[PRÉVIA] Palpites para a Semana 14 do College Football da NCAA 2017
Semana de finais de conferência agitam o fim da temporada regular do futebol americano universitário
Chegamos ao fim da temporada regular, e como passou rápido. Neste final de semana, conheceremos os campeões de suas respectivas conferências. A briga pelos playoffs está mais acirrada do que nunca e muitas equipes ainda sonham com a pós-temporada. Chegou a hora dos melhores times medirem forças e terem a última oportunidade de manter vivo o sonho do título.
Pela conferência Pac 12, #12 Stanford encara a #10 USC, em Santa Clara, California. O duelo será marcado pela presença dos futuros jogadores da NFL, Bryce Love e Sam Darnold. Ambas equipes não tem mais chances de chegar às finais do college football e depositam nesta partida, o sucesso da temporada de 2017.
#11 TCU vai até ao AT&T Stadium, Texas, para enfrentar #3 Oklahoma, na decisão do título da conferência Big 12. TCU fez uma campanha surpreendente e chegou a figurar entre os quatro melhores programas da temporada. O teste de fogo será neste sábado, quando os horned frogs terão pela frente Baker Mayfield e companhia.
Considerada a conferência mais forte da NCAA, a SEC terá seu jogo decisivo entre #6 Georgia e #2 Auburn. Este duelo tem tudo para ser o mais equilibrado e com maior qualidade técnica entre todas as finais de conferência desta temporada.
O Bank of America Stadium, Charlotte, será o palco para a decisão entre #7 Miami e #1 Clemson, válido pela conferência ACC. Os atuais campeões do college football tomaram a primeira posição do ranking e chegam para a finalíssima cheios de moral. Miami que vinha de dez vitórias consecutivas, acabou sofrendo o revés para Pittsburgh semana passada.
Pela conferência Big Ten, #8 Ohio State enfrenta #4 Wisconsin no Lucas Oil Stadium, Indianapolis. Os buckeyes vivem uma temporada instável e tentarão surpreender a ainda invicta Wisconsin. Será a oportunidade do kicker brasileiro Rafael Gaglianone levantar o troféu pelos Badgers.
A equipe do The Playoffs separou 3 finais de conferência para opinar neste final de semana, confira:
Sábado (2/12), 19h – #6 Georgia (11-1) x #2 Auburn (10-2)
O vencedor da decisão da conferência SEC praticamente irá assegurar um lugar nos playoffs do college football. Para a #6 Georgia e #2 Auburn, a temporada se resume a esta vitória. É matar ou morrer. E os times se conhecem bem, rivais de conferência, as equipes se enfrentaram há três semanas, quando Auburn dominou os Bulldogs em vitória categórica por 40 a 17.
Para ter um desfecho diferente, Georgia terá que executar melhor suas jogadas em relação ao último encontro. Auburn mandou no jogo e controlou por completo a linha de scrimmage. Kerryon Johnson correu para 167 jardas em 32 carregadas, enquanto o quarterback Jarrett Stidham lançou para 214 jardas e três touchdowns.
Se o ataque de Auburn vai bém, a defesa também. Os Tigers limitaram os líderes de ataque terrestre (265 jardas por partida) em apenas 46 jardas. O running back de Georgia, Nick Chubb, tem 1.098 jardas corridas e 13 TD’s anotados até aqui e espera ser o diferencial para os Bulldogs devolverem a pesada derrota.
Auburn vem de importante vitória sobre Alabama e parece confiante para chegar às finais da NCAA. Georgia precisará que seu RB esteja em seus melhores dias para conseguir o triunfo sobre a segunda melhor universidade do país.
Palpite: Auburn
(Foto: Reprodução Twitter / NCAA)
Sábado (2/12), 23h – #7 Miami (10-1) x #1 Clemson (11-1)
Finalmente, Miami está na final da conferência ACC. É quase impossível acreditar, mas os Hurricanes não participavam do jogo do título desde 2003. E não será tarefa fácil. O adversário é ninguém menos que os atuais campeões nacionais do college football e #1 do país, Clemson.
Os Tigers estarão na final da ACC pela terceira vez consecutiva e novamente figurando entre os melhores programas da NCAA. A sétima colocada Miami vem de um grande upset sofrido para Pittsburgh, que acabou com o sonho da temporada perfeita. Eram dez vitórias seguidas, até finalmente, conhecerem o sabor da derrota. Entretanto, uma vitória contra a #1 pode dar a almejada vaga à pós-temporada.
