football Team (posição anterior: #17)
A classificação heroica para os playoffs acabou ficando em segundo plano, marcada pelas decisões questionáveis de Doug Pederson durante a partida final. Ainda assim, a semana 17 não apaga tudo o que foi alcançando por Washington na temporada. Batalhando todos os tipos de problema, o time liderado por Ron Rivera se encontrou ao longo do tempo. Enquanto o head coach comandava o time ao mesmo tempo em que batalhava um câncer, Washington ainda ganhou um reforço com o retorno de Alex Smith. E justamente quando tudo parecia caminhar no rumo certo, a equipe da capital precisou lidar com lesões de Smith, Antonio Gibson e Terry McLaurin na reta decisiva. O Football Team chegou à semana 17 precisando apenas do próprio resultado. Independente das atitudes do adversário, Washington conquistou um merecido título de divisão e garantiu a inesperada vaga nos playoffs. Liderados por uma das melhores linhas defensivas da NFL, WFT sabe que o caminho para as vitórias depende do desempenho defensivo. Vencer os Buccaneers na primeira rodada não será uma tarefa simples. Mas conseguir a classificação para os playoffs foi um feito gigantesco em uma temporada extremamente conturbada, marcada desde o início pela mudança de nome da franquia. A posição no top 20 é uma enorme conquista para Washington, que subitamente encontra-se diante de um futuro no mínimo interessante.
Campanha: 7-9
#18 Las Vegas Raiders (posição anterior: #24)
Único time a vencer o Kansas City Chiefs antes da semana 17, os Raiders pareciam destinados a retornar aos playoffs pela primeira vez desde 2016. Mas uma nova implosão em dezembro mais uma vez custou a passagem para a pós-temporada. Sofrendo com uma das piores defesas da NFL na reta final da temporada, Vegas não conseguiu superar os problemas da unidade. O time esteve a uma jogada de sofrer seis derrotas consecutivas, o que reflete muito bem a situação do time na reta final. Em um jogo sem qualquer valor além de salvar minimamente a honra dos envolvidos, os Raiders conseguiram encerrar a temporada com uma vitória. Interrompendo a sequência negativa, a equipe da Sim City retorna ao top 20 para encerrar uma temporada com final decepcionante.
Campanha: 8-8
#19 Minnesota Vikings (posição anterior: #20)
Uma das grandes decepções da temporada, os Vikings cavaram a própria cova após sofrer cinco derrotas nos seis primeiros jogos. O time voltou muito melhor após a bye week, encaixando uma sequência de cinco vitórias em seis jogos antes de perder fôlego na reta final. A tentativa de salvar o ano não foi suficiente. A temporada consagrou Dalvin Cook definitivamente como um dos melhores running backs da NFL, garantindo um pilar para o ataque do time em 2021. Por outro lado, a defesa foi prejudicada pela saída de alguns veteranos e por lesões, afetando o que antes era o ponto forte da equipe. A offseason exigirá um trabalho de recuperação, não só para questões físicas mas também para resgatar a confiança abalada pelos maus resultados. Os Vikings fecham o top 20, retratando a decepção para um time que esteve no top 10 da offseason.
Campanha: 7-9
#20 San Francisco 49ers (posição anterior: #19)
Os atuais vice-campeões da NFL entraram em na temporada com a esperança de subir o último degrau. Mas tudo desandou logo na semana 2 com a lesão de Nick Bosa. Já lidando com lesões importantes durante a encurtada pré-temporada, os Niners logo perceberam que 2020 seria um ano perdido. Mesmo assim, o time não se entregou em nenhum momento. Sofrendo com mais lesões semana a semana, San Francisco ainda bateu de frente contra adversários mais fortes e chegou a ver os playoffs como um sonho distante. No entanto, apesar do espírito combativo, não havia como superar as ausências. O canto do cisne veio na semana 16, com uma vitória que essencialmente eliminou o Arizona Cardinals dos playoffs. Diante dos Seahawks no encerramento da temporada, os Niners novamente não se entregaram. Após liderar o placar durante boa parte do jogo, com apenas seis pontos cedidos, San Francisco não conseguiu segurar a vantagem no último quarto. A temporada foi inegavelmente decepcionante, mas ressaltou a qualidade do trabalho do coaching staff. Em meio a tantos problemas, um lugar no top 20 é quase uma vitória.
