Ranking dos calouros da NBA 2019-2020 #4
Calouros entram na reta final da temporada e alguns já se consolidam como estrelas em suas equipes; e zion chegou!
O All-Star Game passou e com ele a reta final da temporada já bate à porta. Com isso, os calouros também estão caminhando para o encerramento de seu primeiro ano na NBA, fechando o ciclo duro de adaptação do College para a principal liga de basquete do mundo.
Alguns nomes já demonstram estar inteirados ao funcionamento da NBA. Ja Morant já deixou as saudades de Mike Conley no passado; Zion Williamson nem precisou de um mês para mostrar que New Orleans tem um novo xerife e já se colocou na briga para calouros do ano; e Kendrick Nunn comanda o ataque de um contender na Conferência Leste.
Mas o desenvolvimento nem sempre é exponencial e alguns atletas precisam de mais tempo para desabrochar. Lonzo Ball, Brandon Ingram e D’Angelo Russell mostraram a importância da paciência no processo. Futuramente, podemos adicionar R.J. Barrett nessa lista, ainda com dificuldades nos Knicks – e que não tem lá?!
Temos menos de dois meses para o primeiro ano desses calouros acabar. Além do desempenho dentro das quadras, as decisões dos front offices também terá grande peso para que essa classe possa chegar longe dentro do melhor basquete do mundo.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros do quarto mês da temporada 2019-2020 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que acompanha o desempenho deles mensalmente.
1- Ja Morant, Memphis Grizzlies (Ranking anterior: 1)
Zion é um meteoro que caiu na NBA e desde então mudou os olhos para ele. Mas Morant vem mostrando consistência de outubro a fevereiro e isso tem que ser valorizado. Consistência em um nível alto, sendo bom frisar.
A equipe de Taylor Jenkins é uma das principais surpresas da temporada e Morant é o principal fio condutor de Memphis. O armador demonstra muita maturidade em quadra, tanto na condução das jogadas quanto na agressividade ao aro.
Os números de Morant seguem crescendo, chegando a 17,6 pontos, 7,1 assistências, 35,8% nas bolas de três e 49,3% nos arremessos de quadra. Médias ótimas para um calouro que perdeu apenas dois jogos na temporada inteira.
Com exceção de um jogo ruim contra o Boston Celtics em 22 de janeiro, quando anotou apenas dois pontos, Morant manteve ao menos 12 pontos em todos os jogos que disputou desde então, incluindo uma sequência de 27 e 20 pontos antes do All-Star Game. Lar é onde o coração está e a torcida no Tennessee está bem feliz que o armador tenha caído em Memphis.
2- Zion Williamson, New Orleans Pelicans (Ranking anterior: não ranqueado)
Zion começou sua carreira na NBA em 22 de janeiro contra o San Antonio Spurs, após recuperar-se de uma cirurgia. Desde então ficou claro como o ala vai impactar não somente nos Pelicans, mas na liga como um todo. Fisicamente dominante e com um chute consistente do perímetro, Williamson tem tudo para ser uma estrela muito em breve.
Atuando somente 27 minutos de média, Zion tem excelentes números de 22,1 pontos, 7,5 rebotes, 57,6% nos chutes de quadra e 36,4% nos arremessos de três. Esses índices já aproximariam o calouro de um All-Star Game, mesmo com uma minutagem baixa.
Sua menor pontuação na liga foi os 14 pontos contra o Cleveland Cavaliers, maior que a média da maioria dos calouros nesta temporada. Os Pelicans provavelmente ficarão de fora dos playoffs, o que pode até ser útil para preservar a parte clínica de Zion, ainda a maior preocupação sobre o futuro do atleta.
Na disputa com Morant, fica difícil vê-lo vencer jogando menos de metade da temporada. Mas não duvide.
3- Kendrick Nunn, Miami Heat (Ranking anterior: 2)
Fevereiro marcou uma oscilação na excelente temporada de Nunn com o Heat. Assim como a equipe deixou a vice-liderança da Conferência Leste e no momento pode até mesmo perder a vantagem do mando de quadra nos playoffs.
