Mock Draft NFL 2020 do The Playoffs: versão #3
Após a primeira onda de free agency, aqui vão os palpites do que pode ocorrer no próximo mês de abril
É, amigos, hora de continuarmos a loucura que é tentar prever o que os times vão fazer no próximo NFL Draft. Mesmo em tempos de Covid-19, o evento será realizado e, após uma agitada free agency, os times têm a última grande chance de melhorar.
O primeiro evento de Las Vegas na NFL será sem a presença de torcedores (igual a um jogo dos Chargers em casa). Considerando a primeira onda de free agency, os Buccaneers agora tentam construir um time para Tom Brady, enquanto Dolphins, Raiders, Jaguars, 49ers e Vikings figuram com mais de uma escolha no primeiro dia.
Fica então, a análise de Fabio Garcia sobre o que ele acredita que pode acontecer no próximo mês de abril. E você, concorda?
(Foto: Reprodução Twitter/LSU Tigers)
MOCK DRAFT NFL 2020: THE PLAYOFFS – versão #3
#1 – Cincinnati Bengals: Joe Burrow (QB – LSU)
O primeiro a subir no barco (e querer pular dele) é o quarterback ex-LSU Joe Burrow. O jogador já afirmou que quer ser selecionado por uma equipe comprometida em disputar Super Bowls, o que está longe da realidade dos Bengals atualmente. Mas ele pode ser o jogador que muda a história da franquia, a qual não vence em pós-temporada desde o início da década de 90.
A seleção faz todo sentido, já que Andy Dalton não consegue mais mover o ataque. Além disto, Burrow é da região de Ohio, logo, há uma identificação com o local. Qualquer escolha diferente do quarterback seria uma surpresa e um erro por parte de Cincinnati. Depois de Burrow, o passo seguinte é melhorar a linha ofensiva.
#2 – Washington Redskins: Chase Young (DE – Ohio State)
De treinador novo, os Redskins vão ter a sorte de ver o melhor jogador da classe inteira cair no colo na escolha de número 2. Chase Young tem condição de transformar a defesa da franquia desde o primeiro jogo, sendo um edge extremamente polido e capaz de mudar partidas em um só lance.
Mesmo que várias das últimas escolhas de primeira rodada de Washington tenham sido direcionadas à linha defensiva, o novo head coach Ron Rivera adoraria contar com o talento de Young. Starter desde o primeiro dia, Young é, pra mim, o melhor prospecto na posição em muitos anos.
#3 – TRADE ALERT!* Miami Dolphins (via Detroit Lions): Justin Herbert (QB – Oregon)
Com a possibilidade iminente de perder o seu quarterback preferido no Draft e muitas escolhas para se reconstruir, os Dolphins gastam um pouco e sobem para garantir Herbert no comando ofensivo da franquia. Nesta projeção, os Lions receberiam escolhas de segundo dia, além, é claro, da escolha número 5 de 2020.
Herbert provou ao longo de sua carreira universitária ter a capacidade de ser um franchise quarterback, e seria o melhor nome da classe se Burrow não tivesse surgido tão bem. Com alta precisão em passes de longas distância, o ex-Ducks pode sim colocar a franquia em um novo patamar e começar de verdade a estruturação para um novo futuro.
*A troca citada é uma simulação feita pelo autor
#4 – New York Giants: Tristan Wirfs (OT – Iowa)
Com uma evidente necessidade de melhorar sua linha ofensiva, os Giants desistem de surpreender no Draft. Após um contrato que rendeu apenas sacks com o left tackle Nate Solder, a equipe tenta prosseguir com a reconstrução. A chegada de Wirfs protege os dois maiores investimentos da franquia: Daniel Jones e Saquon Barkley. Numa classe com muitos talentos na posição de tackle, Wirfs sai em primeiro e com muita justiça.
O Combine talvez tenha sido decisivo para que ele se consolidasse no top 5. Além de demonstrar aptidões físicas incríveis para um jogador do seu tamanho (1,96m; 146kg), Wirfs chega para assumir a posição logo de cara. Depois de ser muito questionado em 2019, Dave Gettleman acerta em cheio neste ano.
