[PRÉVIA] No que e em quem ficar de olho no March Madness 2016
Kansas parte como favorita, Oklahoma tem melhor jogador e tem brasileiro na dança! Prepare-se para as loucuras de março!
Enfim chegou o dia! Nesta terça-feira, dia 15, começa o March Madness. Torneio que decide o campeão nacional do College Basketball. E as loucuras de março nunca são as mesmas sem aquele preview maroto do The Playoffs, que te deixa por dentro de tudo na competição. Quais times têm mais chances de sair campeão? Em que jogadores temos que ficar de olho? Podemos ter zebras nesta edição?
Se prepara aí que chegou a hora de mergulhar no mundo das futuras estrelas da NBA!
TRÊS FAVORITAS
KANSAS
Os Jayhawks são contenders naturais. Foram considerados por muitos como a melhor equipe da nação. Só que esqueça Kentucky do ano anterior. Se os Wildcats chegavam como amplos favoritos ao caneco, vindos de uma campanha perfeita até então, Kansas é considerado o time mais regular até aqui, mas nem por isso chegam com áurea de imbatíveis. Sem um grande pontuador, a equipe confia no tripé formado por (na foto) Perry Ellis (34), Frank Mason III (0) e Wayne Selden Jr (1), que estão a bastante tempo na universidade, e experientes, podem acabar desequilibrando.
Outro fator que eleva o nível do favoritismo é o treinador Bill Self, que soube girar o elenco na hora certa e tem tudo para liderar os Jayhawks ao segundo título sob sua batuta, com o primeiro tendo sido em 2008.
MICHIGAN STATE:
Já os Spartans apostam na base que chegou ao último Final Four, onde caíram para a eventual campeã, Duke, para voltar ao topo do College Basketball. E o começo da temporada foi arrasador, com 13 vitórias consecutivas, com direito a um triunfo pra cima da número 1, Kansas. Alguns percalços depois, em que chegou a perder três duelos consecutivos, a equipe voltou a encontrar a boa fase e vem com outras 13 vitórias nos últimos 14 jogos.
Fique de olho em Denzel Valentine. Com média de 19.4 pontos por jogo, os Spartans confiam demais no veterano ala-armador na hora de decidir os ataques. Quem faz o trabalho sujo na defesa da cesta é Bryn Forbes. Em seu segundo ano, é provável que sejam os últimos minutos de Deyonta Davis no time, já que ala-pivô deve ser escolhido entre os 15 primeiros do próximo draft.
NORTH CAROLINA
Num ano extremamente disputado, ficou muito difícil apontar uma terceira favorita. Se no ano passado, era fácil dizer que Duke, Kentucky e Wisconsin saiam na frente, o March Madness 2016 mostra um equilíbrio de forças. Apontar North Carolina aqui é extremamente arriscado. Mas como os Tar Heels cresceram na reta final e faturaram o torneio da ACC mesmo enfrentando adversários mais fortes, pesou.
A lendária universidade de Michael Jordan é uma das que melhor distribui a bola, sendo a quarta no ranking de assistências. Marcus Paige é quem comanda essa orquestra ofensiva. Outro destaque é Brice Johnson, que tem médias de 16.6 pontos por jogo com uma porcentagem de acerto de 61.4%. Do banco, a força matriz: o técnico Roy Williams parece um alucinado comandando NC. Se não oscilar como na temporada regular, North Carolina pode aprontar e chegar ao Final Four, algo que não acontece desde 2009.
FIQUE DE OLHO:
OKLAHOMA
Quando precisavam mostrar seu melhor basquete, os Sooners falharam. Mas não se pode descartar facilmente um time que possui Buddy Hield, do qual falaremos mais especificamente abaixo. Jogando relativamente próximo da casa na fase regional, Oklahoma pode entrar nos eixos e aliar seu jogo de rebotes a qualidade extraordinária de Hield para enfim, levantar sua primeira taça no March Madness.