Campanha: 6-10
#21 New York Giants (posição anterior: #27)
Os Giants possuem motivos de sobra para questionar a ética dos Eagles. Por outro lado, depender de resultados alheios não costuma ser uma fórmula de sucesso. Vindo de uma sequência de quatro derrotas, o Big Blue precisava vencer o Dallas Cowboys antes de mais nada. O duelo direto garantiria o direito de aguardar o resultado entre Washington e Eagles. Com mais uma grande atuação defensiva e uma tarde ligeiramente melhor do ataque, os Giants fizeram a própria parte. Embora a perda do título da NFC East e da vaga nos playoffs seja frustrante, o time de New York foi uma das gratas surpresas. Em uma temporada que parecia perdida após a lesão de Saquon Barkley logo na semana 2, o Big Blue superou todas as expectativas. Mesmo com uma queda na reta final, causada em grande parte por algumas lesões, os Giants encerram a temporada com uma nota positiva. A melhora é refletida pela posição no ranking, como o primeiro time fora do top 20.
Campanha: 6-10
#22 Dallas Cowboys (posição anterior: #18)
A semana 17 trouxe sentimentos mistos para os Cowboys. Com apenas seis vitórias, o America’s Team teve uma temporada altamente decepcionante. A lesão de Dak Prescott certamente contribuiu para o desempenho, mas não foi o único fator responsável pelo desempenho muito abaixo das expectativas. Porém, Dallas conseguiu encontrar forças para se recuperar na reta final e chegar à última rodada com chances de classificação. Porém, os Cowboys não conseguiram superar a eficiente defesa dos Giants e viram as chances acabarem de forma cruel, com uma interceptação no último lance. Com a renovação de Prescott no horizonte, os Cowboys terão uma offseason extremamente difícil pela frente. A eliminação dos playoffs é apenas o primeiro capítulo de uma longa saga. Depois dos salto na semana 16, Dallas volta a cair e deixa o top 20 na classificação final.
Campanha: 6-10
#23 Carolina Panthers (posição anterior: #21)
A temporada dos Panthers foi marcada por jogos com desempenho melhor do que o esperado e derrotas apertadas. Mas não foi o caso da semana 17. Amplamente dominado pelos Saints, o jovem time de Carolina foi massacrado pelo rival de divisão. O desempenho foi particularmente ruim para os quarterbacks: enquanto Teddy Bridgewater lançou duas interceptações contra o antigo time, P.J.Walker superou o titular e lançou outras três. Com isso, Carolina garantiu um lugar no top 10 do Draft pelo segundo ano seguido. Os Panthers acertaram nas contratações para o coaching staff. Matt Rhule e Joe Brady provavelmente não durarão muito tempo juntos, já que a saída de Brady para um cargo de head coach é apenas questão de tempo. Mas, ao menos para 2021, o time poderá aproveitar mais um ano do ótimo coaching staff, o que certamente cria esperanças de dias melhores.
Campanha: 5-11
#24 New England Patriots (posição anterior: #31)
Era de conhecimento geral que a temporada 2020 seria difícil para os Patriots. Claramente resistindo à ideia de um rebuild, a franquia de maior sucesso da NFL nas últimas duas décadas tentou remendar um elenco para extrair as últimas gotas de sucesso. Não foi possível. Mantendo a fórmula de sucesso na defesa, New England não conseguiu fazer com que o ataque produzisse. Previsível, o time mostrou-se extremamente dependente do jogo terrestre e sem a possibilidade de confiar que Cam Newton, em visível decadência, conseguiria lançar a bola. Restava evitar um desastre ainda maior na semana 17. Em um raro dia produtivo pelo ar, os Patriots evitaram que Bill Belichick terminasse a temporada com dez derrotas. Após adiar ao máximo, os seis vezes campeões não terão outra opção a não ser partir para a reconstrução. Pisando em um território completamente inexplorado pela franquia nos últimos 20 anos, os Patriots ao menos encerram a temporada escapando da incômoda vice-lanterna e entrando no top 25.
