[PRÉVIA] Decisão do March Madness 2018 – Villanova x Michigan
Em grande final do basquete universitário, Villanova tenta impor forte ritmo de ataque contra Michigan
De hoje não passa! Chegou o dia da grande decisão do March Madness 2018. #1 Villanova e #3 Michigan terão enormes desafios pela frente. Os Wildcats buscam o terceiro título, tendo o último sido em 2016. Já os Wolverines querem sentir o gostinho de levantar a taça mais uma vez, com a única tendo sido no longíquo 1989.
As duas equipes chegam credenciadas à decisão. Villanova vem de grande vitória nas semifinais do Final Four. O time simplesmente atropelou #1 Kansas, batendo os Jayhawks por 95 a 79. Durante a temporada, os Wildcats conseguiram um recorde de 35 vitórias e apenas quatro derrotas. Na pré-temporada, foi classificada como a sexta melhor equipe da nação.
Já Michigan chegou à decisão nacional ao bater a maior surpresa do ano. Os Wolverines viraram uma partida para lá de complica sobre #11 Loyola-Chicago. Após irem para o intervalo perdendo, a equipe se recuperou e no ritmo do pivô alemão Moe Wagner carimbou a vaga na decisão, ao vencer por 69 a 57. No ano, foram 33 vitórias e sete derrotas. Na pré-temporada, apesar de ter recebido votos, não apareceu entre as 25 melhores do país.
Por onde esse jogo irá se desenhar?
Dois detalhes são primordiais ao olhar para este confronto. É o duelo entre os dois melhores ataques da competição. Apesar disso, é notório que Villanova conta com um poder de fogo maior. Durante as semifinais, o time quebrou o recorde de bolas de três num confronto de Final Four, ao colocar 18 chutes longos no alvo.
O time gosta de rodar o elenco para que tenha sempre gente renovada em quadra. Não à toa, seis jogadores possuem médias de pelos menos 10 pontos por jogo. Além disso, tem em média, como time, 50% de aproveitamento nos field goals. É a melhor chutadora de três de toda a NCAA. Esperem muitos lances longos, inclusive dos jogadores de garrafão. É quase um mantra para os Wildcats as bolas de três, lembrando por vezes, os Warriors da NBA.
E esse é o grande ponto chave desta final. Michigan é um ótimo defensor de bolas longas. É a terceira do país em tal quesito. Além disso, é a melhor defesa do March Madness. Os Wolverines limitam as ações das equipes que se valem de tal estratégia. Contra Loyola, por exemplo, que vinha com médias de pelo menos 20 chutes de três por jogo, a equipe de Ann Arbor só permitiu 10 lances. Metade. Isso diz muito sobre o poder defensivo de Michigan.
Só que um fator pode pesar contra os Wolverines: será o primeiro duelo contra uma equipe ranqueada como número 1. Pela primeira vez na história, uma equipe foi a decisão do March Madness sem derrubar algum dos melhores pelo caminho.
Fique atento, pois o jogo se desenhará neste ponto: o quanto Michigan conseguirá desacelerar o estrondoso ataque de Villanova? Se a tarefa for bem feita, os Wolverines têm alguma chance. Caso contrário, espere outro atropelo dos Wildcats.
Em quem ficar de olho?
Em termos de picks altas do draft, este não é o jogo ideal. Duas exceções para a próxima loteria da NBA: Mikal Bridges, armador de Villanova, deve sair próximo à décima posição. Já o pivô alemão Moe Wagner, de Michigan, deve sair entre o fim da primeira e começo da segunda rodada.
Jalen Brunson (armador, Villanova)
Eleito o melhor jogador do ano no College Basketball. Terceiro ano de universidade. Um título de March Madness na conta. As credenciais de Brunson são ótimas. Com médias de 19.2 pontos por jogo, 4.7 assistências e 3.1 rebotes, o camisa 1 chega como grande comandante do time. Mesmo que Nova seja um time que distribuiu muito bem as responsabilidades num jogo, é em Brunson que as esperanças da torcida são depositadas.
Nos minutos totais do time, Brunson só fica atrás, por seis minutos, de Mikal Bridges. É raro vê-lo fora da quadra e nos momentos decisivos, a bola precisa passar por suas mãos. Contra Temple, Marquette e Providence, teve sua melhor atuação na temporada, ao anotar 31 pontos. Olho nele.
Não deixe de observar: Donte DiVicenzo, Omari Spellman, Eric Paschall e Mikal Bridges.
Moritz Wagner (pivô, Michigan)
Uma máquina. Só assim para definir o poder que o alemão Moe Wagner tem sobre o time dos Wolverines. Ele costuma ser onipresente na quadra para que Michigan vá bem. Atuando com força no ataque e defendendo com certa qualidade, precisa melhorar um pouco nos rebotes ofensivos.
Um detalhe forte no jogo do alemão são os chutes de três pontos. É o melhor do time no quesito, mesmo atuando por dentro. Quando sai, não costuma errar. É um líder natural. Observa-se que quando as coisas não vão bem para os Wolverines, é Wagner que para o jogo, chama a responsabilidade. Precisa de mais ajuda para ser efetivo na grande final.
Não deixe de observar: Charles Matthews e Muhammad-Ali Abdur-Rahkman.
Palpite The Playoffs: Muitas variáveis atrapalham um palpite neste jogo. O ponto forte do ataque de um, é o de outro na defesa. O palco é familiar a Villanova, que foi campeã a pouco tempo do March Madness. Jalen Brunson, Phil Booth e Mikal Bridges tem a chance de levantar o troféu pela segunda vez. Esse fator pode ser decisivo e por isso a tendência é que a força de Villanova no ataque supere Michigan, consagrando os Wildcats pela terceira vez como campeões do March Madness.
National Championship College Basketball 2018
#1 Villanova vs #3 Michigan
02/04 – 22h20
Transmissão: ESPN
Fotos 1 e 3: Twitter / NCAA March Madness
Foto 2: Fred Kfoury III/Getty Images