[ESPECIAL] Mock Draft NFL 2019 do The Playoffs #8
Em pouco mais de uma semana, conheceremos as seleções de cada franquia e tentamos prever o que seu time fará
Faltando pouco mais de uma semana para o NFL Draft 2019, a equipe The Playoffs apresenta mais uma versão do Mock Draft. Após sete redatores tentarem decifrar o futuro das franquias nos mocks passados, chegou a minha vez de tentar adivinhar o que se passa na cabeça de cada general manager – mesmo que nem eles saibam.
Muitos rumores surgem nas duas semanas pré-Draft. Às vezes, é apenas fumaça para tentar valorizar suas escolhas, em outras, realmente são tendências que se confirmam no dia 1 (como a seleção de Baker Mayfield em 2018). De todo modo, aqui vão as primeiras 32 escolhas que acredito para o dia 25 de abril.
(Foto: Reprodução Twitter / Cleveland Browns)
MOCK DRAFT NFL 2019: THE PLAYOFFS
#1 – Arizona Cardinals: Kyler Murray (QB – Oklahoma)
É realmente incrível que o mesmo time selecione dois quarterbacks na primeira rodada em anos consecutivos. Contudo, os Cardinals mudaram completamente a filosofia de jogo com a chegada do novo head coach, Kliff Kingsbury, e essa filosofia tem em Murray o jogador ideal. A seleção do vencedor do Heisman Trophy não soluciona os problemas do time, mas renova as esperanças de voltar à relevância.
#2 – San Francisco 49ers: Nick Bosa (EDGE – Ohio State)
Após a troca por Dee Ford, os rumores sobre a seleção de Bosa esfriaram um pouco, já que o pass rush foi reforçado. O time tem claras necessidades em cornerback, wide receiver, mas não se deixa um talento tão valioso como Bosa passar. Com a adição, uma defesa muito soft passa a ser considerada, no mínimo, competitiva, e pode dar a Jimmy Garoppolo o tempo necessário em campo para recolocar os Niners na pós-temporada.
TROCA! #3 – Washington Redskins (via Jets): Drew Lock (QB – Missouri)
O que uma franquia desesperada com um treinador perto da demissão faz? Arrisca, e muito! Os Redskins, neste cenário, tentam repetir modelos em que as trocas por QBs questionados valeram a pena (Mahomes e Trubisky não eram unanimidades quando saíram da universidade). Lock é um pouco cru, mas pode ser o franchise quarterback que os Skins tanto procuram. Jay Gruden já afirmou que precisa de mudanças positivas no ataque e a chegada de um novo QB geralmente facilita isto.
#4 – Oakland Raiders: Josh Allen (EDGE – Kentucky)
Depois de trocar Khalil Mack, a franquia teve a marca vergonhosa de 13 (sim, é sério) sacks na temporada 2018. Embora Q. Williams seja considerado melhor, o general manager Mike Mayock deixou claro que a necessidade do time está acima da seleção do melhor jogador disponível. Allen teve uma carreira sólida e com certeza ajudaria os Raiders a pressionarem os QBs, alinhando basicamente em qualquer lugar da defesa.
#5 Tampa Bay Buccaneers: Quinnen Williams (DT – Alabama)
Os Bucs mandam um “muito obrigado” aos quatro primeiros e selecionam o jogador que muitos consideram como o melhor da classe. Williams não teve tantos anos como titular no college, mas nas oportunidades mostrou que pode fazer muita pressão pelo meio e parar o jogo terrestre com consistência. O líder defensivo da vitoriosa Alabama faria o front seven da franquia da Flórida significativamente melhor.
#6 New York Giants: Rashaan Gary (DE – Michigan)
Com a seleção de Kyler Murray pelos Cardinals, minha aposta é que os Giants vão trocar uma escolha do segundo dia pelo quarterback Josh Rosen. Assim, o time endereça outras necessidades neste Draft, e a principal delas é o pass rush. Gary é tido por muitos como um dos melhores atletas desta classe, e seria uma peça importante para a reconstrução do Big Blue.