Nunn finalizou janeiro com 57 pontos em três jogos, mas no atual mês anotou menos de dez pontos em quatro de sete jogos, tendo como maior pontuação aos 16 pontos contra o Sacramento Kings. Montanha-russa natural, mesmo para um calouro que atuou na G-League no ano passado.
Com esses jogos ruins, Nunn viu uma queda em suas médias na temporada com 15,3 pontos, 3,5 assistências, 34,1% nas cestas de três e 43,9% nos arremessos de quadra. Mesmo com esse decréscimo, o armador ainda tem médias dignas de primeiro time dos calouros.
4- Rui Hachimura, Washington Wizards (Ranking anterior: não ranqueado)
Recuperado de uma lesão na virilha, Hachimura voltou a atuar em fevereiro. O ala mostrou estar em forma e cada vez mais tem ganhado espaço na reconstrução que os Wizards passam. Com forte jogo nas duas pontas da quadra, o calouro tem se mostrado uma escolha segura no último Draft.
A rotação de Scott Brooks tem em Hachimura uma peça importante no poste baixo. O ala está com médias de 13,9 pontos, seis rebotes e 48,7% de aproveitamento nos arremessos de quadra. Números que evidenciam a qualidade do jogo do ex-produto de Gonzaga.
Em sua sequência no mês de fevereiro, Hachimura conseguiu em quatro dos cinco jogos anotar ao menos 11 pontos, sendo que buscou seu terceiro triplo-duplo da temporada no duelo contra o Memphis Grizzlies (12 pontos e 11 rebotes). Essa regularidade é fundamental para o ala se consolidar na NBA.
5- R.J. Barrett, New York Knicks (Ranking anterior: 3)
Outro atleta que sofreu com lesão nesse último período de levantamento foi Barrett. Uma entorse no tornozelo fez com que o armador atuasse em apenas quatro jogos em fevereiro, tendo novamente uma queda em seu desempenho na temporada.
Nessas quatro partidas, Barrett finalizou com 12, 3, 5 e 16 pontos anotados. Números que comprovam que o armador ainda não encontrou seu melhor ritmo com os Knicks, o que não deixa de ser natural em uma franquia que passa por grande reformulação dentro e fora de quadra.
Barrett também registrou quedas em suas médias de pontos, com 13,6 pontos, 5,1 rebotes, 31,8% nas bolas de três e 38,8% nos arremessos de quadra, números que passam longe do esperado para uma escolha top-3 de Draft.
6- Tyler Herro, Miami Heat (Ranking anterior: 5)
Herro ficou no limite de jogos para entrar no ranking, devido a uma lesão no pé que o retirou das quadras desde o dia 2 de fevereiro. Mas o desempenho anterior do armador exemplificou como esse “gatilho” deve ser muito útil para o Heat pelos próximos anos.
Desde 20 de janeiro, Herro anotou apenas dois jogos abaixo de dez pontos e teve duas partidas acima dos 20. Nesses confrontos contra Washington Wizards e Orlando Magic, o armador combinou para excelentes 13-19 nas bolas de três.
Até pelo jogo contra o Philadelphia 76ers, em que atuou por dez minutos após sair lesionado, as médias de Herro sofreram uma ligeira queda, com 13,1 pontos, 39,3% nos chutes de três e 414% nos arremessos de quadra. Médias boas para um “bancário”.
7- Brandon Clarke, Memphis Grizzlies (Ranking anterior: 8)
Clarke é o um dos dois “bancários” deste ranking, o que mostra como os números do ala são impressionantes no jovem e promissor elenco de Jenkins. O calouro é uma opção dinâmica vinda do banco, principalmente pela sua energia no poste baixo, cada vez mais polida.
Em seu último jogo antes da semana do All-Star Game, Clarke empatou sua maior pontuação na NBA com 27 pontos anotados contra o Portland Trail Blazers. Detalhe que o ala conquistou a marca em apenas 23 minutos e com excelentes 12-14 nos arremessos de quadra.