Campanha: 7-9
#25 Houston Texans (posição anterior: #30)
Em uma verdadeira lição para um time que se encontra mais abaixo no ranking, os Texans não se entregaram mesmo em um jogo sem qualquer implicações para o time. Lutando bravamente até o fim, Houston voltou a perder para um rival de divisão, mas vendeu caro o resultado. Podendo até mesmo causar uma reviravolta no título da AFC South, os texanos chegaram a passar à frente no placar, mas não tiveram como resistir ao fortíssimo ataque do Tennessee Titans. O resultado garantiu a terceira escolha no Draft de 2021, o que é uma ótima notícia – para o Miami Dolphins, é claro. Os Texans não terão escolhas nas duas primeiras rodadas, apenas ampliando o prejuízo gigantesco da implosão causada por Bill O’Brien. Mesmo após a demissão logo no início da temporada, o ex-HC/GM ainda assombrará a franquia por algum tempo. O consolo vem com a brilhante temporada de Deshaun Watson, a eterna luz no fim do túnel para o time. O espírito de luta apresentado na semana 17 é suficiente para tirar os Texans do bottom 3 e levar a equipe ao fim do top 25.
Campanha: 4-12
#26 Atlanta Falcons (posição anterior: #25)
As Falconizadas ao longo da temporada certamente contribuíram para o resultado final, mas a campanha de 4-12 confirma que a janela está definitivamente fechada para os Falcons. Com um novo head coach e um novo general manager na offseason, Atlanta parece dar os primeiros passos em direção ao rebuild. Tudo indica que a passagem de Matt Ryan pelo time chegou ao fim, encerrando um ciclo de relativo sucesso, mas lamentavelmente marcado pelo colapso no Super Bowl LI. De certa forma, é possível dizer que o rebuild é um necessário recomeço para afastar em definitivo o fantasma do 28-3 que insiste em assombrar a franquia. A derrota para os Buccaneers na semana 17 evidenciou que os Falcons estão longe, muito longe de serem realmente competitivos contra times mais fortes.
Campanha: 4-12
#27 Cincinnati Bengals (posição anterior: #22)
O Cincinnati Bengals poderia estragar a festa do Baltimore Ravens com uma vitória improvável. Mas nem mesmo o embalo de duas vitórias seguidas foi suficiente para tentar qualquer coisa em campo. Em uma das partidas mais desiguais da temporada, os Bengals foram completamente dominados em todos os setores. Enquanto o ataque sequer chegou à marca de 50 jardas aéreas, a defesa foi atropelada e cedeu mais de 400 jardas terrestres. Após alguma empolgação criada pelos resultados positivos, os Bengals sofreram um duro baque e voltaram à realidade do time. A expectativa para 2021 – e não poderia ser outra – é o retorno de Joe Burrow. Para garantir que poderá contar com o quarterback por toda a temporada, Cincinnati precisa urgentemente reforçar a linha ofensiva. Depois de chegar perto do top 20, os Bengals encerram o ranking em uma posição mais condizente com a atual situação da equipe. Mesmo com o franchise quarterback já garantido, o processo de reconstrução ainda demorará mais alguns anos.
Campanha: 4-11-1
#28 Denver Broncos (posição anterior: #28)
Outro time seriamente prejudicado por lesões antes mesmo do início da temporada, os Broncos sabiam que 2020 seria um ano difícil. Mesmo assim, a temporada terminou de forma ainda pior do que o esperado. Em um ano de avaliação, Drew Lock deu motivos de sobra para o front office dos Broncos acreditar que não possui um franchise quarterback. Front office esse que, aliás, terá um novo general manager em 2021 após John Elway abrir mão do cargo voluntariamente. Enquanto o lendário ex-quarterback assume um posto maior na hierarquia da organização, as decisões relevantes para o dia-a-dia do time – incluindo aí o Draft e a free agency – caberão ao novo GM. Dentro de campo, em um jogo sem qualquer relevância, Denver lutou até o fim até ceder uma derrota por um ponto. Desde o título do Super Bowl 50, os Broncos possuem apenas uma temporada com aproveitamento acima de 50% e nenhuma aparição nos playoffs. É justo dizer que a 28ª colocação não reflete apenas a temporada 2020, mas também a situação da franquia nos últimos anos.
