FLASHBACK: Como os Patriots venceram os Rams no primeiro Super Bowl da ‘era Brady’
Brady era apenas um menino quando liderou New England diante do então time de St. Louis; relembre
O time de um quarterback lendário, com números espetaculares e campanhas de destaque nos anos anteriores era o favorito nas casas de apostas para conquistar o Super Bowl XXXVI, em 3 de fevereiro (sim, a data é a mesma) de 2002, entre o então St. Louis Rams e o New England Patriots: ao contrário dos dias de hoje, a confiança toda estava para o lado dos carneiros.
Os Rams terminaram a temporada regular da temporada de 2001 da NFL com a melhor campanha. Liderados por Kurt, a franquia seria conhecida pelo nome “The Greatest Show on Turf” (O Maior Show em Campo, em tradução livre), campeã do Super Bowl XXXIV na temporada 1999, teve 14 vitórias e apenas duas derrotas naquele ano. Nos playoffs, passou com facilidade pelo Green Bay Packers (45 a 17) e bateu o Philadelphia Eagles na final da NFC por 29 a 24 para chegar ao Super Bowl.
Já New England, com campanha 11-5, sofreu um pouco mais. Comandada já pelo técnico Bill Belichick, a franquia teve que trocar de quarterback logo na semana 2, uma derrota por 10 a 3 para o rival New York Jets: Drew Bledsoe se machucou após um tackle do linebacker Mo Lewis e deu lugar ao jovem Tom Brady, selecionado na sexta rodada do Draft de 2000.
Com Brady e uma defesa forte, os Pats conquistaram a AFC Leste com uma campanha 11-5, garantindo vaga direta na rodada divisional, onde bateram o Oakland Raiders por 16 a 13 em um jogo polêmico, em que os torcedores de Oakland reclamam até hoje de um fumble não marcado forçado pelo CB Charles Woodson em cima de Brady. Na final da AFC, a defesa dos Pats deu novamente o ar de sua graça, ao ajudar na vitória por 13 a 5, que levou a equipe a Nova Orleans para tentar pela terceira vez a conquista do Super Bowl (os Patriots perderam para os Bears em 1985 e para os Packers em 1996).
Brady não estava confirmado como titular na semana do jogo, no dia 3 de fevereiro de 2002, meses depois do ataque de 11 de setembro. Bledsoe, já recuperado, jogou a maior parte da final da AFC como titular, após Brady lesionar o joelho, mas Belichick resolveu bancar o segundanista como titular. Os Rams eram os favoritos nas casas de apostas de Las Vegas.
O Super Bowl foi disputado do início ao fim. Os Rams, campeões dois anos antes, tinham Kurt Warner no comando do ataque, mas viram seu quarterback ser interceptado no segundo período pelo CB Ty Law, que correu para a end zone. Outro turnover de St. Louis, um fumble, colocou Brady em ótima posição para lançar David Patten na end zone, dando uma vantagem de 14 a 3 para os Pats antes do intervalo.
Os Rams reagiram no segundo tempo e anotaram dois touchdowns, um no terceiro quarto e um a 1m30 do fim da partida. Como New England havia anotado um field goal, o placar estava 17 a 17. Sem tempos para pedir e como um veterano, Brady conduziu a equipe até a linha de 30 jardas do campo adversário, deixando Adam Vinatieri em ótimas condições para chutar o field goal que garantiu o primeiro título da franquia.
Depois deste jogo, os Rams desmontaram o timaço que encantou a NFL por três anos. Warner deixaria St. Louis em 2004 e queimaria lenha até 2009, atingindo o Hall da Fama da liga. Em 2016, após anos decepcionantes, os Rams saíram de St. Louis e voltaram para Los Angeles, de onde haviam saído em 1994. Já os Patriots…
A dinastia de Brady e Belichick se seguiria nos anos seguintes. Campeões das temporadas de 2003 e 2004, os Pats sofreram duras derrotas para o New York Giants nas temporadas de 2007 e 2012. Mas voltariam a conquistar o Super Bowl nas temporadas de 2014 e 2016. A final desta vez pode fazer um time que não tinha nenhum Troféu Vince Lombardi até a chegada da dupla, o maior campeão do Super Bowl, junto do Pittsburgh Steelers.
(Fotos: Divulgação NFL; Sporting News/Sporting News via Getty Images)