Seus números no ataque registraram leve crescimento em comparação ao levantamento passado, com 12,3 pontos e 62,3% de aproveitamento nos chutes de quadra, além e 5,7 rebotes e 0,8 tocos. Médias que só comprovam a excelente barganha conseguida pelos Grizzlies por draftarem Clarke na posição 21.
8- Eric Paschall, Golden State Warriors (Ranking anterior: 4)
A temporada dos Warriors segue em ritmo de experimentação para Steve Kerr. Por isso, os números de Paschall estão oscilando, assim como o ritmo da equipe. Desde 20 de janeiro, foram cinco jogos com menos de 11 pontos, em uma média de minutos que ainda fica em torno de 26 minutos.
Com isso os números do ala seguem em queda, chegando a 13,2 pontos, 48,2% nos chutes de quadra e 28,2% nas bolas de três. Mesmo com a projeção para baixo, essas médias são interessantes para um calouro, ainda mais para alguém que foi escolhido na segunda rodada de Draft.
Pensando em voos mais altos na próxima temporada com as recuperações de Stephen Curry e Klay Thompson, além de uma provável escolha top 5 no Draft de 2020, Paschall pode ser uma útil peça vinda na rotação da equipe, sempre pressionada pelo alto valor gasto nos titulares.
9- P.J. Washington, Charlotte Hornets (Ranking anterior: 6)
A carreira de um calouro na NBA nem sempre aponta para o alto. Washington está experimentando justamente o contrário. Em um Hornets ainda sem identidade e com um basquete decadente na temporada, o ala está passando por seu pior momento como atleta na principal liga do mundo.
Mesmo sendo um atleta polido no jogo do poste baixo e com um chute consistente do perímetro, Washington viu seus números despencarem para 11,7 pontos e 37,6% nas bolas de três. Desde 20 de janeiro, em apenas dois jogos o ala conseguiu passar dois oito pontos.
Mas não deixe essa montanha-russa enganar. Washington é um dos melhores prospectos dessa classe e pode ainda nesta temporada retomar seu patamar com um dos melhores jovens atletas da NBA. Só que dentro de uma instituição como os Hornets, a consistência é sempre um desafio a mais.
10- De’Andre Hunter, Cleveland Cavaliers (Ranking anterior: 9)
A equipe de Lloyd Pierce segue como uma das principais decepções deste ano, mas fez movimentos interessantes até o final do período de trocas. Com isso, não seria surpreendente se os Hawks ao menos ganhassem corpo nessa parte decisiva da temporada regular.
Hunter ainda tem mostrado dificuldade em ser um pontuador consistente, mas desde 20 de janeiro em apenas dois jogos não chegou à marca de dez pontos. Para ser titular dentro da NBA, o ala sabe que precisa ir elevando sua média e mostrar ser um complemento eficiente a Trae Young.
O novato segue jogando 31,6 minutos na temporada, tendo uma marca interessante de 34,5% nos chutes de três. Com 12,2 pontos e 4 rebotes de média, Hunter demonstra que tem conseguido evoluir mês após mês na NBA, mesmo que ainda precise continuar elevando seu jogo.
LEIA MAIS: Ranking dos calouros mês 1 | mês 2 | mês 3
Menções honrosas
Com o final dos problemas de lesões de Zion e Hachimura, Darius Garland (Cleveland Cavaliers) e Coby White (Chicago Bulls) caíram para fora do ranking, mas têm potencial de nos meses finais da temporada regular recuperarem seus postos na lista.
Ainda seguem batendo na porta e mostrando sinais de serem “surpresas” nesse final de campeonato: Jarrett Culver (Minnesota Timberwolves), Jaxson Hayes (New Orleans Pelicans), Cam Reddish (Atlanta Hawks), Jordan Poole (Golden State Warriors) e Sekou Doumbouya (Detroit Pistons). Olho neles!
Fotos: Reprodução Twitter New Orleans Pelicans, Reprodução Twitter Memphis Grizzlies, Reprodução Twitter Washington Wizards e Reprodução Twitter Chicago Bulls.