#5 – TRADE ALERT! Detroit Lions (via Miami Dolphins): Jeffrey Okudah (CB – Ohio State)
O melhor defensive back da classe – e segundo melhor jogador de todo o Draft na minha opinião – acaba saindo um pouco depois do esperado, mas para o mesmo time. Os Lions trocaram seu cornerback número 1, Darius Slay, para acumular escolhas e continuar seu processo de reconstrução. Mesmo pressionado, Matt Patricia aproveita a chance para pegar um jogador que deve ser um verdadeiro sucesso entre os profissionais (mas ninguém vai lembrar porque vai jogar nos Lions).
Okudah tem todas as habilidades que você espera em um CB. Em Ohio State, se destacou pela forma física que marcava bons recebedores e, mesmo diante de Trevor Lawrence na semifinal, fez um ótimo trabalho. Além de tudo isto, mostra bastante noção quanta à forma de atacar receivers, não tendo cometido qualquer infração enquanto perseguia os rivais em 2019.
#6 – Los Angeles Chargers: Tua Tagovailoa (QB – Alabama)
Nenhum fit, pra mim, é tão perfeito quanto Tua indo jogar na franquia sem torcida de Los Angeles. Todo ano, bons jogadores dos Chargers sofrem com lesões e o time tem um desempenho abaixo do esperado. Neste cenário, eles esquecem isto e selecionam um ótimo QB, mas com problemas para se manter saudável.
Na final universitária contra Georgia em 2017, Tua assumiu o ataque de Alabama para conduzir o time ao título na prorrogação. Naquela partida, o quarterback mostrou ao mundo que pode vencer qualquer adversário, algo que falta num remodelado Chargers. Será que agora vai?
#7 – Carolina Panthers: Derrick Brown (DT – Auburn)
O melhor jogador de interior de linha defensiva acaba em Charlotte. O ex-Tigers teve uma carreira universitária impressionante e deve encontrar poucas dificuldades para causar impacto na NFL. Com a aposentadoria de Kuechly, o time precisa de novas forças defensivas e, já que não há um verdadeiro Luke para esta escolha, resolvem seus problemas de linha com Brown.
Ao longo de 2019, a defesa dos Panthers foi eficaz em sackar QBs. Contudo, por várias vezes parecia perder força ao longo dos jogos e dificilmente combatia a corrida com consistência (143 jardas/jogo). Então, reforçar o miolo da linha tem um efeito imediato, dando uma nova cara para a equipe. Numa divisão com Drew Brees, Matt Ryan e, agora, Tom Brady, uma boa linha defensiva é o passo número 1 para o sucesso.
#8 – Arizona Cardinals: Mekhi Becton (OT – Louisville)
Depois de assaltar sem pena alguma o Houston Texans, os Cardinals estão mais do que bem servidos na posição de wide receiver, o que mudou minha ideia inicial para esta escolha. Após negligenciar sua linha ofensiva e ver isto comprometer a evolução de seu ataque, os Cards mantêm firme o plano de construir o ataque dos sonhos de seu head coach.
Becton é um ótimo prospecto para a posição, sendo muito elogiado por ser absolutamente gigante e conseguir se mover com muita agilidade. Isto proporciona ótimos embates e dificulta a vida do defensive end, já que não poderá vencer unicamente na explosão.
#9 – Jacksonville Jaguars: Javon Kinlaw (DT – South Carolina)
A grande defesa de “Sacksonville” foi responsável por colocar esta franquia na final da Conferência Americana, em 2017. Desde então, o time trocou Calais Campbell (Ravens) e Jalen Ramsey (Rams), além da saída do ótimo Telvin Smith para descansar da NFL por um ano (será que volta?). Provavelmente, Ngakoue também saia antes do kickoff de 2020.
A partir disto, a equipe sabe que a construção de uma boa defesa traz resultados. Recentemente, trouxeram no Draft Myles Jack e Josh Allen. Para completar a nova foto da defesa, o time seleciona Kinlaw com a certeza de que o ótimo jogador pode substituir Campbel. Kinlaw é um prospecto completo e, se sua posição fosse mais valorizada, sairia certamente no top 5.