#7 Jacksonville Jaguars: Jawaan Taylor (OT – Florida)
Parece um consenso que os Jaguars irão selecionar Taylor na primeira rodada. É muito difícil encontrar um bom tackle para proteger seu quarterback, então os Jags não devem deixar passar esta oportunidade. A chegada de Nick Foles requer proteção, e Taylor parece uma escolha confiável para dar tranquilidade ao quarterback. Numa divisão em que seu time enfrenta duas vezes J.J. Watt, proteger seu QB é absolutamente vital para o sucesso.
#8 – Detroit Lions: Devin White (LB – LSU)
Um dos meus jogadores favoritos no Draft, White mudaria completamente a defesa dos Lions. O corpo de linebackers do time é pesado como vento, e mesmo com a adição de Trey Flowers, ainda precisa de reforços para que a unidade dê uma chance à equipe. Matt Patricia precisa melhorar o ataque, mas White é o tipo de talento que não se nega.
#9 Buffalo Bills: Ed Oliver (DT – Houston)
Oliver é um dos jogadores que mais variou entre os analistas. Em meio à última temporada, era quase um consenso que seria o melhor jogador da classe. Alguns problemas extracampo e a ascensão de outros talentos o fizeram cair, subindo novamente quando mostrou suas habilidades atléticas no Combine. A aposentadoria do histórico Kyle Williams obriga Buffalo a selecionar Oliver.
#10 Denver Broncos: TJ Hockenson (TE – Iowa)
A combinação Joe Flacco e tight ends é uma das mais clássicas da história recente, e os Broncos irão repetir. Hockenson é, com certeza, um dos jogadores mais completos da classe, e ajudaria muito o ataque de Denver recebendo passes e liderando bloqueios para as corridas de Lindsay. Os Broncos falharam bastante em proteger seu QB nos últimos anos, então um bloqueador nato que ainda auxilia no jogo aéreo é uma seleção perfeita.
#11 – Cincinnati Bengals: Dwayne Haskins (QB – Ohio State)
Nos últimos dias, há vários rumores de que Haskins estaria caindo nos boards dos times. Contudo, após muitos anos ruins de Andy Dalton (que fará 32 anos nesta temporada), o novo head coach Zac Taylor escolhe o produto de Ohio State para liderar seu ataque. Dono das melhores marcas lançando a bola na última temporada, Haskins chegaria à Cincinnati para se desenvolver com Taylor em busca da recuperação da franquia.
#12 – Green Bay Packers: Jonah Williams (OT – Alabama)
O que Green Bay tem de melhor? Aaron Rodgers. Contudo, nos últimos dois anos, o QB sofreu várias lesões e isso afetou sensivelmente o desempenho do time. Portanto, a seleção de Williams é uma necessidade. O offensive lineman vem de bons anos atuando por Crimson Tide e seria titular nos Packers desde o primeiro jogo.
#13 – Miami Dolphins: Montez Sweat (DE – Mississippi St.)
O grande desempenho de Sweat no Combine faz dele uma escolha óbvia entre os 15 primeiros. Os Dolphins precisam de reforços em basicamente toda posição, mas pass rush parece a mais urgente após a perda de Cameron Wake para os Titans. O time poderia usar essa seleção para um QB, mas os bastidores indicam que devem ficar com Fitzpatrick e investir na posição no Draft de 2020.
#14 – Atlanta Falcons: Clelin Ferrell (DE – Clemson)
Os campeões nacionais tinham duas grandes qualidades: a linha defensiva e seu QB calouro – não elegível para o Draft. O primeiro a ser selecionado da forte DL de Clemson será Ferrell, que torna o pass rush dos Falcons melhor instantaneamente. O time sofreu muito com lesões na defesa em 2018, e deve investir pesado para dar tempo a Matt Ryan com a bola.
TROCA! #15 –New York Jets (via Redskins): Brian Burns (DE – Florida State)
A troca por Sam Darnold custou muitas escolhas aos Jets, por isto valeria a pena aproveitar o desespero dos Redskins. Mesmo assim, o time ainda consegue um ótimo pass rush, tornando a defesa mais agressiva do que já está. Com Mosley, Adams, Williams e a chegada de Burns, a defesa dos Jets promete ser uma dor de cabeça para qualquer coordenador ofensivo.
