Mock Draft NFL 2019 do The Playoffs – versão consensus
Nesta versão de mock, nós reunimos os favoritos a cada escolha de primeira rodada de acordo com os principais analistas
Montar um consensus mock draft é um desafio, mas também uma ótima ferramenta para perceber tendências: juntando as visões de vários analistas, entendemos se a nossa visão está clara, quais são as opções que cada time tem a depender dos cenários, entender quem pode surpreender e aparecer no primeiro round ‘do nada’, quem pode cair para a sexta-feira. Isso não minimiza a dor de cabeça e o temor de que, espalhado por diversas posições, um determinado jogador fique de fora, apesar da certeza de que ele conhecerá sua futura franquia na quinta-feira (25).
Neste ano, ao menos o último temor não ocorreu. Escolhi oito relevantes analistas, montei a lista de escolhas de cada um e vi quem tinha maioria. Será que você vai surpreender-se? Todos os mocks analisados foram feitos após 11 de abril (ou seja, com menos de duas semanas para o Draft), com o desempate em caso de igualdade nas escolhas para o mesmo time cabendo a este humilde escriba.
Como em nenhuma escolha as trocas foram maioria, não há nenhuma incluída além das já definidas. Ah sim, os drafts analisados: Walter Cherepinski e Charlie Campbell, do Walterfootball.com, Chad Reuter e Daniel Jeremiah, do NFL.com, Ryan Wilson, Chris Trapasso e Will Brinson, do CBS.com, além do site drafttek.com.
Curioso? Vamos à lista.
(Foto: Rich Graessle/Icon Sportswire via Getty Images)
CONSENSUS MOCK DRAFT NFL 2019: THE PLAYOFFS
#1 – Arizona Cardinals: Kyler Murray (QB – Oklahoma)
Não há muito sentido em utilizar duas escolhas de primeiro round em quarterbacks em anos consecutivos. No entanto, o novo regime parece decidido a comprar o hype de Murray. A expectativa é de que o jogador de Oklahoma, que quase virou jogador de beisebol, reconduza a franquia aos playoffs.
#2 – San Francisco 49ers: Nick Bosa (EDGE – Ohio State)
Os 49ers já reforçaram a posição com a chegada de Dee Ford, mas Bosa tem muito talento para que a franquia da Califórnia deixe passar. Com poucas opções de qualidade, especialmente no ataque, este Draft pode fazer com que outras equipes também busquem ‘o melhor jogador disponível’, mantendo a tese de que nunca é demais reforçar sua fortaleza.
#3 – New York Jets: Josh Allen (OLB – Kentucky)
A chance de um trade down é grande mas, se os Jets não encontrarem uma franquia que pague o preço exigido, a alternativa é reforçar o grupo de linebackers com um jogador extremamente versátil, dublê de OLB e EDGE, que pode atuar na cobertura ou perseguir o quarterback e que já desperta comparações com nomes como Leonard Floyd e Zack Cunningham.
#4 – Oakland Raiders: Quinnen Williams (DT – Alabama)
Williams e Bosa são os dois maiores talentos defensivos do Draft, e se Joe Gruden e Mark Mayock superarem a tendência de selecionar um quarterback, a escolha do defensive tackle de Alabama, rápido e um pesadelo para os quarterbacks rivais, pode ser um passo no rumo da difícil (quase impossível) missão de substituir Khalil Mack.
#5 Tampa Bay Buccaneers: Ed Oliver (DT – Houston)
Os Buccaneers têm muitas necessidades e um novo regime no comando, mas a possibilidade de recrutar um monstro, defensivamente falando, pode ser muito boa para ignorar. Apesar da lesão no último ano do college, o defensive tackle chega aos Bucs para montar uma das melhores linhas da NFL ao lado do segundo-anista Vita Vea.