AS DUAS GRANDES CINDERELAS SERÃO…
CHATTANOOGA:
Equipes que vêm de baixo e conseguem o êxito geralmente arrastam multidões a torcer pela vitória do “mais fraco”. É só ver o fenômeno que acontece na Inglaterra com o Leicester, no futebol. E quem tem tudo para realizar o grande conto de fadas na visão do The Playoffs é Chattanooga. Mesmo tendo que encarar Indiana já no começo, os Mocs têm forte intensidade defensiva para fazer o serviço sujo e ir longe, com direito a eliminar Kentucky…
DAYTON:
Outro fenômeno que pode vir de baixo, é Dayton. Os Flyers vêm ensaiando esse voo mais alto desde 2014, quando caiu no Elite Eight. A dupla formada por Charles Cooke (15.7 pontos e 6.0 rebotes por jogo) e pelo problemático Dyshawn Pierre (13.0 pts e 8.6 rbts por jogo) pode levar os Flyers longe. Uma curiosidade é que o técnico da equipe, Archie Miller, tem apenas 37 anos.
TRÊS JOGADORES PARA NÃO PERDER DE VISTA:
BUDDY HIELD
Essa é fácil demais. Se Oklahoma chegar a algum lugar nesse March Madness, tenha certeza que a bola passará pelas mãos do camisa 24. Pontuador voraz, Hield tem tudo para se consolidar como melhor jogador universitário da temporada. A média de pontos é de 25 por jogo. Isso mesmo. VINTE E CINCO pontos por jogo. Nada mal para o senior.
DENZEL VALENTINE
Desde o ano passado coordenando as ações ofensivas dos Spartans, Valentine atingiu uma maturidade absurda neste quarto ano na NCAA. São 19.4 pontos de média e outra importante descoberta na temporada: a capacidade de criar arremessos para os companheiros. O ala-armador quase que dobrou suas médias de assistências. Hoje elas são de 7.6. A altura também ajuda a repetir esses números em rebotes. Mas não se engane: o atleta é extremamente coordenado.
BRANDON INGRAM
Mesmo que a Duke de Coach K não tenha a força de outrora, um jogador merece e muito destaque: Brandon Ingram. Atualmente o ala parece ser o único capaz de evitar que Ben Simmons seja a primeira escolha do draft da NBA. São 16.8 pontos por jogo, mas atenção: Ingram deve cair fora da festa cedo, então cole os olhos na tela.
https://www.youtube.com/watch?v=fxEMFWvyxJk
UMA SEGUNDA OPINIÃO SEMPRE É BOM:
Como este que vos fala não é o dono da verdade, outro redator do The Playoffs resolveu deixar uns pitacos por aqui. Com a palavra, Vinícius Carvalhosa:
“Se tivesse que apostar num campeão, apostaria em Kansas. No meu Final Four se encontrariam Kansas vs Oklahoma e Xavier vs Michigan State.
Achei que a divisão sul ficou a mais forte. Times que vejo com potencial de Final Four pela reta final de temporada, como Miami, Maryland, Villanova e até UConn, terão que passar por Kansas para alcançar o objetivo.
Fora essas outras equipes, os que vejo com potencial para ir longe também são: West Virginia, Providence, Virginia, Iowa State e Utah.
Acredito que Oregon e North Carolina podem decepcionar cedo, assim como Kentucky e Duke.
As potenciais cinderelas podem ser Saint Joseph’s, Chatanooga e Northern Iowa.”
TEM BRASILEIRO NA PARADA:
O pivô Rafael Maia (5) passou três anos atuando pela universidade de Brown, antes de se transferir para Pittsburgh. Com médias de 12 minutos por partida, o brasileiro tem em suas estatísticas 3.6 rebotes por jogo. Se você quer observar a saga do camisa 5 no March Madness, corra! O time terá um difícil encontro com Wisconsin já no First Round. A boa notícia? Em breve você acompanhará uma entrevista EXCLUSIVA do The Playoffs com o atleta.
APOSTAS PARA O FINAL FOUR:
Com o Vinícius apostando em Kansas campeã e Oklahoma, Xavier e Michigan State formando o Final Four, deixarei meus palpites por aqui. Se no ano passado acertei o título de Duke, mesmo com Kentucky invicta, é hora de sair do lugar comum e tentar o grande prêmio. Por isso, a aposta de título do March Madness cairá no colo de: OKLAHOMA. Os outros componentes do Final Four serão Kansas, West Virginia e Seton Hall.
Caso esteja pensando em uma disputa com amigos em algum bracket por aí, recomendo ser um pouco mais conservador do que nessa aposta.