#16 – Carolina Panthers: D.K. Metcalf (WR – Ole Miss)
As grandes qualidades ofensivas dos Panthers vêm do jogo terrestre, já que Christian McCaffrey e Cam Newton correm muito bem, mas passar a bola também é preciso. Para isto, os Panthers vão atrás de um WR que alonga o campo e, ao mesmo tempo, é forte o bastante para auxiliar nos bloqueios. Metcalf com certeza precisa melhorar sua árvore de rotas, mas seria um acréscimo a um grupo de recebedores sem muito brilho.
#17 – New York Giants (via Cleveland Browns): Greedy Williams (CB – LSU)
Após reforçar a linha defensiva, uma boa adição para a OL cairia muito bem. Mas os Giants têm feito escolhas questionáveis nesta offseason, então destinam a pick para um dos melhores defensive backs da classe. Greedy teve ótimas performances em partidas importantes, se destacando bastante em jogadas nas quais fazia marcação individual.
#18 – Minnesota Vikings: Chris Lindstrom (OL – Boston College)
Após pagar mais de US$ 80 milhões para Kirk Cousins, os Vikings sequer chegaram aos playoffs e o problema apontado foi a falta de proteção a seu quarterback. Portanto, draftar Lindstrom é urgente ao Purple Rain, a fim de dar possibilidade para o ataque enfrentar duas vezes Trey Flowers (Lions), Za’Darius Smith (Packers) e Khalil Mack (Bears).
#19 – Tennessee Titans: Jeffrey Simmons (DT – Mississippi State)
Simmons é um dos melhores jogadores desta classe, mas infelizmente sofreu uma lesão nos ligamentos do joelho, prejudicando sua posição. Os Titans, contudo, agradecem e pegam um jogador que, quando saudável, deve melhorar bastante o front seven da equipe. Simmons seria um complemento muito interessante a Jurrell Casey e Harold Landry.
#20 – Pittsburgh Steelers: Devin Bush (LB – Michigan)
O segundo Wolverine do Draft é Bush, selecionado para exercer o papel de Ryan Shazier, que não entrará em campo em 2019. Bush é considerado um pouco pequeno para a posição de linebacker, mas compensa isto com muita explosão nas blitzes e ótima capacidade de leitura das corridas adversárias. Os Steelers precisam de uma presença assim na defesa para voltar à pós-temporada.
TROCA! #21 – Cleveland Browns (via Seahawks): Byron Murphy (CB – Washington)
Neste cenário, os rumores de que John Dorsey ia continuar agressivo e tentar voltar a ter uma escolha no primeiro dia do Draft seriam verdadeiros. Os Browns trocam com os Seahawks e todo mundo sai ganhando. De um lado, o time de Russell Wilson acumula mais escolhas (só tem quatro no Draft inteiro), de outro, a franquia de Ohio seleciona o melhor prospecto disponível. O bom time de Cleveland se reforça ainda mais e coloca de vez seu nome entre os favoritos com um ótimo nome para a secundária.
#22 – Baltimore Ravens: Andre Dillard (OT – Washington State)
Em apenas uma offseason, a defesa dos Ravens praticamente virou pó. Perdeu a liderança de Terrell Sugs, a agressividade de C.J. Mosley e o líder em sacks Za’Darius Smith. Nem mesmo a chegada de Earl Thomas compensa isto, forçando o time a investir em pass rush. Mesmo assim, a seleção de Dillard ocorre para reforçar o jogo terrestre, que será muito utilizado com Lamar Jackson e Mark Ingram.
#23 – Houston Texans: Garrett Bradbury (C – N.C. State)
Os Texans precisam desesperadamente proteger melhor Deshaun Watson. Dito isto, a reformulação da péssima linha ofensiva começa pelo center, e Bradbury é o melhor prospecto desta classe. Líder da unidade em North Caroline State, o jogador deve ser a base para que os Texans consigam estabilizar seu ataque e se tornar realmente competitivos.
#24 – Oakland Raiders (via Chicago Bears): Josh Jacobs (RB – Alabama)
Único running back cotado para sair na primeira rodada, Jacobs entra no radar dos Raiders. Após boas aparições no time de Alabama, o RB chegaria para suceder Marshawn Lynch no comando do jogo terrestre. A seu favor ainda pesa o fato de não ter sofrido lesões graves na carreira universitária, o que sempre é uma preocupação para quem joga nesta posição.