#10 – Cleveland Browns: Isaiah Simmons (LB – Clemson)
Os Browns tiveram muitos problemas em sua linha ofensiva durante a temporada 2019. Com isto, Baker foi muito pressionado e acabou sofrendo muitos turnovers (ok, alguns foram sem pressão). Na FA, trouxeram Jake Conklin dos Titans, o que ameniza a falta de qualidade numa extremidade da linha, mas perderam Schobert e Kirksey, abrindo um buraco no corpo de linebackers.
Simmons pode alinhar em qualquer posição do campo, tendo jogado em Clemson desde defensive end até snaps como safety. Isto permitiria maior variabilidade de jogadas à defesa dos Browns, utilizando a versatilidade do ótimo jogador como arma principal para evoluir a unidade.
#11 – New York Jets: Jedrick Wills (OT – Alabama)
Aqui haverá minutos de tensão, pois nenhum wide receiver foi selecionado e os Jets poderiam cair na tentação. Mesmo assim, o time resolve selecionar um ótimo jogador que preenche uma lacuna gigante entre os titulares. A seleção de Wills é um presente para Bell e Darnold, que teriam um pouco mais de qualidade ao redor.
Nos tempos de Bama, Wills era uma das forças da equipe, principalmente na temporada 2019 quando foi absolutamente dominante. É preciso lembrar que ele jogou de RT com Tua, um QB canhoto, ou seja, protegia o lado cego do jogador. O bom trabalho de mãos deve ser o desatque de Wills, que deverá usar isto para bater os edges rushers e afastar Sam Darnold de sair beijando por aí…
#12 – Las Vegas Raiders: CeeDee Lamb (WR – Oklahoma)
Após a loucura de Antonio Brown, os Raiders ficaram sem um WR número 1, o que virou uma obsessão para esta offseason. A primeira seleção da história do Las Vegas Raiders será do melhor wide receiver da classe, muito ajudado por conta da estupidez de Bill O’Brien.
Lamb parece não ter defeitos em seu jogo. É capaz de correr qualquer rota, tem ótimo catch, consegue muita separação de seus marcadores e costuma ganhar jardas após receber os passes. O receiver de Oklahoma chega e assume o posto de alvo número 1 de Derek Carr (ou deveríamos dizer Marcus Mariota?).
#13 – San Francisco 49ers (via Indianapolis Colts): Jerry Jeudy (WR – Alabama)
Se você não conhece este jogador, eu lhe diria que, basicamente, é uma cópia de Amari Cooper quando saiu da mesma universidade. Jeudy é até um pouco melhor, porque parece ter uma recepção mais refinada, algo que prejudica Cooper até hoje.
Com a escolha vinda do Indianapolis Colts, os Niners melhoram sensivelmente seu grupo de recebedores, colocando um ponto de exclamação na vontade de voltar ao Super Bowl. Jeudy mostrou bastante qualidade correndo rotas para dentro (in, slant), que são as únicas que Jimmy Garoppolo acerta, então ele deve ser um sucesso em San Francisco.
#14 – TRADE ALERT! New England Patriots (via Tampa Bay Buccaneers): Jordan Love (QB – Utah State)
Aqui, mais momentos de tensão. Enquanto muitos adversários comemoram a saída do ídolo máximo Tom Brady, os Patriots já estão focados no futuro, e isso requer a seleção de um novo jogador para comandar o ataque. Infelizmente para Love, ele tem a maior pressão que já existiu sobre um rookie: substituir o QB mais vencedor da história.
Love é um quarterback com bastante qualidade e pode dar muito certo na NFL, embora ainda não pareça pronto para jogar desde a primeira semana. Nas mãos de Bill Belichick, o jogador se desenvolveria rapidamente e poderia ser uma solução ótima para um problema que a franquia nem lembrava que poderia existir. A dinastia realmente acabou?
#15 – Denver Broncos: Henry Ruggs (WR – Alabama)
Os Broncos carecem de uma opção de velocidade na posição de wide receiver, então é hora de Elway acertar no Draft. Ruggs correu 40 jardas em 4,28 no Combine, e disse que poderia ter sido ainda melhor. Com isto, o campo seria automaticamente alongado, dando mais uma opção para Drew Lock.
