[ANÁLISE] Offseason da NFL 2019: Divisão Norte da AFC
Browns favoritos, Bengals e Ravens repletos de novidades e Steelers batalhando para recuperar unanimidade na divisão
Talvez a divisão que passe pela maior mudança dos últimos anos, a Divisão Norte da AFC pode virar de ponta cabeça na temporada 2019 da NFL. Com as tradicionais forças Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers perdendo jogadores chave e sem esperanças de lampejo do Cincinnati Bengals, o Cleveland Browns desponta como favorito após anos de ostracismo.
As casas de apostas em Las Vegas colocam os Browns como os favoritos entre as franquias da AFC Norte para alcançar os playoffs após 16 temporadas, maior jejum corrente na NFL.
Entre tantas mudanças, azarões se tornando favoritos e equipes tradicionais lutando para chegarem vivas em janeiro, vamos analisar os reforços e perdas das franquias para a temporada 2019 até. Finalmente o Cleveland Browns poderá chegar aos playoffs e encerrar a espera? Confira como foi o desempenho das franquias na offseason.
(Foto: Rob Carr/Getty Images)
BALTIMORE RAVENS
A mudança mais impactante na offseason do Baltimore Ravens foi escrita durante a última temporada. Após 10 anos de Joe Flacco liderando a franquia, o quarterback vencedor do Super Bowl XLVII, em 2013, não teve espaço algum em 2018 e viu o calouro Lamar Jackson tomar sua titularidade depois de uma lesão em meados de novembro. A única saída para o veterano foi procurar uma nova casa em Denver, defendendo agora os Broncos.
Investindo e reforçando a unidade de Jackson, os Ravens usaram quatro das suas cinco primeiras escolhas de Draft no ataque. Os wide receivers Marquise Brown e Miles Boykin, o running back Justice Hill e o guard Ben Powers.
Neste ano, se a equipe deseja disputar a Divisão Norte da AFC, precisa melhorar seus números de passe. Na última temporada, os Ravens foram apenas a 22ª equipe em jardas aéreas por jogo (222,4). Especialmente após a entrada de Jackson, o ataque se tornou mais unidimensional e extremamente dependente das corridas do calouro, que levou a equipe a um final de temporada com seis vitórias e apenas uma derrota.
Em contrapartida, a defesa da franquia de Baltimore foi extremamente sólida durante toda a temporada e foi a unidade que cedeu o menor número de jardas para seus oponentes durante a temporada: apenas 292,9 jardas por partida. Entretanto, a perda de peças importantes da defesa como o linebacker C.J. Mosley, o safety Eric Weddle e os pass rushers Terrell Suggs e Za’Darius Smith pode impactar a unidade.
A principal adição para o coletivo foi o veterano safety Earl Thomas, que traz experiência e bom nível técnico para a defesa. Entre nomes conhecidos dos fãs da NFL, o time também assinou o running back Mark Ingram, sem espaço no New Orleans Saints com as boas atuações de Alvin Kamara.
Desempenho: regular
(Foto: Reprodução Twitter/Baltimore Ravens)
CINCINNATI BENGALS
Em maus lençóis, a temporada que gera menos expectativa nos torcedores da AFC Norte é a do Cincinnati Bengals. A franquia, que foi de forma consecutiva aos playoffs entre as temporadas de 2011 e 2015, lutará nesta temporada para se reconstruir. Com a melhora dos Browns, a franquia de Cincinnati pode ser o “patinho feio” da divisão em 2019.
Para evitar este fardo e lutar por uma inesperada pós-temporada em janeiro, os Bengals reforçaram o ataque da equipe. Com o fim da era Marvin Lewis, treinador dos Bengals entre 2003 e 2018, o novo head coach Zac Taylor tentará impor suas ideias ao time. A principal delas é manter o veterano quarterback Andy Dalton como líder da equipe, o qual o treinador disse “admirar” e ter analisado seus vídeos durante toda a carreira.
Dando apoio a Dalton, o Draft e parte da offseason da franquia foram de busca por peças para seu ataque. A contratação do linha ofensiva John Miller, do Buffalo Bills, a renovação do tight end Tyler Eifert e as seleções do offensive tackle Jonah Williams e do também tight end Drew Sample, na primeira e segunda rodadas, respectivamente, mostram o lado ofensivo de Taylor, ex-treinador de quarterbacks do Los Angeles Rams.
Se os problemas de proteção ofensiva podem ter diminuído para os Bengals, as dificuldades do outro lado da bola só aumentaram na última temporada. A franquia teve a pior defesa da liga em jardas totais cedidas por jogo. Ignorando em partes este fato, o time de Cincinnati não fez nenhuma grande contratação durante a offseason para contornar esta dificuldade.
Saberemos em setembro se a mudança de todos os coordenadores e do treinador principal da franquia será a chama necessária para reascender os Bengals, que mesmo em suas boas temporadas não venceu jogos de playoffs – e nao vence desde 1990.
Desempenho: regular
(Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals)
CLEVELAND BROWNS
Se você é um viajante do tempo, saiu de 2014 e caiu nesse link do The Playoffs em 2019, sente-se antes de ler a seguinte afirmação: o Cleveland Browns é o time favorito para vencer a Divisão Norte da AFC. Os especialistas dos Estados Unidos dizem isso, as casas de apostas em Las Vegas assinam embaixo. O que a franquia fez para chegar até aqui?