#6 New York Giants: Rashaan Gary (DE – Michigan)
Um bom pass rush é fundamental para o sucesso na NFL, e deixando (ao menos por enquanto) de lado a necessidade de encontrar o substituto do interminável Eli Manning, a franquia de Nova York vai atrás de um especialista defensivo, tirando do board um dos jogadores que mais cresceu nas semanas anteriores ao Draft.
#7 Jacksonville Jaguars: Jawaan Taylor (OT – Florida)
Essa é uma das escolhas que mais consenso gera nos Estados Unidos. Além de suprir uma das enormes lacunas dos Jaguars, Taylor cresceu e estudou no estado, tem muitos fãs e faz sentido também do ponto de vista de marketing. Proteger seus ativos é fundamental na NFL, e para que Jacksonville sonhe com qualquer coisa, Nick Foles precisa de ajuda da linha ofensiva.
#8 – Detroit Lions: Montez Sweat (DE – Mississippi St.)
Sweat decolou após um Combine fantástico, e sua projeção disparou nas semanas anteriores ao Draft. Extremamente rápido, Sweat fará com que muitos torcedores recordem-se de Ezekiel Ansah, com a diferença de que chega à NFL mais experiente do que o antecessor, montando uma ótima linha defensiva na Motown.
#9 Buffalo Bills: TJ Hockenson (TE – Iowa)
Josh Allen só pode produzir se contar com alvos. Independente da qualidade do jogo aéreo que demonstrou em sua primeira temporada, o quarterback parece ser o futuro dos Bills pelos próximos anos, e ganharia agora um novo brinquedo. Hockenson também ajudará demais a linha ofensiva, protegendo o QB e abrindo espaços para o jogo corrido.
#10 Denver Broncos: Drew Lock (QB – Missouri)
Joe Flacco é uma ponte para o futuro, e os Broncos deixam isso claro ao escolher um quarterback com braço poderoso (e que agradecerá por jogar na altitude), mas com muita margem para evolução. Semelhante ao que ocorreu com Patrick Mahomes, Lock pode ficar no banco na primeira temporada, desenvolvendo seu jogo para assumir o comando do ataque em 2020.
#11 – Cincinnati Bengals: Devin White (ILB – LSU)
Um quarterback também faria sentido, mas os Bengals certamente comemorarão a escolha de um jogador tão atlético quanto White, que é capaz de cobrir o jogo aéreo e é ótimo contra corridas. A escolha provaria o acerto da decisão do defensor, que voltou para o ano de 2018 no college, rejeitando o Draft, e parece ter garantido seu nome entre as 15 primeiras escolhas em 2019.
#12 – Green Bay Packers: Devin Bush (LB – Michigan)
Aaron Rodgers certamente espera dormir na quinta-feira com um novo alvo ou mais ajuda para sua proteção, mas neste cenário, quem ganha é a defesa, reforçada com um dos jogadores mais rápidos da classe. Bush galgou posições após um 40-yard dash sensacional no Combine, e pode brilhar a partir do lado fraco, fechando o jogo corrido e auxiliando contra os passes.
#13 – Miami Dolphins: Dwayne Haskins (QB – Ohio St.)
Ryan Tannehill é passado e uma das franquias mais confusas da NFL precisa achar seu novo comandante. Mesmo caindo muito desde o final da temporada 2018. Haskins ainda é visto como um dos melhores QBs da classe, e pode provar-se um achado se tiver tempo para encontrar a constância que foi o maior problema demonstrado durante a carreira no college.
#14 – Atlanta Falcons: Jonah Williams (OT – Alabama)
Proteger Matt Ryan é a chave para que os Falcons tenham qualquer chance na forte NFC South, e se falta tamanho para Jonah Williams, ele compensa com ótima técnica de mãos e muita inteligência. A posição de left tackle é uma possibilidade mas, caso o calouro não tenha sucesso, é versátil o suficiente para atuar muito bem como left guard.