Por conta de ter três recebedores com calibre de primeira rodada no mesmo time, Ruggs talvez não tenha produzido tanto quanto poderia, o que não vai se repetir em Denver. Com Courtland Sutton no lado oposto, Ruggs não deve ter dificuldade de bater o CB2 adversário e aparecer livre para recepções.
#16 – Atlanta Falcons: K’Lavon Chaisson (EDGE – LSU)
Uma das piores defesas atacando os quarterbacks adversários em 2019 foi a dos Falcons, evidenciando a necessidade em melhorar seu pass rush. O time viu Vic Beasley, melhor sackador da NFL em 2016, sair de graça, após não conseguir repetir as atuações daquele ano. Para seu lugar, trouxe Dante Fowler, ex-Rams, que ajuda, mas não resolve o problema.
Chaisson não é um prospecto que valha a escolha 16 na minha opinião, mas o valor da posição e o título nacional acabam contribuindo para o jogador sair antes do que deveria. De toda forma, acredito que ele possa contribuir bastante e melhorar a defesa, mas ainda precisa trabalhar um pouco a forma como sai dos bloqueios para ser um sucesso absoluto na liga.
#17 – Dallas Cowboys: Kristian Fulton (CB – LSU)
A defesa dos Cowboys foi um dos pontos fortes na campanha de 2018, mas que não se repetiu da mesma forma na última temporada. Mesmo com a presença de DeMarcus Lawrence, Leighton Vander-Esch e Jaylon Smith, a equipe falhou nos jogos decisivos pela ausência de talento na secundária.
Fulton é tido por muitos como o melhor talento na posição depois de Okudah, e chega para ser reposição à saída de Byron Jones. Com grande destaque em marcações individuais, Fulton chegaria para assumir a posição de CB1 em Dallas e enfrentar o melhor receiver do adversário. Ainda que possa melhora sua técnica de tackle, é um ótimo marcador que pode dificultar a vida de qualquer WR.
#18 – Miami Dolphins (via Pittsburgh Steelers): Andrew Thomas (OT – Georgia)
Depois de tantos anos de insucesso em seu ataque, os Dolphins enfim começam a acertar. A adição de Jordan Howard resolve a função de running back, enquanto Herbert chegou para ser o QB. Com isto, hora de repor a saída de Tunsil, protegendo o quarterback.
Thomas vem de um programa acostumado a playbooks que favoreçam a corrida, então se tornou um bloqueador eficaz nos tempos de Bulldogs. Mesmo assim, mostrou bastante habilidade e técnica para formar o pocket e impedir sacks em seu QB. Por mais incrível que possa parecer, os Dolphins acertam mais uma vez.
#19 – TRADE ALERT! New Orleans Saints (Oakland Raiders): Tee Higgins (WR – Clemson)
Eu queria selecionar um psicólogo para os Saints, porque não é possível chegar à pós-temporada com tanto hype e sempre perder de formas incríveis. Depois de ceder o “Milagre de Mineápolis”, a virada para os Rams na final da NFC, a equipe foi derrota por Kirk Cousins em casa – meu Deus!
Para conseguir dar outro anel a Drew Brees, os Saints vão encontrar um recebedor, já que Michael Thomas não pode receber ainda mais passes do que já recebe. Higgins vem de um programa forte e está acostumado a decisões. Com boa estatura e habilidade para receber, o produto de Clemson será o WR2 do melhor recebedor da NFL, tendo tempo para melhorar suas rotas e formar uma dupla incrível com Thomas.
#20 – Jacksonville Jaguars (via Los Angeles Rams): CJ Henderson (CB – Florida)
A troca de Jalen Ramsey deixou um buraco na secundária dos Jags, transformando uma posição de grande importância em necessidade absoluta. Henderson vem de uma escola de ótimos defensores, demonstrando ótimas aptidões físicas e tido, por muitos, como o segundo melhor cornerback da classe.
O grande problema para ex-Gators é a missão difícil de substituir um dos melhores CBs da NFL. Mesmo assim, ele provou que tem ótima capacidade de marcação individual e pode sim ser um bom jogador na NFL. É preciso lembrar que AJ Bouye também não joga mais em Jax, então Henderson é uma escolha obrigatória por aqui.