Campanha: 5-11
#29 New York Jets (posição anterior: #23)
A empolgação com as duas vitórias seguidas dos Jets foi grande. Mas a semana 17 trouxe o time de volta à Terra. Mesmo chegando em um momento melhor, a Gang Green manteve a rotina contra os Patriots. Apesar de um bom começo, os Jets logo fizeram o pior New England Patriots das últimas duas décadas parecer um time com condições de chegar aos playoffs. Um fim de temporada condizente com um time que chegou perto de integrar o clube do 0-16 antes de vencer jogos suficientes apenas para perder a primeira escolha geral. Como esperado, Adam Gase não resistiu à temporada e acabou demitido. Com a segunda escolha geral e um novo head coach, os Jets terão a chance de reverter a situação da franquia. A Gang Green termina o ano fora do bottom 3 do ranking, o que pode ser considerado uma vitória.
Campanha: 2-14
#30 Detroit Lions (posição anterior: #29)
Os Lions são outro time que encaminha mudanças significativas para 2021. Em busca de um novo head coach e um novo general manager, Detroit também pode ver a saída de Matthew Stafford. Disputando o possível último jogo pelo time, o quarterback ignorou as lesões sofridas nas últimas semanas para entrar em campo na provável partida de despedida. Stafford e os Lions se esforçaram ao máximo para encerrar a temporada com uma vitória, mas a equipe não conseguiu superar o Minnesota Vikings em um duelo sem qualquer implicação. Será mais uma offseason de mudanças e com um lugar no bottom 3. Em outras palavras, tudo normal em Detroit.
Campanha: 5-11
#31 Philadelphia Eagles (posição anterior: #26)
Vamos para 2017. Carson Wentz é o favorito disparado para o prêmio de MVP, mas uma lesão no joelho encerra a temporada do quarterback. Nick Foles substitui o titular com maestria para ganhar o primeiro Super Bowl da história da franquia. Doug Pederson é exaltado como um dos melhores head coaches da NFL, e Howie Roseman é um verdadeiro mago do salary cap. Três anos depois, a relação entre Wentz e Pederson está completamente quebrada e sem possibilidade de restauração. O franchise quarterback está de saída após a pior temporada da carreira, terminando como reserva. Roseman selecionou um quarterback na segunda rodada logo após oferecer um contrato colossal para Wentz, e merece ser considerado um dos principais responsáveis pela controvérsia (além de deixar os Eagles quase US$ 60 milhões acima do cap para 2021). Pederson encerra a temporada com o emprego ameaçado, sendo criticado não só pelo péssimo desempenho em campo mas também por entregar o último jogo da temporada de forma absolutamente explícita. Tudo muda em pouco tempo na NFL, e a situação na Philadelphia é um exemplo perfeito. Em meio a esse turbilhão, os Eagles terminam a temporada com a vice-lanterna do ranking. Os próximos meses serão decisivos para a franquia e para os personagens citados. Não percam as cenas dos próximos capítulos da saga.
Campanha: 4-11-1
#32 Jacksonville Jaguars (posição anterior: #32)
Com a primeira escolha geral já garantida na semana 16, os Jaguars enfim puderam entrar com o intuito de ganhar um jogo. Após sair em desvantagem, Jacksonville tentou reagir – e chegou perto de conseguir a virada. Mas, tanking à parte, os Jaguars demonstraram que as 15 derrotas seguidas não vieram à toa. Esbarrando na própria falta de qualidade, os Jags não conseguiram completar o sweep. A temporada encerrou o ciclo de Doug Marrone no comando do time, que começou com uma promissora aparição na final da AFC e termina de forma igualmente promissora, entregando à franquia a provável escolha de Trevor Lawrence. Em um território mais do que conhecido, os Jaguars fecham o ano com a pior campanha da NFL e fecham o Power Ranking The Playoffs de 2020.
Campanha: 1-15
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