#25 – Philadelphia Eagles: DeAndre Baker (CB – Georgia)
O último cornerback a ser selecionado no primeiro dia é justamente o vencedor do prêmio de melhor jogador da posição em 2018. Baker teve um ótimo ano pelos Bulldogs e seria um upgrade gigantesco numa secundária que sofreu demais ao longo da temporada. Variando marcação individual e por zona, Baker dificilmente deixa os recebedores abrirem distância, algo urgente na franquia da Philadelphia.
#26 – Indianapolis Colts: Marquise Brown (WR – Oklahoma)
Não é segredo para ninguém que T.Y. Hilton está envelhecendo. Assim, o retorno de Andrew Luck fica prejudicado quando o time não consegue segurar a bola (em 4 jogos sem Hilton no último ano, foram 20 drops). Brown é uma ótima opção de velocidade e pode confundir as marcações com a boa execução de rotas.
#27 – Oakland Raiders (via Dallas Cowboys): Noah Fant (TE – Iowa)
A defesa de Oakland com certeza merecia mais atenção, mas o time costuma não draftar o que precisa. Gruden utiliza 2 das 3 escolhas para sua mentalidade ofensiva, e adiciona em Fant uma reposição muito boa à perda de Jared Cook. O TE de Iowa é muito bom em rotas curtas, e pode ser uma ótima válvula de escape para um time cuja OL não dá muito tempo ao QB.
#28 – Los Angeles Chargers: Christian Wilkins (DT – Clemson)
A defesa dos Chargers perdeu Corey Liuget nesta offseason, o que prejudica bastante no combate ao jogo terrestre. A defesa precisa da seleção de Wilkins, que seria um valioso steal na escolha 28. O defensive tackle teve uma sólida carreira em Clemson e, junto a Ingram, Bosa e James, formaria uma defesa capaz de enfrentar qualquer ataque da NFL.
#29 – Kansas City Chiefs: Jonathan Abram (S – Mississippi State)
O único safety do primeiro dia irá para os Chiefs. Com um ataque mais que dominante, as atenções de Kansas City têm que estar voltadas à defesa. Com as perdas de Dee Ford e Justin Houston, um pass rush também faria sentido, mas a secundária vem sofrendo há anos e precisa de um safety para complementar o jogo de Tyrann Mathieu.
#30 – Green Bay Packers (via New Orleans Saints): A.J. Brown (WR – Ole Miss)
Após o ótimo reforço para linha ofensiva e de gastar bastante na defesa durante a free agency, está na hora de dar mais alvos a Aaron Rodgers. Para isto, a seleção de A.J. Brown, ótimo recebedor que alinhava no lado oposto a Metcalf. Embora selecionado depois, Brown tem mais potencial e seria muito bem utilizado no ataque dos Packers.
#31 – Los Angeles Rams: Dexter Lawrence (DT – Clemson)
O contrato de Suh expirou e, até o momento, não foi renovado. Embora os Rams precisem de OL e possam até mesmo considerar selecionar um running back para dividir corridas com Gurley, a necessidade de ter talento além de Aaron Donald é flagrante. Lawrence estaria melhor ranqueado se não tivesse apresentado alguns problemas com substâncias proibidas no fim de sua carreira universitária, uma vez que talento ele tem de sobra.
32 – New England Patriots: Daniel Jones (QB – Duke)
Aqui pensei em colocar Irv Smith Jr., TE de Alabama, mas acredito que não será na primeira rodada que os Patriots tentarão substituir Gronk (e algumas contratações já foram feitas na free agency). De fato, o time tem algumas necessidades, especialmente na defesa, mas a seleção do sucessor de Tom Brady, em algum momento, terá de acontecer. Daniel Jones tem, sobretudo, um instinto vencedor que combina com a franquia, sendo capaz de liderar drives decisivos. O fato de não ser considerado um QB pronto não impede que Belichick crie um sistema para que ele vença, afinal, já vemos isto acontecendo desde a famosa escolha 199 do Draft de 2000.
LEIA MAIS
Mock Draft The Playoffs: Versão 1 | Versão 2| Versão 3 | Versão 4 | Versão 5