#21 – Philadelphia Eagles: Jalen Reagor (WR – TCU)
Após sofrer com muitos problemas na posição, os Eagles precisam melhorar seu corpo de recebedores. Ainda que conte com um dos melhores TE da liga, isto não basta para avançar a equipe no campo. Embora o time precise melhorar sua secundária também, a chegada de Slay diminui a necessidade de investir tão alto na posição.
Reagor caiu um pouco após o Combine, por não apresentar números conforme o esperado. Mesmo assim, não podemos ignorar sua produção em campo durante os tempos de Horned Frogs. Um jogador bastante veloz e com mãos muito confiáveis seria o ideal para dar chances a Carson Wentz repetir 2017.
#22 – Minnesota Vikings (via Buffalo Bills): Justin Jefferson (WR – LSU)
Com a troca do dramático Stefon Diggs, os Vikes receberam esta escolha. Assim, o time não deixa chance de passar um novo recebedor e já ocupa o espaço deixado por Diggs. Para isto, seleciona um dos alvos favoritos de Joe Burrow na campanha do título em 2019.
Com grandes atributos físicos, Jefferson foi um dos destaques no ataque dos Tigers, ao lado de Ja’Marr Chase (que não está neste Draft). Com uma boa capacidade de criar separação, Jefferson pode ser encontrar muitos espaços enquanto Thielen ocupa o melhor cornerback adversário.
#23 – TRADE ALERT! Tampa Bay Buccaneers (New England Patriots): Jonathan Taylor (RB – Wisconsin)
Depois de garantir Tom Brady, o time assegura um RB para assumir de vez o posto de número 1 na equipe. Há muitos anos os Bucs não têm corridas consistentes, então é justamente nesta escolha que o time resolve o antigo problema. Além disto, dá mais armas para Brady tentar colocar a franquia da Flórida nos playoffs novamente.
Taylor foi um jogador incrível nos tempos de Badgers, inclusive concorrendo ao prêmio de melhor jogador do ano (vencido por Burrow). Na offseason, trabalhou muito para aumentar sua capacidade de recepção, tornando seu jogo mais completo e um fit incrível para o novo quarterback da franquia.
#24 – TRADE ALERT! Las Vegas Raiders (via Chicago Bears): Xavier McKinnney (S/CB – Alabama)
Depois de uma ótima free agency, em que melhoraram muitas posições do grupo, os Raiders precisam urgente resolver seus problemas de secundária. McKinney chegaria para dar uma versatilidade que, hoje, não existe no grupo de defensores.
Em Bama, exerceu função de cornerback, safety e linebacker, com ótimas atuações quando era responsável pelos slots. A experiência de utilizar LaMarcus Joyner como nickel não deu certo, então os Raiders colocam ele de free safety e trazem McKinney para a posição.
#25 – Minnesota Vikings: AJ Epenesa (DE – Iowa)
Quando os mocks começaram a ser escritos, este era tido como um jogador muito próximo aos melhores de linha defensiva. Contudo, um Combine ruim acabou afetando sensivelmente sua posição nos boards, tirando ele dos primeiros 20 selecionados.
Epenesa seria o ideal defensive end em um sistema 34, mas nas mãos de Mike Zimmer, teria tudo para se desenvolver e contribuir bastante ao lado de Danielle Hunter. Com a saída de Everson Griffen, a posição de end na defesa precisa ser endereçada e o ex-Hawkeyes é o melhor jogador disponível.
#26 – Miami Dolphins (via Houston Texans): Kenneth Murray (LB – Oklahoma)
De uma forma absolutamente incrível, os Dolphins passaram de piada à franquia que pode selecionar o melhor disponível sem necessariamente endereçar uma need. Depois de selecionar seu QB e o OT para protegê-lo, a franquia da Flórida escolhe o melhor jogador disponível.
Murray é um ótimo linebacker, com boa capacidade de leitura e ocupação de gaps. Ao longo de sua carreira nos Sooners, desenvolveu sua liderança e é tido por muitos como um modelo de prospecto, demonstrando inteligência dentro e fora de campo. Os Dolphins vão disputar a AFC East com boas chances…
#27 – Seattle Seahawks: Cesar Ruiz (IOL – Michigan)
Vamos apenas repetir o que todo ano dizem: tá na hora de proteger Wilson! A linha dos Seahawks é negligenciada há muitos anos, e, neste Draft, o time ficaria em boa condição de selecionar o melhor prospecto de interior de linha ofensiva.