#15 –Washington Redskins: Daniel Jones (QB – Duke)
Praticamente o mesmo cenário dos Broncos. O retorno de Alex Smith aos gramados é no mínimo duvidoso e Case Keenum não é a solução no longo prazo. De acordo com a imprensa, o staff de Jay Gruden gostou de Jones, que tem boa leitura de jogo, é preciso nos passes e movimenta-se bem dentro do pocket, qualidades que poderá desenvolver sem a pressão de ser titular no primeiro ano.
#16 – Carolina Panthers: Clelin Ferrell (EDGE – Clemson)
Campeão nacional universitário, Ferrell foi o Defensive Player of the Year da ACC, e cairá como uma luva em uma franquia que deve optar pelo melhor jogador disponível, independente da posição. Muito habilidoso, ele não tem problemas para livrar-se dos oponentes, e venceu a batalha com Jonah Williams no duelo entre Clemson e Alabama.
#17 – New York Giants (via Cleveland Browns): Greg Little (OT – Ole Miss)
Nate Solder não mostrou, nos Giants, o desempenho que o consagrou como um dos melhores jogadores de linha ofensiva da NFL e, sem o quarterback do futuro, a franquia de Nova York utiliza a escolha que recebeu do Cleveland Browns para reforçar a proteção a Eli Manning, escolhendo para a missão um jogador talentoso e com potencial para atuar como left tackle, mas que ainda precisa evoluir.
#18 – Minnesota Vikings: Cody Ford (OL – Oklahoma)
Quando seu quarterback vale mais de US$ 80 milhões, você tem a obrigação de proteger bem o investimento. Parece claro que a escolha aqui será por um jogador de linha ofensiva, e Ford está na briga graças à habilidade de atuar como guard ou tackle, ao ótimo jogo de pés e atleticismo e à capacidade de bloquear os pontos de ataque da linha defensiva.
#19 – Tennessee Titans: Brian Burns (DE/LB – Florida State)
Burns é um enigma, com alguns olheiros questionando a falta de força e a capacidade inferior de parar o jogo corrido, mas o ótimo desempenho desde 2016 e a habilidade para incomodar e derrubar quarterbacks adversários é bem vista por muitos. Uma temporada aprendendo com Cameron Wake e o jovem pode evoluir muito até assumir de vez como titular em 2020.
#20 – Pittsburgh Steelers: DeAndre Baker (CB – Georgia)
O elenco dos Steelers tem mais necessidades do que a posição de escolha indica, e uma delas é encontrar um parceiro para Joe Haden. Baker chega para ser titular na vaga de Artie Burns graças ao blend de atleticismo e velocidade, o que ajuda a impedir a separação dos wide receivers e será fundamental em uma divisão que inclui A.J. Green e Odell Beckham Jr.
#21 – Seattle Seahawks: A.J. Brown (WR – Ole Miss)
Poucos esperam que A.J. Brown seja o primeiro WR escolhido, e este cenário ocorre em parte pela divisão de indicações para D.K. Metcalf, mas o talento do jogador de Ole Miss é inegável. O novo brinquedo de Russell Wilson é veloz, joga bem como slot e pode atuar também nas laterais, encontrando buracos na cobertura e dividindo com Doug Baldwin a atenção da defesa.
#22 – Baltimore Ravens: D.K. Metcalf (WR – Ole Miss)
Lamar Jackson fez fama em Maryland com os pés, e se não receber armas para demonstrar que pode ser um QB completo, dificilmente terá vida longa na NFL. Os Ravens trazem o recebedor mais marcante do Combine, que tem tudo para tornar-se ótima arma em passes em profundidade, mas que ainda deve evoluir muito na identificação das rotas.
#23 – Houston Texans: Andre Dillard (OT – Washington State)
Sacks sobre Deshaun Watson são uma frequente em qualquer jogo do Houston Texans, e é fundamental que a franquia proteja melhor seu QB. Isso justifica a chegada de Dillard, jogador muito ágil e que tem facilidade no bloqueio em jogadas de passe, exatamente o que a franquia da AFC South precisa para que seu ataque brilhe ainda mais.