Basicamente duas coisas: viu seus adversários enfraquecerem e conseguiu, finalmente, construir uma boa base de jogadores jovens e talentosos que desta vez parecem ter um treinador. As seleções nos últimos Drafts do running back Nick Chubb, do defensive end Myles Garrett e do quarterback Baker Mayfield, além da chegada do wide receiver Jarvis Landry, fizeram os Browns saírem de zero vitória e 16 derrotas para 7-8 (e 1 empate) em 2018.
Se você, viajante do tempo, ainda está aí, se prepare de novo: os Browns contrataram Odell Beckham Jr. nesta offseason por um preço irrisório, diríamos. Ao seu lado no ataque, o general manager da franquia, John Dorsey, também trouxe um velho conhecido seu, o running back Kareem Hunt, flagrado em um vídeo agredindo uma mulher e suspenso pela NFL por oito jogos na temporada 2019. Dispensado pelos Chiefs, ele terá chance de se provar um homem melhor em Cleveland, mas o talento continua lá.
Com tantos destaques ofensivos citados, os Browns usaram cinco de suas sete seleções no Draft de 2019 para reforçar a defesa. A franquia também trouxe mais um jogador dos Chiefs, o safety Eric Murray em uma troca pelo defensive line Emmanuel Ogbah. A grande perda na unidade para esta temporada é o linebacker Jamie Collins, que voltou ao New England Patriots.
A equipe do head coach Freddie Kitchens encontrará uma AFC Norte repleta de mudanças profundas e pode se estabelecer, com ótimos talentos dos dois lados da bola, como a maior força da divisão. Viajante do tempo, vá até 2025 e nos diga se eles vencerão o Super Bowl.
(Foto: Reprodução Instagram/Baker Mayfield)
Desempenho: positivo
PITTSBURGH STEELERS
Dos quatro times da divisão, o Pittsburgh Steelers foi o mais estável nesta década. Com aparições quase que anuais nos playoffs dos últimos anos, a franquia mais vencedora da AFC Norte foi a que sofreu as maiores perdas em relação a nomes de impacto do elenco nesta offseason.
Além da saída do running back Le’Veon Bell, que era dada como certa após a temporada de 2018 que ele se negou a jogar, os Steelers também perderam o wide receiver Antonio Brown em meio a muita polêmica. Do trio BBB, a franquia de Pittsburgh manteve o quarterback Ben Rothelisberger, que renovou o contrato com o time até 2021.
Para manter os Steelers com um ataque explosivo, a franquia trouxe dois nomes conhecidos na NFL: os wide receivers Donte Moncrief e Eli Rodgers. Obviamente nenhum deles tem os números ou o talento de Brown, mas Big Ben tem o histórico de potencializar as habilidades de seus recebedores. Ao lado de JuJu Smith-Schuster, a equipe de recebedores dos Steelers pode ser eficiente.
Para o lugar de Bell, nenhum nome de peso. James Conner, que surpreendeu no ano passado, seguirá como RB 1 em Pittsburgh.
No Draft, a franquia direcionou seus esforços em melhorar a defesa. A equipe selecionou seis calouros para a unidade, três deles para a posição de linebacker, uma deficiência dos Steelers durante a temporada 2018, especialmente depois da perda de Ryan Shazier, por lesão na coluna ainda em 2017. Na primeira rodada, subiu dez escolhas para selecionar Devin Bush, um dos melhores prospectos de defesa disponíveis em 2019.
Desempenho: regular
(Foto: Reprodução Twitter/Pittsburgh Steelers)
ANÁLISE: OFFSEASON NFL 2019
Próximas:
AFC Sul – 27/5
NFC Sul – 30/5
![Brittney Griner, bicampeã olímpica pelos Estados Unidos, segue detida em Moscou, na Rússia, onde foi acusada de tráfico internacional de drogas. A estrela do basquete americano enviou uma carta para Joe Biden, o presidente dos EUA, em busca de uma solução para voltar para casa. Já faz cinco meses que ela está no país europeu.
“Enquanto estou sentada aqui, numa prisão da Rússia, sozinha com meus pensamentos e sem a proteção da minha esposa, família, amigos, o uniforme olímpico ou qualquer conquista, estou aterrorizada porque posso ficar aqui para sempre”, diz um trecho da carta enviada de Griner à Casa Branca, que foi divulgada por seus representantes.
Segundo informações de autoridades, o presidente leu a carta. Porém, a esposa de Griner, Cherelle, disse nesta terça-feira (5), em um talk show, que não sabe de notícias sobre alguma atitude de Biden na situação.
“Sei que você [Joe Biden] está passando por muita coisa, mas, por favor, não se esqueça de mim e dos outros detentos americanos. Por favor, faça o que puder para nos trazer para casa. Eu votei pela primeira vez em 2020 e votei em você. Eu acredito em você. Eu ainda tenho tanto de bom por fazer com a minha liberdade, que você pode ajudar a restabelecer”, destacou a jogador na carta.
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