Ruiz jogava na posição de center quando alinhava pelos Wolverines, mas pode ser um bom guard na NFL. O sucesso de Seattle na última temporada veio com ótimo jogo terrestre e milagres de seu QB. Para facilitar um pouco isto, a adição de Ruiz dá uma chance maior de sucesso na divisão mais difícil da liga.
#28 – Baltimore Ravens: Patrick Queen (LB – LSU)
Com uma carreira universitária discreta até então, o linebacker dos Tigers viu tudo isto mudar em 2019. Assumiu o posto de líder defensivo e foi evoluindo sensivelmente durante o ano, terminando como um dos prospectos mais interessantes da defesa que ajudou bastante no título nacional.
O jogo corrido foi a grande força dos Ravens durante 2019, mas também acabou sendo a forma como foram eliminados. Os Titans correram durante o duelo inteiro e não deixaram chances para a defesa de Baltimore. Com a chegada de Queen, correr contra esta equipe fica bem mais complicado, até mesmo pela combinação com os ótimos reforços defensivos (Brockers e Campbell) da free agency.
#29 – Tennessee Titans: Ezra Cleveland (OT – Boise State)
A saída de Conklin não teve reposição através de contratações, então o Draft precisa resolver este problema. Apesar de Henry realmente esconder os problemas da OL, a unidade foi uma das piores da liga, cedendo sacks e hits em seus quarterbacks durante toda a temporada.
Cleveland jogou na defesa durante seu High School, além de ter uma bela história no wrestling. Isso lhe dá força e mobilidade para enfrentar o contato agressivo dos ends adversários. Além disto, o jogador conta com experiência de ser titular nas últimas três temporadas, protegendo o lado cego do quarterback.
#30 – Green Bay Packers: Denzel Mims (WR – Baylor)
Na última temporada, Davante Adams se lesionou e Aaron Rodgers ficou absolutamente abandonado. Não fosse por uma temporada de exceção de Aaron Jones, a equipe teria tido muitas dificuldades para avançar no campo. A falta de recebedores não pode durar mais, e Rodgers, digo, Brian Gutekunst escolhe um ótimo prospecto.
Mims é um pouco subestimado por não vir de programas tão fortes quanto os demais receivers selecionados acima, mas me parece uma injustiça demorar tanto para selecionarem ele. Sua combinação de força e velocidade está bem acima da média, e eu adoraria ver Adams alinhar no slot ao lado dele. Hora de dar armas para Rodgers.
#31 – TRADE ALERT! Los Angeles Chargers (via San Francisco 49ers): Josh Jones (OT – Houston)
Depois de garantir Tua Tagovailoa, o time precisa repor a saída de Okung. Na free agency, boas adições defensivas colocam a unidade em segundo plano no Draft, deixando óbvia a necessidade de melhor a proteção ao quarterback. Bulaga chegou dos Packers, mas não é uma solução a longo prazo.
Jones não é um jogador pronto, o que o torna ainda mais correto para os Chargers. Em 2019, é possível ver uma evolução significativa entre seu primeiro e último jogo. Com a presença de Bulaga, Jones poderia melhorar seu footwork e virar uma peça confiável por muitos anos em Los Angeles.
#32 – Kansas City Chiefs: Yetur Gross-Matos (EDGE – Penn State)
Quem tem Patrick Mahomes, tem tudo. Mas por que dificultar tanto a vida do jovem quarterback se podemos dar uma defesa para que ele não precise resolver tudo sozinho? O pass rush dos Chiefs pode ser muito melhor, e a chegada de Gross-Matos ajudaria demais os atuais campeões.
Mesmo com a presença de Frank Clark, a franquia do Missouri (ouviu, Trump?) deve melhorar seu pass rush, tornando-se ainda melhor e reafirmando seu favoritismo à conferência. Com uma bela carreira pelos Nittany-Lions, este defensive end deve ser um problema para qualquer coordenador ofensivo vencer.
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