#24 – Oakland Raiders (via Chicago Bears): Josh Jacobs (RB – Alabama)
Jacobs é o único running back que pode ser selecionado ainda na quinta-feira, e a escolha aqui faz muito sentido, uma vez que Marshawn Lynch não renovou e os Raiders não contam com uma grande opção no jogo corrido. Sem histórico de lesões, ele é considerado um jogador que combina rapidez, força e a inteligência necessária para achar as melhores rotas.
#25 – Philadelphia Eagles: Chris Lindstrom (OG – Boston College)
Lindstrom chega aos Eagles com a possibilidade de atuar como titular de forma imediata, especialmente como guard na vaga de Brandon Brooks, caso este não recupere-se de lesão. O ótimo uso das mãos contra o pass rush e o atleticismo fazem dele uma ótima opção e, em uma franquia que não tem tantas necessidades, uma ótima aposta.
#26 – Indianapolis Colts: Dexter Lawrence (DT – Clemson)
A defesa dos Colts surpreendeu na última temporada, e a franquia aproveita para reforçar o quadro com um parceiro para Denico Autry. Lawrence foi campeão nacional com Clemson, mas ao testar positivo no antipoding, perdeu os jogos contra Notre Dame e Alabama, e talvez tenha complicado sua situação, mas ainda é uma boa opção para o fim do primeiro round.
#27 – Oakland Raiders (via Dallas Cowboys): Garrett Bradbury (C – N.C. State)
Seja Derek Carr, seja um novo QB mais do agrado de Joe Gruden, os Raiders podem melhorar a proteção ao comandante do ataque, e Bradbury demonstrou ser a melhor opção desta classe quando o assunto é center, com a possibilidade também de atuar nas demais posições da linha ofensiva.
#28 – Los Angeles Chargers: Byron Murphy (CB – Washington)
Um ótimo companheiro para Casey Heyward, aumentando a qualidade da secundária dos Chargers. Murphy não é muito alto e tampouco é um dos cornerbacks mais rápidos da NFL, mas consegue atuar tanto no meio de campo como perto das laterais e conta com muito instinto, o que gera alto número de passes desviados e interceptações.
#29 – Kansas City Chiefs: Greedy Williams (CB – LSU)
Os Chiefs precisam de reforços para a defesa, que sofreu um pequeno desmanche na intertemporada, e podem começar o ano com Williams acompanhando Kendall Fuller e Breshaud Breeland como cornerbacks. O jogador de LSU precisa ganhar peso e ainda é cru, mas tem o talento suficiente para justificar a escolha de primeira rodada no futuro.
#30 – Green Bay Packers (via New Orleans Saints): Noah Fant (TE – Iowa)
Rodgers finalmente ganha o novo brinquedo que tanto esperou. Com Jimmy Graham na parte decrescente da carreira, os Packers apostam em um novo tight end, um recebedor extremamente atlético e que pode brilhar em formações com dois ou três TEs para, no futuro, assumir como titular da franquia nesta posição.
#31 – Los Angeles Rams: Jeffery Simmons (DT – Mississippi State)
Simmons é extremamente talentoso e, ainda que existam outras necessidades no elenco de Los Angeles, a possibilidade de selecionar um parceiro para Aaron Donald faz com que ele seja a penúltima escolha do primeiro round, aumentando o pesadelo para os quarterbacks adversários cada vez que encontrarem os Rams.
32 – New England Patriots: Parris Campbell (WR – Ohio State)
O corpo de recebedores de New England é cada vez mais fraco e, mesmo com a chegada de Demaryius Thomas, as saídas de Chris Hogan e Rob Gronkowski não foram supridas. Campbell tem talento suficiente para ser o principal alvo das big plays dos Patriots ao lado de Julian Edelman, desafogando o veterano wide receiver e atraindo ao menos em parte a atenção da defesa.
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