Miami acumula 19 vitórias e apenas quatro derrotas nos últimos dois anos. A fórmula do sucesso é liderada pelo safety Jaquan Johnson e os linebackers Shaquille Quarterman e Michael Pinckney. Os Hurricanes lideram a liga no turnover diferential, com +17 e são os melhores sacando os quarterbacks adversários, com média de 3,55 sacks por partida.
No ataque, o terceiranista Malik Rosier foi protagonista de jogadas memoráveis nos últimos minutos de jogo contra Florida State, Georgia Tech, Syracuse e North Carolina. A falta que será sentida certamente é a de Mark Walton. Responsável pelo jogo terrestre de Miami e um dos melhores de sua posição, Walton sofreu grave lesão no início da temporada e está fora por tempo indeterminado.
Apesar da perda de inúmeros jogadores em relação ao time campeão do ano passado, Clemson está de volta em busca do bicampeonato. A esperança atende pelo nome de Kelly Bryant, quarterback que teve a difícil missão de substituir o finalista do Heisman Trophy, Deshaun Watson. Os Tigers também apostam em sua defesa, uma das melhores do país. Clemson é a sexta colocada em números totais contra sua defesa e está entre as cinco melhores em outras nove categorias defensivas.
Pelo menos quatro atletas da defesa de Clemson chamam a atenção e podem pintar na NFL futuramente. Christian Wilkins, Dexter Lawrence, Clelin Ferrell e Austin Bryant fazem parte da chamada fábrica de defensores. O favoritismo é todo de Clemson que tem em sua defesa o diferencial de seu jogo. Kelly Bryant vem jogando bem e o recente retrospecto deve dar tranquilidade para mais uma vitória e o primeiro lugar assegurado no College Football Playoff.
Palpite: Clemson
(Foto: Reprodução Twitter / Clemson)
Sábado (2/12), 23h – #8 Ohio State (10-2) x #4 Wisconsin (12-0)
A partida que decide o campeão da conferência Big Ten não só reservará um troféu, mas praticamente dará uma vaga ao sonhado College Football Playoff. Será o confronto entre uma instável Ohio State contra a invicta Wisconsin.
Os Buckeyes ainda vivem o dilema se o quarterback J.T. Barrett estará disponível para a partida. Barrett passou por uma artroscopia no joelho no último domingo e a presença do QB na final deste sábado segue indefinida. A possibilidade de Ohio State ter que recorrer ao freshman Dwayne Haskins é real. O calouro entrou no terceiro quarto do jogo contra Michigan, no último sábado, e comandou a virada no placar que resultou na sexta vitória seguida contra os rivais de conferência.
Barrett é a alma do ataque de Ohio State, liderando a Big Ten na maioria das estatísticas ofensivas. O poder ofensivo dos Buckeyes também pode ser constatado nas eficientes performances de seus running backs. O freshman J.K. Dobbins é o segundo colocado em jardas terrestres dentro da conferência com 1190 jardas e sete touchdowns, ficando atrás apenas do seu adversário deste sábado, Jonathan Taylor, que acumula 1813 jardas e 13 touchdowns.
Se Ohio State quiser impor a primeira derrota de Wisconsin, terá que fazer uso da qualidade de seus pass rushers, pressionar o quarterback dos Badgers, Alex Hornibrook (21 touchdowns e 13 interceptações) e parar as corridas de Jonathan Taylor.
Wisconsin chega para o duelo com campanha perfeita até aqui. Contudo, muita gente anda desconfiada sobre as chances dos Badgers para o College Football Playoff. A chave da vitória, mais uma vez, estará concentrada no running back Jonathan Taylor. O primeiranista bateu o recorde de jardas terrestres em sua temporada de estreia que pertencia a Melvin Gordon em 2014.
Os Badgers tentarão controlar a linha de scrimmage como tem feito durante o ano todo. A defesa é o ponto alto do time, que lidera a Big Ten como a defesa que cede menos jardas terrestres ao adversário (80) jardas totais (236) e pontos cedidos (12).
Nenhuma outra universidade esteve na final de conferência mais vezes que Wisconsin. Foram três aparições nos últimos quatro anos. Qualquer prognóstico será mero achismo neste embate absolutamente equilibrado. J.T. Barrett será fundamental para o sucesso dos Buckeyes. Caso ele esteja ausente, Wisconsin tem tudo para se manter invicta, apoiada sempre no eficiente jogo terrestre de seu ataque.
Palpite: Wisconsin
(Foto: Reprodução Twitter / NCAA)